Durch Den Monsun - Tudo O Que Restou escrita por seethehalo


Capítulo 14
4 Real


Notas iniciais do capítulo

Bom dia vcs!
Minha pontualidade e eu estamos aqui para mais um capítulo!
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Bom, 'bora lá. Primeiramente, eu queria agradecer à AmyeUrie que me deixou um review liiiiiiiindo essa semana. :3 Capítulo dedicado a ela!
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Agora. Prestaram atenção no último parágrafo do anterior? Se não prestaram, aproveitem que ele se repete no primeiro daqui e guardem-no bem. Ele é um certo "fator crítico" nesse capítulo.
Vou aproveitar e revelar que esse e o próximo capítulo estão recheados de surpresinhas... :} não me odeiem de antemão.
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Enfim, essa é a última música da Avril na fic :c (vale citar que a última do Paramore foi Hello Cold World e que desde que eu postei aquele capítulo ando ouvindo Paramore loucamente?) Se liguem no tamanho do trecho que eu coloquei. Encaixa tão bem na história que eu não consegui omitir nenhum verisnho. HAHAHA
E matando um pocuo a saudade daquele velho chavão que eu adorei inventar em GF... PREPAREM OS EXTINTORES! ~~~Eles serão necessários.~~~
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Enjoy!



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Eu não quero olhar para trás
Porque eu sei que nós temos
Algo que o passado nunca poderia mudar
E agora eu estou presa no momento
E o meu coração está aberto
Diga-me que você sente o mesmo
Porque eu estou para valer
Você está para valer?
Eu não consigo evitar
É como eu me sinto
Quando você me olha nos olhos como fez ontem à noite
Eu não aguento te ouvir dizendo adeus
Bem, isso parece tão certo
Porque parece tão certo
Apenas te ter aqui ao meu lado
Então não me deixe ir
Porque você tem a minha alma
E eu só queria que você soubesse
4 Real - Avril Lavigne

*-*-*-*-*

     Perto o suficiente, deslizei minhas mãos ao longo de seus braços, encontrando e tomando suavemente o objeto que ela segurava. Trouxe-o à minha vista e reconheci o controle.

     Ergui-o, dizendo apenas:

     - Eu conheço esse negócio.

     Maria cruzou as mãos na frente do corpo e baixou os olhos, sem muito o que dizer. Eu não queria repreendê-la. Peguei seu braço e depositei o controle em sua mão estendida, enquanto dizia:

     - Sabia que eu sonhei com o Bill esta noite?

     - É mesmo? – não pude não notar o pesado suspiro de alívio que ela soltou – E como foi esse sonho?

     - Nós estávamos sentados num lugar indefinido, conversando... Ele me contou uns negócios esquisitos sobre vocês dois.

     - Sério? O que era?

     - Não lembro – menti, após uma breve hesitação. Neste momento, Lucas saiu do banheiro, embolando uma toalha na mão e com os cabelos pingando. Aproveitei a deixa para pular do barco: - Bom, termine aí o que você tem que fazer e depois desça, eu preciso falar com você.

     - Tudo bem – assentiu ela. – Não demoro.

     Vinte minutos depois, estávamos os três à mesa. Eu não pretendia comer mais nada, só esperar uma oportunidade pra recomeçar o assunto. Foi então que, quando Maria passou um pote de geleia para o garoto, notei a tatuagem em seu punho.

     - E esse pulso? – perguntei. Ela ergueu o braço, mostrando.

     - É o nome dele – indicou com a cabeça. – Foi o próprio que escreveu, eu só mandei tatuar.

     - Lucas com C? – examinei – Que esquisito. Jurava que era com K.

     - Em português é bem mais comum assim. E esquisito é o jeito que vocês alemães falam o meu nome.

     - Maria? É o nome mais normal do mundo.

     - O nome inteiro, bocó.

     Repeti o nome completo dela como eu sempre achei que fosse, só que bem devagar. Ela caiu na risada.

     - O que foi? Tá errado?

     - Aos padrões de pronúncia alemã, não. – e enumerou todas as partes do nome que dizia distorcidas. – Entendeu por que eu não gostava que me chamassem pelo nome completo? Tirando o fato de que já é muito grande por si só.

     - Entendi. Mas então como é que é o certo?

     Ela disse o nome de novo, de um jeito consideravelmente diferente. Tentei falar igual. Teria saído perfeito se não fosse pela pronúncia estranha do R. Rimos os dois. Ao que Lucas terminou de comer, Maria o despachou para a sala, sugerindo-lhe que fosse ver um pouco de tevê, e perguntou-me sobre o que eu queria conversar.

     - Eu vou ser bem direto: quero saber o que realmente sucedeu... . Os exatos acontecimentos da ocasião.

     - Ok... Vamos lá. Você deve ter ouvido os gritos da nossa conversa depois que saiu da saleta do quarto do hotel... Depois que eu saí de lá e ele foi atrás, ele me perseguiu por um bom tempo de carro. Meio que sem pensar pra onde estava indo, caí na rodovia que vai pro interior lá de São Paulo, com ele grudado no meu engate. E de repente eu resolvi parar. Encostei o carro no acostamento e desliguei o motor. Bill estacionou logo à frente, saiu do carro e veio ter comigo. Saí também. Foi aí que eu fiz a maior estupidez da minha vida. – pausa. Os olhos lacrimejaram. Eu continuava olhando pra ela, com a expressão neutra. – Eu comecei a repeli-lo. Eu tentava impor uma distância em palavras, ao mesmo tempo em que o abraçava e chorava em seu peito, enquanto ele tentava me convencer da burrice que eu estava cometendo. Contei a história toda do Allan pra ele e do meu trauma emocional, continuando a repeli-lo. Discutimos mais um pouco e eu voltei a entrar no carro. Ele fez a mesma coisa, dirigiu mais à frente quando eu já tinha saído do acostamento e parou atravessado na minha frente. Daí eu bati o carro no dele, estava muito perto e o carro não tinha espaço pra frear. Depois... depois disso, eu saí e fui até a porta do carro dele, porque me pareceu estar desacordado... Abri a porta do motorista, desafivelei o cinto de segurança... mas... Mas não deu tempo de fazer mais nada. Ele... começou a murmurar alguma coisa, e a gritar... e batia no volante, sem abrir os olhos... Tudo foi tão rápido... que de repente eu vi o carro indo de encontro ao barranco lá na frente, se estraçalhando todo e... mais nada. – breve pausa. Ela abaixou a cabeça e tornou a erguê-la, continuando: - A próxima lembrança que eu tenho é de ter falado alguma coisa com um enfermeiro, ainda caída no asfalto... E depois de sair do pronto-socorro do hospital, e o resto você já sabe.

     Cinco longos segundos de silêncio até eu achar algo que falar.

     - Eu não perguntei isso por causa do controle. Nem porque eu sonhei com o Bill. Tinha essa velha curiosidade me coçando por dentro, só não tive coragem de perguntar antes porque achei que você pudesse se zangar.

     - Capaz. Lembrar disso e falar em voz alta é como virar ácido na goela, mas... o que há de se fazer?

     - Eu sei que é difícil. Mas também sei que você tem coragem e é maluca o bastante pra engolir o ácido todo de uma vez.

     Ela sorriu. Fiz o mesmo.

     - Amanhã é o seu aniversário – lembrei -, o que você quer de presente?

     - E eu lá posso querer alguma coisa?

     - Claro que pode. Vamos, diga.

     - Tom, você já está fazendo muito me deixando morar na tua casa enquanto eu me arranjo por aqui.

     - Ah, para com isso.

     Mesmo sob protestos e sem ideia do que comprar, saí à rua atrás de um presente para Maria. Não dá mais pra dar um single não lançado, mas vale a intenção. Andando pelo centro da cidade, olhei uma vitrine aleatoriamente e descobri o que seria. No dia seguinte, ela abriu a caixa de presente e tirou de lá uma jaqueta.

     - Não que eu queira repor aquela que o Bill te deu, que eu aposto que você ainda guarda, mas achei que você ia gostar.

     - Adorei, Tom. Ainda quero te bater, mas muito obrigada.

     Dali a três semanas, quem apagou velas fui eu. Ela me deu um boné e um casaco e, no dia dois, que era aniversário do Lucas (ironia? coincidência? destino? telepatia?), ele ganhou de mim um casaco e da mãe três bonés – decerto por saber o quão admirado o garoto ficou quando eu lhe mostrei a minha coleção.

     Antes da metade de outubro, Lucas já estava acostumado com a escola e Maria conseguiu, finalmente, comprar o apartamento. A partir daí, começou a freqüentar lojas de móveis, eletrodomésticos e decoração, para “rechear” o imóvel. Parecia feliz.

     POV MARIA

     Era segunda-feira, quatro de novembro. Logo depois do jantar, Tom e eu ficamos vendo tevê na sala e Lucas foi para o quarto, decerto estava cansado e foi dormir. Já devia ser perto de onze horas quando nos encontramos ambos sem sono. Ficamos conversando.

     - Daqui a um mês já poderei me mudar. Aí você finalmente se livra da gente – contei.

     - Gosto de vocês aqui. A casa fica menos vazia, menos silenciosa... menos melancólica.

     - Você não é melancólico. E nós não podemos morar no teu quarto de hóspedes pelo resto da vida. Eu também gosto daqui, mas ainda assim nós precisamos do nosso canto, entende?

     - Sim, eu sei. Esse assunto é meio chato. Peraí que eu vou buscar uma coisa.

     Ele subiu até o quarto e voltou de lá com um violão.

     - Olha, eu ainda tô voltando a conseguir fazer isso, então por enquanto eu só sei tocar Ich Bin Da – disse ao sentar-se no sofá.

     - Vamos lá – falei.

     Tom começou a tocar e eu permaneci em silêncio. A voz de Bill vinha automaticamente à minha cabeça, como se estivesse sentado no sofá ao lado cantando. Quem sabe não está mesmo, pensei sorrindo. Quando ele terminou, pedi:

     - Consegue tocar Thema Nr. 1?

     - Thema Nr. 1? Nada me impede de tentar, mas sei lá... Aliás, sabia que o Bill compôs essa música pra você?

     - Está brincando?!

     - Não estou não. E Mädchen Aus Dem All, que foi uma segunda versão daquela uma de quando ainda éramos Devilish, ele também reescreveu pra você. A que foi lançada em 2011, se eu não me engano. Lembra?

     - Tom, isso é sério?! Não tá tirando uma com a minha cara?

     - Seriíssimo. Não tô não.

     - Tom. Thema Nr. 1 sempre foi e continua sendo a minha música favorita de toda a carreira de vocês. Eu vos conheci no fim de 2007 e voltei no tempo em outubro de 2009. Quando ele escreveu isso?

     - Olha, nem lembro... Deve ter sido lá pela metade do primeiro semestre de 2004. Puta merda, faz vinte anos.

     - Pra mim fazem quinze... bom.

     Eu não sei dizer se o que eu senti foi saudade, emoção, tristeza, contentamento ou outra coisa. Tive vontade de chorar, mas não sabia por quê. Bill compôs pra mim a música que era a minha predileta desde quando eu comecei a sonhar com a forma como eu o conheceria.

     - Essa música praticamente te pertence. – disse Tom, tirando-me do meu devaneio.

     - Pode tentar?

     Ele afirmou com a cabeça e se pôs a postos. Tentou. Conseguiu. E novamente, foi como se o Bill estivesse ali na sala, cantando. Mas eu parabenizei o gêmeo mais velho quando a música terminou e observei outra coisa:

     - Sabe, Tom... Você sempre foi o meu membro favorito do Tokio Hotel.

     Tom ergueu a cabeça e me interrogou com os olhos.

     - Não, é verdade. Me deixa te mostrar uma coisa.

     MARIA OFF

     Ela começou a desabotoar a camisa que vestia enquanto contava:

     - Eu fiz isso no mesmo dia que o nome do Lucas no pulso... Mas enfim, como a grande maioria das suas fãs, eu sentia uma atração enorme por você... Pra falar bem a verdade, acho que me apaixonei pelo Bill tentando te evitar, sabe? Tipo quando a gente dá um passo pra trás pra não tropeçar numa pedra, mas cai de bunda porque não viu a outra que estava ali. Então, de tão fixo na cabeça que eu tinha que precisava te evitar, acabei esquecendo o perigo que o Bill também era... E aí a merda foi feita. – acabaram os botões e ela continuou enquanto tirava a camisa, lentamente: - Nós acabamos fazendo crescer uma amizade. Bem forte, talvez até demais, mas foi o que eu me permiti, enquanto meu amor pelo teu irmão só crescia... – levou a mão às costas, abriu o fecho do sutiã (e eu ficando nervoso, suando frio psicologicamente) e afastou as alças, mostrando os seios e o nome do Bill tatuado no seio esquerdo como se o próprio tivesse escrito. – Eu tatuei isso aí pra nunca me esquecer do amor que houve entre mim e o Bill.

     Ergui um pouco a mão, involuntariamente. Maria permitiu que eu a tocasse (não foram necessárias palavras), então eu pousei os dedos sobre as letras e disse:

     - É a assinatura dele. Nunca mudou.

     - Tirei o modelo do Durch den Monsun autografado que você me deu. – pausa. – Tom, eu quero tatuar o seu nome também.

     - Você é louca.

     - Não. Eu mo você também, Tom – aproximou-se -, só que de um outro jeito. Eu percebi isso nesse tempo que estou morando aqui.

     Silêncio. Nos aproximamos mais, como dois ímãs de polos opostos. Quando nossos lábios estavam a menos de um centímetro de distância, ergui a mão e afastei seu rosto, tapando de leve sua boca com a ponta dos dedos.

     - Vista-se – pedi. – A gente não fez isso nem quando fingimos aquele namoro... que aliás, foi a coisa mais estúpida que nós dois fizemos na vida. Então, também não vai ser agora. Eu não me permito.

     Levantei-me do sofá pedindo licença, a fim de procurar algo pra beber. Tirei um velho espumante do suporte da estante e, decidindo que era alcoólico o suficiente para eu não me lembrar do que acabou de acontecer amanhã de manhã, enchi uma taça pra mim e ofereci outra a Maria, que já estava vestida de novo.

     POV MARIA

     Ignoro a quantas andava o nível de álcool no nosso sangue quando Tom e eu voltamos a ocupar o mesmo sofá. Eu me sentia violentamente atraída por Tom, e me aproximava dele.

     - Tom, escute – pedi. – Eu nunca deixei de me sentir atraída por você. Mesmo que eu ame o Bill... é mais forte que eu. E mesmo que você respeite o sentimento dele para comigo... o Bill morreu, e quanto a isso nós não podemos fazer nada. Mas por outro lado, nada nos impede de... você sabe.

     Tom cedeu. Nos beijamos. Logo eu tirei sua camiseta, e minha camisa voltou a ser desabotoada – só que por ele – juntamente com a minha calça, da qual me despiu enquanto se livrava da sua. Abriu o fecho do meu sutiã enquanto eu colocava a mão sob sua cueca, da qual ele se livrou rapidamente e ao mesmo tempo em que o fez com a minha última peça. Pouco tempo foi necessário até que completamos o ato e chegamos ao clímax, quase juntos.

     Depois, deitei sobre ele, abracei-o e dormimos assim.


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Notas finais do capítulo

IIIIIIIIIIIIIIIHHHAAAAA
PIRA TÁBATA! HAUHAUHAUAHAUHUAHAUH Sei que tu queria ler isso desde o começo da história :B
Esse é um daqueles que eu queria terminar e sair de fininho, mas como estamos em reta final, eu tenho a obrigação de ~desocultar~ certos fatos nas notas finais.
Curi #01: Ri escrevendo e digitando esse capítulo. Querem saber como o Tom falava o nome da Maria? Coloquem lá no Google Translation configurado pra Alemão e cliquem em "ouvir". É engraçado HAUAHUAHUAH
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Curi #02: Não gostei muito da minha própria ideia de transcrever uma "visão posterior" da Maria da ~ocasião~. Afinal, já tinha sido ela que narrou a cena final de GF, então achei que ficou meio redundante. Mas o Tom queria saber, então, foi o jeito...
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Curi #03: Ces lembram que o Lucas apaga velinhas no dia 2 de setembro, né? Esse é o meu dia preferido do ano (e está chegando *-*). O motivo? Bom, desde que eu li Tom Sawyer Detetive! (Mark Twain, não é o mesmo que As Aventuras de Tom Sawyer, que também é o máximo, leiam leiam leiam.) O crime foi cometido no dia 2 de setembro, um sábado. Guardei a data e não esqueci nunca mais. (Ano bissexto maldito que empurrou o 2 de setembro desse ano pra um domingo! A próxima vez que 2 de setembro vai cair no sábado vai ser em 2017 - que detalhe, é o ano que o Lucas teria nascido; e eu descobri isso semana passada quando aleatoriamente coloquei essa data no calendário do celular porque não tinha mais o que fazer. ~~~big lol~~~)
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Curi #04: Vocês se recordam também de que Bill jamais disse à Maria que tinha escrito Thema Nr. 1 pra ela, né? Continuem lembrando-se disso. Aliás, talvez vocês prestem atenção com a constante lembrança do Tom dos 20 anos que fazem desde que eles se conheceram. Acho que ele não se conforma de ter envelhecido """tanto""".
.
Curi #05: E por fim, vou ~disponibilizar~ no próximo capítulo um bangs que vai fazer vocês entenderem direitinho que história é essa de o Tom sempre ter sido o membro favorito dela. Mais uma vez, obra do meu subconsciente... vish :}
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Bom galerinha do mal, fantasmas e afins... Não queiram me matar agora, que ainda tem muita carne debaixo desse angu.
Então, se vossas mercês quiserem saber, deixem reviews e até semana que vem!
Hahaha :*



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