It Was Panic! At The Disco escrita por thisistherealryanross


Capítulo 8
Capítulo 8




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Acordei e logo vi Brad ao meu lado. Por algum motivo - bastante estranho -, estávamos tapados e deitados no chão. Levantei, e meu traseiro estava doendo. Vi a mãe de Brad passando, acho que ela não me viu.

- Ryan? - Ela estava espantada

- Olá

- O que você faz aqui?

- Vim visitar o Brad, vou ficar aqui por dois meses, se a senhora não se importa

- Claro que não, será um prazer!

- Obrigado

- Vou preparar café, você quer?

- Não, obrigado

- Ok

Não sei ao certo se ela viu que Brad estava deitado no chão. Estava começando mesmo a pensar que ela não se importava com ele, porque, se ela não viu, nem sequer se preocupou em saber onde ele estava.

Decidi acordá-lo para ele dormir na cama, se quisesse.

- Brad?

- Hã?

- Levante, vá deitar na cama

- Por que estou no chão?

- Eu realmente gostaria de saber, mas eu não sei, então vamos

- Aonde?

- Deitar. Na cama, de preferência

- Não, eu já estou acordado

- Ok

- Minha mãe está aqui?

- Sim

- Ainda bem que ela já vai para o trabalho, aí podemos tomar café em algum lugar. O que você acha?

- Legal

- Finja que vamos dormir lá em cima

- Ok. Nós vamos subir - Falei para Rachel, que era a mãe de Brad

- Está bem, bons sonhos

- Bom café

Tentei sorrir, mas acho que não deu muito certo. Sei lá, havia alguma coisa que me incomodava em Rachel. Acredito que era pelo fato se que ela não ligava para o Brad. Talvez fosse coisa da minha cabeça, talvez não. Eu teria tempo para descobrir.

Pouco tempo depois, Rachel foi para o trabalho, então eu e Brad fomos a um lugar para tomarmos café. Pensei em sugerir que convidássemos Z, mas ela tinha que arrumar o apartamento e eu queria ficar a sós com Brad.

Confesso que gostei muito daquela garota, ela era incrível. Senti que havia feito uma nova amizade, mas não uma amizade qualquer, uma amizade verdadeira.

Brad e eu sentamos e ficamos conversando e rindo. Ele estava precisando disso. Chegamos em uma hora na qual o assunto havia terminado, então um silêncio constrangedor tomou conta de nós. Brad quebrou-o fazendo uma pergunta sobre meus amigos

- Como estão seus amigos?

Naquele momento, me bateu saudade. Saudade de tocar com eles, saudade de rir com eles, saudade de passear com eles. Resumindo: saudade de estar com eles

- Estão bem, eu acho. Me ligaram ontem

- Legal

- Pena que quase nem conversamos

- Um dia desses vocês conversam. Você podia até convidá-los para fazer uma visita

- É, mas não vai dar. É mês de provas lá na escola, então nem em sonhos as mães e pais deles vão deixar eles virem

- Então mês que vem você convida. Vai demorar, mas eles virão. E assim eles podem conhecer a Z. Iriam adorá-la

- Sem dúvidas

- Bem, acho que já terminamos. Quer voltar para casa?

- Sim, está frio demais para ficarmos na rua

Brad e eu voltamos para casa, que estava quentinha.

- Podemos fazer uns bolinhos - Brad sugeriu

- Bolinhos?

- É

- Você sabe fazer bolinhos?

- Claro. Vamos colocar a mão na massa, George.

- Quem é George?

- Ryan

- Agora sim

Fomos para a cozinha e o Brad pegou todos os ingredientes do armário.

 Depois de um tempo, já estavam quase prontos, só faltava a cobertura

- Sujamos toda a cozinha - Eu disse

- É. Ei, Ryan, me alcança esse spray?

- Claro - Peguei o spray e passei para Brad

- Obrigado

Acidentalmente - Acredito eu -, Brad apertou o spray do lado errado, fazendo com que a cobertura de bolinhos jorrasse na minha cara.

- Oh, droga! Me desculpe, Ryan!

- Sem problemas - Ri

- Sem problemas? Eu fiz cobertura de bolinhos saltar na sua cara

- Não tem importância, foi até engraçado

- Sério?

- Claro!

- Aqui tem guardanapo

- Obrigado

- Deixe eu limpar, pelo menos

Brad se aproximou - Até demais, confesso - e limpou a cobertura que estava no meu rosto

- Pronto

Fiquei com medo, porque quando ele terminou, ficou olhando em meus olhos. Achei que iria me beijar, então eu fiquei nervoso, e meu coração bateu forte. Senti algo queimando em minha pele, como fogo, e era meu rosto corado, como suspeitei

- Obrigado

- Está tudo bem?

- Sim, por que não estaria?

- Eu não sei, é que seu rosto está vermelho

- É? Eu nem percebi - Menti

- Estranho. Me alcança o pacote com as bolinhas?

- Se você prometer não abrir do lado errado - Brinquei

- Prometo

- Então ta

Alcancei as bolinhas comestíveis para Brad e o ajudei a colocar a cobertura nos bolinhos. Eu nunca fui um grande fã de doces, e nunca fiz questão de algum, mas os do Brad estavam lindos. Tão lindos que eu tive pena de comê-los, mas Brad conseguiu me convencer.

Depois de saboreá-los, tivemos que limpar a bagunça. E que bagunça. Era farinha pelo chão, clara de ovo nas cadeiras, chocolate pela mesa, leite condensado pelos armários... eu não faço ideia do que diabos Brad e eu fizemos para ter tanta sujeira espalhada pela cozinha.

- Finalmente - Disse Brad, aliviado, quando havíamos terminado de limpar a cozinha

- É, só tem um problema: temos que lavar a louça

- Oh, droga

- Vem, vamos lavá-la

- Eu lavo e você seca

- Ok

Brad molhou meu rosto com água e espuma

 - Ei!

Brad ria de mim, e quando parou e ficou distraído, cutuquei sua barriga, pois sabia que tinha cócegas. Ri dele, porque ele deu um salto para o lado.

- Você me paga, Ross

- Quero ver você conseguir me pegar

- Duvida?

- Duvido

- Então ta.

Brad virou-se e continuou lavando a louça. Ou fingiu, porque olhou de lado para ver se eu estava distraído. Rapidamente, ele se virou e me fez cócegas. Eu ria sem parar. Larguei o pano na mesa e saí correndo. Bras correu rapidamente atrás de mim, ele queria mesmo me pegar. Subi correndo as escadas, e Brad corria à toda velocidade atrás de mim.

Fiz a volta e desci correndo, e quando cheguei em uma parte da escada, tropecei e rolei degrau por degrau. Brad correu para me socorrer.

- Você está bem? - Ele perguntou, preocupado

- Estou

- Venha, levante daí - Brad estendeu o braço e me puxou

- Obrigado

- Você está bem mesmo?

- Claro. Vamos logo porque tem uma pilha de louça nos esperando

- Infelizmente

- Não é tão ruim assim. Vamos colocar uma boa música

- Música faz tudo ficar divertido

- Exato

- E por falar em música, como está a banda?

- Bem, obrigado. Sua mãe tem uma guitarra, não tem?

- Tem

- É que eu preciso ensaiar

- Claro, pegue-a depois

- Legal

Alguns dias se passaram, e tudo estava bem. Eu estava numa nova escola, me adaptando bem, até. Estava adorando ficar com Brad.

Numa sexta-feira à tarde, Brad e eu estávamos em casa conversando, até que o telefone dele tocou

- É a Z - Ele disse

- Coloque no viva-voz

- Ok. Heey, Z!

- E aí, Brad, como vai?

- Bem, e você?

- Bem. Eu quero saber se você e o Ryan querem vir aqui no meu apartamento ver uns filmes e comer pipoca

- Claro, que horas?

- Lá por dezoito horas, acho, mas se quiserem, podem vir mais cedo

- Ok, estaremos aí. Até mais, Z

- Até

- Bem, já temos o que fazer - Brad disse, desligando o telefone

- É

Algumas horas se passaram, e Brad e eu estávamos batendo na porta do apartamento de Z

- Oi! - Z esboçou um sorriso e deu um beijo no meu rosto e no de Brad - Entrem

- Oi - Eu disse, quando vi que Harry estava tapado e sentado no sofá de Z

- Oi

- Eu vou preparar a pipoca, fiquem sentados conversando

Brad seguiu Z até a cozinha, enquanto eu fiquei com Harry na sala.

Consegui ouvir a conversa de Brad com ela.

- Z?

- Sim?

- O que esse Harry é seu?

- Um amigo

- Tem certeza?

- Talvez um pouco mais que isso. Eu gosto dele, sabe? Mas sei lá, vamos ver no que vai dar.

- Legal

- E o que esse Ryan é seu? - Virei o rosto imediatamente para a cozinha, e vi que ela sorriu maliciosamente.

Como assim? O que eu sou dele? Ou eu estava louco, ou Z estava insinuando que eu e Brad tínhamos alguma relação.

- Ryan? Ele é só meu amigo

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Ok...

Aquele "ok" de Z não foi convincente. Eu estava com medo, mas a resposta de certeza de Brad me aliviou um pouco. Eu torcia para que Harry não tivesse escutado nada.


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