Mensagem mogadoriana escrita por Marília Kane


Capítulo 4
A batalha da clareira




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Quando vozes começam a aparecer, sei que me aproximo do local. Com passadas leves, me escondo atrás de uma árvore observando uma clareira.

Solto um suspiro de medo. Seis estava dominada por um guerreiro, com uma faca em seu pescoço. Seu cabo reluzia uma cor azul brilhante e sua lâmina era tão afiada quanto uma espada.

Se não fosse uma luta, o lugar seria bonito. Fantasio por um momento um pique-nique na primavera, ao lado de minha loriena. Apago rapidamente de minha mente, e concentro em uma estratégia. Não há tempo. Não pense, só aja.

Corro o máximo que posso e enfio minha adaga no ombro do mogadoriano que prendia Seis. Ela o empurra assim que se livra de seus imensos braços, e parte para outro guerreiro. Continuamos lutando por alguns minutos até que todos se transformassem em cinzas.

Permanecemos em silêncio, com a respiração ofengante, esperando que mais deles aparecessem. Quando concluí que não viria ninguém por ora, abracei-a com força.

- Você sempre me salvando.. estou um pouco em dívida, não?

- Você sabe como agradecer. – abro um sorriso e a beijo. Logo nos separamos e corremos para chegar a Sam. Não demoraria muito até que outro grupo de mogadorianos nos alcançasse.

 **

- SAM!- disse ela enquanto o abraçava – Você quase nos matou de preocupação!- e deu um soco em seu braço.

- Ai! É assim que você mostra que ficou preocupada? – pôs a mão onde a garota o machucou e sorri. – A gente conversa no caminho, ainda não nos livramos deles.

Assenti com a cabeça e andamos até o carro.

- Espera Sam! O que é isso? – paro e toco sua orelha. Embaixo dela, havia um objeto de meio centímetro por baixo da pele, exibindo um leve brilho vermelho.

- Acho que machuquei, não deve ser nada.

- Parece algum tipo de chip. – Seis se aproxima e sente o objeto. – É um rastreador, Marina me falou sobre eles.

- Por isso sempre conseguem nos achar tão fácil. Devem ter colocado enquanto estive na caverna. – Sam tenta puxar o chip com a mão, mas a tentativa é inútil.

- Temos que tirar isso e colocar em algum lugar na floresta, talvez os distraia. – digo por fim.

Seis volta da caminhonete com o kit de primeiros socorros. Ela tira o bisturi e uma agulha. Corta a pele de Sam e empurra o rastreador para fora. Ele urra de dor e segura firme em minhas mãos. Pontos feitos, me encarrego do curativo.

O sol começa a nascer e hesito. Muito tempo se passou desde que saímos do hotel. Outros já devem estar próximos. Com a boca pingando sangue, Bernie surge da mata. Deve ter caçado nesse tempo.

- Amigão, preciso que esconda isso num lugar bem distante. – coloco o chip em sua boca. – Volte rápido.

Cerca de 5 minutos depois, ele entra no carro. Chamo Sam e Seis e seguimos viagem, sem pretensão nenhuma de parar.


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