No North blue há uma ilha conhecida como " Saido Island" é uma ilha um pouco grande dividida em três partes, a parte oeste onde fica localizada a cidade de Dehemiu, a parte leste onde fica a cidade Ryotsu e o centro onde localiza-se cidade Ravena.Saido island é uma ilha tranquila pela qual normalmente é esquecida na rota dos piratas e devido a isso há a pouca vigilancia por parte da Marinha o que fazia com que alguns procurados da mesma se instalassem na ilha. Mesmo reunindo algumas pessoas perigosas essas procuravam se redimir de seus pecados ou viver uma vida tranquila longe dos crimes do passado .Ravena é a cidade principal de Saido Island onde haviam as mais belas construções dentre as das outras cidades devido ao fato das pessoas mais nobres da ilha se concentrarem em Ravena. No entanto ao mesmo tempo que havia o luxo a cidade , havia a tristeza e a pobreza no orfanato local.Havia muitas crianças que eram abandonadas em Saido Island, e mesmo sem condições financeiras a Cozinheira e gerente do orfanato Mary Schiffer aceita de bom grado todas as crianças ali deixadas  buscando as tratar como seus próprios filhos.Grande parte das crianças eram hostis mesmo com o tratamento que recebem, afinal mesmo quando criança a natureza individual seja ela boa ou ruim já poderia ser vista.Era uma noite escura e extremamente gelida o céu era coberto por nuvens negras que parecia engolir a lua e as estrelas, grande parte dos cidadãos se abrigavam em suas casas devido ao risco eminente de uma tempestade acontecer.Por mais que não houvesse um histórico de violencia os comerciantes começavam a fechar suas lojas, e em uma delas se encontrava uma mulher de aproximadamente 25 anos detentora de um rosto angelical pela qual carregava sacolas extremamente pesadas, no entanto esta não demonstra quaisquer dificuldades em carregar um peso pelo qual muitos dos homens da cidade jamais sonhariam em levantar. Em meio aos seus longos cabelos ruivos era possivel ver em seu rosto extremamente palido devido a falta de contato ao sol um sorriso, mesmo com roupas simples e aparente sofrimento aquela jovem tinha posse de uma determinação invejavel e tal determinação tornava os problemas e o próprio cansaço algo quase inexistente em sua vida,  ela chamava muita atenção por onde esta passava.Seu nome? Mary.Sim, esta bela jovem era a dona do orfanato da cidade.Após um bom tempo de caminhada era possivel ver uma pequena construção que tinha uma aparência extremamente humilde. Começava a chover e em meio a chuva a ruiva se aproxima o suficiente para ver uma criança de aproximadamente 5 anos em frente a porta, vendo a situação quase que instantaneamente ela se aproxima da criança detentora de cabelos de coloração azul escura, a mesma cor de seus olhos, era possivel ver uma extrema pureza nos olhos do garoto, diferente do que via em várias crianças pela qual esta abrigava em seu orfanato. Havia crianças que mesmo tendo uma idade parecida tinham indoles extremamente ruins.Antes que pudesse falar algo garoto  por instinto tentava ajudar-la com a sacola,  porém acabou não sendo de nenhuma ajuda e quase se machucou tentando  ajudar-la,  a atitude de certa forma era bonitinha. A cena arrancou algumas risadas da ruiva pela qual colocava as sacolas no chão colocando a mão sobre a cabeça da criança colocando a outra mão em seu bolso procurando pelas chaves.Era possivel notar no rosto palido do garoto o que parecia ser um sorriso.
Levando a outra mão a fechadura junto a chave, girava um pouco o braço abrindo a porta. O interior do local por mais que simples era aconchegante era possivel ver um grupo de crianças formando uma roda em volta de algo, Mary pegava as sacolas, distraida acabou não percebendo o circulo que se formava a sua frente então abria um sorriso enquanto adentrava a residencia e dizia ao garoto com um ar extremamente acolhedor:

– Entre, esta frio ai fora não esta? Qual o seu nome?

O garoto que trajava roupas totalmente inadequadas ao clima, tremia um pouco devido ao frio e  a chuva pelo qual havia tomado com certo receio respondeu a primeira pergunta balançando a própria cabeça pra cima e pra baixo, então respirou fundo e tomava coragem pra falar o próprio nome:

–La-Lavi...esse é único nome que tenho lembranças...

A ruiva sorriu, o colocando pra dentro, e então  fechou a porta e levando as sacolas a um outro comodo. Em meio a esse curto espaço de tempo o jovem de cabelos azulados detentor de uma pele extremamente palida ouviu um barulho pelo qual pareceu ser um barulho de choro e esse barulho parecia vir do meio da roda de crianças que riam ensandecidas.
O garoto que mal havia chegado correu desesperadamente em direção a roda tropeçando e derrubando uma das crianças que estavam formando o circulo, com dificuldades se levanta notando a sua frente enquanto estava levantando uma pequena menina de cabelos extremamente longos com uma coloração azul turquesa. A garota  esta estava em prantos.  Lavi mal podia acreditar no que seus olhos que viam, era como se estivesse vendo um anjo a sua frente.Esse sentimento inocente o envolvia por aquele segundo que pareceu durar minutos, mas assim que se levantou este era jogado no chão novamente com violencia enquanto ouvia diversos comentários das crianças que estavam ali na roda um garoto loiro com um ar de extrema superioridade e furia perguntava:

–Quem é você? Mais uma das aberrações?

O pequeno garoto de cabelos azulados ignorando o que lhe fora perguntado se aproximou da garota limpando com uma de suas mãos as lagrimas que escorreriam sobre o rosto da garota perguntando:

– Vo-você esta machucada?

Era possivel notar em seus olhos uma preocupação sincera, a garota olhava em seus olhos forçando um sorriso enquanto dizia:

– Estou bem. Você não precisa se preocupar comigo...
Dizia a garota cabisbaixa.

 -Não se aproxime de mim se não eles também vão... eles vão...

As suas palavras foram interrompidas por um abraço repentino vindo do garoto que dizia:
-Eu não sou muito esperto ou muito forte mas, não diga algo tão triste... Ficar só é algo muito triste. Se quiserem me bater por estar ao seu lado, eu apanharei, se  alguém quiser te machucar, eu serei o seu escudo mas... mas... não  chore...  bom... já sei...

O garoto levantou o dedo mindinho enquanto  guiou a  outra mão da garota  para que fizese  o mesmo.

- Não vamos abandonar um ao outro, é uma promessa!

Em meio as palavras de Lavi aqueles que haviam formado a roda não estavam nem um pouco felizes em serem ignorados.Era possivel ver muitos deles fecharem os punhos enquanto se aproximam do garoto, aquela provavelmente seria   a maior covardia que  ambos já foram alvos até o momento.Antes que o pior acontecesse era possivel ouvir a doce voz de Mary:

– O que vocês estão fazendo? Estão pertubando a Haruna-chan novamente ?e ainda pertubando o menino novo? Vão todos vocês pra cama sem jantar!

A sua voz tinha uma firmeza inesperada, e instingava um sentimento de medo nos garotos que agora já não estavam mais tão cheios de si por estarem em maior numero.Estes se afastavam de Lavi e Haruna .

O rosto da garota antes coberto de lagrimas agora  era preenchido um lindo sorriso que  se torna ainda mais bonito com a ruborização de sua face.

- Eu prometo se você prometer.
o pequeno menino não era diferente  fascinado com o sorriso da garota de  cabelos longos ruborizou ignorando tudo além dela naquele ocasião,

- É claro que eu prometo.

 Ambos se entre olhavam, era possivel ver, sentir a pureza do sentimento dos dois, a alegria que era  ambos sentiam apenas por estar um ao lado do outro.Mas esse sentimento de paz mutua e felicidade logo era interrompida por um comentário que podia ser ouvido de longe de um dos garotos que formavou o circulo ao redor de Haruna anteriormente:

– Essas duas aberrações...Essa mulher não pode proteger vocês pra sempre... Vocês irão pagar por isso...