The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 19
Depoimentos




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A audiência havia começado e a promotora que acusaria Eduardo o máximo que pudesse não estava pra brincadeira. Ela queria trancá-lo em uma cela e jogar a chave fora a qualquer custo.

Eles chamaram o Edu pra depor. Ele contaria à todos tudo que aconteceu no dia da morte do pai da Patty.

Conte-nos senhor Eduardo, e lembre-se que se mentir nesse tribunal estará muito encrencado.” A promotora disse.

Eduardo começou a contar:

Tudo aconteceu quando eu me vi furioso por ter sido proibido de ver minha namorada depois de um acidente de carro, que ela havia sofrido.

Não sabia o porquê, mas o velho não gostava de mim de jeito nenhum. Ele não gostava que Patty me namorasse.

Então pra ver Patrícia, que sairia do hospital naquele dia mesmo, me disfarcei de médico e entrei em seu quarto.

“Edu?” Ela quase pulou da cama ao me ver.

“E aí, gata?” Eu a disse “Vamos sair daqui?”

“Que roupa é essa?” Ela me perguntou rindo da minha cara.

“Ah, foi o jeito que eu arranjei pra te tirar daqui.” Eu disse a beijando em seguida.

“Mas eu saio daqui só hoje mais tarde.” Ela disse.

“Vai contestar o doutor Eduardo aqui?” Eu a perguntei “Eu to te dando alta.”

“Ta bom.” Ela disse se levantando vestida com aquela roupa de hospital me mostrando a bunda dela toda “E não fica olhando não, em?”

“Tarde demais pra isso.” Eu disse enquanto ela se vestia com as roupas dela, que estavam em um armário lá do lado da cama.

Depois disso ela pulou em meus braços e começamos a nos beijar. Foi aí que o pai dela entrou no quarto.

“Patrícia!” Ele disse “O que esse marginal está fazendo aqui?”

“Eu to tirando a sua filha daqui.” Eu disse na maior cara de pau.

“Não, você não vai tirar minha filha daqui.” O cara disse me dando um soco.

Patty gritou: “Para pai!! Para com isso!!”

“Vaza daqui, Patty!” Eu a disse “Vai pro ferro velho que eu te encontro lá!”

Patty não pensou duas vezes e saiu correndo, mas o pai dela ameaçou ir atrás dela , então o segurei e dei um soco nele.

“Olha seu Paulo não to a fim de machucar o senhor não, mas não está me deixando muita escolha não.” Eu disse.

“Mas eu vou machucá-lo e muito!” O cara disse me dando um outro soco “Isso é pra aprender a não mexer com a filha dos outros.”

Eu não agüentei, quando vi que o cara ia me socar de novo eu bati primeiro e ele caiu batendo com a cabeça em uma mesa.

Fiquei apavorado quando vi que o cara não acordava.

“Ah, seu Paulo, muito engraçado, mas pode levantar aí.” Disse ainda de pé.

Como vi que ele não se mexia, me agachei e coloquei minhas mãos em um dos pulsos do cara e percebi que estavam parados. O cara tinha batido as botas.

Entrei em pânico. Morri de medo em alguém descobrir aquilo e eu que me ferrasse no final. Na verdade fiquei com medo disso.

 

Eduardo respirou um pouco e continuou contando: “Daí peguei uma ambulância coloquei o corpo lá e deixei a ambulância no terreno baldio que policia achou o corpo aí.”

Ouvir aquilo me enjoou um pouco e pude ver que a Fernando também. Não era bom pra mim ouvir que Eduardo beijou Patty e nem pra Fernando se lembrar disso. Acho que é ainda pior pra ele.

“Então, o senhor roubou uma ambulância para poder sair com o corpo dali?” A promotora o perguntou.

“Foi.” Edu respondeu.

“Mas agora fiquei intrigada.” A promotora disse “Como passou pelo o hospital sem que chamasse a atenção de ninguém enquanto dirigia o corpo até a ambulância?”

“Protesto.” A advogada de Eduardo disse “A doutora está exigindo muito da memória de meu cliente.”

“Protesto negado.” O juiz disse “Prossigam.”

“E então, senhor Eduardo Ferreira?” A promotora o perguntou.

“Eu peguei uma maca do hospital, coloquei o homem lá e cobri o corpo com um lençol azul.” Eduardo disse.

“Ninguém o viu?” A promotora o perguntou.

“Uma enfermeira.” Eduardo disse.

“E o que disse?” A promotora perguntou.

“Que o corpo estava sendo encaminhado para um legista.” Edu respondeu.

“Ninguém estranhou o fato do senhor não ter um crachá a não ser que tenha falsificado um.” A promotora disse com uma certa ironia.

“Protesto.” A advogada de Eduardo protestou mais uma vez “A colega está usando um tom de deboche para com o meu cliente.”

“Protesto aceito.” O juiz disse “Por favor, doutora reformule sua pergunta.”

“Ninguém estranhou o fato do senhor não usar um crachá?” A promotora reformulou sua pergunta.

“Por sorte não.” Eduardo disse, mas também fez questão de dizer “E eu não falsifiquei nada pra matar sua curiosidade.”

“Sem mais perguntas.” A promotora disse sem tirar o olhar de acusação de cima de Edu.

“Doutora Flávia?” O juiz perguntou à advogada de Edu “Alguma pergunta?”

“Por que o senhor foi buscar a sua namorada naquele hospital mesmo sabendo que ela sairia naquele mesmo dia?” Flávia o perguntou.

“Porque fiquei com medo do pai dela trancar-la ou mandá-la para um outro país, estado... e eu nunca mais veria minha namorada.” Edu respondeu.

“Entendo.” Flávia disse “Mas o falecido demonstrou algum interesse em mandar a filha para fora do país?”

“Não diretamente pra mim, mas Patty já cansou de me dizer que o pai dela queria mandá-la para uma faculdade nos Estados Unidos.” Eduardo disse “Aquele seria o momento perfeito para ele fazer isso.”

“Sem mais perguntas.” Flávia disse.

Eduardo se sentou ao lado da advogada e o juiz convocou Patty, que agora era a única que podia salvar Eduardo.

Ela se sentou e a doutora Tatiana, a promotora chata, começaria as perguntas.

“Você sabe que poderá dizer nada além da verdade, não sabe senhorita Patrícia?” Tatiana a perguntou.

“Sei sim.” Patty disse como uma pedra de gelo.

“Qual foi a última vez que viu seu pai vivo?” Tatiana a perguntou.

“Eu já disse isso um milhão de vezes na delegacia.” Patty disse.

“Responda a pergunta Srta. Patrícia.” O juiz ordenou.

“Ok.” Patty disse “Foi no hospital, pouco antes dele morrer.”

“Confirma que quando saiu do quarto de hospital deixou seu namorado e seu pai brigando naquele quarto?” Tatiana a perguntou.

“Sim.” Patty disse.

“Não sentiu raiva de Eduardo por ele ter matado seu pai?”

“Protesto.” Flávia protestou “A colega está levando pro lado pessoal da Srta. Patrícia.”

“Protesto aceito.” O juiz disse “Outra pergunta por favor.”

“Me fale do caráter do Sr. Eduardo.” Tatiana disse.

“Um pouco explosivo, mas ao mesmo tempo doce.” Patty disse “E tenho certeza que a morte do meu pai foi acidental, Eduardo jamais o mataria.”

“Por que a senhorita estava mesmo naquele hospital?” Tatiana perguntou.

“Acidente de carro.” Patty respondeu.

“O Sr. Eduardo estava envolvido nisso?” Tatiana perguntou

De repente, Eduardo cochicha algo para Flávia que em seguida pede um protesto: “O acidente de carro sofrido antes pela Srta. Patrícia não tem nada haver com esse processo.”

“Protesto negado.” O juiz disse “Responda, Srta. Patrícia.”

“Não.” Patty mentiu.

Era um racha. Patty e Eduardo contra um outro casal.

“Sem mais perguntas.” Tatiana disse.

“Doutora Flávia?” O juiz a perguntou.

“Obrigada.” Flávia disse “Srta. Patrícia, me diga como Eduardo era como seu namorado.”

“Ótimo.” Patty respondeu “Um dos melhores que já tive.”

Ela olhava pra Eduardo, que sorria enquanto ela dizia isso. Eu e Fernando não gostávamos nada disso.

“Sem mais perguntas.” Flávia disse.

“Bom, foi um pouco difícil decidir isso, mas já cheguei a uma decisão.”

Fiquei tensa de repente assim como todos ali presentes. Exceto minha mãe que se preparava para rir quando o juiz desse a noticia.

Eduardo era o mais nervoso e ansioso de todos e eu tinha que me preparar para o que viesse em seguida.


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