The Unforgiven escrita por Ike Hojo


Capítulo 4
IV - In The Morning


Notas iniciais do capítulo

Ficou curtin, mas precisava postar algo xD



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IV – In the Morning

Juliet estava em seu computador, como de costume, ela falava com suas amigas sobre como foi conhecer seu ídolo, postou milhares fotos do livro autografado com dedicatória em seu facebook, fez várias citações em seu blog, muitas pessoas a seguiam nessas páginas sociais, era apenas uma pré adolescente, mas, devido a sua paixão por livros era bem inteligente, alem de bonita é claro. Era o que se podia chamar de casca com conteúdo.

- Eae filha, como foi falar com seu ídolo? – Seu pai entrava em seu quarto, sem bater, como de costume.

- Já falei para bater antes de entrar... – Dizia a garota se irritando.

- Ta, tanto faz, como foi?

- Foi legal, pai, posso? – Juliet estava visivelmente naqueles dias, pelo menos para aturar a família.

- Ok, ok, já entendi... – Dio se retirava, sabia que a garota era um perigo quando estressada.

Assim que seu pai se retirou Juliet se jogou em sua cama abraçada com seu livro, não estava estressada, só queria ficar sozinha e se lembrar dos traços de seu autor favorito, o sorriso que este abriu para esta, o modo como segurava a caneta ao assinar, e pensar que foram daquelas mãos que a história que mais a inspirou em sua vida surgiu, ela tinha que o encontrar de novo.

- Hey, para de sonhar e se arruma pra escola.

A garota nem olhou para a porta, pegou um livro qualquer em cima de sua cama e o atirou contra seu irmão, ele fazia tudo para perturbar os momentos de viagem dessa, os únicos momentos que ela se sentia completa.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬

- Obrigado por tudo, Serina. – Marina dizia após encontrar com sua amiga na cozinha.

Após o escândalo do show precisava ir para algum lugar, não conseguiria encarar seu ex-marido, muito menos seus filhos, mas, o telefonema de Serina salvou sua noite, esta ofereceu um lugar para descansar e organizar as idéias, a vontade da madame era sumir, ela apareceu em todos os noticiários, era o tema do momento, nunca havia sido tão humilhada em sua vida.

Para seu azar não podia se esconder por muito tempo, havia um jogo em três dias, a semifinal de seu campeonato, se não aparecesse seria desistência, se aparecesse seria cercada por paparazis, estava perdida, agradecia a Serina por ela ter lhe ligado, se não tivesse ela provavelmente acabaria em algum hotel sozinha sem ter com quem conversar e sem ter o que fazer.

- Se você não tivesse me ligado, não sei o que seria de mim... – Dizia ele se sentando em uma cadeira e colocando suas mãos na cabeça. – Não sei como vou encarar meus filhos agora...

- Ora, Marina, quem é essa mulher na minha frente?  Você não seria derrotada tão facilmente, tudo bem, você fez merda, mas e daí? Não é por isso que seus filhos vão parar de te amar.

- Não sei, Serina, não estou pronta para sair em público agora... Tem cerveja? Vodka? Algo que me faça esquecer...

- Faça como quiser, Marina, beba, mas não saia daqui. Tem na geladeira, é só escolher o de sua preferência, irei me encontrar com o resto da St. Anger, até mais.

Serina dizia saindo de sua casa, ela entrava em seu carro e ligava para Dio.

- Serina, e ai?

- Como você previu, ela começou a beber.

- Ótimo, enquanto ela se afunda em sua ruína, vamos ao próximo alvo...

- Quem é o alvo da vez?

-James Grimes.

▬▬▬▬▬

Sam havia acabado de chegar na escola, teria que dar aula para o filho de Leon naquela manhã, torcia para conseguir falar algo sobre seu pai, mas sabia que seria difícil, ainda mais com tantos alunos ao redor, ele não era apenas um fã, desde o lançamento do primeiro CD da banda ele amou o som, mais porque as músicas eram exatamente sobre algo que havia passado, era como se Dio cantasse em seus ouvidos o que devia fazer e narrasse aquilo que sentia, e agora ele era seu vizinho, era inacreditável, mas para Sam era incrível.

Ao entrar na escola sentiu seu celular vibrar, sabia que provavelmente era seu irmão o implorando para voltar para casa, mas não queria seguir aquele caminho, amava ser professor, e agora com um emprego como aquele não podia estar mais feliz.

- Bom dia, Sam.

- Bom dia, Srta. Elizabeth – Ele se dirigia a diretora do colégio.

Eles se cruzavam e Sam entrava para dar sua aula, infelizmente ainda não era a classe de Lars, olhar para o filho de Leon era parecido com olhar o mesmo, ambos possuíam o mesmo olhar, o que Sam achava fascinante.

▬▬▬▬▬

O clima entre Lars e Gary estava estranho naquela manhã, Lars estava pensativo sobre o ocorrido na noite anterior, Gary estava apreensivo pelo que aconteceu com sua mãe, o mais novo por sua vez nem sabia do que aconteceu com esta, ficou basicamente a noite toda pensando no beijo, não era como se Lars nunca tivesse beijado, mas com Gary foi diferente, não que ele o amasse ou algo parecido, longe disso, haviam acabado de se conhecer, no máximo era um forte interesse naquele garoto, talvez pelo seu jeito rebelde, talvez por ser o único que o entendia completamente.

- SR HAYFORD! – Era a terceira bronca naquela manhã.

Era incrível a capacidade dos professores de o chamarem somente quando está passando por algo assim, não conseguia se concentrar. No intervalo ficou com receio de seguir Gary, decidiu andar um pouco para pensar em outras coisas, porém se deparou com Charlotte, a garota parecia arrasada, estava chorando, e por mais que seus amigos tentassem consolá-la ela não parava.

Por mais que Lars estivesse com raiva da garota ele foi ver o que havia acontecido.

- Er... O que aconteceu?

Uma amiga de Charlotte o puxou para um canto, não queria falar perto da garota.

- Parece que a mãe dela se envolveu num escândalo, provavelmente ela e o pai vão se divorciar... – Lars fez um sinal com a cabeça para ela continuar. – Mas ela não deu sinal de vida depois do que aconteceu no show, ela não apareceu para falar com os filhos, simplesmente sumiu, Charlotte teme pelo pior.

Ao ouvir isto Lars só pensou em uma pessoa, Gary, sabia que ele não se dava muito bem com sua mãe, mas não era culpa dele, sua irmã que a jogava contra ele, se Charlotte estava daquele jeito não queria nem imaginar o mais velho. O garoto saiu correndo procurando Gary por todos os cantos, o avistou deitado em um banco sozinho, vê-lo deitado olhando para o céu trouxe a Lars uma estranha sensação de calma, andou calmamente até o garoto, Gary percebeu sua chegada, mas permaneceu imóvel.

- Sabe... – Começou Lars. – Ontem alguém me disse que queria conhecer meu pai e fazer ele cantar depois do show... Mas estranhamente a pessoa saiu correndo antes de meu pai chegar...

- E? – Gary dizia levantando uma sobrancelha.

- E que seria legal meu pai conhecer meus amigos... – Dizia ainda enrolando para falar.

- Vá direto ao ponto.

- Vai jantar em casa. – Dizia o garoto sorrindo amigavelmente.

Gary não respondeu nada, apenas sorriu, Lars realmente o animou, o garoto chegou a achar que talvez ele não fosse falar com ele por um tempo, ou fosse falar de sua mãe, o que estava cansado. Mas, quando alguém tira o foco dos problemas e passa para algo que faz a pessoa feliz não tem como recusar.

Com a cena a seguir Leon ficou estático olhando a imagem a sua frente.

- G...g..g...Gary

- O que?

- Sua mãe – Dizia apontando para o portão.

Marina estava no portão da escola usando as mesmas roupas que usou no show, estava com óculos escuros e segurava uma garrafa de vodka, parecia completamente bêbada, não estava andando reto, muitos se perguntariam como ela conseguia andar com sapatos de salto bêbada do jeito que estava, mas a pergunta principal, o que ela fazia ali?


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Notas finais do capítulo

3 dias pro grande jogo...



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