She Will Be Loved - Kakasaku escrita por isadrugs


Capítulo 5
Verdades.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem-me. Eu passei mal, fiquei uma madrugada no hospital, época de prova chegou e fica difícil escrever! Mas tá aí o capítulo 5 da fic e espero que gostem!
p.s.: não é POV Sakura e nem POV Kakashi, é POV narrador!
p.s. 2: o título da FIC é she will be loved, certo? Não chega a ser uma song fic, mas tem algumas coisas que se encaixam, como as frases em negrito aí, que são partes da música ;) ♥



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– Tenzou! O que a Sakura falou é verdade?

– Sim, Kakashi. – Suspirou, sabia que quando o parceiro o chamava de Tenzou, é porque estava realmente zangado.

– Por quê? – Kakashi se perguntava e cerrava os punhos.

– Kakashi, não me culpe e nem culpe a menina. Ela estava bêbada e eu não correspondi nada, o que tem de errado?

– O errado é ela não me querer, me ver como um velhote e quando vê você tem vontade de se jogar. O que eu tenho de errado? Você tem a mesma idade que eu, droga.

– Como eu já disse, ela estava bêbada.

– E daí? Nem bêbada ela iria me querer. Eu sou o sensei dela, eu sou um velho tarado para ela, só isso. Um velho tarado que só sabe ler livros de outro tarado mais velho ainda. Um inútil.

– Kakashi-senpai, para de drama. Não brigue com ela, por favor. Brigue comigo, mas não brigue com ela.

– Mas já está assim a relação entre vocês? Você se sacrificaria por ela também? – Kakashi disse ironicamente. - Mas quer saber? Eu te entendo. Como não se apaixonar por aquela menina? Não te culparei.

– Droga, Kakashi. Não dá para entender que eu não quero nada com a menina? E nem ela comigo. Ela só estava triste porque percebeu que você é a única pessoa que ela tem na vida, ela se sentiu solitária, por isso peço que não brigue com ela, não quer que ela saia para beber toda noite né?


Kakashi fechou os olhos e percebeu que o que seu amigo falara fazia sentido.


– Arigatou, Yamato. Me deixe ficar sozinho, por favor.

– Hai. – O homem saiu do quarto e Kakashi finalmente teve paz e um tempo para pensar um pouco. Mas bem pouco... Porque havia alguém batendo a porta. Torcia para que não fosse Sakura.

– Kakashi! – conhecia aquela voz que parecia sempre que estava o ordenando.

– Tsunade-sama.

– Eu vim aqui conversar com você sobre algo que Sakura falou comigo.

– Sim, ela já me contou tudo. Não vai me proibir de usar meu doujutsu, não é mesmo? A senhora sabe que eu não uso ele atoa e que não sou como o Naruto que precisa de orientações para quando usar ou não um jutsu perigoso.

– Eu sei, mas não é com isso que estou preocupada. Quero saber se você tem tratado Sakura diferente, cantado ela como você faz com as mulheres que você se relaciona, ou alguma coisa do gênero. – Não era confortável falar sobre aquilo com ele, mas era seu dever.

– Não, Tsunade. Por quê? – Kakashi havia se perguntado se teria demonstrado que estava apaixonado pela garota.

– Quando Sakura foi na minha sala pedir para que eu não te deixasse usar o Mangekyou mais, ela chegou chorando e desesperada, disse que você era o melhor amigo dela e que não viveria sem você, não aguentaria. A princípio achei isso estranho, mas me acalmei quando ela disse que realmente era só amizade, e fez uma analogia com a minha relação com o Jiraya. – Tsunade estava séria e continuou. – Mas eu não consegui tirar isso da cabeça e essa analogia acabou me preocupando, porque levei em conta que Jiraya mesmo sendo meu melhor amigo, dava em cima de mim e tudo mais, mas eu sou da idade dele, a Sakura é nova e cairia sim na sua lábia, ela nunca teve um amor de verdade, você me entende? Mas bom... Eu acredito em você. Não faça nada imprudente e pense nisso. Sei que ela se tornou uma mulher maravilhosa, mas pensa se isso seria realmente certo para você.

– Eu nunca pensei nisso, Tsunade-sama. – Ele mentiu. – Além de que a Sakura é muito pura, ela também não deve ter pensado nisso.

– Sim, eu tenho certeza que ela não pensa nisso, mas eu só queria te avisar... Pois bem, acho que está acabando a hora da visita, espero que se recupere rápido, precisamos de você.

– Hai.


Assim que a Tsunade saiu, a Sakura entrou para terminar de cumprir o horário que ela tem que ficar “vigiando” o Kakashi. Eles ficaram uns 20 minutos em silêncio, ele fingindo que estava lendo e ela fingindo fitar o nada e várias coisas passaram nos pensamentos dele enquanto estava fingindo ler. Até que pensou alto demais uma hora.

– Por que o Yamato? – suspirava o homem dos cabelos prateados.

A Sakura virou e olhou para ele confusa.

– Kakashi sensei, me perdoa... Eu sei que fui imprudente, não fui uma boa amiga, me perdoa.

– Sakura, eu não estou nem com raiva de você, mas por que o Yamato? Ele não é velho demais para você? Ele não é o capitão do time 7 quando eu não estou?

– Kakashi... Eu estava bêbada e ele sem camisa e dançando! Você sabe que ele é bem... – ela dizia lembrando da cena como se tivesse encantada com o homem – másculo. E eu também sou humana, naquele momento era uma tentação grande para mim. Eu não sei nem com que cara eu olho para ele mais.

– Então foi só pela bebida? Você não quer nada com o Tenzou... digo... Yamato?

Ela o fitou estranhando o que tinha dito.

– Claro né, Kakashi. Olha a idade dele e olha a minha, o que eu teria com um homem de 32 anos?

Aquilo o confortara, mas ao mesmo tempo o machucara bastante.

Então ela não ficaria com um homem de 32 anos... É, Kakashi, acho melhor você desistir.

– Isso muda tudo... – sussurava ele – Sakura, vem aqui mais perto.

– O que está acontecendo?

– Só quero falar uma coisa com você.

Ela chegava perto e ele disse.

– Me promete não deixar de sair só porque eu estou internado nessa droga de hospital, você é livre e faz o que quiser. Seria egoísta da minha parte querer que você apenas dê atenção a mim. Você deve ter mais amigos e futuramente um namorado, não fique presa e estagnada em um hospital por causa de um velho. Eu vou ficar bem. – Era difícil para ele soltar aquelas palavras, tudo que ele queria era engoli-las e ser egoísta a ponto de querer sim a menina só para ele, mas não poderia fazer tamanha maldade com ela.

– Kakashi... – Ela dizia o nome dele segurando as lágrimas nos olhos.

– Vá... Não precisa ficar aqui o dia inteiro.

– Mas eu quero ficar aqui.


Sakura havia percebido que aquela felicidade que sentira durante sua saída para a boate, de rir atoa e pular no Yamato era uma felicidade superficial e passageira, mas que sentia paz quando passava o tempo com Kakashi. Talvez Kakashi fosse um anjo protetor, ou algo assim. Ele estava sempre lá para ajudá-la. Mas ele queria ela de outra forma e ela achava que pertencia a alguém diferente.


– Você tem certeza? Eu não quero que fique aqui por minha causa, não perca mais seu tempo comigo, Sakura.

– Não fale essas besteiras! – Sakura dizia já chorando – Eu realmente não consigo entender porque ficou tão zangado e estranho comigo depois do incidente no bar! Por quê? Sei que você é protetor e ficou preocupado, mas o que raios tem de errado se eu quisesse o capitão Yamato? E se eu quiser ficar aqui presa por causa de você? A vida é minha! E você é grande parte da minha vida, você estaria destruindo ela se você prefere ficar longe de mim, eu só tenho você, então por favor não me trate como se eu fosse indesejada na sua vida!


Aquelas palavras machucaram muito o Kakashi, que percebeu que estava agindo de forma errada com a sua amada. Não sabia o que fazer, estava totalmente desgovernado e viu que Sakura se encolhia chorando. Até que ele resolveu chegar perto dela sem medo de não conseguir se controlar.


Ele se levantava da sua cama de hospital e levantou a cabeça da menina, enxugou suas lágrimas e a envolveu em um abraço protetor, mas cheio de amor. Ela não sabia o que fazer ou como reagir, apenas deixou-se levar por aqueles fortes braços quentes, era como se os braços dele fossem torres sobre ela, se sentia segura ali e não queria sair. Ele fechava os olhos e sentia o aroma dos cabelos róseos da menina, enquanto encostava seu queixo sobre a cabeça dela. Ela conseguia sentir aquela energia passada pelo homem e se sentia confusa sobre aquilo.


– Sakura... – Ele dizia suspirando.

– Kakashi...


Era perceptível o quanto o Kakashi queria tê-la, naquele momento ele pode tê-la de uma forma, mas de algum jeito ele quer mais. Porém, a Sakura ainda não compreendia aquilo direito, nunca havia recebido energia nenhuma como essa, nunca um homem havia passado tanta confiança e carinho pra ela. Naquele momento, ela percebeu que o Kakashi era muito mais especial que ela pensava, só não sabia como, e nem queria saber, não conseguia pensar muito, só conseguia pensar que não queria sair dali. Porém, o abraço foi interrompido quando a menina deixava suas lágrimas caírem ao pensar que se o Kakashi estiver realmente zangado e com raiva dela por causa do que aconteceu, ela nunca mais sentirá aquilo, e no mesmo momento que chorava, apertava mais ainda o homem dos cabelos prateados.


– Sakura, algum problema?

– Nenhum... O problema é que não quero te perder, por favor, me perdoa. Não fica zangado comigo.

– Não estou zangado com você. É que eu não quero você com outra pessoa... Me atormenta a ideia de... – Droga, o que eu estou falando? Como contornar?


Os olhos dela o fitavam curiosos e confusos. O que será que ele está falando?


– Me atormenta a ideia de que alguém estar com minha princesinha. – Tentou falar isso sendo o mais amigável possível, mas não conseguiu e levantou o rosto da menina a encarando bem de perto o que a fez corar.


– Não me encare assim!

– Você é linda... – Ele dizia. Já estava totalmente entorpecido, não era responsável mais pelos seus atos, não conseguia resistir ao aroma da Sakura, não conseguia reagir aos toques dela, não conseguia nem pensar.

– Obrigada. – Ela disse olhando pra baixo.

Ele levantou o rosto dela de novo e disse:

– Eu vou te mostrar o porquê de eu não querer ninguém perto de você.


Pegou a mão da menina e colocou sobre seu peito, onde existia um coração batendo a mil e depois foi chegando mais perto e ela sabia o que era aquilo e estava assustada, não sabia se devia sair ou continuar lá, mas o que custa experimentar?


Kakashi se aproximava e até que seus lábios selaram os lábios de Sakura e ele tentou aprofundar o beijo, mas tinha um limite aquele beijo por causa da máscara. Era algo mais superficial, mas dava para sentir o amor que Kakashi tentava transmitir naquele beijo e Sakura se sentia culpada por não conseguir corresponder isso o fazendo sentir o mesmo. Kakashi percebeu isso e se afastou da garota, desiludido.


– Desculpe, fui totalmente inconsequente. Agora te dei motivos suficientes para ir para a casa, não? – Ele dizia.


Ela passou a mão na boca e olhou para a mão depois, olhou para o Kakashi e saiu sem dizer uma só palavra. Não acreditara no que tinha acontecido e ainda estava estupefata. Precisava de um tempo pra pensar... E ele também.


É... Um tempo pra pensar é tudo o que eles precisam para as coisas voltarem ao eixo novamente.



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Notas finais do capítulo

Arigatou e comentem!