Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 155
5 - The One with the New Old Place (1999)




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Estávamos em minha cama, no inverno de 1999, nos beijando. Era domingo, então conseguíamos ouvir meus pais preparando o jantar na cozinha. Meu irmão estava em Hogwarts, no seu segundo ano.

Harry interrompeu o beijo e acariciou minha bochecha, sorrindo.

— O que foi? - perguntei

Ele deu de ombros.

— Nada.

Ele se levantou da cama e esticou os braços, se espreguiçando.

— Eu tenho que ir. - ele disse

— O que? - perguntei, me sentando na cama - Pra onde?

— Para a minha própria casa! - ele riu - Não sei se você lembra, mas eu tenho uma.

— Não tem nada pra fazer na sua casa. - ri

— Tem várias coisas! - ele disse rindo - Ouvir a Sra. Black gritando, por exemplo.

— Realmente, soa bem melhor do que ficar aqui! - murmurei

Ele sorriu e se aproximou de mim. Eu o puxei para a cama novamente.

— Você é terrível. - ele disse rindo

Sorri.

— Lizzie… - ele disse com um tom de voz ansioso.

— O que? - sussurrei

Ele suspirou e mordeu os lábios.

— Ei - eu ri - Você sabe que pode me falar qualquer coisa!

Beijei a linha de sua mandíbula algumas vezes.

— Eu sei. - riu ele - Eu é que preciso de coragem, às vezes.

Me afastei um pouco dele e franzi as sobrancelhas.

— Eu estava pensando… - ele disse - Por que você não vem comigo?

Sorri.

— Hoje? Tudo bem. - murmurei - Eu combinei com minha mãe de ir fazer as compras de natal, amanhã, antes que as lojas fiquem realmente cheias, mas eu posso voltar pra casa cedo amanhã. Você quer fazer compras de natal conosco? Nós vamos em lojas trouxas, mas elas também são legais nessa época do ano.

Harry riu.

— Lizzie, eu quis dizer que eu gostaria que você viesse morar comigo. - ele disse rapidamente

Arregalei os olhos e fiquei boquiaberta.

— Se você quiser… - ele acrescentou rapidamente

Ainda não respondi.

— É muito cedo, não é? - ele perguntou - Sinto muito, Lizzie, eu não quis te deixar assim. Aquela casa é tão grande e vazia e eu quero ficar com você toda hora então pensei que seria uma boa ideia. Afinal, eu também mudaria pra cá, se você me pedisse, mas não faz sentido morarmos com seus pais quando temos uma casa só nossa e de Monstro, às vezes. Mas nós temos dezenove anos e foi uma péssima ideia e…

O beijei.

— Calma. - ri

Ele riu.

— Eu vou pensar nisso. - eu disse - Mas é tão estranho. Digo, uau, morar com você…

— Soa tão ruim assim? - brincou ele

Ri.

— Bem ruim. - murmurei

Ele se levantou de novo e me puxou para me dar um beijo.

— Eu te amo, ok? - ele disse - E eu vou entender se você não quiser largar esse seu quartinho lindo para ir morar naquela casa velha mofada comigo.

Ri.

— Eu moraria em qualquer lugar com você. - eu disse

Ele sorriu e colocou meu cabelo atrás de minha orelha.

— Tchau. - ele disse sorrindo

— Tchau - eu respondi

Ele me deu um beijo rápido e desceu as escadas correndo. Escutei ele conversando com meus pais, na cozinha e, apesar dos protestos dos dois, logo escutei a porta batendo.

Expirei o ar pela boca.

Pulei de volta na cama e peguei o telefone. Disquei, com a maior rapidez do mundo, o telefone da casa de Hermione.

Alo? - escutei a voz dela dizer, do outro lado da linha

— Emergência! - exclamei

— To indo. - ela disse

E desligou o telefone.

Alguns segundos depois, a campainha da minha casa tocou.

Nós poderíamos muito bem aparatar dentro das casas, mas era comum que se aparatasse do lado de fora, em respeito aos donos.

— Hermione! - escutei minha mãe exclamar

Segundos depois, Mione entrou no meu quarto.

— O que foi? - ela perguntou

Eu estava em choque. Agora, o peso das palavras de Harry havia caído sobre minha cabeça. Ela se sentou na cama, ao meu lado.

— Harry…. - murmurei

— O que que tem ele? - ela perguntou - Ele está bem?

— Harry me pediu para morar com ele. - eu disse

Ela arregalou os olhos.

— Harry Potter? - ela perguntou

— Não, Príncipe Harry! - eu disse, calmamente - Claro que é Harry Potter, Hermione!

Ela riu e eu levantei as mãos, exasperada.

— Uau… - ela disse

Passei minhas mãos com força pela minha cabeça.

— Hermione! - exclamei

— Eu sei! - ela riu

Suspirei.

— O que eu faço? - ri

— O que você quer fazer? - ela perguntou

— Chorar. - eu disse

Ela deu uma gargalhada e me encarou, visivelmente ansiosa.

— Eu devo perguntar pra minha mãe? - sugeri

— Em dois meses você vai fazer vinte anos, Alice. - ela disse - Você não pode perguntar pra sua mãe o que fazer numa situação como essa.

— Mas ela é tão sábia! - eu disse

— Você também é! - Mione riu

— Eu estou com medo. - eu ri

Ela segurou minha mão.

— Eu sei. - ela disse

Rimos.

— Lizzie, posso te fazer uma pergunta? - ela disse

Assenti.

— Me responde com a primeira palavra que vier na sua cabeça. - ela disse

— Certo - eu disse

Ela suspirou.

— Você quer morar com Harry? - ela perguntou

— Sim - respondi imediatamente

Ela sorriu.

— Então acho melhor você começar a fazer as malas. - ela disse rindo

Ri.

— Eu não acredito que isso está acontecendo… - eu disse

— Lizzie! Hermione! - escutei meu pai gritar - A janta está pronta!

Nos entreolhamos e descemos as escadas correndo.

 

 

— Hermione, como vão os estudos? -  perguntou minha mãe

Estávamos sentados na mesa da cozinha, comendo a lasanha que meu pai havia feito. Meus pais cozinhavam muito bem e adoravam fazer jantares para mim e meus amigos. Ele havia feito muita lasanha, considerando que achou que Harry jantaria conosco.

Nós passamos quase seis meses estudando e depois fizemos a prova do NIEM’s. Três de nós decidiram que isso era o suficiente. Uma de nós decidiu que sua vocação era estudar para sempre. Mione estava estudando as leis mágicas. Todas elas. Por diversão.

— Estão ótimos! - ela sorriu - Eu estou quase terminando.

— Que ótimo! - minha mãe disse - Logo, te oferecem um emprego no Ministério!

Hermione sorriu.

— Eu espero que sim! - ela disse - As coisas estão realmente muito boas desde que Kingsley assumiu.

Assenti.

— Quando Nick chega? - perguntou Hermione

— Em duas semanas. - disse minha mãe

Hermione assentiu.

— Ele está gostando da escola? - ela perguntou

— Bom, agora que não tem uma guerra lá, deve estar. - murmurei

Mione riu.

— Você já parou para pensar que eles estão realmente tendo aulas? - perguntou Hermione - Digo, não tem nada de estranho acontecendo lá.

— O estudante estranho já saiu de lá. - eu disse - Tenho a sensação de que era ele que atraía toda a sorte de coisas que aconteceu lá.

Hermione assentiu, rindo.

— Estamos falando de seu namorado, não é? - perguntou minha mãe, rindo

Ri.

— O próprio. - eu sorri

Meu pai riu.

— A propósito, eu vou me mudar pra casa dele. - eu disse rapidamente

Meus pais me encararam, congelados.

— Já? - perguntou minha mãe

Assenti.

— O que vocês acham? - perguntei

— Se é isso o que você realmente quer, filha, então você deveria ir. - disse meu pai

— Você não acha que estamos sendo imaturos? Que somos jovens demais? - perguntei - Vocês podem ser sinceros.

— Lizzie… - ele disse - Se tem uma coisa que vocês dois não são, essa coisa é imaturos. Vocês sofreram coisas que a maioria das pessoas da sua idade não teve que sofrer. É claro que a guerra afetou muita gente, mas a guerra começou muito antes, pra vocês dois.

Assenti.

— Pra vocês quatro! - ele disse sorrindo para Hermione

Mione sorriu.

— Você é a única pessoa que deve decidir fazer isso ou não. - minha mãe disse - E você pode sempre mudar de ideia e voltar pra cá.

Sorri para eles, tentando não chorar.

— Então eu acho que eu deveria arrumar minhas coisas, então. - murmurei

Meus pais e Hermione assentiram.

 

 

Depois do jantar, fiquei horas esvaziando meu armário, junto com Hermione e minha mãe. Eu poderia fazer isso rapidamente com mágica, mas eu estava vendo o que realmente levaria para o Largo Grimmauld, o que ficaria na casa de meus pais e o que eu doaria, por não querer mais.

— Você não precisa levar tudo hoje. - minha mãe observou enquanto eu fechava a segunda mala - Você pode levar essas duas malas hoje e pegar o resto das coisas amanhã.

Assenti.

— É, acho que vai ser melhor mesmo. - eu disse

Mione olhou para meu relógio, na parede.

— É quase uma hora da manhã. - ela disse - Eu deveria ir. Meus pais devem estar preocupados.

— Por que você não dorme aqui? - perguntou minha mãe - Por que vocês duas não dormem aqui? Amanhã você pode se mudar, Lizzie, e você vai para casa!

Ri.

— Eu nem fui ainda e você já quer me segurar aqui! - eu disse

Ela deu de ombros.

— Vou sentir sua falta. - ela disse

A abracei.

— Você sabe que são só algumas estações de metrô de distância, certo? - eu disse

— Eu sei. - ela disse

— Podemos passar o natal lá! - eu disse

— É uma ótima ideia. - ela disse

Soltei-a.

Hermione se levantou da cadeira.

— Eu posso te ajudar, amanhã, lá no Largo Grimmauld. - ela disse

— Eu adoraria. - sorri

Ela abraçou minha mãe e saiu do meu quarto. Escutei o estalo vindo do corredor, ela se fora.

Peguei minhas malas e coloquei alguns casacos e meu cachecol da Grifinória por cima do meu pijama.

— Por que você não aparata na sala? - perguntou minha mãe - Harry não iria se incomodar, está frio lá fora.

Neguei com a cabeça.

— Eu tenho a sensação de que vou precisar dar algumas voltas no quarteirão, antes de ter coragem de entrar. - ri

Ela riu e fez um carinho no meu cabelo.

— Você vai ser tão feliz, minha querida. - ela disse

Sorri para ela.

— Eu já sou. - eu disse

Ela sorriu, emocionada.

— Eu fiz cookies. - ela disse, me entregando um potinho - Leve alguns para Harry.

Assenti.

Peguei minhas malas e meu travesseiro.

— Eu volto amanhã. - eu disse à minha mãe

Ela assentiu e saiu do quarto.

— Eu te amo, filha. - ela disse, da porta

— Eu também te amo. - eu disse

Com um estalo, eu fui sugada pela escuridão.

 

 

Eu estava na frente do Largo Grimmauld. Todas as luzes estavam apagadas. Aquela seria minha casa, de agora em diante. Sentei na escada, em frente à porta, e comi os cookies.

— Eu não acredito que estou fazendo isso. - ri

Estava realmente muito frio.

Peguei uma das malas e arrastei até a porta. Harry, por incrível que pareça, não possuía feitiços de proteção muito elaborados. Um simples Alohomora destravou a porta.

Desci as escadas e peguei a outra mala, empurrando-a para dentro.

Foi quando um vulto veio de encontro a mim.

Eu sabia o que era. Era o feitiço que a Ordem havia colocado na casa, contra Snape. Era um fantasma de Dumbledore que o afugentaria. Mas, como eu acreditava que Harry havia tirado essas proteções, levei um susto e gritei alto.

Imediatamente senti algo bater em minha cabeça.

Alguém acendeu a luz e vi Monstro, com sua famosa frigideira, quase me atingindo novamente e Harry, vestindo apenas sua calça de pijama, empunhando sua varinha em minha direção.

— Lizzie… - ele suspirou aliviado

— Me desculpa, Srta Lizzie! - disse Monstro - Monstro achou que fosse alguém querendo fazer mal a Harry.

— Não tem problema, Monstro. - eu disse

— Eu vou pegar algo para fazer um curativo! - ele disse e desapareceu para dentro da casa.

Harry veio até mim.

— Está tudo bem?

Assenti.

— Eu te trouxe cookies. - eu disse entregando-lhe o pote

Ele abriu e riu.

— É, tem farelo de cookies aqui. - ele disse

— Eu comi todos? - perguntei - Me desculpa, Harry, eu não percebi.

Ele me deu um beijo no nariz.

— Tudo bem. - ele sorriu - Por que você está tão gelada?

Dei de ombros.

— Eu estava sentada ali fora. - eu disse - Comendo cookies e evitando esse momento.

Ele riu e olhou em volta. Vi seus olhos passarem de uma mala para a outra e voltarem a encarar os meus.

— Eu imagino que isso tudo seja um sim? - ele perguntou

Sorri.

— Sim. - eu disse

Ele me puxou para um beijo.

— Bem vinda à sua casa, então. - ele disse, sem separar nossos lábios.

Sorri.

— Nossa casa. - eu disse

Tirei meus casacos e os coloquei em cima de uma de minhas malas.

— Você veio preparada. - ele riu, notando meu pijama

Ri.

— Eu trouxe meu travesseiro, também! - eu disse - Eu não sabia se você tinha travesseiros o bastante.

Ele riu.

— Você dorme aqui sempre! - ele disse - Você nunca percebeu que você usa travesseiros?

Ri e Harry suspirou.

— Eu tenho. - ele disse - Mas eu fico feliz que você tenha trazido o seu.

— Amanhã temos que pegar o resto das minhas coisas, lá em casa. - eu disse

Ele concordou.

— E o natal com minha família vai ser aqui. - murmurei

Ele riu e concordou.

— Mais alguma coisa? - ele perguntou

— Sim. - eu disse - Eu te amo.

Ele sorriu.

Monstro voltou correndo segurando um pedaço de algodão úmido.

— Pode deixar que eu cuido disso, Monstro, pode voltar a dormir. - disse Harry - Obrigado.

Monstro sorriu, entregou o algodão para Harry e saiu saltitando.

— Se alguém me falasse, alguns anos atrás, que eu veria Monstro saltitar, eu iria assumir que a pessoa havia ficado maluca. - murmurei

Harry riu.

— Ele está de bom humor. - disse Harry, dando de ombros.

Harry passou o algodão pela minha testa, delicadamente.

— Está sangrando? - perguntei

— Só um pouco. - ele disse

Assenti e ele me beijou.

Sorri.

— Você contou para seus pais? - ele perguntou - Ou você só fugiu depois que eles dormiram?

Ri.

— O que você acha? - perguntei

— Eu estou tentado a responder que você fugiu, mas eu prefiro a acreditar que você tenha mencionado com eles. - disse ele rindo

— Eu contei para eles, idiota. - eu disse

— Sério? - ele perguntou, espantado

Dei de ombros e ele sorriu.

— Vamos pra cozinha. - ele disse me puxando

Fui até a familiar cozinha e me apoiei no balcão. Harry pegou uma leiteira e tirou ingredientes da geladeira e dos armários. Ingredientes que eu conhecia bem.

— Você vai fazer Milky Potter toda noite? - perguntei

— Se você quiser… - ele sorriu

Sorri.

Harry despejou o conteúdo da leiteira em uma caneca e me entregou.

Coloquei a caneca na mesa e o puxei pelo pescoço.

Harry riu, com os lábios colados nos meus.

— Você vai mesmo deixar o leite esfriar? Sério? - ele disse - Eu acabei de fazer para você.

Ri e assenti.

Ele me beijou e me levantou, sentando-me no balcão. A caneca caiu no chão e quebrou.

Harry suspirou.

— Por que isso sempre acontece? - ele perguntou

Ri e beijei-o de novo.

— Eu não acredito que você está morando comigo. - ele sorriu

— Nem eu. - ri, beijando sua linha da mandíbula.

— Eu preciso te mostrar uma coisa lá em cima. - ele disse, segurando meu queixo.

— Ok. - eu disse

Ele me segurou no colo e acenou com a varinha para a caneca quebrada, consertando-a. Ele subiu a escada com cuidado e eu continuei beijando vários lugares do seu rosto.

Quando chegamos no andar do seu quarto, Harry, em vez de entrar nele, continuou subindo a escada.

Parei abruptamente.

— Onde estamos indo? - perguntei

— Te mostrar a coisa? - ele pareceu confuso

— Você realmente precisa me mostrar uma coisa? - ri

— É claro que sim! - ele disse - Por que eu diria que preciso te mostrar sua coisa sem precisar?

— Achei que fosse um código. - ri - Achei que você fosse me mostrar seu corpo nu.

Harry deu uma gargalhada.

— Por que eu usaria um código para te mostrar meu corpo nu?! - ele exclamou

— Eu não sei! - ri

Ele riu e continuou subindo, parando em frente à porta do quarto do Sr. e da Sra. Black.

— Eu nunca entrei aqui. - eu disse

— Não tinha nada demais aqui, antes. - Harry sorriu

— Antes? - perguntei

Ele me deu um beijo na bochecha e abriu a porta.

Levei um susto.

Aquele cômodo não parecia fazer parte da casa. Era limpo, iluminado e com móveis alguns anos mais modernos. Uma das paredes havia sido completamente substituída por vidro, e eu conseguia ver a linha do horizonte de Londres, toda iluminada. Havia uma cama de casal no meio do quarto, com um edredom branquinho esticado sobre ela. As paredes não possuíam nenhuma tapeçaria, e eram de um tom creme.

Encarei Harry.

— Uau. - foi a única coisa que consegui dizer.

— Você gostou? - ele sorriu

— Gostei muito. - eu disse

— Eu achei que deveríamos ter um quarto decente. - ele disse - Se você viesse morar comigo. Sirius disse que eu poderia fazer o que quisesse com o quarto. Monstro disse que me ajudaria se eu lhe desse tudo que fosse retirado daqui.

Beijei-o.

— Ficou lindo. - eu disse - Sério, parece outra casa.

Harry sorriu.

— Podemos fazer isso com a casa toda. - ele disse - Vamos reformar tudo!

— O que? - ri

— É sério! - ele disse - Vamos transformar esse lugar na nossa casa. Não apenas a casa em que moramos.

— Você tem certeza? - perguntei

— Tenho. - ele disse

Assenti.

— Começamos amanhã? - ele sorriu

— Combinado. - eu disse

Beijei-o novamente.

 

 

No dia seguinte, Harry me acordou cedo. Ele estava ansioso para começar a reforma. Ele me obrigou a tomar café da manhã correndo e a colocar uma blusa velha dele, ignorando meus protestos.

Passamos o dia inteiro mudando varias coisas na casa. Colocamos mais janelas, tiramos tapeçarias escuras, mudamos móveis. Eu nunca havia percebido como o Largo Grimmauld possuía tantos cômodos. Eu moraria em uma casa com seis quartos, a partir daquele dia. Quando perguntei a Harry o que faríamos com tantos quartos, ele deu uma risadinha e murmurou “filhos”. Bom, sendo assim, os quartos ficariam vazios por algum tempo.

Na hora do almoço, já estávamos exaustos em uma casa completamente diferente. Sentamos no chão para comermos batatinhas e meu celular começou a tocar.

— Conhece esse número? - perguntei a Harry

— Não. - ele disse

Dei de ombros e atendi.

— Alo? - eu disse

— Oi, Liz.— escutei Draco dizendo

— Quem é? - provoquei

— Draco!— ele disse

— Draco? Draco quem? - perguntei

— Quantos Dracos você conhece?

— Bom, eu conheço um. - eu disse - Mas ele nunca teria um telefone trouxa.

— Ha-ha. - Draco disse

Sorri.

— Não acredito que você comprou um celular. - eu disse

— Eles são úteis, ok? — ele protestou

Ri.

— Ok! Eu concordo com você. - eu disse

— Bom, então esse é meu novo número. — ele disse

— Certo. - eu disse - Eu tenho um novo endereço, anota ai!

— Calma, vou pegar um papel. — ele disse

Esperei alguns segundos e ele voltou.

— Diz! — ele disse

— Largo Grimmauld, número doze. - eu disse, rindo

Ouvi Draco bufar.

— Eu achei que fosse sério!— ele disse

— É sério. - murmurei

Uau. — ele disse

— Pois é. - eu disse

— Parabéns, Liz.— ele disse - Isso é ótimo. Parabéns para os dois.

— Obrigada. - sorri - Estamos fazendo uma reforma.

Draco riu.

— Eu quero ver. — ele disse

— Você vai ser convidado pro jantar de inauguração da residência. - eu disse

— Bom, vou esperar pelo convite então. - ele disse

— Ok. - murmurei

— Falo com você depois. - ele disse

— Certo. - eu disse - Um beijo.

Desliguei o telefone e olhei para Harry.

— Vamos dar uma grande festa quando a casa ficar pronta. - eu disse

— Tipo Clube do Slug! - ele disse

—Exatamente! - eu disse - Clube do Harry e da Alicinha.

Ele riu.

— Vamos voltar ao trabalho? - perguntei

Harry me beijou e assentiu.

— Quem chegar por último na sala é mulher do sapo! - eu disse, me levantando e saindo correndo.

 

 

No final do dia, Harry e eu estávamos exaustos. Todos os ossos do meu corpo doíam. Eu estava com tinta e pó em todos os lugares possíveis do meu corpo.

O único cômodo em que quase não mexemos havia sido o cômodo da tapeçaria da família Black. Era uma tapeçaria não tão feia e Monstro havia dito que se mexêssemos ali, ele iria nos matar durante o sono. Decidimos que seria melhor não irritar Monstro, ele já estava bastante irritado com a reforma, mesmo depois de receber móveis e relíquias Black.

Nos jogamos na cama, depois de tomarmos banho e jantarmos, e adormecemos imediatamente. No final do dia, Harry e eu estávamos exaustos, mas estávamos em nossa casa e tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

vcs tão deixando pouquinha reviews gente poxa, eu sei que to postando rapido mas q tal deixar review em todos os caps? heuheuhe agradeço
o q acharam desse? qual é o favorito de vcs até agora?