The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 27
O que dizer? Não há o que dizer...




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Saí correndo atrás dele até a rua, onde gritei por ele: "Eduardo!"

Ele olhou pra mim sorriu e quando vinha vindo na minha direção, um carro desgovernado invadiu a calçada e o pegou.

"Ah!!!" Foi o grito mais doloroso que soltei em toda minha vida.

Corri até o corpo dele, que estava estirado no chão.

"Eduardo?" Disse desesperada não podendo evitar as lágrimas.

"Beatriz?" Ele disse "Eu to com frio... Por favor, Beatriz faz alguma coisa eu não quero morrer. Por favor..."

"Pelo amor de Deus alguém chama uma ambulância!!!" Gritei para as pessoas que estava em volta.

Um homem colocou uma de suas mãos em meu ombro e disse: "Já chamei, moça. Fica tranqüila que eles já estão vindo."

Eduardo gemeu.

"Eles têm que vir agora!!" Disse chorando "Não podem demorar mais nenhum segundo..."

Desabei em lágrimas e Eduardo botou uma de suas mãos sobre a minha.

"Não vai dar tempo." Ele disse "Acho que estou ficando sem combustível."

Ele disse me mostrando um punhado de sangue que ele tirou de seu corte só com um leve toque.

"Não." Disse desesperada "Você não pode me deixar. Eu te amo, Eduardo."

"Eu também, eu também." Ele disse "Você me faz um favor, Beatriz?"

"Qualquer coisa!" Disse prontamente.

"Então diz à Helena que eu sinto muito, que eu não queria magoá-la e que eu sei que não foi culpa dela em nenhum momento." Edu disse cuspindo sangue.

"Ai meu Deus... Não, não, não, não..." Disse desesperada "Cadê essa ambulância que não chega?"

"Beatriz..." Edu disse ameaçando colocar mais sangue pra fora.

"Não diz nada, meu amor, não diz nada." Disse.

"Eu preciso... que você também diga à Miguel que o meu sonho era ter sido pelo menos metade do homem que ele é." Edu disse chorando "E... E que eu e Helena não podíamos ter tido um pai e uma mãe do que ele foi pra nós."

"Não, não." Disse "Você vai dizer isso tudo pra eles. Você vai..."

Doía muito. Eu sabia que Eduardo não iria resistir, mas queria acreditar que ele iria.

"Que pena... que a gente não conseguiu casar." Ele disse com um leve sorriso nos lábio "Conseguiu se livrar de mim."

E então ele começou a passar muito mal.

"Não. Eduardo, não!!!" Disse desesperada "Não faz isso comigo."

Vi que ele tentou dizer 'eu te amo', mas não conseguiu. Edu fechou os olhos e para sempre.

"Não!!!" Gritei enquanto a ambulância finalmente já tinha chegado, mas era tarde "Nãooo!! Volta pra mim! Volta..."

De repente pude sentir pessoas tentando me tirar de perto de Eduardo, eram os enfermeiros, mas eu lutava. Me agarrei com força à Eduardo. Não iria deixá-lo, não podia deixá-lo.

"Moça..." O homem dizia, mas eu não estava nem aí "Ajuda aqui, por favor! Ela não quer soltar o corpo."

Como eles podiam ser tão frios? Eduardo foi mais do que um corpo, ele foi um homem com um coração, valores, amor...

Só sei que três homens me separaram de Eduardo e me levaram para o hospital na ambulância.



No hospital, não demorou muito para Miguel chegar desesperado com Lisa e Helena. Quando o vi não pude evitar em desabar em lagrimas novamente.

Quando Miguel me viu, correu até mim e me abraçou forte.

"Me desculpa." Disse chorando.

"O que aconteceu, Beatriz?" Miguel perguntou também chorando.

Helena chorava nos braços de Lisa, que tentava consolá-la.

"Ele disse pra mim te dizer que ele queria ter sido um homem como você e que você foi o melhor pai e mãe que ele pôde ter tido." Disse e Miguel se descontrolou.

Ele começou a fazer um escândalo no hospital.

"Cadê meu irmão?!" Ele dizia descontrolad entrando nos quartos do hospital "Eduardo? Eduardo? Não tem graça! Para de brincar de esconde e esconde, vamos Eduardo, aparece."

"Miguel." Lisa disse parando-o com um abraço "Ele se foi."

"Não, não..." Miguel disse chorando nos braços de Lisa.

Com isso me virei para Helena e disse: "Ele disse que sente muito e que sabe que não foi sua culpa o que aconteceu."

"Eu sei." Disse Helena me abraçando "Eu sei, Bia ele não podia..."

E ali nós duas choramos até que um médico apareceu e disse: "Com licença."

Eu, Helena, Lisa e Miguel fitamos o médico. Eu com a esperança de que eles conseguiram reviver Eduardo e estavam ali pra darem essa notícia, mas...

"Posso preparar o corpo para o enterro, amanhã?" O médico perguntou "Ou vão querer esperar mais um dia?"

"Pode preparar para amanhã." Miguel falou em um fio de voz.

Me senti enjoada e saí correndo daquele hospital.



Fui até o local do acidente, perto do meu apartamento e pela primeira vez vi o carro tunado de Eduardo no outro lado da rua. Entrei no carro dele que estava, por sorte, aberto e com a chave na ingnição. Edu estava tão perturbado quando veio falar comigo que esqueceu a chave ali e o carro aberto.

Comecei a chorar dentro do carro, que me trazia tantas lembranças. Não pude deixar de me culpar. Se eu tivesse-o aceitado quando ele estava no meu apartamento esse acidente não teria acontecido e a essa hora estaríamos na cama.

Pensando em como teria sido, me lembrei de Patty e Fernando, que tinham o direito de saberem o que aconteceu. Girei a chave, pisei fundo e dirigi aquela máquina maravilhosa até o ferro velho.

Quando entrei no ferro velho, a primeira pedrada de Patty foi: "O que você está fazendo com o carro de Edu!"

Não liguei para isso. Comecei a chorar só em ouvir o nome dele.

"O que foi que houve, Beatriz?" Fernando perguntou "Eduardo bateu de novo?Por favor não me diz que vou ter que concertar o carro dele de graça de novo!"

Como não parei de chorar, chorar descontroladamente pra ser sincera, Patty disse com os olhos cheios de lágrimas: "O que houve, Beatriz?"

Abracei Patty que começou a chorar também. Meu recado está dado.

"Não." Fernando disse "Diz que é mentira, Beatriz."

"Não somos... Não somos mais quatro." Disse abraçada com Patty ainda chorando, as duas.

Fernando começou a quebrar umas coisas lá e por fim se abraçou a nós duas chorando também.

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Notas finais do capítulo

O próximo cap. é o último espero que tenham gostado desse, mesmo com tudo que aconteceu...

Bjss!!