Ainda parada na porta, olhou absorta e assustada. Não poderia ainda acreditar que o havia beijado! Tudo que ela sempre quis, estava na frente dela, nas palavras do homem que fazia seu corpo tremer por inteiro. Talvez seria melhor apenas ir para casa e inventar uma desculpa. Tinha medo de como Sasuke reagiria se caso fizesse isso, parecendo que estava correndo dele.

Era apenas um medo passageiro.

Ela teve vários motivos, mas não conseguia ficar longe dele.

Fechou a porta do quarto, sorrindo maliciosa. Um imenso prazer veio à tona, acompanhado de um sorriso de Sasuke. Ela o percebeu antes de escorregar pela madeira fria. Seu vestido estava “jogado” pela sua perna e pouco se importava se caso alguém passasse. Ainda estava em total êxtase de sua nova descoberta. O amor de Sasuke era seu e dele cuidaria que fosse para sempre. Quanta vez devaneara enquanto ouvia a voz firme e cortante dele, tratando de assuntos trivais. Ela conseguia apenas sorrir sonhadora e dispersa, sem deixar de fitar aquele que lhe trouxera tanta paz. Soltou alguns risinhos abafados e decidiu se levantar para poder ir pegar suas coisas.

Os azuis cintilavam.

Dentro do quarto, o moreno lembrava do gosto da loira, completando a sua boca, que avidamente pedia por mais. Seu maior desejo era que ela não desistisse, que voltasse para os braços dele. Sabia que talvez teria agido de modo que ela se surpreendeu, mas não agüentava mais guardar aquele segredo. Ino era aquela que o fazia sentir que as coisas tinham saída, tinham uma solução. “Ela não vai voltar”, esse ato vinha  a sua cabeça e entrava em contradição com que tudo que estava pensando ou ousava pensar. Afundou o corpo como pode naquela cama e passou a mão logo ao seu lado. “ Hoje a quero aqui”. Ansiava por poder tocar mais intimamente  aquele corpo e queimar junto com Ino, tudo aquilo que há tanto tempo permaneceu escondido sob conversas.

Ele sabia que seu ego não poderia falhar.

Entristecera-se por não poder satisfazê-la por completo. Como perdera o movimento com as pernas, não poderia proporcionar todo o prazer que pretendia, isso se caso ela o deixasse oferecer, coisa da qual ele não tinha duvidas. Sabia que a tinha nas mãos e isso parecia completamente conveniente. Lembrou-se do cheiro de sua loira, entorpecido em sua memória e marcado no tecido de sua roupa.

...

Assim que conseguiu descer as escadas, pois sentia o corpo completamente mole, apoiou no corrimão e viu Aiko ao longe, com uma expressão preocupada e caminhando em sua direção.

-         Ino,  o que houve? – perguntou preocupada – Você parece pálida...

-         Estou bem, Aiko-chan – respondeu dando um beijo na testa da empregada – Apenas vou ir a casa, mas não demoro.

-         Vejo felicidade em seus olhos – disse Aiko acariciando a face de Ino.

-         Ele me ama, Aiko – disse com lágrimas soltando dos orbes já afagados em água.

Recordou das mãos dele passando por seu vestido, caminhando em sua cintura e logo sentiu o corpo arder em um calor descomunal. O que Sasuke fazia com ela chegava ao ponto se ser ridículo. Com ele, perdia o controle e passava-o para ele, sem nem ao menos pestanejar. Não conseguia dizer não. Era uma sede que brotava em seu coração e passava como uma corrente por todo seu ser. Era o amor.

-         Eu sei – disse balançando a cabeça – Você vai fazê-lo muito feliz, Ino... Não vejo outra mulher para ele se não você...

-         Já sabia? – perguntou afobada, tentando controlar tudo que seu corpo transmitia.

-         Ora, até parece que entrei para trabalhar nesta casa ontem, - disse em tom de brincadeira – Vá logo, sabe que ele não gosta de esperar...

E ela foi.

Com  a ideia fixa em sua mente.

Aquele homem era seu.

Correu pelas ruas apesar do salto e parecia estar flutuando, andando nas nuvens e pouco ligava para o que as pessoas cochichavam. Estava rindo por fora, mostrando ao mundo que nada a poderia abalar. Não sabia o que fazer no dia seguinte e isso pareceu ser muito pequeno. Assim que se viu na porta de casa, procurou freneticamente as chaves, chegando a ponto de demorar a colocá-las na fechadura. Tremia  feito vara verde. Colocou necessário e partiu. Pegou uma pequena necesserie e lá pôs roupas para dormir e etc. Parou para poder observar  a lua fazia companhia a aquela noite tão inesquecível. Tudo parecia ser perfeito e ninguém iria dizer o contrário. Conjeturou em poder tirar os saltos para poder chegar mais rápido, já que seu coração já sentia falta de Sasuke para poder compartilhar os batimentos.

Aquilo era demais.

Parecia uma adolescente outra vez.

Esqueceu-se do trabalho que terá que realizar depois daquele final de semana e também para o resto de sua vida, para conseguir o sustento necessário para poder viver. Porém, a realidade causou um grande impacto e ela parou. Tomou nota de tudo que estava acontecendo e do que iria fazer. Parecia uma destrambelhada e não uma mulher feita. Caminhou normalmente agora, sem pressa, para poder ser convincente com que aparentava ser, uma mulher de idade ainda jovem, centrada. Quando deu por si, levantou a cabeça que me manteve abaixada. Vislumbrou o quanto estava fora de si minutos atrás e pensou em dar as costas para a casa de seu amado e desistir daquela idéia sem cabimento. A realidade fez todo o entusiasmo se esvair, até que pensou, voltando aos poucos a acender todo a alegria que estava exposta em cada movimento que tomava. Não poderia perder a chance da sua vida. Bateu na porta, após subir os degraus iniciais.

-         Ino, entre – disse Aiko com a porta entre aberta – Ele acabou de perguntar por você...

Saber que ele se importava tanto, fazia se arrenpender de não aproveitar um pouco sua “falta” de sanidade.

-         Já vou subir – disse assim que Aiko deu a passagem para que seu corpo adentrasse.

-         Se fosse você, não ficaria tão apreensiva – disse Aiko segurando as mãos de Ino. – Pare de tremer...

-         Ele quer me ver ter um “troço” um dia, fazendo isso comigo – disse Ino deitando a cabeça no ombro de Aiko.

-         O que ainda faz aqui, Ino-chan? – perguntou acaciando o cabelo loiro da menina que sorriu ao sentir aquele contato tão maternal.

Quando perdera os pais e tivera que aprender a se virar sem eles, passando a morar com seus padrinhos, não sabia a falta que aquele gesto provocara. Seus padrinhos nunca se importaram verdadeiramente com ela. Infelizmente, teve que sair daquele confortante carinhoso.

-         Sasuke vai me matar se não subir logo – brincou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Começou a subir as escadas para o quarto de Sasuke desajeitada. Assim que entrou, fechando a porta com certo estrondo, o viu sair de seus pensamentos e os orbes ônix repousarem sobre ela.

-         Demorou muito, Ino – reclamou o Uchiha cruzando os braços – Desse jeito, achei que não viria...

-         Alguém tem que cuidar de você – disse carinhosa e indo até o banheiro – Já volto...

Queria poder colocar uma roupa confortável para poder se sentir mais á vontade. Apesar de conhecer Sasuke há alguns anos, sentia-se envergonhada de ficar apenas com roupas de dormir com ele a mirando. Saiu do banheiro com uma camisola que batia na altura de seus pés e por cima, colocou um roupão. Foi até a cama e sentou-se na beirada. Sentiu as mãos de Sasuke “caminharem” pelo tecido. Jogou a cabeça e afastou o cabelo para que incomodasse a face de Sasuke. As mãos do moreno rodearam aquela cintura tão “pequena”, parecendo até fora desenhada. Passou sua língua pelo pescoço algo, para logo depois distribuir beijos e mordidas de leve.

-         Sasuke... Sasuke... – repetia de olhos fechados.

-         Deixe-se levar, Ino...

Como resistir aquelas caricias tão verdadeira? Ela deixou que o Uchiha desvendasse o seu colo, com as mãos fervorosas que agora tentavam abaixar o roupão. Ela iria suspirar até o último momento. Era forte e preciso. Gostava disso em Sasuke. Logo sentiu que o pano já não cobria seu ombro. Os dedos de Sasuke passearam até a alça da camisola, sem deixar de ter aquela mulher o mais perto possível de si. Afloraram sensações que poderiam ser compartilhadas apenas entre eles. Viam amor e carinho naqueles gestos. Devagar, foi deitando seu corpo em Sasuke, apoiando a cabeça no peitoral do moreno. Quando sentiu que as mãos de Sasuke apertam de leve seus seios, provocando-os não pode deixar de soltar um gemido. Ele gostou de escutar e queria ainda mais. Rodeava os mamilos e apertava o bico dos seios com um pouco mais de força. Ino logo conseguiu sentir que sua calcinha estava molhada. Era tanto tesão que ela mesma poderia não se agüentar. Tudo que ela queria estava acontecendo, e seria especial. Ela se entregaria aos beijos. As carícias. Nada ali fora importava. Nada a impediria de ser feliz, nada.