Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 156
6 - The One with the Pancakes and the Cat Statue (2000)


Notas iniciais do capítulo

notas finais importantes



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/228467/chapter/156

Acordei com o sol batendo no meu rosto e suspirei. Era uma manhã do início de 2000. O inverno ainda estava em vigor, mas naquele dia o sol havia conseguido passar por uma fresta entre as nuvens.

— Precisamos comprar cortinas. - eu disse

Harry emitiu uma risadinha, ainda sonolento.

— Você diz isso todas as manhãs. - ele disse - E ainda assim, você nunca me deixa comprar cortinas, de fato. Você diz que temos que aproveitar o pouco de sol que conseguimos aqui.

Ri.

— É verdade. - eu disse

Harry rastejou na cama e me deu um beijo.

— Bom dia. - ele disse

— Bom dia. - sorri

Me sentei na cama e me espreguicei.

Harry me observou por alguns segundos e depois suspirou.

— A vida é difícil. - ele disse

Franzi a testa.

— Eu tenho uma camiseta e você consegue ficar mais bonita nela do que eu mesmo. - ele disse

Dei uma gargalhada.

— Cala a boca, Harry. - eu disse

Harry beijou minha coxa e se levantou, entrando no banheiro.

Fui até a minha escrivaninha e peguei as cartas que havíamos recebido no dia anterior, mas que ainda não tínhamos lido. A maioria era para Harry, como era de se esperar, mas achei duas cartas iguais, uma para mim e outra para ele, com o selo do Ministério.

— Harry? - gritei - Acho que estamos em apuros.

Harry veio até mim e observou as cartas.

— A gente pode queimá-las. - ele disse

Ri e abri a minha.

Não estávamos em apuros, ainda. A carta pedia para que eu me encontrasse com Kingsley, o Ministro, no dia seguinte. A carta de Harry dizia a mesma coisa.

— Se fosse algo sério alguém nos diria, você não acha? - disse Harry

— Talvez… - ponderei

Ouvimos um estampido na sala e passos correndo em direção ao nosso quarto.

Rony entrou no quarto com os olhos tampados por uma de suas mãos.

— Vocês estão vestidos? - ele perguntou

Harry riu.

— Estamos. - disse ele

Rony abriu os olhos.

— Eu vou ser preso. - ele disse

— O que?! - exclamei

— Eu recebi uma carta do Ministério. O Ministro quer me ver! - ele disse

Harry riu.

— O Ministro é Kingsley. - disse Harry

— Eu sei! - disse Rony - Mas ele pode me prender de qualquer forma!

— Rony, nós também recebemos uma carta assim. - eu disse

— Receberam? - Rony sorriu - Ah, então tudo bem.

— Como você sabe que não vamos todos pra prisão? - perguntei

Rony deu uma risada sarcástica.

— Por favor, Alice Felton. - ele disse

Harry riu.

— Vocês acabaram de acordar? - Rony perguntou, olhando para nós dois.

Assenti.

— Querem panquecas? - ele sorriu

Sorri e assenti novamente, com fervor.

— Bom, desçam quando estiverem prontos. - ele disse - Eu vou ligar pra Mi e pedir para ela vir pra cá.

Assenti, pela terceira vez.

— E, Harry, a Lizzie fica mais bonita com sua camiseta que você. - Rony disse, rindo.

Harry suspirou e concordou.

Rony saiu do quarto e eu abracei Harry.

— Yay! Panquecas do Rony! - sorri

Harry sorriu.

— Que bom que ele finalmente aprendeu a cozinhar. - Harry disse

— Você acha que ele está planejando sair do conforto da Toca para morar com alguém? - sorri - Qualquer pessoa. Não sei, talvez uma menina muito inteligente…

Harry deu de ombros e sorriu.

— Você sabe de alguma coisa? - perguntei

— Não. - ele riu

Apertei suas bochechas.

— Harry! - eu disse

— Eu não sei de nada! - ele riu - E, mesmo se eu soubesse, eu não te contaria.

— Por que?! - perguntei

— Porque é contra as regras. - ele disse

— Não existem regras! - eu disse

— É claro que existem! - Harry riu

— Harry! - exclamei

— Eu não vou te contar! - ele disse

— Você tem que me contar! - eu disse - Eu sou sua namorada! Eu moro com você! Eu destruí um pedaço da alma de Voldemort por você!

Harry deu uma gargalhada e me beijou.

— O que você quer na sua panqueca? - ele perguntou

— Não mude de assunto! - eu disse

— Manteiga, né? - ele disse

— Harry. - eu disse - Eu preciso saber.

Harry sorriu e saiu correndo do quarto.

Sai correndo atrás dele.

Corri até a cozinha e estava prestes a gritar com os dois, quando vi que Mione também estava lá.

— Oh, Hermione. - eu disse

— Bom te ver também, querida. - disse Mione me dando um beijo na bochecha e se sentando novamente.

Harry estava encostado na pia, rindo.

Mostrei a língua para ele.

Rony estava no balcão, mexendo a massa das panquecas.

Fui até Harry e me apoiei nele.

— Eu te amo. - eu sussurrei no ouvido dele, em seguida beijando sua nuca.

— Alice, isso não vai funcionar. - Harry riu

Cruzei os braços e Harry riu novamente.

Harry se aproximou de mim e beijou minha nuca.

— Eu te conto depois que eles forem embora. - sussurrou ele

Sorri e assenti.

— Com manteiga, Lizzie? - perguntou Rony

— Você me conhece… - sorri

Rony me entregou um prato com duas panquecas e deu uma piscadela.

Ele entregou outro prato com duas panquecas e geléia de morango, para Harry.

— Obrigado, amor. - disse Harry

Rony riu e foi até o balcão novamente. Ele desligou o fogo e colocou as duas ultimas panquecas em um outro prato. Rony despejou mel em cima delas, que era o jeito que Hermione gostava das panquecas dela.

— Você vai direto pro céu por decorar as nossas panquecas favoritas, Won-Won. - eu disse, com a boca cheia de panquecas.

Rony riu.

— Não é como se vocês gostassem de ingredientes muito criativos. - disse ele - Vocês três são a representação das panquecas clichês.

Bufei.

— Você gosta de panquecas puras! - eu disse - É a coisa mais sem graça do mundo.

Ele deu de ombros.

Rony veio andando até a mesa mas tropeçou e caiu no chão, deixando cair as panquecas e espalhando mel pela cozinha toda.

— Ouch… - eu disse

— Você está bem? - perguntou Mione, se levantando

Rony se apoiou no chão e ficou ajoelhado.

— Estou. - ele disse

— Seu nariz está sujo. - ela sorriu

— Acho que ter o nariz sujo me traz sorte, então. - ele disse - Quando eu te conheci, eu estava com o nariz sujo também.

Mione franziu a testa.

Rony segurou as mãos dela.

Arfei e olhei para Harry, que sorria.

— Eu te odeio. - murmurei

— São as regras, Alice. - ele riu

Sorri.

— Hermione Granger, você aceita se casar comigo? - disse Rony

Hermione secou as lágrimas e assentiu, com fervor.

— Com prazer. - ela sorriu

Rony se levantou e a beijou.

— Eu não acredito que esses dois vão se casar. - disse Harry, para mim. - Eu ainda consigo ouvir claramente Rony reclamando dela no primeiro ano.

— É LeviOsa, não LeviosA. - ri

Harry riu e passou as mãos pela minha cintura.

Rony e Hermione ainda se beijavam.

Harry limpou a garganta.

— Vocês já terminaram de ficarem noivos na minha cozinha? - perguntou Harry - É hora do café da manhã.

Rony se separou de Hermione e riu.

— Você, como padrinho, deveria estar mais contente do que isso. - ele disse

Harry bufou.

— Eu vou ser o padrinho? - perguntou - Você não tem cinco irmãos? Já checou com todos eles?

Rony riu e Harry pulou em cima dele, com animação.

Fui até Hermione, correndo e gritando.

— VOCÊ VAI SE CASAR! - gritei e a abracei - VOCÊ VAI SE CASAR COM WON-WON!

— EU VOU! - ela gritou de volta

— EU NÃO ACREDITO! - ri

— NEM EU! - ela riu

Nos separamos e eu passei a mão por suas bochechas.

— Parabéns. - sorri

Ela sorriu de volta.

— Você vai ser minha madrinha, não vai? - ela disse

— É claro que eu vou! - eu disse

— Que bom. - ela riu.

Limpei as lágrimas de sua bochecha e dei alguns risinhos.

— Ei, as cartas do ministério eram falsas? - perguntei a Rony - Era uma desculpa para você vir para cá?

Rony riu, nervosamente.

— Não. - ele disse - Estamos realmente em apuros.

Ri.

— Vocês também receberam cartas de Kingsley? - Mione sorriu

Assentimos e ela suspirou, aliviada.

— Não deve ser nada. - ela disse

— Espero que sim. - disse Harry

Rony fez uma careta.

— Você acha que os guardas de Azkaban nos deixariam casar lá?

 

 

 

No dia seguinte, nós quatro nos encontramos em frente ao gabinete do Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt. Às três da tarde, em ponto.

— O ministro quer falar com a gente. - murmurou Rony - E dessa vez a gente nem fez nada de errado!

Ri, nervosa.

— Deve ser algo bom. - dei de ombros

— Nunca é nada de bom conosco. - disse Harry

Hermione riu.

— E eu que achei que nossos problemas haviam acabado há dois anos. - disse Mione

O secretário de Kingsley abriu a porta com um sorriso.

— O ministro está pronto. - ele disse

Entramos no gabinete, enfileirados, e Kingsley nos recebeu com um sorriso. O gabinete era uma sala espaçosa, que possuía vários livros e vários objetos estranhos, como uma estátua de gato empalhado. O sol entrava pela janela, embora o Ministério fosse localizado no subsolo. Bruxos podem fazer esse tipo de coisa.

— Queridos! Não os vejo há muito tempo! - Kingsley disse, dando um abraço em cada um

Assenti.

— Desde os NIEM’s. - Mione disse

— A vida de Ministro deve ser complicada. - eu disse

Kingsley sorriu.

— É uma vida atarefada, mas não é tão complicada agora que tudo está em paz. - disse ele - Graças a vocês.

Sorrimos.

— Bom, sentem-se. - disse ele gesticulando para as cadeiras

Nos sentamos em silêncio.

— Hermione e Rony vão se casar! - exclamou Harry

Kingsley abriu um sorriso.

— Harry, você não pode sair contando isso para as pessoas. - eu disse - É sobre eles dois, lembra?

— Mas agora Kingsley não pode dar nenhuma má notícia para nós. - disse Harry - Porque não seria educado. São as regras.

— Você e suas regras estúpidas! - eu ri

— Se minhas regras impedirem de que sejamos presos, acho que você não vai achá-las tão estúpidas assim, não é, Alice? - disse Harry

Bufei.

— Hermione! Rony! - disse Kingsley, nos interrompendo - Eu fico muito feliz com essa notícia. Meus sinceros parabéns.

Rony e Hermione sorriram.

— Mas… - disse ele olhando para mim e para Harry - Vocês dois acham que vão ser presos?

Assenti.

— Bom, nós achamos que é algo ruim. Não necessariamente a prisão. - disse Harry - Ficamos um pouco traumatizados com nossas vidas.

Kingsley riu.

— Eu vou dar empregos para vocês! - ele riu

Nos entreolhamos.

A estátua do gato mudou de forma ao meu lado, se transformando em Minerva McGonagall. Eu levei um baita susto.

— Eu conheço essa mulher há quase dez anos e ainda não me acostumei com isso. - eu disse

A Profa. McGonagall riu.

— Vocês realmente acharam que seriam presos? - ela disse - Por que?

— Prefiro não responder. - eu disse - Tudo que eu disser pode ser usado contra mim no tribunal.

McGonagall sorriu e conjurou uma cadeira, sentando-se ao lado de Kingsley.

— Nós dois conversamos muito sobre vocês. - ela disse - E achamos que vocês possuem qualidades que se encaixam muito bem com o ritmo do ministério.

— Desprezo por regras? - perguntou Rony

— Fama de baderneiros? - Mione sugeriu

— Imã de problemas? - perguntou Harry

— Ou um senso de humor duvidoso? - sorri

Kingsley riu.

— Tudo isso e muito mais. - a Profa. McGonagall disse

— Harry Potter e Ronald Weasley. - disse Kingsley - Eu gostaria de convidar vocês a se tornarem aurores.

Os olhos de Harry brilharam.

— Sério? - ele disse

Kingsley assenti.

— Vocês me parecem perfeitos para o trabalho. - ele sorriu

— Eu adoraria. - disse Rony

Harry concordou.

— Hermione Granger. - sorriu Kingsley - Você tem a capacidade para trabalhar em qualquer departamento desse prédio.

Hermione riu.

— Mas gostaria de sugerir que você fosse para o Departamento da Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, por causa do seu empenho com as leis bruxas e com os direitos dos elfos.

Mione assentiu, fervorosamente.

Kingsley se virou para mim.

— Alice Felton… - ele disse

— Eu… - suspirei

— Você foi a mais difícil. - ele disse

Harry riu.

— Você pode escolher seguir o mesmo caminho que Harry e Rony, se preferir. Nós todos sabemos que você seria uma aurora excelente. - disse ele - Mas a Professora McGonagall comentou que você disse que gostaria de escrever, em uma conversa que vocês tiveram no seu quinto ano da escola. Estou certo?

Assenti.

— Eu gostaria de te oferecer uma vaga no Profeta Diário. - ele disse - Está mais do que na hora de ter alguém competente no comando daquele jornal que causou muita dor para vocês, durante alguns anos.

— Comando? - perguntei

— Bom, o Profeta possui três editores-chefes. Você seria um deles. - esclareceu Kingsley

— Eu não sei. - suspirei - Posso pensar? Por um segundo? Lá fora?

Kingsley assentiu.

Me levantei abruptamente e saí do gabinete. Bati a porta atrás de mim e suspirei. Ouvi a porta abrindo novamente atrás de mim e esperei ver Harry, mas, em vez dele, vi McGonagall.

— Alice… - ela sorriu

— Oi, professora. - murmurei

Ela veio até mim.

— Qual é o problema? - ela disse

— Responsabilidade. - eu ri - Como Kingsley pode estar querendo me dar um cargo no comando de uma coisa? Eu não tenho experiência nenhuma! Eu não sei de nada! Eu quase nunca escrevo!

McGonagall riu.

— Ele te acha capaz. - ela disse - E eu também.

Suspirei.

— Mas nós somos normais… - eu disse - Harry tem medo do escuro. E de pombos! Eu tenho pesadelos toda semana e acordo a noite, as vezes chorando. Harry tem que descer e fazer leitinho para mim! E eu babo durante a noite, as vezes.

McGongall riu.

— Lizzie…- ela disse - Isso tudo faz parte de quem vocês são. E Kingsley sabe disso.

A encarei.

— Talvez não da parte do leitinho, mas, de um modo geral, ele conhece vocês. - ela continuou - E ele ainda assim te acha capaz.

Assenti.

— Você não precisa aceitar, se não quiser. - McGonagall disse - Mas não tenha medo. Você vai ser a melhor jornalista que o Profeta já viu, ou a melhor aurora desse ministério. E, independente do que você escolha, saiba que eu já estou muito orgulhosa de você.

— Eu também. - escutei outra voz dizer.

McGonagall entrou de volta na sala e Harry veio até mim.

— Ei… - ele disse me beijando - Kingsley disse que você pode responder depois, se quiser.

Neguei com a cabeça.

— Eu já tenho a resposta. - eu disse

Harry me encarou, interrogativamente.

— Acho que o Profeta Diário vai ter problemas se tentar falar mal de você novamente. - sorri

Harry me beijou.

— Essa é minha garota. - ele sorriu.

Ele segurou minha mão e nos dirigimos para a porta.

— Você pode fazer uma coluna sobre mim. - Harry disse - Cada semana você fala um aspecto diferente da minha incrível personalidade e beleza estonteante.

Ri.

— “Halice, by Alice.”— ele disse - O que você acha?

— Vamos entrar, Potter. - eu disse, ainda rindo.

 

 

Depois de assinarmos os contratos, fomos todos para o Caldeirão Furado. Chamamos Gina, Luna, Neville, Draco e Josh, porque tínhamos duas coisas para comemorar. Eles todos ficaram extremamente felizes com o que tinhamos para dizer. Agora éramos adultos com trabalhos e com um casamento marcado para dali a três meses.

Ficamos com uma ressaca horrorosa no dia seguinte que, felizmente, ainda não era o dia em que começaríamos a trabalhar. Harry e eu passamos o dia deitados na cama, conversando sobre como seriam nossos trabalhos. E, embora estivéssemos sem força nenhuma para levantar, tudo estava bem.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gente eu tenho uma noticia boa/ruim pra dar...
a boa é que eu vou postar MUITOS capítulos agora em agosto....a ruim é que o ultimo vai ser dia 01/09...
pois é, ta doendo bastante em mim mas é necessário que acabe nessa data, vcs já devem imaginar porque...
eu queria pedir para que vocês POR FAVOR não desanimem nas reviews.... eu tenho recebido cada vez menos e isso dói bastante pq eu to gastando tanto desses capítulos grandinhos pós guerra e queria que vcs tb estivessem....
outra coisa, como eu vou postar mais rápido, pode ser que vocês percam a saida de um... eu tb queria pedir que vcs deixassem review em todos os capítulos, se puderem, e não só no ultimo disponível... eu realmente me importo com a opinião de vocês!!!
a semana ta meio maluca mas vou arranjar tempo para responder as reviews de vcs dos dois últimos capítulos, me desculpem pela desorganização e obrigada pela paciencia
bjbj