It Was Panic! At The Disco escrita por thisistherealryanross


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Então,, né, hoje fazem exatos três anos que o Jon e o Ryan deixaram o Panic! at the Disco... Eu tenho sérios problemas com isso, porque mesmo sabendo que eu vou chorar e ficar deprimida, eu fico vendo vídeos Ryden e do P!ATD antigo. E é o que eu vou fazer hoje. Eu adoro me torturar, sabem? É uma coisa impressionante. Bem, vou parar de discursar. Aqui está.



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Brendon e eu estávamos conversando bobagens e rindo. Pelo menos havia alguma coisa para me fazer esquecer Peter e sua namorada sorridente. E o pior era que ela me parecia legal.

Eu ainda gostava - bastante - de Pete, mas ele estava feliz com a tal Mary. E tudo que eu queria era vê-lo feliz. Não tem nada mais gratificante que ver as pessoas que você ama felizes.

Decidi que o melhor a fazer seria sorrir. Sorrir da felicidade dele. Cedo ou tarde, eu teria que aceitar. Mesmo que eu não quisesse.

No meio de uma discussão sem nexo sobre bananas, meu celular tocou.

- Alô?

- Sou eu, Ryan

- Ah, sim. Como vai?

- Bem, e você?

- Na medida do possível, obrigado. Quero saber se você aceita vir aqui, dormir esta noite.

- Claro, mas o Brendon está aqui, ele pode ir junto?

- Pode, claro - Concordou, e pude perceber o tom de malícia em sua voz.

- Chego aí em quinze minutos

Desliguei e contei a Brendon sobre o convite. Arrumamos uma mochila com poucas roupas e pegamos o carro.

Brendon ligou o rádio e cantarolou, animado, a música que tocava. Mexia a cabeça, olhando para mim, e batia no volante, provocando-me risadas.

Por vezes, ele cantava com uma voz fina, bastante feminina, fazendo-me rir novamente.

- Curtiu minha voz feminina? - Ele perguntou, baixando o volume do rádio - Você pareceu uma garotinha de cinco anos

- Hm... Quer dizer que se um dia eu tiver uma filha, sua voz vai ser essa.

- Que conversa é essa? - Eu ri - Você nem parece um adulto

- E você parece?

- Sim

- Convenhamos, Ryan, você tem um rosto maravilhosamente adorável de um garoto de apenas dezesseis aninhos. 

Sorri. - E você de uma garotinha de catorze.

Brendon e eu rimos.

- Você é terrível, Ryan Ross - Ele disse, enquanto eu ria - Qual é a graça?

- O jeito que você fala é engraçado

- Pronto, chegamos

Retiramos a mochila do carro e batemos na porta. Como o anfitrião estava de férias, a casa era diferente. Era cheia de árvores em volta, com um caminho de pedrinhas para chegar até ela. Era um lugar que tinha poucas casas, por isso era tranquilo. Eu me sentia em uma floresta.

- Entrem - Ele convidou

- Olá

- Olá

- Essa casa é um sonho. Olá, William

- Oi - Ele sorriu - Como vai?

- Bem, obrigado. Uau, Saporta, como você conseguiu essa casa?

- Pelo jeito você se apaixonou por ela

- É. Você sabe que eu adoro árvores e casas com paredes de vidro. Coisas simples, ao ar livre

- Que gay - Ele riu

- Você sabe que eu sou - Dei de ombros e Gabe riu.

- O quarto de vocês fica lá em cima

- Eu não vou ficar em um quarto, faço questão de dormir aqui mesmo, no sofá.

- Tem certeza?

- Tenho

- Ok, Brendon, eu mostro o quarto a você

- Eu vou ficar com o Ryan aqui, posso deitar num colchão no chão, se não se importa

- Não. 

- Obrigado. Gabriel, né?

- É, mas pode me chamar de Gabe

- Eu vou dar uma caminhada por aí. É um pátio grande, eu quero explorá-lo - Eu disse

Caminhei pelo grande pátio, olhando atentamente tudo o que nele estava presente.

Enfim, cheguei a uma parte na qual havia um lago e uma rede. Olhei para o lago e vi a imagem de meu pai sendo atropelado refletida. Assustado, dei um pulo para trás e caí no chão.

Escutei alguns passos atrás de mim

.

- Ryan! - Brendon se ajoelhou, colocando suas mãos em meu ombro e me sacudindo, para me “acordar” - Ryan!

Eu estava imóvel, com os olhos fixados no lago. Brendon sacudia-me sem parar. Acho que ele chamava meu nome, mas não consegui escutar direito.

- É ele! - Eu disse

- Ele quem?

- Meu pai

- Não tem nada aqui, Ryan

- Tem sim, Brendon. Eu vi, o lago refletiu a imagem dele sendo atropelado

- Deve ter sido coisa da sua imaginação. Vem, vamos voltar.

Brendon pôs uma mão em meu ombro e com a outra, segurou meu braço para me ajudar a levantar.

Abraçou-me de lado. Eu ainda estava em choque com o que havia visto. Chegamos na casa novamente e então senti cheiro de comida.

- Que cheiro bom - Brendon comentou

- William está preparando uma janta. Ele é um ótimo cozinheiro

- Eu... vou tomar banho

- O banheiro fica lá em cima, à direita

- Obrigado

Peguei minha toalha e roupas na mochila e fui tomar banho. Eu estava tomando banho tranquilamente, até perceber um corpo comigo no box. Me bati no vidro, em resposta ao susto.

- O que você está fazendo aqui?

- Uma visita - O corpo, que eu conhecia muito bem, sussurrou.

- Vá embora

- Eu quero ficar com você - Sussurrou novamente.

Abri o vidro do Box e peguei minha toalha.

- Vai embora! - Gritei - Me deixe em paz!

Tentei sair e fechar a porta, mas acabei tropeçando e caindo, ferindo meu joelho.

No mesmo momento, Brendon abriu a porta e me viu de joelhos no chão.

- Brendon! Tira ele daqui, Brendon, por favor, tira!

- Ele quem?

- Aquele corpo! - Apontei

- Que corpo? - Brendon perguntou, confuso

- Tinha um corpo aqui

- Acho que você está cansado, Ryan

- Não! Tinha mesmo alguém aqui, Brendon, eu vi!

- Venha, Ryan, vamos curar esse joelho.

Brendon me ajudou a descer as escadas e depois a me sentar no sofá. Passou um algodão úmido pelo local, e depois, William passou um spray cicatrizante, que ardeu em minha pele.

- Pronto. Agora vamos jantar e depois ir dormir. Você está precisando descansar, Ryan.

William nos serviu. Durante a janta, conversamos sobre várias coisas.

Após terminarmos, Gabe recolheu os pratos. Ele e William fizeram questão de lavar a louça.

Brendon foi tomar banho e não quis me deixar sozinho, portanto, subi, mancando, junto a ele, e fiquei no quarto.

Um tempo depois, já estávamos nos ajeitando no sofá do andar de baixo. Brendon adormeceu rápido. Demorei um pouco, mas consegui.

O corpo que eu havia visto no banheiro, voltou a me atormentar. Abri os olhos para acordar daquele pesadelo, mas no momento em que o fiz, vi o mesmo corpo diante de meus olhos, quase grudado em meu rosto. Soltei um grito alto e longo, acordando Brendon e fazendo com que William e Gabe corressem apressados em minha direção.

- Ryan! - Gabe me sacudia - O que houve, Ryan?

- O corpo. Foi ele de novo!

- Qual corpo?

- O dele.

Quando eu falava “dele” ou “ele”, eles já sabiam de quem se tratava.

- Acho melhor você deitar com o Brendon. Eu vou pegar outro colchão.

- E eu vou pegar uma água - William completou.

Gabe e William voltaram em seguida.

- Tente se acalmar, Ryan - William dizia - Tente ficar tranquilo, Brendon vai estar ao seu lado.

Assenti e voltei a dormir. Naquela noite, o corpo não vou voltou a me incomodar.

No dia seguinte, acordei com risadas de dois homens que acreditei serem Gabriel e William.

- Acordamos você? - Gabe perguntou e fiz que sim com a cabeça - Desculpe

- Não tem problema. O que estão fazendo?

- Nada de importante. Só estou fazendo algumas cócegas no Bill, e ele, pelo visto, está quase mijando nas calças

- É, eu preciso ir no banheiro, antes que molhe o chão. Eu já volto.

- Dormiu bem, Ry?

- É, até que sim

- Tente pensar o menos possível nele. Não fará bem para você.

- Eu sei, mas eu não estava pensando nele. É estranho que ele apareça do nada na minha frente, parece que quer me levar junto, não sei ao certo o que ele quer. E só eu o vi, agora Brendon pensa que sou louco.

- Hey, não pensa não. É só um pouco difícil acreditar nisso. 

- E você? Acredita em mim?

- Eu acredito que seja seus pensamentos, apenas. É muito surreal.

- Para mim, é muito real.

- Bem, tente esquecê-lo. Qualquer coisa, você pode me chamar.

- Obrigado

- Voltei

- Demorou hein, William. Alagou o banheiro e teve que limpar? - Gabe riu

- Bastardos - Eu disse, retirando-me da cozinha e indo para a varanda.

Deitei-me na rede e peguei um livro para ler.  Logo depois, percebi Brendon vindo em minha direção.

- E aí, está tudo bem?

- Está, obrigado. E com você?

- Sim.

- Legal.

Brendon sentou-se ao meu lado na rede.

- Eu sei que você vai conseguir superar isso, Ryan. Você já está em mais da metade do processo. Eu sei que eu já falei isso milhões de vezes, e você já deve estar cansado. Mas eu continuo a repetir: eu sei que você vai.

- Obrigado, Brenny. Por tudo que você fez por mim, e por sempre acreditar em mim apesar de tudo. Eu serei eternamente grato a você.


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