Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 43
Sem título


Notas iniciais do capítulo

Mizuuuuuuuu, sua linda, mais uma recomendação. Eu me segurei pra não chroar. SEUS LINDOS, PAREM DE ME FAZER FICAR EMOCIONADA. Eu estava meio depressiva ontem, mas agora estou realmente MUITO feliz.
É ASSIM NÉ? VOU FAZER O MELHOR CAPÍTULO DE SUAS VIDAS. (bom, se eu soubesse fazer um capítulo epicamente demais seria bom...)
OBS¹: Vamos aos resultados das enquetes:Ordem das histórias: 1º Lugar Bipolar(com 4 votos)/ 2º Lugar Psicopata(com 4 votos também). Não houveram empates.E, de acordo com os votos, temos 3 leitores otakus x 3 não otakus e mais alguns indefinidos. PORÉM, como houveram poucos votos, eu fiz uma pesquisa de vocês(sim, podem começar a ter medo) e, contando os leitores que deixaram pelo menos um review no espaço de capítulos entre o cap 35 e o 42, temos 6 otakus x 3 não otakus E 10 pessoas que ou não mencionaram nada sobre seus gostos em seus perfis ou não mencionaram animes/mangás, o que causa um EMPATE. É, tenho meus critérios. Se alguém não entendeu o porquê do empate, pode perguntar(vai ficar grande pra explicar tudo aqui) ;D
OBS²: Votação encerrada às 16:30 do dia 27 de outubro de 2012



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Sarah tomou um susto. Com certeza não esperava aquilo. Bem, eu também não. Ela fez menção de se separar, mas eu segurei sua mão, e com o olho entreaberto pude ver que estava mais vermelha que um pimentão. Finalmente, fechou os olhos também.

Certo, isso ia completamente ao contrário dos meus princípios. Mas eu já não os havia quebrado há muito tempo? À essas alturas, eu não ligava mais para nada.

Este havia sido o nosso beijo mais intenso até aquele momento, em minha opinião. Teve muito... Como posso dizer... Teve muito sentimento, sabe? Eu não sou muito de falar dessas coisas amorosas etc., mas não posso faltar a verdade com vocês. Não dessa vez, pelo menos.

Nos separamos e ficamos nos encarando por alguns segundos. Talvez tivessem sido minutos... Não sei. Eu podia jurar que os olhos de Sarah estavam com um brilho diferente, se é que isso é possível. Sorri, e a abracei. Eu não queria soltar mais e ela, hesitante mas depois normal, retribuiu o abraço e penso que tinha o mesmo pensamento que eu.

*hic* Ouvi um soluço... De choro?

─ O que foi? ─ Me afastei, com certo medo de ter feito algo errado. Lágrimas caíam de seus olhos, mas em seu rosto estava um sorriso.

─ Não é nada, é só que... ─ Ela secou o rosto, e olhou diretamente nos meus olhos. ─ Seu... Seu... GAH! ─ Olhei-a com dúvida, mas fui surpreendido mais uma vez. Ela pulou em meus braços, e retribuiu meu beijo anterior. Mas claro, ele tinha que aparecer.

─ David, eu- ─ O homem abriu a porta do quarto, mas se auto-interrompeu. ─ EPA. O que está acontecendo aqui? ─ Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

─ NADA! ─ Gritamos em uníssono, e Sarah se afastou rapidamente, caindo no chão.

─ Heh... Eu não quero atrapalhar nada aqui... Apenas vim avisar que o jantar já está pronto faz um tempo, e já esfriou. Mas não se preocupem, eu já vou indo. Podem continuar... ─ Seu sorriso ficou ainda maior, e o mesmo saiu e fechou a porta novamente. Pude ouvir barulhos do lado de fora. Acho que ele estava dançando... Provavelmente comemorando.

Ficamos encarando o chão, sentados. Nenhum tinha coragem de olhar para o outro.

─ E-Eu... Vou descer. V-Vou jantar. T-Tchau... ─ Sarah se levantou, e eu assenti com a cabeça, ainda sem conseguir encará-la.

Peguei um travesseiro, e me agarrei nele.

─ O que aconteceu aqui?

...

Desci as escadas, em torno das 11 da noite. "Eu ainda não comi...". Estava coçando a nuca, pensando em várias coisas.

Liguei a luz, e quase caí no chão com o susto.

─ O QUE VOCÊ FAZ AQUI?! ─ Perguntei ao homem que se encontrava em frente à nossa porta de entrada, sorrateiro. O mesmo não respondeu. ─ Você não pode invadir a casa dos outros!

─ Foi por um bom propósito. ─ Ele falou, com sua voz grave e séria. ─ Ela se recusa a ir, eu venho e a pego.

─ ONDE QUE TEM DE BOM NISSO?! ─ Gritei, sem paciência. Aquele homem certamente estava pedindo para morrer. ─ Eu vou chamar a polícia.

─ Chame, o direito da guarda é meu. ─ Ele me desafiou, com um olhar de meter medo.

─ E eu sei que você abusava dela. Posso te denunciar também. ─ Retruquei, com um olhar mais ameaçador ainda. Ele não falou nada. "Touchée". ─ Por favor, vá embora. Você não é bem vindo aqui. E a Sarah está uma fera com você, não vai ser nada bom se ela nos ouvir e vir ver o que está acontecendo.

─ Tudo bem, tudo bem. Eu vou. Mas os tios dela chegam depois de amanhã, eles virão buscá-la de um jeito ou de outro. ─ Ele avisou, e cruzou a porta.

─ Eu não deixarei ela ir. ─ Falei uma última vez, antes de ele ir embora. "Não entendo o porquê do pai da Sarah não desistir. Ele é burro ou o quê?"

─ Por quê tanto barulho aí em baixo?! ─ Meu pai gritou de seu quarto.

─ Era um vizinho chato que estava pedindo pó de café! ─ "Meu deus, preciso aprender a mentir."

─ E por quê estava gritando com ele?! 

─ É porque era aquele velho quase surdo da casa da frente! ─ Me segurava para não rir. "Pfft, de onde eu tirei isso?!"

─ ...Tá bom... ─ E a "conversa" encerrou por ali. "Ah é, quase me esqueci da comida." Esquentei meu prato no microondas, e comi em frente à TV. Esqueci que no dia seguinte teria aula, e acabei ficando lá até as 2 da manhã. "Minha disposição amanhã vai ser tããão grande..."

─ Au au! ─ Fênix latiu, um pouco antes de eu subir, abanando o rabo.

─ Não posso brincar com você agora. ─ Dei um tapinha em sua abeça, e parece que ele entendeu como algum tipo de "sim", e subiu as escadas comigo. ─ Vai aonde?

O cachorro parou em frente ao meu quarto, e quando abri a porta pulou em minha cama.

─ Nem pensar, desce. ─ Ele choramingou, e fez uma cara de dar dó até no maior coração de pedra. ─ Não... Tá, só hoje.

Ele pulou em meu colo e me lambeu. "Estou muito bonzinho ultimamente...".

─ Só não toma o meu lugar. ─ Me deitei, e ele ficou nos meus pés. Quase não se mexeu a noite toda. 

...

O despertador tocava incessantemente. Aquele "biiiiip" fazia minha cabeça doer. Eu definitivamente não estava com vontade de levantar naquele dia.

Me espreguicei, e o cachorro reclamou. Desceu da cama, e foi até o quarto da Sarah, provavelmente acordá-la com lambidas.

Tomando coragem, fui até o banheiro e fiz minha cotidiana higiene matinal. Logo depois, segui até meu armário e procurei algo para vestir naquele dia. O mesmo de sempre.

Não passado muito tempo já estava saindo de casa, com Sarah um pouco atrás. Não conversamos muito, acho que ainda estávamos envergonhados. Acabamos chegando um pouco cedo ao colégio, mas infelizmente um outro garoto irritante também o fizera.

─ Bom dia David, Sarah. ─ Mike sorria, aquele sorriso me enojava. ─ Como foi o fim de semana de vocês, não nos falamos muito ultimamente.

─ Ainda bem, né. ─ Respondi.

─ Não precisa ser tão grosso. ─ Ele fez uma expressão triste, simulando choro. ─ O que eu fiz pra você?

Não respondi, apenas continuei arrumando meu armário.

─ Cara, fale mais com as pessoas. Você não precisa ficar sozinho para sempre. Essa atitude só é ruim para você. ─ O jovem apoiou-se na parede, encarando o nada.

─ Não vou ficar sozinho para sempre. E isso não lhe interessa. ─ Aquele cara, por algum motivo, me transmitia raiva. Era como se esse sentimento ficasse flutuando em volta dele, não sei explicar.

─ Hm. ─ Olhou para Sarah, com algo que julguei ser ciúmes. ─ Mas eu não pretendo te fazer nada ruim. Pode ficar tranquilo e não precisa me dar respostas tão grossas.

─ Por quê quer tanto falar conosco? ─ Sarah falou pela primeira vez naquela conversa.

─ Nada demais. ─ Ele me observou com um sorriso, o que me deu um frio na espinha, e depois foi embora.

─ Bom, tanto faz. ─ Falei comigo mesmo.

─ E-Ei... ─ Sarah me cutucou, e eu tirei os fones de ouvido que acabara de colocar.

─ Sim?

─ O-O que quis dizer com "Não vou ficar sozinho para sempre"?

─ Ah, é, verdade...

 Cocei a nuca, e respirei fundo. Eu estava esperando por aquele momento faz um tempo. “Acho que é melhor dizer agora”.

 ─ Você... P-Por um acaso... Q-Quer namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

=3
~Aya