The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 26
Uma quase tragédia




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Durante a lua de mel de Miguel e Lisa, quase aconteceu algo terrível. Na verdade foi algumas horas depois que eles voltaram da lua de mel que essa tal coisa terrível quase aconteceu...

Mas antes disso, Miguel partiu deixando Eduardo responsável por Helena com muito temor. Era tipo deixar sua irmã caçula com seu irmão do meio deliquente. Então, para um certo alívio as preocupações de Miguel, me ofereci para ajudar Eduardo no que precisasse com a irmã.

Para a alegria de Edu e Helena e para o ódio de Lucio freqüentei a casa de Eduardo todos os dias sem falta por aquelas duas semanas que Lisa e Miguel passariam fora.

Confesso que me diverti como não me divertia há muito tempo naquelas duas semanas. Aquele momento eu, Edu e Helena podia durar para sempre pra mim.

"Gente, eu to meio cansada e vou dormir." Disse Helena se levantando da mesa de jantar "Com licença."

"Ta bom." Disse "Boa noite, meu anjo."

"Vê se não enrola pra dormir que amanha você tem escola." Edu disse nada educado, mas preocupado, o que lhe caía super.

"Ta bom, irmão chato." Helena disse fechando a porta do quarto.

Naquela hora éramos só eu e Edu, como não acontecia há muito tempo.

"Amanhã acaba, não é?" Edu disse mexendo com o resto de macarrão que havia em seu prato.

"O que?" Perguntei.

"Eu e você aqui de babá da Helena." Edu disse com um sorriso tristonho nos lábios "A gente não vai se vê amanhã."

"Ah, Eduardo, não é bem assim." Disse "Nós somos amigos e podemos conversar sempre que desejarmos. Sabe? Você pode me procurar quando precisar."

Ele não disse nada, só ficou a me olhar com carinho.

"Bom, eu tenho que ir embora." Disse me levantando "Moro longe."

"Até algum dia, então." Ele disse se levantando também.

Dei um beijo em sua bochecha disse 'adeus' e fui embora.



No dia seguinte, Miguel acordava Edu quando se passava das três da tarde.

"O que é, cara?" Edu disse na cama "Mal voltou da lua de mel e vai ficar aí enchendo já? Vai transar com a sua mulher, vai."

"Olha como fala, Eduardo." Miguel disse "E quanto a você? Não tem nada pra fazer? E o trabalho lá que o juiz exigiu para que cumprisse a pena?"

"É só terça e quarta." Edu disse "E hoje é segunda."

"Ta, então me seja útil e vai pegar Helena na escola, vai." Miguel disse.

"Por que?" Edu perguntou "Ela vem sozinha todos os dias."

"É, mas hoje ela ta demorando muito." Miguel disse "Vai lá pegar a sua irmã, Eduardo. Pode ter acontecido alguma coisa."

"Que saco." Edu reclamou se levantando.

"Obrigada." Miguel disse.

"Ta, ta." Edu disse revoltado "Agora me deixa trocar de roupa."

Miguel saiu do quato, Edu trocou de roupa e foi até o centro com seu tunaso pegar sua irmã na escola, mas quando chegou lá disseram que ela tinha ido já havia horas. Edu agradeceu estranhando o fato de sua irmã não ter chegado em casa e telefonou para ela.

Começou a ouvir o toque do celular de Helena vindo de um beco próximo à escola. Edu foi até lá e deu de cara com Helena chorando enquanto um homem mais velho a molestava.

Helena estava apenas de sutiã e a saia do colégio enquanto o homem a beijava.

O sangue de Eduardo ferveu.

Ele foi até o homem e o tirou de cima de sua irmã e começou a bater nele que implorava por piedade. De repente Helena gritou segurando Eduardo: "Para, Edu! Para!"

Edu parou quando ouviu Helena dizer: "Não vale apenas você ir para a cadeia por causa desse monte de lixo."

Eduardo deixou o homem fugir e depois apenas olhou para Helena dando sua jaqueta para ela.

"Vamos embora daqui." Ele disse.

Eles entraram no carro e foram para casa sem nenhuma outra palavra.



Quando chegaram em casa Miguel e Helena se apavoraram ao ver o estado de Helena, com as roupas rasgadas fora os hematomas.

"O que houve?" Miguel perguntou Helena que chorava.

Ao ver o rosto furioso de Eduardo, Miguel tirou uma conclusão errada: "Você bateu nela Eduardo?"

"Bem que eu devia." Edu disse.

"Você está me culpando?" Helena perguntou furiosa.

"Se não agisse que nem uma piranha por aí, nada disso teria acontecido." Eduardo disse "Tenho certeza que você provocou aquele tarado!"

"'Tarado'?" Miguel disse apavorado.

"Meu Deus! Helena, você não foi..." Lisa disse.

"Se eu não tivesse estado lá essa miniatura de piranha já teria dado pró velhote." Eduardo disse puto.

Ao ouvir isso Helena dá um tapa na cara de Eduardo, que se controla pra não perder a cabeça e acabar batendo na irmã de volta.

"Você é um idiota." Helena disse entre lágrimas "Se você soubesse pelo o que eu passei lá. Por tudo que minha mente enfrentou ali ao imaginar aquele cara me tirando a... Você não tem a mínima noção."

Helena entrou em seu quarto e bateu a porta. Lisa foi atrás só restando Edu e Miguel na sala.

"Não acredito que você falou assim com ela." Miguel disse fulo.

"Eu não me..." Edu foi interrompido por Miguel.

"Não, Eduardo. Guarde para si o que fosse dizer." Miguel disse "Só me diz uma coisa, o que você fez com o cara?"

"Um soco e deixei ele fugir... Infelizmente." Ele respondeu "Porque se eu pudesse voltar lá eu teria matado esse..."

"Ainda bem que não pode voltar porque não sei se ia conseguir te apoiar se matasse outra pessoa." Miguel disse "E com certeza ninguém ia te visitar na cadeia, porque nem a Beatriz te agüenta mais. Você só tema nós, Eduardo. Tente não perder isso também."

Miguel entrou no quarto de Helena, deixando Edu sozinho. De repente ele sai de casa, com o carro vai até o meu apartamento, onde estava sozinha.

"Eduardo?" Disse ao vê-lo perturbado "O que houve?"

"Como sempre decepcionei alguém." Ele disse se sentando no meu sofá, sentei-me ao seu lado "Dessa vez foi a Helena e o Miguel com uma pedrada só."

"O que houve?" Perguntei.

"Minha irmã sofreu uma tentativa de estupro agora a pouco e a chamei de piranha. Eu a culpei, cara." Edu disse arrependido "No pior momento da vida dela eu fiz questão de torná-lo ainda pior."

"Você realmente vacilou, mas tem que pedir perdão pra ela." Disse "Tenho certeza de que vai perdoá-lo."

"Não sei se vai." Edu disse "Também não sei se mereço."

"Claro que merece, Eduardo." Disse "Você é a melhor pessoa que conheci na vida. É verdade que faz muita merda, mas faz parte do seu charme. E eu sei que isso que disse a sua irmã e também o que me disse horas antes da gente terminar foi tudo sem pensar."

"To morrendo de medo de perder todo mundo, Beatriz." Ele disse com algumas lágrimas escapando de seus olhos.

"Isso não vai acontecer." Disse.

"Ei, eu sinto a sua falta." Ele disse com suas mãos sobre o meu rosto.

"Acabou, Eduardo." Disse com os olhos ardendo.

"Eu não acredito." Ele disse sem soltar o meu rosto e olhando fundo em meus olhos.

"Acredita." Disse em um fio de voz.

"Eu te amo." Ele disse.

"Por favor." Lutava para as lágrimas não caírem.

"Você ainda me ama." Ele insistia "Eu sei que você ainda sente alguma coisa por mim."

"Vai embora." Disse "Por favor."

"Desculpa." Ele disse me soltando e secando suas lágrimas "Obrigado por me ouvir."

"De nada." Disse forçando um sorriso "Fica tranqüilo que tudo vai dar certo."

"Tomara." Ele disse "Valeu, Beatriz."

"Tchau." Disse abrindo a porta para ele sair.

Quando ele saiu, fechei a porta. Me encostei nessa e deslizei sobre essa, aos prantos, até sentar no chão.

Era uma dor horrível. Meu peito doía, eu queria agarrar Eduardo, mas algo em mim não permitiu. Comecei a pensar em ceder e voltar com ele, foi aí que me levantei decidida e saí correndo atrás dele.

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