Blizzard escrita por LyaraCR


Capítulo 4
04




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Tudo o que posso dizer, é que Trollei vocês nesse capítulo! Saberão o motivo no fim do mesmo! Bem vindos de volta!

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Blizzard

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As coisas haviam ficado claramente confusas após o telefone tocar. Itachi voltara para o quarto um tanto quanto tímido e o mais novo nada dissera. Apenas continuara deitado, constando.

O outro parara à beira da cama como se hesitasse. Seus olhos procuravam qualquer direção, menos a de Sasuke. Era como se o simples fato de olhar para ele fosse fazer seus olhos queimarem. Então, decidindo que não poderia ficar estagnado ali, se deitara, quieto, recebendo um olhar corriqueiro do outro. Sentia seu rosto queimar, e isso era o mais estranho. Sempre tivera uma vida social agitada, muitas pessoas em sua lista; talvez só estivesse reagindo desse modo por ser Sasuke, por ele ser um garoto e também pelo mero detalhe de ser seu irmão mais novo.

— Qual é...

Ele disse, surpreendendo Itachi, trazendo sobre sua pessoa os olhos de ônix do mais velho. Olhou bem pra ele antes de voltar-lhe as costas numa atitude tipicamente infantil, arrancando-lhe uma reação.

— Sasuke... — disse, aproximando-se sem querer dizer mais nada, segurando-o o ombro enquanto mordiscava o pescoço pálido — Quer saber quem ligou?

— Ah! Então está tudo bem... — sarcástico como sempre — Claro...

— Okaa-san disse que tio Madara está à caminho.

O mais novo imediatamente voltou-se ao outro.

— Como é? Quando...

— Provavelmente pela manhã.

Respondeu. Já sabia do que se tratava, vendo que o outro soava preocupado e surpreso.

— Como é que vamos disfarçar as coisas?

Itachi o olhou com uma expressão indecifrável, o que deixou a mente do mais novo ainda mais atormentada.

— Que coisas?

— Que coisas? — o imitou — O fato de estarmos dormindo na mesma cama com tanto espaço na casa, o fato de... — refreou-se — Quer saber... Não importa.

Fez como se pretendesse se levantar, mas a mão em seu pulso o impediu, puxando de modo rude, e logo tinha os braços dele ao seu redor.

— Fica calmo, otouto... — o beijou o pescoço — Vamos conseguir passar por isso também.

— Você sabe que ninguém pode sequer desconfiar, não é mesmo?

Sasuke perguntou, sério demais para alguém de sua idade.

— Sim, eu sei. E eu prometo, farei do modo que você quiser.

— Então me prometa também, que não vai me deixar cair nas saias-justas do tio Madara...

— Prometo, claro que prometo... — Itachi o acariciou o rosto antes de respirar fundo — Nós sobrevivemos a uma nevasca fora de época, estamos quase nos livrando dela. Acho que tio Madara não é mais ameaçador que a natureza... Vamos conseguir.

— Ele é muito esperto.

— E nós sempre fomos muito juntos. Fique calmo, eu te prometo que ele não vai nos incomodar...

E, talvez para assegurar, firmar tudo o que dissera, Itachi lhe selou os lábios, uma, duas vezes, antes de ser puxado para um beijo. Que Madara viesse, mas prometeu para si mesmo, que se começasse a atrapalhar as coisas, o esquartejaria e jogaria aos lobos. Tá, era fato que não o faria, mas era fato também que protegeria Sasuke e o que haviam acabado de construir.

O que realmente importava era o fato de estar ali, com o mais novo, fazendo tudo o que sempre quisera, e sabendo-se correspondido. O apertou o quadril, forte, numa espécie de arranque em sua direção, e tudo o que ganhou além do gemido um tanto quanto descontrolado, fora de compostura, foi uma mordida forte no lábio inferior, claro indicativo de que as coisas estavam saindo de controle. Riu de canto, se afastando para lhe mordiscar o ombro, marcando. Logo o sentiu abrir as pernas, convidativo, e pôde sentir a animação daquele corpo. Foi puxado para mais perto e então se pressionou contra ele. Ofegavam. Olhou naqueles olhos negros.

— Você está fazendo eu me perder, otouto...

A voz rouca, claro indicativo de que não estava mentindo. Sasuke riu, perverso. Era fato que queria que o outro realmente se perdesse. E podia sentir o corpo dele, ao mesmo tempo em que sentia o seu, que, inutilmente, tentava esconder. Não queria que ele percebesse o quão empolgado estava, mas em pouco tempo, deixou de fazer questão disso, exatamente no momento em que perdeu sua camisa, momento que Itachi atacou um de seus mamilos, mordiscando, trilhando um caminho enlouquecedor. Suas mãos estavam presas aos fios negros, numa súplica muda, e não, o outro não parecia entender, não de todo.

— Aniki...

Chamou. Ele apoiou-se num dos cotovelos e aqueles olhos estranhamente brilhosos voltaram à sua direção. O mais novo mordiscou o lábio inferior. Estava olhando para uma das faces do irmão jamais vistas. Parecia devasso, perdido.

— Aniki... Pare...

— Por que, Sasuke?

— Eu quero... — hesitou algumas vezes antes de respirar fundo — Quero mais contato, mas não assim...

O sorriso que se desprendeu do rosto do outro foi um tanto quanto assustador, um tanto quanto inédito.

— Diga-me... o que quer?

— Não preciso dizer...

Tocou o corpo do mais velho, abaixando a roupa íntima, abaixando a sua... E o contato foi inevitável. Arrepiaram-se, gemeram, e logo as bocas se ocupavam enquanto um ritmo era imposto, causando uma deliciosa fricção quente, causando ainda mais desejos, ainda mais vontade de se perderem. Itachi afastou-se apenas o bastante para olhar o rosto do irmão. Estava tão lindo, dentre aquela penumbra de início de noite, corado, os olhos entreabertos... Havia perdido todo o jeito inocente. Parecia outro, totalmente mudado. E os olhos dele procuravam os seus, impondo, ordenando sem palavras.

O movimento não cessava, mas também não era o bastante. Itachi deixou-se, com apenas uma mão, apertar os dois membros, um contra o outro, acariciando, provocando de modo delicioso, e logo ouvindo os gemidos do mais novo cada vez mais roucos, altos. Clara evidência de que ele estava perto.

— Aniki... E-eu...

— Espere...

— Não consigo!

O jeito que então arqueou o corpo esguio, apertando as pernas contra os quadris daquele que investia com força, precedeu sua explosão. A voz rouca foi abaixando aos poucos, até tornar-se em meros ofegos, e sem perceber, Itachi derramou-se. Aquela imagem do outro ficaria para sempre em sua mente. Era fato. Envergonhou-se um pouco pela altura de seus gemidos e pela expressão perversa na face do outro. Deixou-se cair ao lado do mesmo. As respirações de ambos estavam descompassadas, assim como os corações acelerados. Palavras não foram ditas, e logo estavam adormecidos, Itachi, como sempre, abraçado ao corpo menor.

XXX

Sasuke abriu os olhos. Sonhar com Madara chegando e encontrando os dois ali, justo como estavam, havia espantado sua vontade de permanecer no mundo de Morfeu. Tudo estava escuro demais. A música ainda vinha da sala. Tocou o rosto de Itachi, fazendo com que ele acordasse também. Ainda preguiçosos, só permaneceram ali, por um bom tempo, até acharem que já era o bastante e se levantarem, perdendo bons minutos num banho quase que promíscuo, quase que excedendo certos limites determinados pelo mais velho para a segurança de ambos. Sasuke sabia jogar, sabia provocar, tão bem quanto qualquer outra pessoa, melhor até mesmo que seu irmão, para quem as coisas estavam cada vez mais difíceis. Conter-se com um corpo tão entregue à sua frente era um tanto que... difícil, doloroso. Estava perdido, o corpo se arrepiando de instante em instante, e não por causa do frio, o coração acelerando sempre que o outro vinha em sua direção...

Estavam na cozinha. O vento, do lado de fora, fazia com que aquele lugar se parecesse a própria versão do inferno na terra. Podiam ouvir, tudo rangia. Fato que já haviam passado por algumas tempestades ali e os sons eram comuns, mas de todo modo chegava a assustar, mesmo, porque podiam ver a neve resvalando contra as janelas.

— Você não disse que isso ia passar, Aniki?

— Foi o que okaa-san disse, Sasuke... Não parece estar melhor, não é mesmo?

— Não, não parece.

Cozinhava qualquer coisa. Estavam famintos. O outro o abraçou por trás. Tantos casacos lhe davam ganas de arrancar um por um para sentir a pele do outro.

— Fique calmo... Estava pior, você sabe que sim. E superamos.

— A casa não estava rangendo aquele dia...

Itachi o beijou o pescoço, ajudando a cozinhar.

— Fique calmo. Eu sei que é estranho, mas a estrutura aguentaria um tornado fraco. Não tem porque ficarmos assustados, não ainda. Prometo que vai ficar tudo bem outra vez.

Sorriu para assegurar aos olhos desconfiados do outro. Sasuke pareceu se acalmar por um ou outro instante, mas podia ver, ele continuava estranhado, sempre atento a qualquer ruído, qualquer indício de que o vento ou o que quer que fosse estivesse aumentando. Itachi assustou-se por algumas vezes. Era estranho... Tantas alterações climáticas numa época tão... imprópria à elas...

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Já haviam comido, voltado para a cama, bebido e agora estavam, ambos, no sótão. Observavam ao redor da casa, onde dava pra se ver, mesmo que pouco, pela iluminação interna. Podiam ver a neve varrendo a neve, e aquilo estava muito estranho. Por suposto havia passado o pico da nevasca, mas não era o que parecia.

— Estou com medo.

Disse o mais novo. Já eram altas da noite, quase madrugada, e as coisas não pareciam estar melhorando. Não sabia quantos dias mais poderia aguentar daquela adrenalina.

— Eu também, otouto... — o abraçou — Isso não é normal, não mesmo. Esse clima, nessa época do ano... Eu não sei o que pensar.

— Os celulares ainda pegam?

— Não, estamos ilhados outra vez.

— Pelo menos uma vez na vida posso dizer que agradeço ao tio Madara por estar vindo...

Itachi riu.

— A nevasca não parece tão perigosa quando penso nele.

Foi a vez do mais novo gargalhar.. Felizmente pareciam estar descontraindo, mesmo que pouco a pouco.

— Nossos pais não vem?

— Vem, mas não hoje, ou amanhã. Otou-san convidou Namikaze e a família, então precisam de uma semana para ajeitar as coisas na empresa.

— Naruto está vindo?

— Claro.

Ver o sorriso na face de Sasuke era estranhamente perturbador. Por um momento, a nevasca não parecia importante, nem arriscada demais. Temia era o fato do garoto estar se deixando impressionar pelo fato de um amigo vir com a família invadir suas férias.

— Por que parece tão feliz?

— Mais gente.

Foi tudo o que ele disse.

— Eu juro que não te entendo. Há algumas horas estava irritado porque Madara estava vindo, e agora, mais gente?

— Aniki... — suspirou, como se fosse explicar uma coisa óbvia demais ao outro — Tio Madara é uma serpente. Naruto e sua família serão bons para nós. Mais gente, menos espaço, quartos divididos...

Um sorriso de canto, perverso e claro o bastante para até alguém disperso entender. Apertou o corpo menor dentre seus braços.

— Então é esse o ponto... — mordiscou a pele clara — Interessante...

— Aniki...

Praticamente gemeu. O outro o estava provocando claramente, ali, dentre os móveis do sótão, com uma nevasca horripilante do lado de fora.

— O que foi?

— Tem certeza de que quer fazer isso aqui?

— Eu não me importo com o lugar, não mesmo...

— Qual é!

Se afastou. O outro o tomou pelo pulso, impedindo que o fizesse ainda mais. O tranco que deu para se desvencilhar machucou um pouco. Mas quem é que se importava, não é mesmo?

Se arrastou para longe, e ele veio junto, para então puxar o corpo menor para perto, e tomar os fios curtos com uma mão, um agarre forte o bastante para assustar o mais novo. Olhou nos olhos dele.

— Se não quiser desse jeito, a gente para.

Alertou. Talvez ele não gostasse, não sabia, mesmo que tivesse quase certeza que sim, era do agrado dele. Sasuke retribuiu o agarre, mão aos fios do outro.

— Eu não quero parar.

Puxou com força, mordiscando o lábio inferior do mais velho com certa força quando próximo o bastante. Os gemidos eram um tanto quanto altos, despudorados. Nenhum deles se importava realmente. Os corações disparados, os rangidos do ambiente.. Tudo culminava naquele momento para sensações fortes, para um pouco de agressividade, um pouco de voracidade expressa sem restrições.

— Eu te desejo...

Itachi sussurrou, deixando em seguida sua língua deslizar pelos lábios do outro, contornando, provocando, incitando pensamentos nada saudáveis. Afastou-se e o atirou contra a parede, com força, colando seu corpo ao dele, pressionando-se contra, escutando os gemidos mal contidos...

— Você me deseja também?

— E-eu...

— Responda!

Gritou, o outro sorriu de canto.

— Não.

Disse.

— Então acho que terei que te domar, não é mesmo?

— Duvido que consiga.

Provocou. Itachi o tomou pelos cabelos, descendo do sótão até o quarto onde dormiam, e mesmo com certa dificuldade, acabou despindo-o, deixando restar apenas a roupa íntima. O atirou contra a cama, deixando a própria roupa pelo caminho, logo o tomando os pulsos com uma só mão, olhando naqueles olhos cheios de luxúria, de desejos...

— Ainda vai resistir?

Inquiriu o mais velho. Sem obter respostas, riu, segurando o rosto de Sasuke com força, olhando bem para aquele sorriso que nada dizia além de um "continue" descarado.

— Vou ter você, queira ou não.

— É o que veremos.

Usando sua força e aproveitando-se da distração do mais velho, o garoto inverteu as coisas. Agora estava por cima, prendendo as mãos de um Itachi surpreso acima de sua cabeça, prendendo os quadris dele com seu próprio peso e provocando com alguns movimentos.

— Acho que não está em posição de dar ordens...

Provocou, rindo um tanto quanto debochado, a boca próxima demais do ouvido do mais velho. Beijou-lhe o pescoço, sentindo que ele estremecia, notando que sua pele se arrepiava por completo. Como não havia notado toda aquela sensibilidade do outro até então? Era incrível! Até mesmo o modo como ele pulsava sob seu corpo.

Trilhou um caminho de beijos e mordiscos corpo abaixo, provocando os mamilos, justo como havia feito com os seus, provocando os pontos fracos do abdômen, vendo-o se arrepiar... Cada gemido era como um prêmio que finalmente ganhava.

Quando chegou à borda da roupa íntima do outro, a puxou com os dentes, apenas provocando, para então, depois, sob um olhar perplexo, deslizar a língua sobre o tecido negro, deixando o mais velho sentir o calor, a umidade... Itachi se soltou e suas mãos foram parar nos fios negros, um agarre forte. Sentiu quando Sasuke puxou sua roupa íntima para baixo. Sentiu quando os lábios dele envolveram seu corpo. Sentiu que o estava pervertendo, sentiu culpa. No fundo, sabia que era errado, mas com aqueles olhos contra os seus, afirmando que tudo estava perfeitamente bem, não podia deixar-se arruinar o momento com questionamentos e preocupações inúteis.

Os lábios delicados envolvendo sua glande, a língua procurando por seu gosto e de repente, quase que totalmente envolto naquela boca, exclamou qualquer coisa indecente, atraindo os olhos do mais novo contra os seus, um gemido dele reverberando por onde menos deveria reverberar. E ele o deixou escorregar para fora de sua boca, agora um tanto quanto avermelhada.

Antes que pronunciassem qualquer palavra, foram surpreendidos por um ruído extremamente alto. Era fato que o vento estava atirando galhos contra a casa. Só esperavam que as janelas não fossem destroçadas, que não ocorresse nenhum dano grave.

— Otouto... — o tomou o pulso com delicadeza, deitando-o e adentrando sob os edredons com ele — Está muito tenso... Precisa de uma massagem...

Assentou-se sobre ele, de modo a pressionar seu membro dentre aqueles glúteos, sem despi-lo da roupa íntima, ameaçando, enquanto suas mãos pressionavam o local mais que correto entre os ombros e o pescoço... E o toque veio descendo, pouco a pouco por suas costas, até alcançar a borda de sua boxer e, sem aviso ou solicitação, puxar para baixo.

Gemeu. O atrito que agora sentira de seu membro contra o lençol, o fizera arder um tanto que mais. Sentiu o corpo do mais velho deitar-se parcialmente sobre o seu.

— Otouto... Eu te amo.

— Eu também te amo, Aniki...

E a casa continuava a ranger.

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Continua...


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