Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 44
O tão esperado pedido


Notas iniciais do capítulo

1º IOSDJAIOJSVIOSFNMIO MAIS UMA RECOMENDAÇÃO! GENTE, SÉRIO, TO PIRANDO AQUI. Arigato gozaimazu, Stallion Duck!
2º *eu indo ver os comentários* "Ah, um com-,2, 3 co-... 10,11,12!" MEU DEUS! O último cap foi tão bom assim? XD
Eu tenho os leitores e leitoras mais lindos e perfeitos do mundo S2
Ah, hoje tem ilustração o/ Não acho que tenha ficado bom, acho que o David ficou muito com cara de criança, mas se vocês gostaram eu posso continuar fazendo!
~Aya



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"— Você... P-Por um acaso... Q-Quer namorar comigo?"

Ha ha. Eu estava louco.

Ficamos nos encarando por alguns segundos. Sarah me fitava abestada. Minha vergonha naquele momento não pode ser descrita com palavras. Ela virou o rosto, tentando esconder o nervosismo recíproco.

— O-O que você disse...?


— Não me faça repetir, por favor... — Eu coçava a nuca. Nunca pensei que falaria tais palavras. "Pedir para namorar alguém? Pffft, a pouco tempo atrás eu mal sabia onde eu sequer poderia usar isso". Sarah se virou novamente para mim, Seus olhos brilhavam.

— POR QUÊ NÃO PEDIU ANTES?! — Antes que eu pudesse tomar um susto, a mesma se atirou em meus braços, e me deu um forte abraço, que foi retribuído, claro. — ÓBVIO QUE SIM!

— Você é bem... energética. Vai me matar sufocado. — Falei, com pouco ar restando.

—Ah, desculpe. — Ela se afastou, com um enorme sorriso tomando conta de seu rosto. O que posso dizer? Eu estava exatamente do mesmo jeito. Daquela minha maneira reservada, mas estava.

Como um impulso, fiz um cafuné em sua cabeça, que ela não entendeu muito bem. Soltei uma risada, e me apoiei em meu armário.

— Caramba...

— Ei! — Sarah ´pisou no chão, impaciente.

— O que foi?

— Tem que ter pelo menos um beijo! — Ela fazia um biquinho de manha. Era adorável, hahaha.

— Eu te dei um beijo ontem. — Retribuí a manha.

— Mas-Mas um pedido de namoro sempre é acompanhado de um pôr do sol ao fundo, um beijo perfeito e um final feliz! Ou um beijo na chuva, e no dia seguinte os dois ficam resfriados! — Ela cruzou os braços.

—Não estamos em um filme. — Comecei a mexer no celular.

— Eu vou começar a fazer birra! — Sarah ameaçou e eu não resisti, começando a rir.

— Tá, tá. — Ainda com um sorriso, dei-lhe um beijo leve e rápido, para ela ficar quieta. A garota me olhou com cara de boba, tipo "Sério mesmo?". Voltei a mexer no aparelho.

— Besta. — Brincou e encostou na parede, pensativa. Havíamos chegado muito cedo, e o resto dos alunos só começou a realmente vir naquele momento.

O sinal tocou, mais tarde, e bufei, descontente. "Aff, eu não estou com vontade de estudar hoje... Acho que vou pular a primeira aula.".

— Eu vou indo para a minha aula, tchau.

— Tchau. Eu já vou para a minha — Menti, e acenei. Ela saiu em pulinhos alegres.

Peguei minha mala, e, tomando cuidado para que nenhum guarda visse ou coisa parecida, fui para o meu tão querido telhado. (n/a: Queridos leitores, não sigam o exemplo.)

O vento estava forte naquele dia, o que deixava tudo melhor, já que estava calor. Sentei-me apoiado ao muro que ficava em volta da escada que se encontrava logo após a porta. Estiquei as pernas, e relaxei totalmente. Eu estava morrendo de sono, e meus olhos quase se fechando.

Um barulho veio da porta, e tomei um susto. "Merda!"

Um garoto mais ou menos da minha altura, mas com uma aparência mais jovem, apareceu. Possuía cabelos bem escuros, quase pretos, mas na luz um marrom se revelava.

—Ei. É proibido ficar aqui, ainda mais durante o período de aulas, sabe. — Parecia amigável.

— Quem é você? —Perguntei.

— Ah, meu nome é Alexander Robs, presidente do conselho estudantil. Sou do 2º C. — "Um ano acima..." Ele estendeu a mão, em cumprimento. A apertei, como resposta.

— Pera aí... Nossa escola tem um conselho estudantil?! — Perguntei, surpreso. A pergunta o chocou.

— CLARO! COMO NÃO SABE DISSO?! TODA ESCOLA TEM UM CONSELHO ESTUDANTIL!

— Ah, que seja. Vai me dar uma advertência ou sei lá? — Me levantei. Éramos da mesma altura, ele tinha um ano a mais porém tinha cara de alguém uns 4 anos mais novo.

— Não, vou deixar passar dessa vez.

— Você tem cara de criança, como convive com isso? — Perguntei de repente.

— Q-QUE?! — Ele se esquivou, protegendo-se. — Não pergunte uma coisa dessas!

— Mas é verdade.

— Eu sei, tá legal? — Suspirou, e coçou a cabeça. — E você também tem cara de criança.

─ Sou mais novo.

─ NÃO IMPORTA! ─ Ele já estava ficando irritado. Não sei, de alguma forma eu achava engraçado ver as pessoas irritadas daquela forma. ─ Esquece, apenas volte para a classe.

Ignorei, e apenas continuei ouvindo minhas músicas.

─ Estou falando com você.

─...

─ AAAAAAH! VOCÊ ME- ─ Subitamente ele parou, como se estivesse percebendo algo. ─ Ei, você não é aquele garoto do 1º A? Ah! Lembrei! O garoto problemático, né?

O observei com um olhar metralhador e uma aura ameaçadora.

─ Você também deveria estar na sala. ─ "Que eu saiba, só porque você é o presidente da escola ou sei lá o que, não te previne das aulas."

─ Tenho o direito de usar a primeira aula para fazer ronda, mas terei de ficar até mais tarde trabalhando no grêmio, em compensação. ─ explicou ─ E o meu trabalho é fazer alunos problemáticos como você entrarem na linha.

─ Boa sorte. ─ Ri, sem fitá-lo. O jovem suspirou, sentando-se em frente à porta.

─ Desisto.

Conversamos mais um pouco(bem, quem mais falou foi ele) e ao toque do sinal fui até minha respectiva classe, e ele na dele. Alexander era até que "gente fina".

Encontrei-me com a Sarah no intervalo, levei uma bronca por ter cabulado aula, levei outra bronca por nunca trazer um lanche, e uma última por ter faltado com respeito com o presidente-diretor-Robs ou sei lá.

─ Eu sei me cuidar, mamãe. ─ Reclamei.

─ Não, não sabe. Na próxima vez eu te dou um beliscão. ─ Ameaçou.

─ É melhor eu me comportar, "ou vou levar um beliscão". ─ Caçoei dela, que ficou com raiva e me bliscou de verdade.

─ Ai! ─ Cerrei os olhos, desafiador.

─ Hum. ─ A garota começou a andar de nariz empinado, de brincadeira.

─ Não sei dizer se você está de bom ou de mal humor hoje... ─ Comentei, observando um pássaro voar lá perto.

─ Estou de ótimo humor. ─ Ela me fitou com um sorriso e eu desviei o olhar, envergonhado.

Mas, de repente, *POF*! Senti algo bater em minha face.

─ Por quê, como, e quem atirou uma bola de basquete na minha cara?! ESTAMOS NO MEIO DO PÁTIO! ─ Gritei, sentado no chão por causa do impacto. Não podia ver, mas sabia que minha cara estava vermelha.

─ Ah, desculpa aí! ─ Com a visão um pouco embaçada, pude ver a silhueta de alguém conhecido. Era o cara de mais cedo.



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