You Never Really Can Fix A Heart escrita por Quinn Fabray Evans


Capítulo 4
Defying limits




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Ela mal tinha dormido, quando estava na parte boa do sono teve que acordar. Q. Se vestiu rápido e foi caminhando para a escola, as pressas foi no armário e tinham vários bilhetes maldosos "Porque não morre??" "Vadia" "Puta" "Falsa" "Devia ter morrido mesmo" Quinn não Tinha ideia de quem vinham os bilhetes, pareciam ser da mesma pessoa... E porque mandando ela morrer ou se matar? Bom ela não estava querendo se matar, apesar de ter tentado algumas vezes... As marcas eram poucas não dava para qualquer um perceber. Quinn ficou atordoada com isso por um bom tempo, ela já estava cansada disso, mas não tinha como resolver a não ser falando com a diretora, e ela não pretendia fazer isso.

O sino tocou e Q. Entrou na sala. Era hora de apresentar o trabalho, Sam chegou meio atrasado com o trabalho já em mãos e sentou-se ao lado dela:

"Preparada?"

"Sim! Porque chegou atrasado?? Você sempre chega antes..." a expressão alegre dele logo se transformou numa triste "Meus pais." Quinn fez uma expressão de lamento e o confortou

"Quinn Fabray venha até aqui" Helena a chamou com um tom provocador. Quinn se levantou e foi toda segura apresentar. Ela viu a cara de nojo da turma toda, uns a olhavam mal, outros não prestavam atenção... O único que aparentava bem era Sam, que fez sinal para Quinn olhar somente para ele durante a apresentação para manter a concentração.

Ela falou e leu brilhantemente. Podia-se perceber a revolta da professora, ela pediu a parte escrita e Sam entregou todo sorridente. Estava tudo perfeito e ela estava furiosa. "UHULLLL. Nossa Q ela se ferrou! Mandamos muitooooo"

"Simmmm a cara dela enquanto eu apresentava foi a melhor"

Eles conversavam no corredor e Gabi uma das meninas da gangue passou pelos dois "porque não ta frequentando mais lá em cima?"

"Hmmm é que to estudando mais"

Sam a puxou e eles saíram andando.

"Esquece essas putas"

"Aquela ali tá interessada em você"

"Sério? Não pego putas."

"Mas daonde concluiu que ela é puta?"

"Olha essa roupa. Olha com quem ela anda, quantos ela pega, como ela fala dos outros..."

"Sou puta então."

"Não você não. Pode até ser meio bitch, mas não igual aquela"

Quinn riu "Cara eu odeio aquela garota e ela me odeia. Acho que é porque a gente já namorou"

"Se ela te pedir, diz que eu não quero putas nem ninguém do grupinho dela"

"Posso incluir elas no ‘putas’ né?" Quinn arqueou a sobrancelha

"'Ele não gosta das putas lá de cima exceto Quinn Fabray' que tal?"

Quinn riu novamente "Tá bom assim!" Eles continuaram conversando sobre tudo, de coisas banais a sérias.

"Sam? Você acha que tem como descobrir quem põe aqueles bilhetinhos?"

"Olha, dá pra ver pela letra, por quem implica falando, as coisas que diz... Deixa eu ver um"

Quinn tirou da bolsa um monte deles e deu para Sam, o sinal tocou e ela teve que trocar de sala. Sam disse que ia investigar e depois se falavam, no intervalo da aula pois ela iria estudar no recreio. Artie e Quinn se encontravam no recreio e ele também tentava a convencer a voltar pro Glee Club. Quinn resistiu por uns dias mas depois de tanta insistência ela disse que falaria com Mr. Schue. O sinal final tocou e Quinn foi até a sala do coral

"Bom dia"

Ele abriu um largo sorriso e a abraçou

"Que bom que veio! Fico feliz em saber."

"Ai me desculpa por tudo que fiz aqui..."

"Vamos virar essa Página. Eu até ia atras de você mas pelo visto ele conseguiu que os outros mudassem de ideia"

"Ele?"

"É, o Sam. Ele que cismou em te trazer de volta e insistiu para que os outros a perdoarem"

--

Quinn ficou em silêncio, ela não tinha ideia de que ele seria capaz de fazer tudo isso só para ajuda-la.

"Você não sabia?"

"Eu não fazia ideia. Achei que eles tinham feito isso por conta própria"

"Mas ele não obrigou ninguém. Só disse para virarem a página..."

"Tudo bem, mas o que me surpreende é ele ter feito isso."

O sinal tocou e Mr. Schue saiu, Quinn foi procurar Sam e depois de rodar a escola toda o encontrou na biblioteca comparando cadernos e os bilhetes do armário dela.

-Heyy!! Te procurei a escola toda!

-Ah eu to aqui vendo se descubro de quem são

-Estou oficialmente de volta ao Glee Club!

-Sério??? Sam abriu um largo sorriso.

-Sim! Olha, ele me disse que...

-Não precisa agradecer Q.

Ela sorriu e susurrou obrigada.

-Porque tão mandando você se matar? Você tentou?

-Poucas vezes enquanto eu estava na clinica mas ninguém sabe... Devem ter deduzido.

-Clinica? Oi? Provavelmente.

-Ah longa história nem dá para falar aqui, as paredes tem ouvidos. Qualquer dia te conto.

-Vou cobrar hein. Mas parou né de...

-Aham! Não consegui ai parei

Sam riu mas logo engatou

"Desculpa"

-hahahahaha sem problemas. Nem isso consegui fazer direito né

-Hahahaha ainda bem. Mas porque?

-Olha, ninguém nunca soube disso... Mas vou te falar.

“Depois que fiquei grávida, do Puck e fui taxada de puta e tudo mais fui expulsa de casa, as pessoas que eram minhas amigas sumiram, a única coisa sólida que restou foi as Cheerios que logo depois fui expulsa também. Depois que a Beth nasceu eu dei para adoção, sabia que não ia ser uma boa mãe e pela primeira e única vez na vida fiz algo decente”

-Mentira!

-Ah foi!

-Quando você aceitou namorar comigo foi algo super certo!!!

Ela disse rindo “É, isso também!”

-Vá prossiga.

...”Aí logo que fiz isso me arrependi. Eu não gostava do Puck, eu era apaixonada pelo Finn, sempre fui. Então nosso relacionamento nem foi para frente, ele não queria também. O Puck só quer curtir. Algumas semanas depois a minha família já estava desmoronada. Minha avó brigada com meu pai por ele ter me expulsado, minhas primas em guerra com ele, minha mãe desconfiada de traição... Enfim estava tudo um caos. Aí a parte sua da história você sabe, depois que você terminou comigo eu estava até que bem, mas meus pais brigaram. Ele a traia com uma garota, quase da minha idade. Depois disso minha mãe o largou e fomos morar com a minha avó, que todo dia fazia questão de jogar na minha cara que meus primos eram melhores que eu, em tudo. Eu não aguentava mais até que resolvi sair com a galera mal vista da escola deles e foi aí que me ferrei totalmente, eu não era viciada em nada, nem alcoólatra, mas minha mãe se desesperou. Ela cuidava de mim sozinha e não tinha apoio de ninguém, a primeira coisa que ela fez foi me isolar nas férias numa clinica para transtornos. Nunca vi lugar pior. Quinn estava com os olhos cheio d'água e Sam também.
-Mas Quinn o que você tinha?
-Na verdade Era distúrbio bipolar, depressão... Essas coisas...
-Entendi. Aí você passou as férias lá e agora tá aqui?
-É, mas enquanto eu tava lá que tudo desandou ainda mais. O resto da família era contra eu ter ficado lá... Meu pai não palpitava... Enfim foi o caos. Minha mãe tá brigada com metade da familia.
-Caraca. Sinto muito
-Tudo bem, já acostumei 
Ele segurou forte juntando as mãos dela e disse
"Mas olha não tenta se matar mais tá?!"
Ela sorriu e assentiu com a cabeça. 
-Só não queria que as pessoas soubessem de nada disso tá?
-Claro. Não vou falar nada nem sob tortura.
Ela deu uma pequena risada e disse
-Ótimo.
-Mas se ninguém sabe disso como que as pessoas tão falando nos bilhetes?
-Ah deve ser porque elas imaginam. Olham para minha cara e pensam ‘Ah essa garota é maluca, deve se cortar.’ Só pode ser.
-Bom, pode ser. Hoje em dia todo mundo julga pelo o que imagina e muita gente anda se cortando. 
-Pois é. Qualquer coisa já quer morrer. Eu tenho que ser mais forte
-Não quis dizer que você não tinha motivos... Você é forte, olhando pra você a gente Só acha que tá numa fase rebelde, você não fica fazendo drama por aí...
-Obrigada
-Pelo que?
-Por tudo, você tem me ajudado demais.
-Ah que isso. Não precisa agradecer. Já falei isso milhares de vezes né
Ela sorriu e o abraçou. Um abraço confortante, tinha tempo que não se sentia assim. O sinal tocou e a biblioteca começou a encher. Sam se levantou e disse que eles conversariam mais tarde. Depois de pegar o material para o trabalho Quinn foi andando para casa. Ela procurou Sam, mas ele já devia ter ido para casa.

-Cheguei!!!

-Sam que bom. Olha eu só volto a noite seu pai vai tá Aí, você vai fazer o trabalho na casa da Quinn né?! 

-Aham

-Ok. Juízo hein, se comporta lá

-Pode deixar. Beijos

Ele se jogou no sofá para descansar um pouco, já que tinha ido correndo para casa.  

-Pai to saindo!

-Tchau meu filho.

Engraçado é que quando sóbrio ele era um pai exemplar, mas era só acontecer algo ruim para ele beber todas e ficar impossível. Ele sequer se lembrava do que tinha feito enquanto estava bêbado, isto era o pior. Falava coisas terríveis e nem para se desculpar depois dava. Cada dia piorava. Sam tentava ficar o menos em casa possível, mas tinha que ajudar a mãe a cuidar dos irmãos muitas das vezes. Como estavam na escola ele almoçou e logo foi para casa de Quinn onde foi recebido alegremente pela mãe de Quinn

-Sam! Que bom vê-lo aqui.

-Posso dizer o mesmo --ele respondeu com um largo sorriso.

-A Quinn está lá encima. Pode ir!

Sam respondeu com um sorriso e subiu as escadas, quanto tempo havia que ele não ia lá, trazia muitas memórias boas. ‘Toc Toc’

-Entra!

-Oi!!

-Oooi- Quinn respondeu se levantando- ela o abraçou e recebeu um leve beijo nas bochechas .

-Desculpa chegar cedo é que prefiro sair de casa logo.

-Nãoooo, tudo bem! Vamos começar. Quinn disse isso e foi buscar o material que tinha deixado na sala, enquanto isso Sam ficou admirando o quarto e olhando um mural de fotos que ela tinha pregado na parede. "Finn, Finn, Cheerios, claro que não vai ter foto minha... Opa. Olha que lindo- ele pensava alto- Aw meu deus não acredito. Color me Mine???" Quinn entrou e ficou levemente avermelhada, ela não queria que ninguém visse, muito menos o Sam! Tinha coisas dele lá...

-Oh meu Deus. Você guardou isso???-- ele disse segurando o Bilhete que ele mandou a convidando para sair.--

-Éeer, sim. Guardei muitas coisas, outras fiquei com raiva e joguei fora mas gosto de guardar essas coisinhas cotidianas de lembrança.

-Aw. Entendo, eu guardo algumas.

-Sério????

-Mas só coisas muito especiais. Por exemplo, eu tenho várias folhas do rascunho enquanto tava escrevendo o discurso para te pedir em namoro. "Se você aceitar, este anel vai simbolizar que sempre serei verdadeiro...

-Nunca pressionarei a nada além de um beijo

-Prometo te dizer quando estiver com o dente sujo.

- Vir até a sua casa sempre que sentir algo ruim ao redor..

-Prometo de deixar orgulhosa quando apontar para mim e dizer “Aquele cara ali, é o meu namorado

-Eu prometo fazer tudo isso sem a minha imitação Matthew MConahay. Eu realmente gosto de você e queria que ficássemos juntos.” 

- Como você sabe tudo Quinn?
-Como eu não saberia? 
-Aiai. Eu sei porque fiquei tempos escrevendo e decorando
-Foi LINDO.
-Né.
-Nossa bons tempos aqueles... -Quinn disse recostando a cabeça no ombro de Sam

 

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Notas finais do capítulo

Gostaram????? Não está bom, mas deixem reviews :) xoxo