Veneren A El Nuevo Líder! Yo! escrita por Casty Maat


Capítulo 2
Act 1 - Meu mundo desabou!


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo real xD



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As noites em Toulousse nunca era paradas e vazias. O asfalto sentia as rodas dos patins e skates roçarem ferozes nele.

-Qualé cara! Vai lerdiar aí, é? - berrou um jovem de cabelos castanhos, um moletom curioso, com um Ichigo impresso ali.

-É incrível, cara, como você tem sede de caçar! - resmungou um loiro, com roupas escuras. - Não é pra menos, o Conselho pede pra caçar aqueles level E, e pede para você vir junto. Assim não sobre para mim, pô.

O garoto sorriu, deixando as presas a mostra, num ar arrogante e displicente.
-Quem manda ser lerdo? De que adiante cês serem um bando de nobrezinhos se não conseguem vencer um quase level C?

-A sua sorte é que tua mãe transformou teu pai antes. - riu uma moça de cabelo negros e traços orientais. Ela pareceu do nada, num patins.

-Lindo sushi você, hein, Ginko...

-Cala a tua boca e se concentra!.

O garoto com o moletom de anime passou as mãos de leve no bolso da calça que vestia, logo avistando um dos vampiros level E. O garoto usando roupas pretas sabia o que viria e resmungou:

-Ah, nem pense... - o de moletom sacou uma arma negra e mirou. - em tirar a nossa... - atirou, fazendo o vampiro se esfarelar todinho. - diversão... VÉI! Qualé?

-Eu disse para não lerdiar, François.

-Que tipo de vampiro é você, Jacob? Que nem usa seu elemento? - resmungou um moreno de olhos verdes, parecendo um pouco mais velho, que acompanhava só para observar mesmo. Sabia que a mistura do gênio de sua irmã e seu cunhado faziam de Jacob, seu sobrinho, um kamikaze.

-E você que só fica de olho em mim, mas também fica quietinho e não me deda pra mamãe, Friederik!

Jacob se distraiu tanto que quando viu, François e Ginko já tinha destruido mais 5 level’s E. O garoto resmungou, fazendo uma careta de bravo.

-Não tirem minha presa! - bradou o garoto. Não sabiam seus amigos o por que dele adorar aquilo, ou melhor, do instinto em caçar a seus iguais. Não sabiam a verdade sobre o pai do garoto além do “ele ser um humano transformado”.

Mas seu tio sabia bem a verdade. O humano que aprendeu a domar uma sangue-puro, amando loucamente, tinha um nome: José Lugano. E tinha uma posição social: caçador de vampiros, líder do lendário clã Pierdut Lumina. Ao menos era, já que o contato com o clã era minimo.

Como sangue-puro, era fácil saber das coisas, mas ao pobre do sobrinho nobre, nunca foi dito o que estava reservado para ele. Um dia, teria de se apresentar aos Pierdut Lumina como seu novo líder.

Então apenas assistia ao sobrinho, observando ele se divertir as noites como um nobre cumprindo com seu dever e de dia como um estudante comum numa chique escola francesa.



-José, fale alguma coisa!

-Falar o que?

-Ora, já sabe. Não é pra ele sair por aí esbanjando a Moonlight que você deu! Querem que o repudiem mais ainda?

-Se ele quer usar nas caçadas e economizar o poder dele, ué? Deixa o menino.

Jacob estava todo afundado no sofá, vendo de novo a discussão de seus pais, com uma cara de tédio, a sobrancelha se levantando daquela maneira que denunciava a genética herdada de Helena.

-Tá bom, mamãe... Se quer que o papai concordar, tem que botar toda a banca de sangue-puro. - ele suspirou, pegando um pirulito do bolso.

Helena praticamente fuzilou o filho, fazendo-o morder o doce e fincando sua presa no mesmo. O pobre garoto nem conseguia falar com o pirulito grudado nas presas.

-Helena, é até bom que ele use a arma. Você sabe que logo terei de...

Helena apenas encarou José, mas sabia que cedo ou tarde, chegaria o dia que Jacob teria de assumir seu lugar, sucedendo o pai.

-Ahem ba huda? - tentava Jacob pronunciar um pedido de ajuda. Helena se aproximou do filho, e puxou com tanta força o doce que Jacob tinha a certeza que mais um pouco e perdia uma das presas. Quando viu, seu precioso docinho estava no chão, recoberto de poeira que cai ao longo do dia.

Estavam ali pai e filho, José e Jacob. Poderiam facilmente dizer que o jovem vampiro era a cópia de seu pai, ambos com os cabelos castanhos e um porte físico semelhante, a exceção que Jacob ainda tinha um corpo em desenvolvimento. E os olhos. Jacob não herdara o tom adocicado do chocolate de José e sim, as belas safiras de Helena. Jacob também não tinha as marcas de luta do corpo de José, parecendo um corpo imaculado, uma cópia fiel, mas melhorada.

-Helena tem medo de te perder.

-Não sei por que, papai. Eu não vou deixar de gostar de todos vocês. Nem abandonar.
José sorriu, se aproximando do rebento e bagunçando o cabelo dele:

-É por que ainda é cedo, mas você vai entender.

-Mas o que tem de errado eu não usar meus poderes e preferir usar a arma que o senhor deu?

-Nada de errado. - ele parou de bagunçar o cabelo do garoto. - Mas sabe que na sociedade da noite eu não sou bem-vindo e...

-Eu sei. Por que você era um humano.

José se afastou, subindo para o quarto do casal. Os barulhos que Jacob ouvia denunciava que o chileno buscava algo há muito guardado. Talvez fosse melhor que contasse de uma vez a verdade. E Helena bem que rastreou o que o ex-caçador faria.

Certamente, era o melhor a se fazer e preparar o garoto para o pior. Jacob não precisaria assumir seu lugar necessariamente no clã Dimedenko, seu tio faria isso, mas tinha de assumir seu lugar no clã Pierdut Lumina. E ele teria de enfrentar preconceitos muito piores do que ele já enfrentava por ter um pai ex-humano. Ele seria uma heresia num clã de caçadores!

Jacob já havia aberto mais um novo pirulito, desta vez, um roseado, daqueles com chiclete dentro, enquanto jogava um jogo em seu Nitendo de uma franquia de grandes heróis da Shounen Jump. Fechou a tela do jogo, salvando-a quando viu o pai descer com um guarda-chuva. Ele estranhou, o dia estava lindo, sem quaisquer previsão de chuva. 

Helena também voltara à sala, se sentando no sofá de frente com o sofá que Jacob estava.

-Cês tão estranhos... - murmurou o vampiro, novamente levantando a sombrancelha, enfiando o doce na boca e deixando a primeira leva da saliva envolver o pirulito, deixando na boca toda a delicadeza viciante do açúcar.

-Você sabe que seu pai era um humano, certo? - disse Helena, introduzindo o assunto.

-Sei sim, tanto que se sou um nobre, foi por que você me teve depois que papai foi transformado.

-Só que, eu não era um humano comum, filho. - disse José, tirando o guarda-chuva negro do apoio nos ombros. Para Helena, os movimento firmes com o objeto, como se ele fosse uma arma eram normais, mas para Jacob... Ele achava que o pai estava de brincadeira com o objeto, como costumou herdar dele a mania de fazer coisas idiotas.

-Tá, tá, dá pra ir no ponto? Eu ainda tenho que voltar para as aulas de artes na escola.

-Eu era um caçador. E você, mesmo nascendo vampiro, nasceu com o dom de caçar. Somos integrantes do clã Pierdut Lumina.

Pierdut Lumina, a Luz Perdida. Lembrava-se vagamente de François falando sobre uma lenda desse clã, que tinha o sangue de Van Hellsing correndo nas veias. Seu primeiro passo foi olhar o pai com uma expressão de “fala sério” versão Helena e sua sobrancelha. Segundo passo foi rir, como se aquilo fosse uma divertida piada.

Helena se levantou, estendendo seu braço para o filho. Jacob parou de rir estranhando. Ele estava bem alimentado, tinha caçado dois dias antes um urso. Além do que, raramente sua mãe e seu pai lhe davam sangue, como se tivesse algo naquilo que queriam evitar.

-Se duvida, esteja a vontade para mergulhar nas minhas lembranças e nas lembranças de seu pai.

Jacob estava estático, confuso. Mas estava também curioso em enxergar pelo véu do sangue de seus pais as imagens de anos anteriores. Ele segurou gentilmente o pulso de Helena, lambendo a área que era o alvo da mordida, fincando as presas com uma doçura, que só poderia ter vindo de um filho.

A medida que o sangue vistoso e poderoso de Helena invadia o organismo do garoto, as lembranças em flash surgiam. Em principio, ele nada entendia, uma jovem asiática e um baile, o vislumbre rápido de um José adolescente, com ar de boboca e uma mão boba. Depois a dança, a discussão no jardim, quando ele entrou no quarto dela, entendendo então que aquela jovem oriental era sua mãe. Uma confusão no colégio, ele lutando. Então a vista distante de seu pai sumindo na escuridão da noite e a aflição de Helena com seu sumiço. Depois a escola reformada, aquele corpo oriental mudado, presas, alguém transformara a humana. E o aroma que parecia atrair. Seu pai, já um pouco mais parecido com o que era, mas ainda humano. O reencontro, as declarações explosivas dele, a primeira vez que ela sugara o sangue dele. Outras batalhas, e a batalha final, onde Helena voltara ao seu corpo e seu pai sumira de novo.

O baque daquilo tudo fizera Jacob se afastar, esquecendo até de cicatrizar a ferida, coisa que Helena por si só fez. Estava assustado e olhava para seu pai, que também lhe estendia o braço. A principio, a demora parecia uma recusa, mas depois, fincou as presas, mais grosseiramente na pele de José.

Lembranças de caçadas na terra natal, a primeira namorada de José sendo atacada e morta. Raiva, culpa, revolta. As lembranças na Academia, o sentimento repentino e forte, mas uma crença inabalável que nem todos os vampiros eram maus. Caçadas, lutas para se impor no clã. A volta e reencontro, Erika Galvéz sempre tentando investir, mais lutas, o desespero de descobrir que sua técnica seria inútil contra Yurev, a recuperação de Helena e a dor da culpa o punindo ao terminar com Alice. A caçada contra seu tio Daniel na neve e a luta cheia de rancor. Meses procurando o paradeiro de Helena e por fim o reencontro, a transformação e a aposentaria das suas armas.

E se afastando, ele entendeu por que seu pai lhe dera aquelas pistolas gêmeas negras, de ares tão antiquado. E o por que de seu pai ter descido com aquele guarda-chuva negro em mãos.

-Jacob Lugano... Você é o próximo líder dos Pierdut Lumina. - disse num tom fora do comum para si, lambendo seu sangue, José Lugano.

Jacob sequer limpara o sangue que estava nos lábios, apenas caiu sentado no sofá, aturdido.

-Tá... de brincadeira...?

José pegou de jeito seu guarda-chuva, entoando palavras em uma lingua que não era nem francês, nem russo e nem espanhol. O objeto parecia se retorcer, esticar, até tomar a forma de uma lança negra de dois lados. Gaé Bolg.

Os olhos de Jacob continuavam perdidos diante de tanta informação, ver a lança demoníaca, assassina de coisas não humanas ali era algo que o fazia ficar mais confuso, mais assustado. Mas por que, por que Helena e José nunca disseram nada sobre ele ser o futuro líder do clã Pierdut Lumina? Uma parte do garoto se sentia traído, ao que Helena respondeu:

-Para evitar que isso te prejudicasse.

José recolheu sua arma, transformando-a de volta em guarda-chuva e sorriu.

-Daqui há um mês, iremos para a Romênia, na sede do clã. Diferente do tempo que eu assumi meu posto, meu pai não pode fazer a cerimônia de passagem, e eu tive muitos problemas e mostrar que era digno da minha posição. - ele tocou no ombro do filho, se ajoelhando para que sua altura alcançasse o olhar de Jacob, que ainda estava sentado. - Me desculpa, Jay, mesmo. Quando você nasceu, fiquei muito feliz também por poder ser capaz de passar o legado. Mas acima de tudo, só por você ter nascido.

Jacob fechou os olhos, limpando finalmente os lábios. Saber que iria se tornar líder de um clã parecia assustador. Viveu sempre a sombra do tio, a quem sempre tratou mais como um primo do que tio, ele iria suceder seu avô, Kairen. Então sempre cresceu despreocupado. Mas agora seria líder de outro clã, o clã de seu pai. Um clã a quem sua espécie considerava “inimigo”, um clã de caçadores.


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