Kolybelnaya escrita por themuggleriddle


Capítulo 18
The Remains of the Duelling Club




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“Use Depulso,” disse Riddle, afastando-se do quadro-negro o qual havia indicado para Hermione. “E lembre-se: controle a sua varinha.”

Hermione respirou fundo enquanto encarava o quadro, erguendo sua varinha. Ela tinha que se concentrar e, para fazer isso, ela precisava esquecer que Tom estava na mesma sala. A presença de Riddle conseguia desconcentrá-la graças àquele olhar analítico que ele parecia sempre usar nela. Então, a única maneira de se concentrar era imaginar que ele estava longe. Tom Riddle estava fora do seu campo de visão, logo estava fora daquela sala. Sem Riddle significava sem olhares frios, sem comentários irônicos, sem sorrisos idiotas. Sem Riddle significava concentração.

A bruxa prestou atenção na sensação de ter a sua magia se acumulando em sua mão, entrando em conflito com a magia de sua varinha. Como Riddle havia falado, a magia do teixo era forte e teimosa, ela tentava se rebelar contra ela mesmo quando Hermione se forçava sobre ela. A garota conseguia sentir a magia da varinha tentando se sobrepor à sua, mas ela simplesmente ignorou isso, apertando mais os dedos ao redor da varinha, ordenando a sua magia e controlar a do teixo. A varinha de Vinewood sempre fora muito dócil em suas mãos, bem diferente daquilo ali.

“Depulso!”

A garota observou o feitiço sair de sua varinha, bater no quadro e empurrá-lo contra a parede de pedra. O objeto bateu na parede bom um barulho alto, mas, para a sua surpresa, não quebrou como fizera das outras vezes nas quais ela praticara. Hermione abriu a boca e deixou um gritinho animado escapar, antes de rir e virar-se para olhar Riddle, que a encarava com uma sobrancelha arqueada.

“Isso foi bom,” disse Tom, aproximando-se dela. “Você não quebrou o quadro, não foi empurrada para trás e não destruiu a sala. Ou seja, você controlou a varinha. Daqui por diante ela irá obedecê-la melhor até que a magia de vocês duas trabalhem em harmonia. Ela precisa desse primeiro empurrãozinho de dominância para reconhecer quem está controlando a situação.”

“Como você sabe tanto sobre isso tudo?” perguntou Hermione, olhando-o.

“Varinha de teixo,” ele falou, erguendo sua própria varinha e sorrindo. “Passei pela mesma coisa. E pesquisei sobre isso. No começo, pensei que havia sido azarado mesmo e tinha escolhido uma varinha defeituosa.” Riddle ergueu a varinha com uma mão, usando seus dedos da outra para acariciar a madeira. “Mas depois vi o quão... Poderosa uma varinha de teixo consegue ser.”

“Então, tirando a teimosia, teixo é uma das melhores opções para varinhas.”

“Exato.” O garoto olhou em volta e respirou fundo. “E você conseguiu controlar ela antes da nossa aula de duelos.”

“Aula de duelos?”

“Eu falei com Merrythought depois da última aula e ela me disse que teremos uma aula focada em duelos práticos,” ele explicou, indo até a janela mais próxima e observando os jardins de Hogwarts.

“Como o Clube dos Duelos?”

“Mais ou menos. O Clube era organizado por Merrythought e Toulson. Isso significa que Toulson controlava a falta de... percepção de perigo de Merrythought. Quando um duelo ficava feio, ele intervinha,” explicou Riddle. “Mas estaremos na aula de Merrythought, então, se eu fosse você, eu tomaria cuidado. Ela não vai parar um duelo até que tenha alguém quase morrendo no chão. Aquela mulher é louca. Brilhante, sim, mas louca.”

“Certo... Então espero não ter que duelar com você,” ela falou. “Você parece o tipo de pessoa que gosta de deixar seu oponente quase morrendo no chão.”

“Não sei.” Ele deu de ombros. “Nunca participei de um duelo de verdade como esse que Merrythought prometeu para a próxima aula.”

“E o Clube dos Duelos?”

“A gente precisava estar no quarto ano para participar e quando eu cheuei no quarto ano, o Clube foi fechado porque alguns pais vieram reclamar que seus filhos voltavam para casa com algumas cicatrizes bobas e sem cabelos.” O garoto riu baixo. “É uma pena. Era uma boa forma de praticar esse tipo de coisa. Ah, e eu também não deixei você quase morrendo no chão quando duelamos.”

“Não foi um duelo de verdade.” Hermione riu. “Era mais uma prática de feitiços simples durante a qual eu descobri que você não agüenta um Labirinto.”

“Tanto faz. Vou garantir que eu não duele com você.” Tom pegou sua mala da cadeira onde ela estava. “Você pode ter controlado a sua varinha hoje, mas eu não quero arriscar o meu pescoço. Se quer uma indicação, tente Malfoy. Ele parece gostar de você.”

“Oh?”

“Ele a levou até o Três Vassouras, não?” perguntou Riddle, observando a menina enquanto ela pegava seu material também. “Ele me disse que vocês tiveram uma boa conversa lá. E que você conheceu Walburga.”

“O que vocês dois são? Confidentes um do outro?” Hermione riu. “O que um faz o outro deve ficar sabendo? Mas, sim, nós tivemos uma boa conversa e eu conheci Walburga Black. Ela parece ser legal.”

A garota não sabia o que a expressão estranha que apareceu no rosto do outro queria dizer. Ele ficara daquele jeito por confirmar que ela saíra com Malfoy ou por causa do que ela falara sobre Black? O sonserino parecia estar prestes a explodir em risadas.

“Você está bem?”

“Claro,” disse Tom, antes de pigarrear e caminhas na direção da porta da sala de aula. “Acredito que esse seja o nosso último... Encontro.”

“Sobre a varinha, sim.” Hermione o seguiu, sorrindo de leve para ele. Era estranho agir daquela forma com Tom Riddle. “Mas ainda temos que nos reunir por conta de Poções, então você vai ter que me agüentar por mais tempo.” Ela riu. “Graças a Deus eu terei Malfoy para me distrair.”

“Se ele estivesse aqui, diria que os Malfoys nunca são uma distração,” disse Riddle, um sorriso esquisito em seus lábios. “Mas sim a atração principal.”

“Parece o tipo de coisa que um Malfoy diria.”

“E quantos Malfoys você conhece para saber disso?” perguntou o rapaz, arqueando uma sobrancelha enquanto olhava a bruxa, que deixava a sala.

“Apenas um, é claro.” Hermione mordeu a parte interna das bochechas. Ela tinha que tomar mais cuidado com o que falava. “Mas acho que um Malfoy é o suficiente para uma vida inteira.”

“Com certeza,” disse Riddle, seguindo da garota.

“Vai me perseguir agora?”

“Assim como você, Srta. Elston, eu também tenho que comer. Logo, tenho que descer até o Grande Salão para a janta.”

“Oh, do jeito que falam de você, eu já estava começando a achar que você vivia de fotossíntese,” murmurou Hermione, antes de se surpreender com o som da risada de Riddle.

“Eu pareço uma planta, Srta. Elston?”

“Não, você parece mais um robô.” ‘Sem alma e frio,’ ela pensou.

“Pelo menos você não me comparou à uma estátua de mármore,” disse Tom, sacudindo a cabeça. “Já ouvi me compararem à isso.”

“Estátuas de mármore normalmente representam homens maiores e mais importantes.” Hermione sorriu para ele, encontrando uma expressão estranha no rosto dele. Ela não sabia se ele estava irritado ou admirado pelo que ela havia acabado de dizer.

Aquilo fora suficiente para fazer com que o rapaz ficasse quieto durante o resto da caminhada até o Grande Salão.

***

Eles estavam falando sobre Quadribol de novo. Ou pelo menos Atlas, Canopus e Cygnus, pois Abraxas estava quieto – na verdade, quieto demais -, comendo. Virando-se em seu lugar par aolhar em volta, Tom conseguiu ver Hermione Elston sentada com seus colegas da Grifinória. Ele franziu o cenho, lembrando-se da última reunião deles.

Hermione era uma bruxa poderosa. Não algo de outro mundo, claro, mas era incrivelmente interessante como ela conseguia controlar a sua magia. Sim, foi isso o que chamou a sua atenção: o controle que ela tinha. Alguém pode ser poderoso, mas não ter controle algum, e isso era inútil. Hermione era o oposto: ela tinha muito controle e isso era visto pelo fato de ela ter conseguido controlar a varinha de teixo rapidamente. Ela era uma bruxa poderosa e, naqueles dias, aquilo era algo raro: bruxos e bruxas com poder.

Sacudindo a cabeça para clarear os pensamento, Tom olhou para Abraxas, que continuava em silêncio.

“Você parece preocupado,” disse Riddle, finalmente vendo os olhos do rapaz focarem em seu rosto. “O que foi?”

“Nada.” Malfoy sorriu, antes de apanhar o cálice que estava na sua frente. “Pode me passar o suco de abóbora, Tom?”

“O que houve, Malfoy?” o rapaz repetiu a pergunta, entregando a jarra para ele.

“Não houve nada, Riddle,” disse Abraxas, imitando o tom de voz do outro sonserino.

“Então por que não está discutindo técnicas de Quadribol com os outros?” Tom apontou para os três garotos que estavam ocupados com a conversa ao seu lado. “Você é o capitão deles, no fim das contas.”

“Não estou com cabeça para Quadribol.” O loiro deu de ombros e Riddle suspirou.

“Que livro você terminou?” ele perguntou, vendo um sorriso aparecer no rosto do outro.

“O Coração das Trevas,” Abraxas sussurrou, inclinando-se para a frente para não ser ouvido pelos outros.

“Nunca li.”

“Não? Pois deveria, parece...” Abraxas encarou-o por um longo momento, mordendo o lábio inferior. Riddle franziu o cenho. Ele não estava acostumado a ser olhado daquela maneira. Não por Malfoy, pelo menos. “Parece o tipo de coisa que você iria gostar.”

“Vou dar uma olhada depois que terminar tudo o que preciso fazer.”

“Tom.” O garoto ergueu os olhos para o colega outra vez. Abraxas olhou rapidamente na direção de Canopus e Atlas, antes de voltar a olhá-lo. “Você realmente precisava ter feito aquilo com Atlas? Ele ficou bem irritado...”

“Como eu disse: ele merecia ser punido,” disse Tom. “Ele fez algo errado e mereceu a punição que recebeu.”

“Sim, mas...” Malfoy torceu o nariz. “Temo que Atlas esteja quase, sabe, abandonando tudo isso por conta da maneira que você o trata.”

Riddle ergueu uma sobrancelha e encarou Malfoy. O que Abraxas queria que ele fizesse? Chegasse em Avery e dissesse ‘Olha, me desculpe por te torturar, eu estava tendo um dia ruim’? Sem contar que ele havia sido gentil com o outro rapaz. Ele nunca poderia usar um feitiço ou maldição que deixasse um dano sério ou uma das Imperdoáveis dentro de Hogwarts, mas Avery gostava de fazer drama.

“Ele concordou com tudo isso quando se junto a nós, Abraxas. Não posso fazer nada se ele acha que pode escapar de um castigo. Não é assim que o mundo funciona.” A não ser que alguém fizesse algo errado e não fosse pego, o que não era o caso de Avery. “Se ele vai ficar de frescura por causa disso, bom, não estou segurando-o aqui.”

“Se você diz, Tom.” O loiro encolheu os ombros, tomando um gole do seu suco.

“A próxima aula de Defesas será um duelo,” disse Riddle. “Faça dupla com Elston.”

“Por quê?”

“Porque eu quero ver como ela é em um duelo.” Não era uma mentira por completo. Ele não podia vê-la em um duelo de verdade consigo mesmo porque não queria ser vítima da varinha louca dela, mas ele poderia ver as técnicas de duelo dela contra as de outra pessoa. Abraxas era uma boa opção: ele era um bom duelista, mas também não levava tudo tão a sério quanto ele mesmo. O rapaz testaria Elston e não perderia o controle, correndo o risco de machucá-la. E se a varinha ficasse louca outra vez, seria Malfoy o atingido.

“Por que não duela com ela você mesmo?” perguntou Abraxas, antes de ver o olhar que o outro lançava para si. “Certo, certo, vou fazer isso.”

“Obrigado, Abraxas.”

O loiro deixou um sorriso sem humor aparecer em seu rosto antes de voltar a comer.

***

Minerva McGonagall gostava muito das aulas práticas de Defesas. Era o mais próximo que podiam chegar do mundo real, como a professora Merrythought sempre lhes dizia. Sem contar que era muito mais divertido ter aulas com práticas do que algo puramente teórico, sempre anotando tudo o que a professora falava, como faziam as meninas das aulas teóricas, que só ouviam a professora Chadwick falar horas e mais horas sobre feitiços, enquanto eles, ali, assistiam a duelos.

Metade da sala já havia duelado e agora apenas observava as outras duplas. Ela havia lutado com Charlus, que acabou com um olho roxo enquanto ela pressionava o próprio nariz para que este parasse de sangrar depois que uma maldição errante a atingira. Apesar de os dois terem se machucado, uma vez que o duelo acabara, tudo o que eles fizeram foi rir da cara um do outro e se sentar no canto da sala para ver os outros. Era uma oportunidade única, poder duelar sem correr o risco de acabar morto.

Naquele momento, quem ocupava o centro da sala era Abraxas Malfoy e Hermione. A garota mantinha o rosto sério durante quase todo o duelo, murmurando feitiços e maldições sem nem piscar, enquanto Abraxas ria o tempo inteiro, fazendo graça com ela e começando conversas aleatórias no meio do duelo. Elston era pura concentração enquanto Malfoy usava a sua falta de concentração para distrair o oponente. Era uma estratégia bem inteligente... Ele estava seguindo o passo da distração de Merrythought sem nem mesmo usar magia. Minerva podia ver como os ‘mademoiselle’ e os ‘ma chère” que ele soltava distraiam Hermione, fazendo o foco da garota estremecer.

Mas, aparentemente, mesmo com todas as distrações de Malfoy, Hermione não era o tipo de pessoa que perdia uma briga, pois, depois de cada apelido bobo, um feitiço ainda mais forte saía da varinha dela e ia na direção, coisa que ele respondia com outro feitiço poderoso. E isso continuou até que Hermione conseguira colocar um Labirinto nele, antes de derrubá-lo com um simples Estupefaça.

“Isso foi incrível, Srta. Elston.” Essas foram as primeiras palavras que deixaram a boca do rapaz assim que Merrythought o reanimou do desmaio causado pelo feitiço.

Os outros dois pares que se seguiram foram rápidos. Lestrange jogou Alphard Black para o outro lado da sala, vencendo o duelo, enquanto Basil e George, da Grifinória, acabaram os dois no chão: um vomitando enquanto o outro não conseguia controlar suas pernas, que pareciam dançar por conta própria. Mas não foi até Riddle e Avery irem até o centro da sala que Minerva se ajeitou em seu lugar para poder ver melhor o que iria acontecer ali. Merlin sabia muito bem que era interessante ver Tom demonstrando qualquer tipo de magia nas aulas. Apesar de não gostar dele, McGonagall não podia negar que era fascinada pela magia dele.

O duelo dos dois começara de uma forma bem normal. Feitiços simples dos dois lados que nem atingiam um ao outro, mas logo foi possível ver que as suas técnicas de duelo eram diferentes. Avery era mais direto, ele jogava seus feitiços sem pensar, sempre visando causar danos, enquanto Riddle usava feitiços de proteção para desviar o ataque do oponente ao mesmo tempo que corria de um lado para o outro, escapando de ser atingido por qualquer coisa. Tom era menor, mais magro, e isso lhe dava a vantagem de conseguir escapar dos ataques com mais facilidade. Parecia que era isso o que ele pretendia fazer agora: cansar Avery até que ele ficasse fraco o suficiente para ser derrotado. Ou pelo menos era isso até Atlas quase o atingir com uma maldição que parecia perigosa demais.

A mudança no rosto de Riddle foi visível. Sua expressão entediada sumiu e ele olhou o colega com tamanha intensidade que McGonagall podia jurar que Avery iria cair no chão, morto, a qualquer instante. Foi ai que o duelo mudou. Tom deixou de correr e de usar feitiços de confusão e começou a atacar o outro com inúmeros feitiços e maldições; algumas eram até feitas em silêncio, até Atlas não conseguir mais se proteger de tudo o que ia em sua direção.

“Riddle leva tudo isso muito a sério,” murmurou Charlus e Minerva concordou com a cabeça. “Sem contar que ele é um perdedor ruim.”

“Riddle não saber perder não é novo, Charlus, mas eu nunca o vi agindo assim...” Ela olhou a dupla duelando. O rosto de Tom estava quase torto em uma expressão de raiva enquanto ele continuava murmurando feitiços, jogando-os com raiva contra o rapaz que nem sequer conseguia se proteger de tudo. “Espero que ele não mate Avery.”

“Não seria uma grande perda.”

“Eu preferia não ter um cadáver dentro dessa sala.” Minerva virou-se para Hermione, que havia se sentado com eles depois de terminar o duelo com Abraxas. “O que você acha, Hermione?”

Mas a outra garota não respondeu. McGonagall franziu as sobrancelhas ao ver que a amiga parecia perturbada pela luta que se desenrolava na sua frente. Hermione estava com o rosto tenso enquanto observava os sonserinos e segurava sua varinha com força, os nós de seus dedos ficando brancos. Seus olhos castanhos estavam fixos em Riddle, seguindo cada movimento deste e, a cada feitiço, ela parecia ficar mais e mais preocupada.

“Hermione?” McGonagall tocou de leve o ombro dela e a menina pulou, assustada. “Você está bem?”

“Sim. Sim, estou,” ela quase cuspiu as palavras, obviamente mentindo, mas Minerva não iria contestá-la. “Ele é um bom duelista.”

“Riddle é o melhor aqui,” disse Charlus. “Aposto um galeão que Avery vai acabar na Ala Hospitalar.”

“Eu não vou apostar sobre a saúde de um aluno, Charlus,” murmurou Minerva. Sua mão continuava no ombro de Hermione, apertando-o de leve. “Quer sair daqui? Você está pálida.”

Hermione olhou Tom uma última vez, antes de concordar.

“Certo, vamos. Charlus, diga para Merrythought que Hermione não estava se sentindo bem,” disse Minerva, levantando-se e sendo seguida pela outra garota.

***

Hermione nunca havia visto Voldemort – o próprio Lord das Trevas Voldemort – duelando, mas ver Tom Riddle lutar contra Avery fora o suficiente para ter uma idéia de como a versão mais velha dele deveria agir naquelas situações. Aquela luta não fora algo divertido como a sua com Malfoy... Riddle estava brigando para ganhar, não importava o que Avery fizesse. Seus feitiços, seus movimentos, sua pose, sua voz, o brilho em seus olhos... Tudo tinha um aspecto feroz, perigoso e descontrolado. Era como se Tom Riddle tivesse libertado algo dentro de si mesmo, algo sombrio e poderoso e que estava desesperado para se ver livre. Era como ver Lord Voldemort se materializar na sua frente. E aquilo a aterrorizava.

“Você acha que Malfoy a atingiu com algum feitiço que te deixou assim?” perguntou Minerva. A mão da outra garota ainda estava em seu ombro enquanto esta a guiava pelos corredores.

“Não, não foi culpa dele.”

“Então o que...?”

“Acho que só não estou acostumada com duelos,” disse Hermione. Ela poderia usar a sua história falsa outra vez e não seria uma grande mentira. “Faz um tempo desde que eu duelei a última vez, e não foi a melhor situação...”

“Oh. Eu me esqueci, me desculpe.”

“Não se preocupe, Minerva.” Ela sorriu para a grifinória. “Eu vou me acostumar com isso outra vez.”

“Sim... Bom, se isso ajuda em algo, você foi ótima contra Malfoy. Ele é bom em fazer as pessoas se distraírem, mas você ficou focada o tempo inteiro.”

O resto da caminhada até a torre da Grifinória foi feita em silêncio e, durante esse tempo, Hermione só conseguia ficar agradecida com o fato de seus encontros com Tom sobre a varinha terem acabado. Quem poderia saber a próxima vez que ele deixaria de ter controle sobre Voldemort? Quanto menos tempo ficasse perto dele, mais segura ela ficava.


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Notas finais do capítulo

1) O CORAÇÃO DAS TREVAS: é um livro de Joseph Conrad, de 1902, e fala bastante sobre... Loucura e coisas assim. É bem bom, vale a pena ler. Eu ganhei de presente da highonbooks (Vika).