Ela me abraçou.

-Emily, certo? Seja bem-vinda.

-Obrigada...

-Aliás, meu nome é Megan, me chame de Meg, se preferir.

Meg me convidou para entrar.

Havia uma menina aparentemente mais velha estudando no canto.

-Essa é Carly, minha irmã mais velha.

Eu acenei. Ela fez o mesmo e depois voltou aos seus livros.

-Ela está na faculdade, quase não para em casa, quase não fala também.

Nós rimos.

-Vem, vou te mostrar seu quarto.

Ela subiu as escadas e eu a segui.

Ela abriu a porta e nós entramos no quarto, que era surpreendentemente espaçoso.

-O que acha? –Ela me perguntou.

-É muito bom, assustadoramente parecido com o meu antigo quarto.

-Que bom! Assim você se sente mais confortável.

Carly chegou à porta.

-Eu vou ter que sair, se comportem. E seja bem-vinda. -Ela disse e sorriu.

-Bem que você disse que ela não parava em casa.

-Pois é. Além da faculdade ela tem um namorado, não tem coisa mais chata. Ela não tem tempo pra nada, sempre que tem tempo ela se encontra com o namorado, eu não aguentaria.

Eu sorri. Apesar de não ter a mesma visão, aquilo fazia sentido.

Eu fui colocar minha bolsa em uma estante alta e meu cd deslizou em direção ao chão.

Nós duas o pegamos antes que se quebrasse.

-Obrigada, esse cd é quase sagrado para mim.

-One Direction? Você gosta de One Direction?

-Sim...

-Ai Meu Deus!

-Você gosta?

-Eu amo! Meu Deus, que sorte encontrar uma pessoa sensata nessa vida.

Eu arqueei a sobrancelha.

-Nenhuma menina da escola é fã de verdade, apenas algumas que pensam que são fãs.

Reviramos os olhos.

-E você sabe da melhor parte? –Ela disse empolgada.

-Acho que não...

-Eles acabaram de voltar pra cá, pra casa deles!

Eu não havia parado para pensar que eu havia me mudado para a cidade onde os meninos do 1D moravam.

Minha maior vontade naquele momento era sair correndo pelas ruas, procurando os meninos.

Eu queria pular, ligar o meu cd do 1D no último volume sem ligar pra ninguém .

Mas me lembrei de que eu não estava na minha casa, nem na minha cidade onde meus vizinhos já estavam acostumados com todo o barulho que eu fazia, então me sentei na ponta da cama.

Meg me olhava incrédula.

-O que você está fazendo sentada aí?

-O que eu deveria fazer? –Eu estava confusa.

-Não sei me deixa pensar - Ela disse irônica-Quem sabe sair de casa e torcer para a sorte nos fazer encontra-los?!?

Eu duvidava que fossemos encontra-los, mas não custava tentar e afinal, seria bom passear para conhecer a cidade.

Pegamos nossas bolsas e saímos na rua.

Estava um pouco mais frio do que eu estava acostumada, mas eu não me importava de verdade.

Ficamos andando por cerca de 3 horas. Sem encontra-los.

Eu já estava cansada. Já tinha colocado na minha cabeça que não iria encontra-los.

Meg se rendeu, estávamos morrendo de fome.

Fomos á uma lanchonete que parecia vazia.

Sentamos em uma mesa perto da porta.

Eu olhava o cardápio quando algumas sombras chamaram minha atenção.

Eu estava paralisada.

-Então vai querer o quê? –Meg perguntava.

Eu estava boquiaberta, chocada demais para falar.