A garota acordara novamente. Desta vez, não havia centauro nem ninguém perto dela, somente Angel que a olhava. Que pesadelo horrível, pensou ela. Mulheres que viram animais, Monstros do gelo, Homem cavalo, Ryan morto e claro sua amiga que era feita de vento.

– Angel, tive um pesadelo horrível – ela disse rindo, sem perceber o local – você era feita de vento, acredita?

– ãan, Lola.. – a garota parecia um tanto confusa, então Quíron, que estava entrando pela porta sorriu.

– Está melhor, filha do céus – olhou, Lola odiava quando a chamavam assim. Sempre se sentiu muito estranha quando assim falavam, mas novamente, olhou para as pernas do centauro, vendo que ele era um cavalo.

– Pelo amor de Deus não desmaie de novo! – Angel gritou chacoalhando a menina – sério, você está acabando com o estoque de Ambrósia e Néctar.

– Você é um cavalo – Lola parecia ainda estar sonhando – Eu me droguei?

– Lola – o centauro riu – eu sou um centauro.

– e você é uma Aura – a menina pareceu sorrir por ser reconhecida.

– em carne em osso.. quer dizer, é.. em oxigênio e nitrogênio.

– todas são péssimas em piadas assim? – Perguntou Lola ao centauro. – ou é da personalidade dela?

O centauro tinha um sorriso no rosto, mas seus olhos expressavam um grande problema, alguma coisa que Lola tinha medo de saber. A garota foi levada para um outro cômodo, onde conseguiu roupas novas (e limpas, coisa que ela não via desde.. sempre?). Usava agora uma camisa laranja com o emblema “Camp Half-Blood” o que fazia pensar que estava literalmente nos EUA. Em baixo dela, um desenho de um pégaso. Colocou um casaco de frio (ela percebeu que de sua boca saia uma fumacinha branca muito espessa), uma calça Jeans e umas botas. Ela estava simplesmente Normal, da forma que gostava de andar; Logo, umas garotas chegaram. Eram as meninas mais bonitas do universo, uma delas, inacreditavelmente era Lohana Gianecchini. Ela se lembrava muito bem.

Em umas das televisões, quando tentava roubar alguns pães, passava jornal. Aquele da rede globo. E como toda notícia fútil, uma tal de Lohanna Gianecchini havia sido eleita a vencedora de Teen World Competition. Mas o que chamava mais atenção era seu pai. O sobrenome já diz tudo não. Ela tinha cabelos castanhos, olhos da mesma cor que o cabelo e uma pele bronzeada. O seu sorriso era igual o do pai, mesmo este, já estando muito velho.

As meninas contorceram o nariz para Lola. Mesmo assim se aproximaram com vários instrumentos, e Lola pensou que iria passar por uma cirurgia. Mas as meninas se aproximaram devagar, arrumando seu cabelo com uma trança lateral, aquela tal “espinha de peixe” , depilando suas pernas , o que rendeu vários gritos da garota elétrica.

– você nunca pensou em se arrumar? – uma garota loira de olhos verdes falou a olhando ainda, como se Lola fosse um burritos estragado.

– more no esgoto e você verá.

– ai meu Deus! – gritou outra – eu não vou arrumá-la!

– Calem-se – foi a vez de Lohana, ela parecia ser a líder – se não vou pedir para Quíron fazer vocês lavarem os pratos lá no vulcão.

“Ok, elas eram loucas. Pensando bem. Desde quando havia vulcões no Brasil?” Os pensamentos de Lola eram rápidos demais. Lohana sorriu para ela vendo sua expressão. Quase desmaiou de novo quando olhou pela janela e viu Neve;

– Já está na hora do Jantar, na verdade, estamos muito atrasadas – elas olharam para a garota renovada que percebeu que era sua culpa, só que não disse nada, pegara uma certa raiva das garotas rosa pink.

Ela desceu atrás das outras meninas, passando por um tipo de acampamento em forma de ômega e indo direto a um lugar que tinha o melhor dos aromas possíveis. O refeitório. As meninas se juntaram com um outro bando de garotas e garotos bonitos (muitos deles ela já os vira na TV) e então somente ficou olhando para os lados. Todos Pareciam reparar em sua aparência. Ao lado dela, chegaram mais duas garotas. Uma delas, a princesa mais fofa que já vira. Uma menina de olhos claros, verdes, que lembrava o mar, loira com os cabelos lisos e macios até sua cintura, deveria ter em torno de doze anos. Usava uma roupa muito quente, verde, mas a camisa laranja que muitos ali pareciam usar também estava sobre seu corpo ela olhava um pouco assustada. Do seu outro lado, uma menina que ela não queria chegar perto. Olhos escuros e maldosos. Cabelo vermelhos fogo e uma roupa totalmente preta , não usava a camisa amarela. “Ela deve ter matado quem a obrigou a usa-la” pensou Lola. Quíron parecia inquieto, e todos os olhavam. Lola estava acostumada a ser chamada de aberração.

– Ca-han – pigarreou Quíron, totalmente nervoso – Sejam bem vindas Lola, Ninha e Luna. Podem se sentar na mesa 11. Tenho certeza que os filhos de Hefesto vão os receber bem até serem proclamadas.

– Elas são as filhas dos três grandes não são? – gritou um garoto no meio de uma multidão.

– Não podemos ter certeza até que Zeus, Poseidon e Hades dêem seu sinal;

– Pelo amor dos Deuses – um outro garoto gritou – Aquela Lola explodiu um esgoto com eletricidade, como pode ter duvidas cavalo? – Lola se inquietou, odiava quando contavam algo dela. Isso a lembrou, Bryan;

– Quíron, Bryan.. – mas sua garganta falhou.

– Ele infelizmente não sobreviveu ao Hiperbóreo. – abaixou os olhos, mas voltou a sorrir – vamos, logo mais será a hora da fogueira. Todos pareciam agitados.

Lola e as duas garotas sentaram entre alguns garotos e garotas de Hermes. Todos eles eram bem magros e agitados. Alguns pegavam pedaços dos pratos dos outros sem ver. Davam oferenda aos Deuses. Lola, que não sabia bem, fez o mesmo, pedindo ao seu Pai Olimpiano que a reclamasse, ou algo assim. Aos poucos olhou seu prato vazio. Um garoto sorriu para ela

– Peça, vai! A comida aparece, qualquer uma – Lola arqueou uma de suas sobrancelhas.

– Hun, Mc Donald’s – e então um grande Bigtast apareceu em sua frente.

Eles começaram a comer e logo que tiveram que sair. As três garotas novas começaram a responder algumas perguntas bobas, como de onde vieram, o que sabem fazer, se namoram, numero de calçados. Depois desse tempo, desceram para o singular ômega que ali estava, no seu centro uma fogueira. Todos se sentaram, cantando algumas músicas extremamente estranhas. Alguma coisa sobre Pôneis de festa. Logo um homem, baixinho se levantou ele parecia bravo.

– Infelizmente, Zeus aumentou meus dias nessa porcaria, ou seja, aquele idiota do Peter Josh..

– É Percy Jackson! – gritou um outro cara.

– Em fim, aquele Payer Jonson me fez ficar mais 50 anos no acampamento e Zeus ficou bravo por causa de uma brincadeira, ou seja, terão que me agüentar mais duzentos anos, Legal né? Por causa disso, tenho que apresentar para vocês as novas garotas daqui. Lucy, Nine e Losa;

– É Lunna, Ninha e Lola diretor Dionísio – uma garota loira falou.

As meninas desviram os olhares, por mais que Lola houvesse gostado de ser o centro das atenções. Depois de alguns recados e mais músicas um raio enorme saiu dos céus, indo diretamente a Lola. A garota ficou paralisada. Ela sempre sentira choques, mas este era diferente, ela sentia confortável, como se alguém dissesse: “estou aqui filha”. Algumas pessoas que estavam ao seu lado se afastaram, sentindo uma onde de elétrons nela. Podia ver todos a olhando assustados, alegres e temerosos. A final, eles não queriam que elas chegassem? Pelo que se mostrava, não.

– Oh Lola! – Quíron se apressou em conter um clima agradável – Seu pai é o Deus dos Deuses, Zeus! – isso era para ser bom né? Porque não parecia?

– Isso não é bom – disse uma menina ruiva, ela era bem diferente do normal, parecia que não fazia parte dali. – Isso significa que a profecia das profecias começou.

– Temo que sim Lindsay Dare.