The Unforgiven escrita por Ike Hojo


Capítulo 3
III - Seek and Destroy


Notas iniciais do capítulo

Yay, espero que não tenha ficado confuso. @_@



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III – Seek and Destroy

Havia chegado o dia do grande festival que todos tanto esperavam, um garoto dormia, já que estava de castigo não poderia ir ao show de uma de suas bandas favoritas, era um dia depressivo para ele, ainda mais depois de ter tido certo interesse no garoto que acabara de conhecer. Ouviu um barulho vindo de seu celular, havia recebido uma mensagem, era extremamente raro receber algo, este decidiu checá-lo.

Yo bro, tu vai no show da St. Anger?

Sabia que era Lars, haviam trocado números quando se conversaram no dia anterior:

Claro, que não, to de castigo, minha mãe não me deixou sair de casa por toda eternidade.

Não demorou muito e teve uma resposta:

Hahahaha Até parece que você é do tipo de garoto que segue ordens da mamãe. :P

Ele estava certo, Gary nunca fora do tipo que ouvia sua mãe, até porque esta só ouvia sua irmã, seguindo o que o garoto disse decidiu que iria fugir e ir ao show, afinal, amava a banda, e as coisas já estavam ruins o suficiente, não podia ficar pior. Ele voltou a deitar na cama e pensar em como sair.

Sua porta abriu, era sua mãe. Ela estava toda arrumada, seus cabelos presos, trajando um vestido azul e longo, com brincos e colares chiques, além de um sapato de salto preto.

- Filho, vou me encontrar com Serina e vamos para o show, sua irmã vai pra casa de um amigo dela, não saia de casa, eu saberei se sair...

- Claro, mãe, bom show. E, mãe?

- Sim filho.

- É um show de Rock, não uma entrega de Oscar... – Depois do comentário o garoto começou a rir, e Marina bufou, saindo logo do recinto.

Lars, me manda seu endereço, eu passo aí e vamo pro show junto, blz?

▬▬▬▬▬▬▬

Juliet estava em seu quarto, falando com seus novos amigos da escola por seu facebook, tinha decidido não ir ao show de seu pai para ir ao lançamento de um livro que tanto esperava, ela falava com seus amigos sobre isto, postava fotos suas, tinha muitos amigos e seguidores, muito devido ao seu pai, porém, diferente de seu irmão a garota tinha plena consciência disso, e ao invés de se deprimir, tirava proveito para se promover, afinal precisava de seguidores fieis para quando lançar seu primeiro livro, e seu pai realmente a ajudava nisso.

Estava pronta para ir ao lançamento, trajava um vestido preto meio rock’n roll, seus coturnos e um laço em seu cabelo, amava este escritor, James Grimes escrevia história de fantasia como ninguém, um mundo com dragões e guerreiros, princesas e fadas, Juliet adorava estas coisas, eram alem de tudo um jeito de fugir da realidade. Sua amiga logo passaria para buscá-la.

- Pai, daqui a pouco já vou. – Dizia a menina desligando seu computador e indo até a sala, encontrando seu pai.

- Claro filhota, a gente também já ta indo pro festival pra acertar os instrumentos e tal, se divirta filha.

- Beijinhos. – Dizia a menina saindo de casa e indo para seu evento.

▬▬▬▬▬▬▬

Dio havia chegado junto com sua banda no local do festival, Serina estava com ninguém menos que a madame Marina e seu marido. Ver o rosto daquela mulher, o sorriso, os jeitos, nada havia mudado, até mesmo os flertes era os mesmos, continuava a mesma mulher oferecida e vulgar que sempre fora. Não o admiraria se ela traísse o marido, afinal, Marina era sua ex namorada...

“ Em meio a uma forte chuva um garoto desesperado tocava a campainha de uma casa desesperadamente, um único sentimento podia definir seu semblante, medo, parecia aterrorizado, como se algo de outro mundo o estivesse perseguindo, e a única fuga era aquela porta a sua frente. Não demorou muito e a porta se abriu e uma jovem Marina surgiu na porta.

- Leon, o que faz aqu...- O garoto não a deixou terminar.

- POR FAVOR, me ajuda, você é minha namorada não é? Você sabe que eu não fiz nada daquilo. Meus pais, não acreditam em mim, e graças ao Kai ninguém acredita em mim, ele armou para mim, você sabe, por favor, se você me ajudar, eles vão acreditar em mim. Você é minha namorada, por favor...

- Leon, eu sinto muito, mas não posso fazer nada, e não sou sua namorada, admito, a gente tinha um “lance”, mas só, não sou garota de namorar...

- O que? Então vai me trair também? Como todos os outros, vai me deixar na mão?

- O QUE QUER QUE EU FAÇA? VÁ PRO BURACO CONTIGO? TE FUDER! APODREÇA SOZINHO, CULPA SUA POR SER BURRO! “

Dio sorriu para Marina e esta sorriu de volta, iria acabar com a vida dela, iria tirar seu dinheiro, seu marido, e por fim, acabar com sua esperança, do mesmo jeito que ela fez com ele.

- Bom, vamos? Ta na hora do Rock!

Teriam algumas bandas antes do St. Anger, porém, Marina e seu marido precisavam ir para seus lugares.

▬▬▬▬▬▬▬

Lars havia acabado de sair do banho quando ouviu o interfone, entusiasmado pensando que fosse Gary foi abrir a porta, só estava com uma toalha em volta da cintura e estava muito molhado, ao ponto de deixar poças d’água por onde pisava para chegar até a porta, ficou com vergonha por ter que atender o amigo dessa maneira, mas não tinha muito o que se fazer, este abriu a porta de modo espontâneo e já ia o convidar para entrar quando deu de cara com Sam, seu professor. O garoto ficou vermelho quase que instantaneamente, assim como Sam.

- PORRA, QUE FAZ AQUI? – Dizia o garoto mais constrangido que bravo.

- Er... desculpa, queria ver se seu pai já tinha ido e... Culpa sua de escancarar a porta de toalha.

Lars pensou em responder, mas era realmente sua culpa, mas não admitiria isso. – Sim ele já foi, vai lá, eles vão tocar logo. – Dizia fechando a porta logo após, deu três passos para seu quarto quando a campainha tocou de novo, o garoto abriu a porta ainda mais irritado que da primeira vez. – Já não disse que meu pai já F...?!? – Porém, não era Sam, era Gary, que ficou sem entender.

- Oi pra você também. – Dizia o rebelde entrando sem ser convidado. – Não precisava ser grosso, e desculpe atrapalhar seu banho, ou não. – Começava a rir, tirando sarro da situação. – Enfim, casa legal, corpo legal, quanta guitarra, foto com o Dio, MEU DEUS, vocês se conhecem?

- Er... pode se dizer que sim... E que história é essa de corpo legal?

- Peraí, muitas fotos com o Dio, vocês são íntimos? – Perguntava maliciosamente.

- Ele é meu pai. – Dizia Lars ainda constrangido.

- Cala a Boca! – Gary estava incrédulo. – Então pra que ir pro show? Vamo fica aqui e quando ele volta eu falo com ele, e quem sabe posso ouvir ele cantar...

- Ok...

- Posso tocar guitarra? – Gary realmente parecia animado, tanto com o ambiente quanto com a situação.

- Claro, claro, fique a vontade, vou colocar uma roupa.

Lars ia até seu quarto colocando apenas uma cueca e um shorts, sem demorar para voltar para a sala com seu mais novo amigo.

▬▬▬▬▬▬▬▬

St. Anger estava tocando sua terceira música, e Dio só conseguia pensar no grande final que levaria junto o casamento de Marina, nada poderia ser melhor que isso, sim, seria só o primeiro passo, porém, nada melhor do que começar com seu pior pecado, a luxúria, que, por sinal, era o nome da última música que tocariam “Lust”, Leon olhava para Serina e esta assentia com a cabeça.

- EAI PESSOAL! HOJE, PELO CLIMA DO FESTIVAL FAREMOS ALGO DIFERENTE, SORTEAREMOS DOIS NÚMEROS PARA VIREM AO PALCO CANTAREM “LUST” COM A ST. ANGER! – O público começava a gritar, indo a loucura. – O PRIMEIRO NÚMERO, É O 006.          

Marina se assustou, era o número da cadeira que estava, mas, não se incomodou, afinal, seria uma boa divulgação sua, esta foi aplaudida e levada até o palco, muitos fãs choravam temendo não serem os próximos chamados.

- O ÚLTIMO NÚMERO É O 568, POR FAVOR, VENHA ATÉ O PALCO!         

Ouviu-se muitos xingamentos de fãs, e logo um homem se levantou e foi até o palco, Dio sorria vitorioso e agitando a todos, Serina tocava a bateria para fazer um drama, Marina estava estática, não podia acreditar de quem se tratava, tentaria correr, mas seu salto e o vestido não deixariam, logo o homem estava ao seu lado no palco sendo aplaudido, a madame parecia sufocada com sua presença, estava ficando zonza, podendo desmaiar a qualquer momento.

- ANTES DE COMEÇAR A MÚSICA, MEU AMIGO JACK CRIPLER GOSTARIA DE FAZER UM PEDIDO ESPECIAL! –Dio jogava o microfone para o homem, os fãs a essa altura começaram a entender o que acontecia.

O homem era bonito, tinha 29 anos, barba por fazer, cabelos longos e castanhos, era o amante, por assim dizer, de Marina, ou melhor dizendo seu segundo marido, este morava em Paris, porém, havia vindo para o festival para uma ocasião especial.

- Olá pessoal, desculpa fazer isto, é que não consegui pensar numa hora nem lugar melhor para isto, esta linda dama ao meu lado é Marina Madison, minha namorada, e estou aqui para pedi-la em casamento. E você, Marina, aceita ser minha esposa?

Marina estava chocada, seu marido estava completamente abismado, não havia entendido nada do que acontecia, a madame olhava de um lado para o outro procurando uma saída, não sabia o que fazer, nunca havia sido tão humilhada publicamente. O motivo de muita gente não saber da existência de seu marido é porque sua vida particular é sigilosa, porém, agora sua fama e sua família seriam arruinadas.

- Do que está falando, eu nem te conheço... – Ela tentou se fazer de desentendida, mas não conseguiu. – É claro que não. – Ela dizia saindo correndo e chorando, não sabia para onde ir, só continuaria correndo até chegar a algum lugar onde pudesse estar sozinha.

Logo mais o show teve sua conclusão, terminando memoravelmente com a música “Lust”.

▬▬▬▬▬▬▬▬

- Para quem devo autografar este livro? – Dizia um homem simpático olhando para uma garotinha em sua fila.

- Juliet Hayford. – Dizia com orgulho.

- Ora ora, se não é a filha do vocalista daquela banda de rock...

- St. Anger, sim. – Dizia sorrindo.

- Obrigado por ter vindo.

- De nada senhor Grimes! – A garota saía correndo vitoriosa do local.

James Grimes um homem de 35 anos, aparentava exatamente esta idade, seus óculos redondos não ajudavam a preservá-lo, seus olhos eram verdes e seus cabelos negros e curtos. Era alguém comum, que não se destacava na multidão, e nem fazia questão, porém, seus livros eram os melhores Best-sellers na atualidade.

▬▬▬▬▬▬

Gary tocava o violão de Dio, os dois decidiram fazer um acústico, já que Lars cantava bem, a idéia parecia interessante na visão do rebelde, então começou a tocar, estavam bem próximos no sofá, parecia que a música os unia, e realmente estavam gostando da companhia um do outro. Gary ficava admirado com a voz potente de Lars, chegando a ser ainda mais potente que a de seu pai.

-           Here I am - on the road again
There I am - up on the stage
Here I go - playing star again
There I go - turn the page


Enquanto Lars cantava, Gary não conseguiu ficar longe, e avançou em seus lábios, acabando por beijá-lo, o mais novo ficou estático, nunca havia sido beijado por um homem, percebendo a merda que havia feito, o rebelde recuou, acenou para Lars e foi para sua casa, o beijo foi curto, porém, ao sentir a maciez dos lábios dele, sabia que era perfeito... Gary agora estava determinado a conseguir Lars para si.

▬▬▬▬▬▬▬

Dio chegou tarde em casa, Lars e Juliet estavam em seus quartos, ao entrar se deparou com uma carta.

Adorei o show Leon, não queria incomodá-lo, você deve estar cansado, enfim, parabéns, espero poder ver outros.

Ass: Sam

O vocalista sorriu, não imaginava alguém fazendo isto por ele, sua vontade era ir até a casa de Sam, mas teria que se comportar, afinal, ele era professor de seu filho...


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