It Was Panic! At The Disco escrita por thisistherealryanross


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu decidi continuar. Eu sei que eu deveria, mas não vou colocar o TYV na história;
A conversa entre o Spencer e o Ryan realmente aconteceu;
Talvez poucos saibam, mas quando o Ross e o Walker deixaram a banda, o Pete parou de falar com o Ryan e, provavelmente, com o Jon.



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2 anos depois...


Eu estava em Seattle, na casa de Brad. Ele havia se casado.

Acordei e levantei da cama.


– Bom dia - disse ainda cansado.

– Tio Ryan! - A garotinha correu para me abraçar.

– Dindo, querida - corrigiu Nathalia, sorrindo.


Isso mesmo, eu tinha uma afilhada. Se chamava Ana. Tinha cinco anos. Era uma criança bem esperta para a idade.

Peguei-a no colo.


– Oi!

– Como você dormiu?

– Bem, e você?

– Bem, também.

– Que ótimo.

– Mas você não pareceu ter dormido bem, está com olheiras grandes.

– É? Eu nem notei.

– Ana, querida, venha cá com a mamãe, vamos comer alguma coisa.


Coloquei a garotinha no chão e ela foi até a mãe. Fui para a cozinha e sentei à mesa. Brad veio em seguida. Se encostou na parede e cruzou os braços, me olhando.


– Então, o que aconteceu?

– Como assim?

– Olhe só para você, Ryan. Está na sua cara que você não dormiu direito.

– São alguns problemas com a banda - passei a mão pelo cabelo e fiquei de cabeça baixa. - Eu não sei o que fazer. Isso está me matando.

– Mas o que aconteceu exatamente?

– Nós estamos com discordância em algumas coisas e estamos brigando muito. Eu... eu não sei o que fazer da minha vida. Por isso eu vim aqui, para me distrair, parar de pensar nisso um pouco.

– Faça o que te deixa feliz. Você sempre pensou nos outros antes de tudo, acho que está na hora de pensar em si mesmo. Pense nisso.


Com suas últimas palavras ditas, saiu da cozinha, me deixando sozinho, ainda mais confuso. Eu sabia que a decisão era minha, mas eu precisava de ajuda.


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Era o dia de ir embora. Eu não queria ter que lidar com aquela situação da banda, mas eu não tinha escolha.


– Quando você volta?

– Logo, querida - respondi à Ana.


Mas eu não sabia quando. Eram problemas demais para resolver.


– Lembre-se: faça o que te deixa feliz.


Ditas as palavras de Brad, peguei minhas malas e chamei um táxi para ir até o aeroporto.

No avião, encostei minha cabeça na janela e pensei por um bom tempo. Senti gotas escorrendo por meu rosto. Eu estava chorando.


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Havíamos chegado a um certo ponto que mal nos falávamos. O máximo era um "oi". Todos os dias de ensaio eram assim.


Em um dia qualquer, Spencer e eu fomos almoçar.


– Eu acho que cada um deve seguir seu caminho - eu disse.

– Que bom que você disse isso. Eu ia dizer o mesmo - sorriu.


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Estávamos todos sentados. Jon e eu em um sofá, Brendon e Spencer no outro.


– Nós vamos sair da banda.

– Quê? - Perguntou Brendon, desacreditado.

– Você ouviu.

– M-mas p-por quê?

– Você ainda pergunta? Brendon, nós todos não paramos de brigar e discordar em tudo. Isso não está dando certo. Você e o Spencer querem uma coisa, Jon e eu queremos outra. Acho que é melhor cada um seguir seu caminho.

– M-mas...

– Sem "mas", Brendon - Jon interrompeu. - Assim é melhor.


E foi assim que tudo acabou. Bem, mais ou menos.

Passados alguns meses, resolvi ligar para Pete. Ele não atendeu. Tentei várias outras vezes em outras semanas, mas a resposta foi a mesma.

Resolvi então ir em sua casa, mas ele bateu a porta na minha cara. Eu nunca entendi o motivo, eu só sabia que o havia perdido.


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Resolvi ir na casa de Brendon. Havia um certo tempo que não o via. Nós ainda estávamos juntos, mas paramos de nos falar por um curto tempo.

Bati na porta e chamei por Brendon. Ninguém atendeu, por isso resolvi abri-la eu mesmo. Sabia que eu podia entrar quando quisesse.

Encontrei uma mulher de cabelo até os ombros, olhos grandes, encostada na pia, tomando água. Ela me olhou estranho.


– Brendon? - Chamou.


Rapidamente, ele surgiu na cozinha, com algumas cartas naas mãos, olhando para elas.


– O que foi, am...


Ele levantou a cabeça. Percebeu que eu estava ali.


– Ryan? O que você faz aqui?


Abri a porta e corri para fora. Brendon foi atrás.


– Ryan, espera!

– Eu achei que você era diferente. Pensei que nunca seria capaz de fazer uma coisa desse tipo comigo.

– Eu só estou com ela para agradar meus pais!

– E para agradar seus pais você precisa ir para a cama com ela?

– Não, Ryan, espera!

– Espera nada! Eu não quero ver você na minha frente nunca mais. Vai embora da minha vida. Pra mim chega! Eu já sofri demais, e isso não vai acontecer de novo. Adeus, Brendon.


Eu não chorei, por incrível que pareça. Caminhei até um bar.


– Uma garrafa de uísque, por favor.


Eu não tinha ideia do que fazer. A pessoa na qual eu mais confiava havia me traído. Eu havia perdido meu pai, minha mãe, três dos meus melhores amigos e meu namorado. Eu estava sozinho. Eu não sabia mais o rumo da minha vida. Eu estava completamente perdido.

Pedi mais uma garrafa de uísque.


– Está com problemas? - Perguntou um homem sentado ao meu lado, o qual não pude identificar, já que estava escuro.

– Isso não é da sua conta.

– Hm. Se for, você não vai resolver tomando dez garrafas de uísque.

– Que tal você cuidar da sua vida de merda e deixar que eu cuido da minha?

– Claro, como quiser.


E isso é tudo que eu me lembro.

No dia seguinte, levantei com uma dor de cabeça bastante forte. Caminhei até a sala e encontrei um homem alto, de cabelos louros, deitado no chão. Ele acordou e se virou para mim.


– Quem é você?

– Eu sou...

– O que está fazendo na minha casa?

– Eu...


Não o deixei terminar: peguei uma almofada e bati nele.


– Vai embora da minha casa! Sai!

– Calma, calma! Eu posso explicar.

– Fique longe de mim.

– Me escute. Por favor.

– Você tem um minuto.

– Tudo bem, olha, eu era aquele cara que estava no bar ao seu lado.

– O metido?

– Como você quiser. Só por favor não me mate.

– Vai embora.

– Tudo bem, calma, já estou indo.

– Calma nada, anda!


Empurrei o estranho para fora da porta e fechei-a.

Sentei-me perto da janela e observei a chuva cair. Comecei a chorar. Eu havia perdido quem eu mais amava. Eu não sabia o que fazer da vida.




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Notas finais do capítulo

Obrigada.



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