Harry Potter. escrita por AliceFelton
Notas iniciais do capítulo
notas finais importantes
Acordei com o sol batendo no meu rosto e suspirei. Era uma manhã do início de 2000. O inverno ainda estava em vigor, mas naquele dia o sol havia conseguido passar por uma fresta entre as nuvens.
— Precisamos comprar cortinas. - eu disse
Harry emitiu uma risadinha, ainda sonolento.
— Você diz isso todas as manhãs. - ele disse - E ainda assim, você nunca me deixa comprar cortinas, de fato. Você diz que temos que aproveitar o pouco de sol que conseguimos aqui.
Ri.
— É verdade. - eu disse
Harry rastejou na cama e me deu um beijo.
— Bom dia. - ele disse
— Bom dia. - sorri
Me sentei na cama e me espreguicei.
Harry me observou por alguns segundos e depois suspirou.
— A vida é difícil. - ele disse
Franzi a testa.
— Eu tenho uma camiseta e você consegue ficar mais bonita nela do que eu mesmo. - ele disse
Dei uma gargalhada.
— Cala a boca, Harry. - eu disse
Harry beijou minha coxa e se levantou, entrando no banheiro.
Fui até a minha escrivaninha e peguei as cartas que havíamos recebido no dia anterior, mas que ainda não tínhamos lido. A maioria era para Harry, como era de se esperar, mas achei duas cartas iguais, uma para mim e outra para ele, com o selo do Ministério.
— Harry? - gritei - Acho que estamos em apuros.
Harry veio até mim e observou as cartas.
— A gente pode queimá-las. - ele disse
Ri e abri a minha.
Não estávamos em apuros, ainda. A carta pedia para que eu me encontrasse com Kingsley, o Ministro, no dia seguinte. A carta de Harry dizia a mesma coisa.
— Se fosse algo sério alguém nos diria, você não acha? - disse Harry
— Talvez… - ponderei
Ouvimos um estampido na sala e passos correndo em direção ao nosso quarto.
Rony entrou no quarto com os olhos tampados por uma de suas mãos.
— Vocês estão vestidos? - ele perguntou
Harry riu.
— Estamos. - disse ele
Rony abriu os olhos.
— Eu vou ser preso. - ele disse
— O que?! - exclamei
— Eu recebi uma carta do Ministério. O Ministro quer me ver! - ele disse
Harry riu.
— O Ministro é Kingsley. - disse Harry
— Eu sei! - disse Rony - Mas ele pode me prender de qualquer forma!
— Rony, nós também recebemos uma carta assim. - eu disse
— Receberam? - Rony sorriu - Ah, então tudo bem.
— Como você sabe que não vamos todos pra prisão? - perguntei
Rony deu uma risada sarcástica.
— Por favor, Alice Felton. - ele disse
Harry riu.
— Vocês acabaram de acordar? - Rony perguntou, olhando para nós dois.
Assenti.
— Querem panquecas? - ele sorriu
Sorri e assenti novamente, com fervor.
— Bom, desçam quando estiverem prontos. - ele disse - Eu vou ligar pra Mi e pedir para ela vir pra cá.
Assenti, pela terceira vez.
— E, Harry, a Lizzie fica mais bonita com sua camiseta que você. - Rony disse, rindo.
Harry suspirou e concordou.
Rony saiu do quarto e eu abracei Harry.
— Yay! Panquecas do Rony! - sorri
Harry sorriu.
— Que bom que ele finalmente aprendeu a cozinhar. - Harry disse
— Você acha que ele está planejando sair do conforto da Toca para morar com alguém? - sorri - Qualquer pessoa. Não sei, talvez uma menina muito inteligente…
Harry deu de ombros e sorriu.
— Você sabe de alguma coisa? - perguntei
— Não. - ele riu
Apertei suas bochechas.
— Harry! - eu disse
— Eu não sei de nada! - ele riu - E, mesmo se eu soubesse, eu não te contaria.
— Por que?! - perguntei
— Porque é contra as regras. - ele disse
— Não existem regras! - eu disse
— É claro que existem! - Harry riu
— Harry! - exclamei
— Eu não vou te contar! - ele disse
— Você tem que me contar! - eu disse - Eu sou sua namorada! Eu moro com você! Eu destruí um pedaço da alma de Voldemort por você!
Harry deu uma gargalhada e me beijou.
— O que você quer na sua panqueca? - ele perguntou
— Não mude de assunto! - eu disse
— Manteiga, né? - ele disse
— Harry. - eu disse - Eu preciso saber.
Harry sorriu e saiu correndo do quarto.
Sai correndo atrás dele.
Corri até a cozinha e estava prestes a gritar com os dois, quando vi que Mione também estava lá.
— Oh, Hermione. - eu disse
— Bom te ver também, querida. - disse Mione me dando um beijo na bochecha e se sentando novamente.
Harry estava encostado na pia, rindo.
Mostrei a língua para ele.
Rony estava no balcão, mexendo a massa das panquecas.
Fui até Harry e me apoiei nele.
— Eu te amo. - eu sussurrei no ouvido dele, em seguida beijando sua nuca.
— Alice, isso não vai funcionar. - Harry riu
Cruzei os braços e Harry riu novamente.
Harry se aproximou de mim e beijou minha nuca.
— Eu te conto depois que eles forem embora. - sussurrou ele
Sorri e assenti.
— Com manteiga, Lizzie? - perguntou Rony
— Você me conhece… - sorri
Rony me entregou um prato com duas panquecas e deu uma piscadela.
Ele entregou outro prato com duas panquecas e geléia de morango, para Harry.
— Obrigado, amor. - disse Harry
Rony riu e foi até o balcão novamente. Ele desligou o fogo e colocou as duas ultimas panquecas em um outro prato. Rony despejou mel em cima delas, que era o jeito que Hermione gostava das panquecas dela.
— Você vai direto pro céu por decorar as nossas panquecas favoritas, Won-Won. - eu disse, com a boca cheia de panquecas.
Rony riu.
— Não é como se vocês gostassem de ingredientes muito criativos. - disse ele - Vocês três são a representação das panquecas clichês.
Bufei.
— Você gosta de panquecas puras! - eu disse - É a coisa mais sem graça do mundo.
Ele deu de ombros.
Rony veio andando até a mesa mas tropeçou e caiu no chão, deixando cair as panquecas e espalhando mel pela cozinha toda.
— Ouch… - eu disse
— Você está bem? - perguntou Mione, se levantando
Rony se apoiou no chão e ficou ajoelhado.
— Estou. - ele disse
— Seu nariz está sujo. - ela sorriu
— Acho que ter o nariz sujo me traz sorte, então. - ele disse - Quando eu te conheci, eu estava com o nariz sujo também.
Mione franziu a testa.
Rony segurou as mãos dela.
Arfei e olhei para Harry, que sorria.
— Eu te odeio. - murmurei
— São as regras, Alice. - ele riu
Sorri.
— Hermione Granger, você aceita se casar comigo? - disse Rony
Hermione secou as lágrimas e assentiu, com fervor.
— Com prazer. - ela sorriu
Rony se levantou e a beijou.
— Eu não acredito que esses dois vão se casar. - disse Harry, para mim. - Eu ainda consigo ouvir claramente Rony reclamando dela no primeiro ano.
— É LeviOsa, não LeviosA. - ri
Harry riu e passou as mãos pela minha cintura.
Rony e Hermione ainda se beijavam.
Harry limpou a garganta.
— Vocês já terminaram de ficarem noivos na minha cozinha? - perguntou Harry - É hora do café da manhã.
Rony se separou de Hermione e riu.
— Você, como padrinho, deveria estar mais contente do que isso. - ele disse
Harry bufou.
— Eu vou ser o padrinho? - perguntou - Você não tem cinco irmãos? Já checou com todos eles?
Rony riu e Harry pulou em cima dele, com animação.
Fui até Hermione, correndo e gritando.
— VOCÊ VAI SE CASAR! - gritei e a abracei - VOCÊ VAI SE CASAR COM WON-WON!
— EU VOU! - ela gritou de volta
— EU NÃO ACREDITO! - ri
— NEM EU! - ela riu
Nos separamos e eu passei a mão por suas bochechas.
— Parabéns. - sorri
Ela sorriu de volta.
— Você vai ser minha madrinha, não vai? - ela disse
— É claro que eu vou! - eu disse
— Que bom. - ela riu.
Limpei as lágrimas de sua bochecha e dei alguns risinhos.
— Ei, as cartas do ministério eram falsas? - perguntei a Rony - Era uma desculpa para você vir para cá?
Rony riu, nervosamente.
— Não. - ele disse - Estamos realmente em apuros.
Ri.
— Vocês também receberam cartas de Kingsley? - Mione sorriu
Assentimos e ela suspirou, aliviada.
— Não deve ser nada. - ela disse
— Espero que sim. - disse Harry
Rony fez uma careta.
— Você acha que os guardas de Azkaban nos deixariam casar lá?
…
No dia seguinte, nós quatro nos encontramos em frente ao gabinete do Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt. Às três da tarde, em ponto.
— O ministro quer falar com a gente. - murmurou Rony - E dessa vez a gente nem fez nada de errado!
Ri, nervosa.
— Deve ser algo bom. - dei de ombros
— Nunca é nada de bom conosco. - disse Harry
Hermione riu.
— E eu que achei que nossos problemas haviam acabado há dois anos. - disse Mione
O secretário de Kingsley abriu a porta com um sorriso.
— O ministro está pronto. - ele disse
Entramos no gabinete, enfileirados, e Kingsley nos recebeu com um sorriso. O gabinete era uma sala espaçosa, que possuía vários livros e vários objetos estranhos, como uma estátua de gato empalhado. O sol entrava pela janela, embora o Ministério fosse localizado no subsolo. Bruxos podem fazer esse tipo de coisa.
— Queridos! Não os vejo há muito tempo! - Kingsley disse, dando um abraço em cada um
Assenti.
— Desde os NIEM’s. - Mione disse
— A vida de Ministro deve ser complicada. - eu disse
Kingsley sorriu.
— É uma vida atarefada, mas não é tão complicada agora que tudo está em paz. - disse ele - Graças a vocês.
Sorrimos.
— Bom, sentem-se. - disse ele gesticulando para as cadeiras
Nos sentamos em silêncio.
— Hermione e Rony vão se casar! - exclamou Harry
Kingsley abriu um sorriso.
— Harry, você não pode sair contando isso para as pessoas. - eu disse - É sobre eles dois, lembra?
— Mas agora Kingsley não pode dar nenhuma má notícia para nós. - disse Harry - Porque não seria educado. São as regras.
— Você e suas regras estúpidas! - eu ri
— Se minhas regras impedirem de que sejamos presos, acho que você não vai achá-las tão estúpidas assim, não é, Alice? - disse Harry
Bufei.
— Hermione! Rony! - disse Kingsley, nos interrompendo - Eu fico muito feliz com essa notícia. Meus sinceros parabéns.
Rony e Hermione sorriram.
— Mas… - disse ele olhando para mim e para Harry - Vocês dois acham que vão ser presos?
Assenti.
— Bom, nós achamos que é algo ruim. Não necessariamente a prisão. - disse Harry - Ficamos um pouco traumatizados com nossas vidas.
Kingsley riu.
— Eu vou dar empregos para vocês! - ele riu
Nos entreolhamos.
A estátua do gato mudou de forma ao meu lado, se transformando em Minerva McGonagall. Eu levei um baita susto.
— Eu conheço essa mulher há quase dez anos e ainda não me acostumei com isso. - eu disse
A Profa. McGonagall riu.
— Vocês realmente acharam que seriam presos? - ela disse - Por que?
— Prefiro não responder. - eu disse - Tudo que eu disser pode ser usado contra mim no tribunal.
McGonagall sorriu e conjurou uma cadeira, sentando-se ao lado de Kingsley.
— Nós dois conversamos muito sobre vocês. - ela disse - E achamos que vocês possuem qualidades que se encaixam muito bem com o ritmo do ministério.
— Desprezo por regras? - perguntou Rony
— Fama de baderneiros? - Mione sugeriu
— Imã de problemas? - perguntou Harry
— Ou um senso de humor duvidoso? - sorri
Kingsley riu.
— Tudo isso e muito mais. - a Profa. McGonagall disse
— Harry Potter e Ronald Weasley. - disse Kingsley - Eu gostaria de convidar vocês a se tornarem aurores.
Os olhos de Harry brilharam.
— Sério? - ele disse
Kingsley assenti.
— Vocês me parecem perfeitos para o trabalho. - ele sorriu
— Eu adoraria. - disse Rony
Harry concordou.
— Hermione Granger. - sorriu Kingsley - Você tem a capacidade para trabalhar em qualquer departamento desse prédio.
Hermione riu.
— Mas gostaria de sugerir que você fosse para o Departamento da Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, por causa do seu empenho com as leis bruxas e com os direitos dos elfos.
Mione assentiu, fervorosamente.
Kingsley se virou para mim.
— Alice Felton… - ele disse
— Eu… - suspirei
— Você foi a mais difícil. - ele disse
Harry riu.
— Você pode escolher seguir o mesmo caminho que Harry e Rony, se preferir. Nós todos sabemos que você seria uma aurora excelente. - disse ele - Mas a Professora McGonagall comentou que você disse que gostaria de escrever, em uma conversa que vocês tiveram no seu quinto ano da escola. Estou certo?
Assenti.
— Eu gostaria de te oferecer uma vaga no Profeta Diário. - ele disse - Está mais do que na hora de ter alguém competente no comando daquele jornal que causou muita dor para vocês, durante alguns anos.
— Comando? - perguntei
— Bom, o Profeta possui três editores-chefes. Você seria um deles. - esclareceu Kingsley
— Eu não sei. - suspirei - Posso pensar? Por um segundo? Lá fora?
Kingsley assentiu.
Me levantei abruptamente e saí do gabinete. Bati a porta atrás de mim e suspirei. Ouvi a porta abrindo novamente atrás de mim e esperei ver Harry, mas, em vez dele, vi McGonagall.
— Alice… - ela sorriu
— Oi, professora. - murmurei
Ela veio até mim.
— Qual é o problema? - ela disse
— Responsabilidade. - eu ri - Como Kingsley pode estar querendo me dar um cargo no comando de uma coisa? Eu não tenho experiência nenhuma! Eu não sei de nada! Eu quase nunca escrevo!
McGonagall riu.
— Ele te acha capaz. - ela disse - E eu também.
Suspirei.
— Mas nós somos normais… - eu disse - Harry tem medo do escuro. E de pombos! Eu tenho pesadelos toda semana e acordo a noite, as vezes chorando. Harry tem que descer e fazer leitinho para mim! E eu babo durante a noite, as vezes.
McGongall riu.
— Lizzie…- ela disse - Isso tudo faz parte de quem vocês são. E Kingsley sabe disso.
A encarei.
— Talvez não da parte do leitinho, mas, de um modo geral, ele conhece vocês. - ela continuou - E ele ainda assim te acha capaz.
Assenti.
— Você não precisa aceitar, se não quiser. - McGonagall disse - Mas não tenha medo. Você vai ser a melhor jornalista que o Profeta já viu, ou a melhor aurora desse ministério. E, independente do que você escolha, saiba que eu já estou muito orgulhosa de você.
— Eu também. - escutei outra voz dizer.
McGonagall entrou de volta na sala e Harry veio até mim.
— Ei… - ele disse me beijando - Kingsley disse que você pode responder depois, se quiser.
Neguei com a cabeça.
— Eu já tenho a resposta. - eu disse
Harry me encarou, interrogativamente.
— Acho que o Profeta Diário vai ter problemas se tentar falar mal de você novamente. - sorri
Harry me beijou.
— Essa é minha garota. - ele sorriu.
Ele segurou minha mão e nos dirigimos para a porta.
— Você pode fazer uma coluna sobre mim. - Harry disse - Cada semana você fala um aspecto diferente da minha incrível personalidade e beleza estonteante.
Ri.
— “Halice, by Alice.”— ele disse - O que você acha?
— Vamos entrar, Potter. - eu disse, ainda rindo.
…
Depois de assinarmos os contratos, fomos todos para o Caldeirão Furado. Chamamos Gina, Luna, Neville, Draco e Josh, porque tínhamos duas coisas para comemorar. Eles todos ficaram extremamente felizes com o que tinhamos para dizer. Agora éramos adultos com trabalhos e com um casamento marcado para dali a três meses.
Ficamos com uma ressaca horrorosa no dia seguinte que, felizmente, ainda não era o dia em que começaríamos a trabalhar. Harry e eu passamos o dia deitados na cama, conversando sobre como seriam nossos trabalhos. E, embora estivéssemos sem força nenhuma para levantar, tudo estava bem.
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gente eu tenho uma noticia boa/ruim pra dar...
a boa é que eu vou postar MUITOS capítulos agora em agosto....a ruim é que o ultimo vai ser dia 01/09...
pois é, ta doendo bastante em mim mas é necessário que acabe nessa data, vcs já devem imaginar porque...
eu queria pedir para que vocês POR FAVOR não desanimem nas reviews.... eu tenho recebido cada vez menos e isso dói bastante pq eu to gastando tanto desses capítulos grandinhos pós guerra e queria que vcs tb estivessem....
outra coisa, como eu vou postar mais rápido, pode ser que vocês percam a saida de um... eu tb queria pedir que vcs deixassem review em todos os capítulos, se puderem, e não só no ultimo disponível... eu realmente me importo com a opinião de vocês!!!
a semana ta meio maluca mas vou arranjar tempo para responder as reviews de vcs dos dois últimos capítulos, me desculpem pela desorganização e obrigada pela paciencia
bjbj