Veneren A El Nuevo Líder! Yo! escrita por Casty Maat


Capítulo 3
Act 2 - Digerindo




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A frondosa figueira, o ponto de encontro da gangue. O colégio ficava do lado da faculdade anexa, onde o herdeiro dos Dimedenko, Friederik Gustav estudava. Havia um curso que interessara ao rapaz, e estava morando com a irmã mais velha.

Jacob estava quieto. Costumeiramente o garoto ou estava falando besteiras ou de idéias inaprovetáveis para um roteiro de mangá. A única coisa que parecia remeter ao Jacob tradicional era o pirulito na boca. Fingia prestar atenção no gatinho-robô de bolso que François construir para investigar level’s E que estivessem rondando a região e poder traçar uma rota melhor.

-No fim, mesmo após tantos anos, ainda temos muita sujeira do Yan Yurev para limpar. É mole? - terminou a explicação com essa frase o vampiro loiro.

Yurev. Os flashs de seus pais quando ingeriu o sangue, ele sabia perfeitamente os traços do demônio, hoje quase uma lenda.

-Dizem que foi um com a ajuda dos Pierdut, mas duvido que exista um grupo assim. Não se derrota tão fácil um sangue-puro...

Ginko tinha comentado aquilo, mas a garota não esperava que Jacob iria beijá-la do nada. Ele não a beijou só pelo fogo de sair pegando garotas, como costumava fazer, mas por que queria que ela não citasse lendas das quais ele próprio agora fazia parte. Aquilo o incomodava, ainda não tinha digerido aquilo.

François via a cena impassível, disfarçando e voltando a brincar com o gatinho de metal, enquanto Jacob pressionava o delicado corpo de Ginko contra a grama fresca e verde. Ginko correspondia, gostava do beijo do garoto, bem mais do que o de outros, mas não entendia por que ele havia beijado ela.

Jacob parou o beijo, tão inesperado quanto começara, se levantou e saiu andando, enquanto recolocava o pirulito de novo na boca, arranhando o doce nervosamente com suas presas. A oriental ficou olhando as costas do amigo, parecendo perdida e sem entender nada.

-Que bicho mordeu ele?

-Vai saber se o papai não descontrolou e ele teve que dar sangue. - resmungou François, olhando a lampada da escola ali perto, na saída do dia anterior estava quebrando, então decidiu concertar, elevando seu dedo suavemente em direção ao objeto.

-Vocês são lerdos? - disse um Friederik envolto em sombras, surgindo da sombra da figueira. Seus braços cruzados numa roupa casual, comum, típica de qualquer universitário. - Nem repararam que aquele idiota estava com minhocas na cabeça? - ele parou um tempo, soltando um suspiro que mais parecia um bufar, jogando a franja negra da frente dos olhos esverdeados. - Ok, ele é idiota como o pai e tem minhoca na cabeça.

-O que ele teria, sir Gustav? - indagou Ginko, que costumava usar o segundo nome do rapaz com ares respeitoso.

Fried sabia bem do que se tratava, já estava por perto e lera a mente do sobrinho rapidamente. Até gostava de torturar um pouco o garoto usando seu dom de sangue-puro.

-Problemas familiares, mas acho melhor deixar ele contar quando quiser. - ele olhou François, respondendo sua ironia mental com sua própria voz. - Qual o problema de usar todo meu poder para tentar entender meu sobrinho?

-Apenas acho um tanto invasivo isso. - respondeu com certa frieza o loiro.

-Um tecnopata não é tão diferente de um sangue-puro. A diferença é que você lêem mentes digitais.

Ginko olhou os dois garotos e entrou entre eles, principalmente quando o gatinho metálico pareceu rosnar para Fried. Estava claro que François não gostou da resposta e intentava ir contra alguém de rank superior.

-Ok, já basta.

Jacob estava no topo do prédio, rabiscando uns pássaros que estavam na copa de uma árvore próxima. Mas a sombra feita por Ginko encobriu o desenho e nada restou ao jovem erguer a cabeça e olhar a garota.

-O que é? - disse meio abafado, usando os dentes frontais para segurar o pirulito de morango em forma de coração que estava no fim.

-Você está estranho. - ela se ajoelhou a frente dele. - Não falou besteiras, está quieto e querendo se isolar de todos.

Jacob apenas estava olhando a garota. Fechou o caderno e guardou o material de desenho e deixou-o de lado. Ele novamente avançou contra ela e a derrubou no chão.

-Eu realmente gostaria que não falasse. Não quero te beijar a toa.

-Foi por isso que me beijou?

Jacob não respondeu, sua expressão estava como o de alguém que chupara limão, então ele saiu de cima da garota, embora ela continuasse ali deitada sem entender nada.

-Estou vendo sua calcinha de morangos. - ele resmungou, olhando de lado.

Ginko se arrumou rapidamente, se contendo para não espancar o rapaz, o fuzilando com o olhar. Mas reparou que apesar da brincadeira, Jay estava sério, e perdido.

-Eu sou um caçador, Gin. - ele disse, tão baixo que mais parecia um sussurro. Dizer que além de vampiro ele era um caçador parecia tão anormal. Não, ele nada tinha contra os caçadores, mas crescera muito mais enfiado num universos de presas e sangue do que num em que ele era a presa.

-Claro, caçamos level’s E pela cidade.

-Não é isso! - ele encarou a garota e segurou-a pelos braços a balançando. Ginko tinha a sensibilidade que François, seu melhor amigo, não tinha. E Friederik... Aquele lá não tinha como ocultar segredos mesmo. - Meu pai era um caçador, eu também sou um caçador de todo modo.

-Qual o problema nisso?

-Ele nunca ter falado, nunca ter se imposto mais ainda e simplesmente ter aceitado tantas coisas de cabeça baixa. Ele tinha como se impor mais. Veja aquele caçador, o Zero Kiryuu! - ele encostou a testa no ombro da menina. - Eu vi através do sangue dos meus pais. Eu entendo o sentimento dos dois, o que passaram, mas... ainda é confuso, Gin...

Ginko passou os seus delicados braços nas costas de Jay, afagando os cabelos dele com carinho.

-Eu sou... um Pierdut Lumina...

Jacob falou de repente, e Ginko soltou um leve arfar de susto.

-Eles... Eles existem...?

-Meu pai... Foi ele quem liderou os Pierdut contra o Yurev. Não foi bem ele que matou o Yan Yurev, mas... ele liderou o ataque como líder do clã. Eu vou ser o próximo líder. E isso que está martelando minha cabeça. - Jacob não queria olhar a garota, iria achar que ele estava de brincadeira ou algo assim.

Ginko o afastou um pouco para encarar, o rosto desanimado do bobalhão Jacob a assustava de alguma forma. Ela se aproximou dele, o beijando. Quase ninguém ia no terraço, principalmente os vampiros que estudavam ali, ela o empurrou contra o chão e ele apenas deixou.

-Imagino que de novo tenha passado a noite fabricando espadas...

Ginko vinha de uma familia de vmapiros que controlava o metal, eram ferreiros exímios tanto para os seus quanto para caçadores ou qualquer outra classe.Ela vinha aprendendo o ofício, e gastar seus dons para tanto a deixava faminta e Jacob costumava acalentar com seu sangue a amiga. Ginko se dirigiu ao pescoço do garoto. Ter beijado ele parecia dar mais sede a ela, apesar dele mesmo não sentir. Caçar ursos era a diversão dele, e as vezes seus pais também lhe davam sangue. Ele não sabia realmente o que era sentir fome, apesar de frequentemente se sentir atiçado em descobrir como era morder outra pessoa que não fosse da familia. Mas não faria isso a Ginko, de forma alguma.

Sabia que a familia de Ginko era o cão chupando manga e que na verdade, era para ela estar fazendo todos os ofícios sem se alimentar com sangue, mas padecia da amiga, não podia deixar ela quieta com fome.

A forma como ambos costumavam trocar tais favores era conhecida entre o grupo, a resposta do corpo do garoto a aquilo não era da mais inocente e novamente o terraço presenciava aquilo. E no meio da brincadeira, Jacob sentia um pé muito intrometido chutar ele.

-Não tem vergonha de fazerem isso num local público? Ao menos o idiota do seu pai era mais respeitoso com minha irmã. - resmungou a voz entediada do titio Fried. - O sinal tocou, filhote de “vampirus idiotus”.

-E sua facul, hein? Cê não tem nada melhor para fazer, não, titio?

Quando Jacob ia pegar suas roupas, ela tinha sumido. A forma como Fried decidira castigar seu sobrinho era... sofrível. Ele levara as roupas do menino consigo ao viajar pelas sombras, deixnado Jay sem roupa alguma.

-Seu féladap...!

-To entendendo. Tá cara, eu preciso desligar, tenho música pra compor pro show digital de duas semanas. Ok, ok... - José quase jogou o aparelho na parede, mas se controlou. Eram raros os contatos com os membros de seu clã e ele ainda não tinha revelado a eles que já não era mais humano. Enviariam um caçador do clã para acompanhar o treinamento de Jacob para assumir o lugar dele como líder.

José se enfiou, soltando todo o peso no puff preto de couro gigante que ele tinha num dos antigos quartos de hóspedes que havia lá e agora era seu estúdio de trabalho, onde passava seu tempo compondo para sua banda digital e tocando a guitarra.

Ele passou a mão pela testa e mergulhando seus dedos nos fios chocolate, agradecendo por Helena ter saído com Freya, comprar coisas pra mais um bebê da ruiva e seu sogro. Detestava fazer contato com seu clã, tinha criado certa aversão a ele depois do caso de enviarem Erika Galvéz como “Noiva”.

-Holy shit! - resmungou.

Jacob entrou pelo fundo, Isac se segurando para não rir doe estado do filho dos patrões, estando vestido com um roupão cor-de-rosa. Foi a única coisa que Ginko e François conseguiram, apesar do rapaz ter plena certeza que o amigo fizera de sacanagem. Estava furioso, não só pelo ocorrido, como por que ele não estava “aliviado”. Entrou rapidamente para seu quarto, tratando de esconder bem escondido o roupão rosa e pondo uma camiseta qualquer, uma calça surradona e andando descalço (para desespero de Helena, que via as vezes muito mais de José nele do que ela própria).

Ele decidiu ir cutucar o pai na sala, mas estranhou a cena em que viu, de seu pai deitado, todo afundado no puff e um outro homem o observando. Um longo cabelo loiro, olhos frios, uma espada segurada de modo bem diferente. Aquele homem aparentava, na verdade, ainda ser um adolescente. A lâmina da espada parecia apontar para um estocada no peito de José, fazendo os olhos de Jacob ficarem vermelhos, sentindo uma fúria por aquele intruso querer ferir seu pai que estava adormecido, suas unhas ficando um pouco maiores e assustadoras.

-Sai de perto dele! - Jacob berrou, avançando contra o estranho, que só então o olhou, mas nada apenas isso: um olhar e nada mais. O único movimento do outro rapaz fora a de uma esquiva.

Jacob rosnou:

-O que diabos quer aqui?

-Quem diria que José Lugano... o todo poderoso líder dos Pierdut Lumina se deixou morder por aquela sangue-puro. - o garoto murmurou, uma voz que recém completara a mudança. - Vamos, vampiro, salve seu pai do veneno que eu dei a ele. Mas vai ter que mostrar seu valor.


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