Directioners Never Give Up escrita por Mah


Capítulo 11
5º day with they


Notas iniciais do capítulo

OOOOi, meus bebês
novo cap no aniversário do Nini, que coisa mais perfeita, né? :3
ok, aí está eeeeeeeeeeeee... Queria relembrar que quanto está em Itálico (viradinho pro lado SAUHASUASHU) é em Português :)
espero que gostem e mandem reviews, porque os seus dedos não vão cair, não u.u
bjbj :*



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~~Autora Pov on~~

O menino de cabelos cacheados tinha "sumido" no dia anterior, porque ele ficou planejando uma coisa que, na visão dele, melhoraria tudo.

Enquanto seus amigos estavam dormindo, lá ele passou a madrugada inteira vidrado em todos os detalhes. Escrevendo, planejando, arquitetando, mas nada parecia ser tão bom quanto o que ele queria.

Quando foi dormir já eram 4 horas da manhã e ele mal sabia de tudo que tinha ocorrido em uma noite sem ele.

Hoje Olívia havia preparado algo bem calmo e divertido, de certo modo.

Paul bateu na porta e nada de ninguém responder. Bateu novamente e mais uma vez, até desistir. Decidiu ligar para a Duda, que atendeu logo no terceiro toque.

- Alô? - Perguntou sonolenta.

- Duda, abra a porta. Sou eu. - Ela, que reconheceu a voz, levantou ainda se espreguiçando e destrancou, abrindo-a.

- Bom dia.

- Bom dia, menina. Está na hora de acordar todos eles. - Avisou.

- Ok. - Falou acostumada com isso todos os dias anteriores.

Enquanto ele acordava o Zayn, que era o que demorava mais, ela foi começando pela Mylena.

Quase todos acordados, só faltava a Martina e o Niall, até que um menino entra no quarto sem ser convidado. Sim, o Harry.

- Bom di... - Sequer terminou o cumprimento, porque viu quando a Martina levantou da cama e estava apenas com o casaco do Felipe por cima do vestido, descabelada e com maquiagem borrada. Ciúmes era pouco para o que sentia naquele momento. - A noite deve ter sido boa, hein. - Murmurou.

Ela o olhou, deu um sorrisinho sem graça e foi para o banho.

Depois de tudo isso, as meninas contaram para o Styles o que ele tinha perdido: o desaparecimento da Laura, o início do namoro (que ele ficou com ciúmes também), a mudança radical de sua aparência e o encontro da Martina com o Felipe.

Assim que todas(os) estavam prontos(as), foram para o ônibus, onde encontraram a Olívia sorridente.

- A noite foi boa pra vocês também, hein? - Lou perguntou rindo maliciosamente.

- Amor, não fale assim. - Lau falou sorrindo.

Agora aqueles dois casais não desgrudavam mais. Eram beijos para lá, mãos dadas pra cá, uma melação toda.

- Olha só, os dois casais ficam Niallena e Lauis. - Martina falou e começou a rir.

- Não gostei. - Zayn murmurou mau humorado.

- Cara, você não é o único namorando agora. - Liam comentou. - Bate aqui, Harry, nós somos os solteiros.

- Bom, se as conversinhas acabaram, preciso explicar sobre onde iremos. - Olívia falou sem paciência e eles ficaram quietos. - Se chama Mirante Dona Marta, ele dá uma boa vista para a cidade e o Cristo Redentor. - Assim que ela falou isso, Harry e Martina se entreolharam sem perceber, ela, ao notar isso, desviou e corou, já ele sorriu por ela não ter esquecido do seu presente e de onde tiraram a primeira foto juntos.

Ela foi contando algumas curiosidades, mas ninguém prestava atenção. Os casais ficavam se beijando todo o tempo, as meninas conversando por sinais e o meninos simplesmente entediados.

Assim que chegaram, ela avisou para ficarem perto, mas acha que alguém ouviu? "Niallena" e "Lauis" foram para umas mesinhas que haviam por ali, Duda e Marcella estavam tirando fotos, enquanto o Zayn ficava no telefone com a Perrie. Ela sentia realmente muita falta dele, mas não era algo recíproco.

Provavelmente, Martina foi a única do grupo a ir realmente olhar a vista que era perfeita.

Relembrou de quando havia tido aquele "ataque" de sua fobia e foi quando o Harry a ajudou. E, por falar nele, lá estava.

Se aproximou devagar e assoprou no ouvido dela, fazendo-a se arrepiar.

- Pare! - Falou corada e se virou. Nem mesma ela sabia quem queria que estivesse ali atrás, mas, ele com certeza não era. - Ah, é você. - Murmurou.

- Sim, sou eu, seu príncipe.

- Meu não é nada, já das outras não sei. Aliás você não tem "dona", é de todo mundo. - Ironizou.

- Mah, por favor, acredite em mim. Eu fiz aquilo em um momento de besteira, você nunca teve um desses? É isso? Me desculpe, senhora perfeitinha. Mas eu ainda erro, quando achar alguém que não erre, corra e fique com ele. - Falou irritado.

- Não foi isso que eu quis dizer, mas você me pediu para confiar em ti. - Murmurou. - E eu confiei, você me deu sua palavra... E OUTRA, DISSE QUE PREFERIA AS MORENAS, SENDO QUE ELA É LOIRA! - Falou enciumada.

- Ah, entendi, tudo isso é ciúmes.

- Claro que não! - Esbravejou. - Eu NUNCA vou ter ciúmes de ti, seu idiota! Eu te odeio!

- Não tem, é? - Se aproximou perigosamente dela, ficando a poucos centímetros do seu rosto. - Porque eu quase morri hoje ao te ver com as roupas do... - Bufou. - Viadinho.

- Viado é algo que ele não é e já me provou isso. - Ela falou maliciosamente e ele ficou irritado.

- Já te provou? Como assim? 

- Não se finja de santo agora, pergunte para os meninos que horas eu voltei.

- Você e ele... - Estava perplexo, mas não deixou-a responder, simplesmente saiu de lá o mais rápido que podia. Jurou que se encontrasse aquele cara iria espancá-lo. Óbvio que ela estava brincando, mas ele nem parou para pensar.

Por sorte, acabou "batendo" na Eduarda.

- Cuidado, menino. - Murmurou e entregou a câmera para que a Marcella saísse e os deixasse a sós. - O que houve?

- Nada, nada.

- Harry, você está indo de um lado para o outro, falando nervosamente e estralando os dedos como um louco, algo aconteceu. - Concluiu.

Ele segurou-a pelos braços.

- A MARTINA TRANSOU COM O FELIPE! - Gritou e, se não tivesse tantas pessoas, todos ouviriam.

- Calma! - Disse. - Ela não fez isso.

- Sim, fez sim!

- Menino, sou a melhor amiga dela, como não vou saber?

- Mas...

- Ela deve ter falado isso pra te fazer ciúmes.

- Mas porque ela faria isso se me odeia?

- QUEM DISSE QUE ELA TE ODEIA, SEU RETARDADO! - Bufou. - POR FAVOR, NÉ, VOCÊ NÃO SE TOCA QUE ESSA MENINA ESTÁ APAIXONADA POR TI!

- Apaixonada? Ela te disse isso? - Sorria como uma criança com o seu doce favorito.

- Não me disse, mas eu estou aqui pra conhecer ela. - Falou se sentindo importante. - Somos MELHORES AMIGAS, entendeu?

- Ok, ok, calma. - Murmurou rindo e a abraçou fortemente. - MUUUUUITO OBRIGADA! Se tivermos filhos, você será a madrinha.

- Eu já iria ser mesmo. - Riu e ele saiu de lá, indo procurar os amigos. Alguns minutos depois, juntou todos e falou:

- Eu preciso de ajuda de vocês pra fazer uma coisa especial pra Mah hoje, por favor. TODOS tem que ajudar para dar certo e caso os casais queiram sair de tarde, esqueçam, começaremos a arrumar tudo assim que sairmos do almoço.

- Mas eu e o Niall iríamos no cinema. - Mylena murmurou fazendo bico.

- Vão de noite, fica mais romântico. - Lau tentou ajudar o cacheado.

- Ok, ok. - Concordou sorrindo. - Tudo pela Mah, mas não pense que é só ela te aceitar que você vai passar para namorado dela. Tem que nos enfrentar antes e nós decidimos se é bom ou não.

- Mas porque o Lou e o Niall não tiveram isso? - Perguntou injustiçado.

- O Louis é fofo e o Niall inocente. - Explicou.

- ORA EU SOU INOCENTE?! - Se revoltou.

- É sim.

- Depois eu vou te provar que não sou. - Sussurrou no ouvido dela e a menina corou.

- Então todos irão me ajudar?

- Sim. - Falaram juntos.

- Não digam NADA para a Mah! - Assim que ele falou, ela chegou perto e ouviu essa frase.

- O que está escondendo de mim? - Perguntou.

- Nada. - Sorriu e saiu. Ela acabou nem dando bola, achando que fosse alguma besteira.

Ficaram aproveitando ali até que era a hora do almoço. Voltaram para o ônibus sorridentes com a surpresa.

- A cheff Mylena vai preparar tudo hoje. - Paul falou rindo.

- Se quiserem... - Concordou gentilmente e ele se surpreendeu.

- Ok, então. Nos surpreenda. - Falou e ela foi para a cozinha, seguida pelo Niall, seu degustador, como ela gostava de chamar.

- E então, o que faremos à tarde? - Martina perguntou.

- Nada da minha parte, eu irei sair com o Paul. - Sorriu a Olívia.

- Ah, ok. Vamos ir à umas lojinhas lindas que eu achei esses dias? - Perguntou à Eduarda.

- Não dá, eu irei ajudar o Liam a... escrever uma música. - Mentiu e ficou se sentindo culpada depois.

- Ah... E você, Marcella?

- O Zayn me convidou para ir tomar um sorvete com ele. - Mentiu também.

- O que me diz, Laura?

- Mas e o Lou... - Murmurou e logo a mais nova entendeu. Ela notou uma troca de olhares entre sua melhor amiga e o cacheado. Ficou desconfiada, mas não falou nada.

Estava triste por ter suas amigas evitando-a. Foi até a cozinha e chegou em uma cena... Romântica.

Mylena estava sentada na bancada e o Niall em sua frente, beijando seu pescoço.

Ela iria sair para não atrapalhar, mas ouviu um "gritinho" da loira.

- Desculpa. - Murmurou corada. - O que houve, Mah?

- Ah, nada, me desculpe eu, só queria pegar água. - Falou constrangida.

- Ei, o que aconteceu? Porque está triste?

- Eu não estou. - Mentiu.

- Eu te conheço há tempos, pode falando.

- Ok... As meninas estão me evitando e acho que foi porque o Harry falou algo para elas...

- Q-Que bobeira. - Se tem algo que ela não sabia era mentir.

- Então porque não vamos à umas loj... - Foi interrompida.

- Não posso, desculpa. - E saiu andando rapidamente até a geladeira, dando por encerrado o assunto.

A mais nova notou que não era algo de sua cabeça e sim que suas amigas a estavam evitando, então foi para as beliches para ficar longe delas, onde encontrou o Felipe ouvindo músicas no seu iPhone.

Ele a viu e sorriu. Bateu levemente ao seu lado, convidando-a para se deitar e tirou os fones.

- Oi, pequena.

- Oi. - Murmurou e ele logo notou que havia algo errado.

- Como assim? Você sempre sorri e conversa com felicidade e agora eu não ganho nada disso?

- Desculpa, não é com você. - Se sentiu culpada por descontar nele.

- Quer me contar?

- EU QUERO É UMA EXPLICAÇÃO... EU NÃO FIZ NADA, GARANTO QUE É AQUELE IDIOTA CACHEADO QUE FICA COLOCANDO IDEIAS NAS CABEÇAS DAS MENINAS, EU VOU DAR UM CHUTE NA BUNDA DELE PRA APRENDER A FICAR LONGE DE QUEM EU GOSTO! AQUELE MENTIROSO, INTROMETIDO, IDIOTA! - Começou a falar alto e com raiva. - GARANTO QUE A BABYLISS QUE ELE FAZ NAQUELE CABELO TEM ALGUM EFEITO QUE PREJUDICA O CÉREBRO DELE E DAÍ... - Foi interrompida.

- Acalme-se e me explique direito. - Pediu com paciência.

- O Harry falou algo para as meninas que agora estão me evitando.

- Será que não é coisa da sua cabeça?

- QUE BONITO, ATÉ VOCÊ CONTRA MIM. BAITA AMIGO, HEIN!

- Eu não estou contra você, pequena. - Murmurou e deu um beijo na bochecha dela. Considerando que os dois estavam deitados bem pertos por ser uma cama se solteiro, quem visse de fora iria pensar outra coisa.

- Então não fale nada, só saia comigo hoje.

- Ah, não posso. Tenho que ficar de olho nos gays ali da sala, já que o Paul anda saindo toda hora com a guia. - Revirou os olhos, mas era pura verdade, até porque, sequer sabia da surpresa do Harry.

- Ai, eu sabia. Quer saber, fodam-se. Eu irei me divertir so-zi-nha! - Falou enraivada e saiu do ônibus batendo pé.

- Eu vou ir atrás dela. - Mylena murmurou e iria sair, quando Harry a puxou pelo braço.

- Nãão, ela não pode saber. Agora ficará chateada, mas depois vai nos agradecer.

- Ok, ok. - Fez bico.

- Eu vou dizer o que cada um vai fazer, ouviram?

- Mas que surpresa é?

- Nós iremos fazer um teatro onde eu vou me declarar pra ela.

- Teatro pra quem?

- Eu encontrei uma creche para crianças com câncer que não tem condições de vida muito boa, além de que várias delas foram abandonadas pelos pais. Então, além do teatro, faremos um "show" beneficente e todo o dinheiro ficará com elas.

Liam abraçou fortemente o amigo, enquanto sorria com orgulho.

- Awwwn, que amoooooor. - Marcella falou.

- Ok, ok. Agora vou falar o que cada um vai fazer. - Disse. - Louis irá agendar o palco, ele tem que ser grande e bonito.

- Tá bom.

- Laura vai comprar roupas para apresentar na peça, ou seja, o figurino. Não se preocupe que nós pagaremos tudo.

- Mas qual é o texto e os personagens?

- Eu vou dizer depois para vocês.

- Marcella irá fazer a publicidade do show beneficiente.

- Ok, fácil, fácil. É só me dizer quando será.

- Amanhã de tarde. - Falou e ela concordou. - Zayn será o cabelereiro.

- Ah não. - Reclamou.

- Cara, as meninas vão estar ocupadas e você sabe mexer com cabelos, então fica quieto.

- Liam vai ajudar a Marcella e a Duda no que elas precisarem.

- Mas o que eu vou fazer? - Perguntou a menina.

- Você será a supervisora. Tem que ver se tudo está dando certo.

- Feito. - Sorriu.

- Niall e Mylena serão os atores.

- Só isso?

- Não, o Mike irá trazer todas as crianças da creche para o tal salão.

- Tá bom.

- Pode me mostrar o texto? - Eduarda perguntou.

- Claro, eu fiz uma cópia para cada um, então estudem-o e decorem! A peça será às 18:00. - Falou enquanto distribuia os papeis com o texto.

- E você fará o que?

- Irei confirmar com a creche. - Falou. - Por favor, deixem isso perfeito, será minha última chance. - Pediu, e, ao ver os amigos concordando e sorrindo, saiu.

Laura saiu para comprar as roupas, Louis foi junto, mas tomou um rumo diferente, porque, depois de ligar para a Olívia pedindo ajuda para encontrar um salão, ela disse aonde tinha um bom.

Mylena e Niall ficaram decorando o texto e ensaiando.

Marcella e Liam foram até uma gráfica para fazer panfletos sobre o show, entrou no twitter oficial deles (@onedirection), depois que deram a senha para ela, e avisou o horário e o local do show, já o Liam colocou no twitter dele e aproveitou para responder algumas fãs brasileiras.

Zayn, como já tinha vários produtos de cabelo, pediu apenas alguns para as meninas e ficou vadiando por aí.

Duda simplesmente ficou vendo todos e ajudando quando precisavam.

- Olá, posso falar com a senhora Wilts? - O cacheado perguntou em inglês, sabendo que a recepcionista o entendia, pois já tinha falado com ela por telefone.

Ele olhava ao redor, era tudo pequeno, mas aconchegante. Paredes, que antes eram brancas, agora estavam com mãos pintadas e desenhos fofos de crianças.

Haviam vários quadros pretos com fotos de crianças e em baixo o nome delas.

- Essas são as que passaram por essa creche e já morreram pela doença. - Ouviu uma senhora falar em Inglês ao ver que ele tanto encarava os quadros. Virou-se. - Prazer, sou a Clarice Wilts. Você deve ser Harry Styles, não?

- Sim, sou eu mesmo. É um prazer te conhecer, Sr. Wilts.

- Não me chame de senhora, sou velha mas ainda gosto de parecer nova. - Sorriu.

- Ah, me desculpe, Clarice... Pois é, ontem conversamos por telefone e eu vim aqui ver se estava tudo confirmado.

- Claro que sim, pela nossa parte. As crianças irão adorar tudo isso e ainda tem o show... Vocês não sabem o quanto irá nos ajudar. - Falou como se estivesse prestes a chorar.

- Fique tranquila, tudo dará certo de agora em diante. - Sorriu. - Ah, o nosso motorista irá vir pegá-los em torno das 17:30, para que, caso tenha engarrafamento, cheguem na hora.

- Tudo bem, Harry. - Falou. - Só isso que tinha para falar?

- Era isso mesmo, muito obrigada.

- Eu que agradeço. - Sorriu largamente e ele beijou sua mão, então saiu.

Tudo está dando certo, pensava o cacheado.

--

Martina, chateada com tudo que havia acontecido, sequer sabia para onde ir.

~~MARTINA pov on~~

Estava caminhando e uma mulher me parou. Ela estava bem vestida e sorria gentilmente. Tinha olhos castanhos e cabelos loiros que iam até o ombro.

Oi? - Falei em Português.

Olá, jovenzinha. Queria um pouco do seu tempo para fazer propaganda do meu trabalho voluntário. - Prestei atenção. - Eu sou conselheira.

Como assim? - Perguntei já achando que ela era louca.

- As pessoas me ligam sem dizer quem são e contam seus problemas, então as ajudo.

- Quanto custa? - Perguntei interessada.

- É grátis, eu faço pelo prazer de ajudar os outros. Não sabe quandos deixaram de se matar ou automultilar assim que tiveram alguém para contar seus problemas sem julgamentos.

- Ah, que gentil. - Murmurei.

- A senhorita não quer fazer uma pergunta ao vivo? Não precisa nem me dizer seu nome.

Ah, o que custa, eu não tinha nada a perder mesmo...

- Sim, eu amo um menino e ele disse que me ama, mas me "traiu", devo esquecê-lo?

- Claro que não, querida. - Começou. - Isso mostra que ele é humano e pode errar, como todos nós. Se ele te pediu desculpas, dê outra chance a ele.

- Mas não tem como dar certo o nosso amor...

- E como sabe disso?

- Eu vou sentir ciúmes de suas fãs, milhões delas vão me odiar e vou ficar longe dele por muito tempo.

- O ciúmes equivale a confiança, e outra, você aqui, triste e com saudades, ele sim que ficará com ciúmes dos caras tentando te consolar. - Sorriu travessa. - Se elas vão te odiar, não são fãs de verdade, porque uma fã quer o sorriso do seu ídolo. E irá demorar para vê-lo, mas isso só vai deixar o amor de vocês mais forte.

- E se nós brigarmos enquanto estiver viajando e daí ele não vai querer voltar para mim?

- Olha, tem várias pedras nos nossos caminhos, e até podemos cair, mas nunca chegaremos no local que queremos se não levantarmos e seguirmos em frente, batalhando. - Eu sorria muito agora, então simplesmente abracei a mulher, que riu levemente. - Te ajudei?

- Mais do que isso, muito obrigada.

- De nada, minha querida.

- Como posso te agradecer?

- Bom... Eu estava agora mesmo indo a um local onde as pessoas que se multilam ou tem problemas sociais estão internadas.

- Ah, posso ir? - Perguntei ansiosa.

- Claro, querida. - Sorriu. - Às vezes as famílias de quem sofre bullying (ou algo do tipo), não dão bola, achando que é exagero, mas, pode causar sérios problemas, como suicídio. - Falou enquanto caminhávamos.

- Sim, sim. É muito triste quando isso acontece, mas que bom que existem pessoas como a senhora.

- Não me chame de senhora. - Riu. - Pode ser apenas Andrea. - Sorriu.

- Ok, Andrea. - Disse e continuamos conversando.

Não era tão longe, porque em uns sete minutos a pé, chegamos em frente a um prédio grande. Ele era todo branco com várias janelas. Entramos e dentro dele era lindo e limpo, além disso, vários médicos andando de lá para cá.

- Psicólogos e psiquiátras. - Explicou-me.

Eu queria ser psiquiatra. - Sorri.

Aqui é realmente um bom lugar para praticar. Venha, vou te apresentar a dona, ela é minha prima. - Falou e me puxou com cuidado até uma salinha muito bem organizada, com apenas alguns papéis sobre a mesa. - Angélica, essa aqui é uma menina muito gentil que eu conheci e queria mostrar para ela como ajudo os pacientes. - Disse quando paramos em frente a uma mulher pouco mais nova que a Andrea.

- Ah, olá, queridas. - Sorriu. - Claro, vejamos... - Falou enquanto olhava atentamente uma pasta. - Nos quartos 102, 503 e 701 os pacientes estão em condições para recebê-las. - Ao dizer isso, fomos até o primeiro, que era no mesmo andar onde estávamos.

Entramos no quarto. Havia uma cama, uma mesinha preta de cabeceira, um armário branco, uma poltrona e só.

- Olá, eu sou a Andrea, uma conselheira e essa é a...

- Martina. - Sorri.

- Isso, e ela está aqui para me ajudar.

- Ajudar em que? - A menina que parecia ter uns dezessete anos perguntou assustada.

Ela era extremamente magra, seus ossos ficavam aparentes pela pele, dava dó só de ver.

- Meu trabalho é assim: a senhorita me conta o que passou ou está passando e eu te dou conselhos. - Sorriu gentilmente. - Quer começar ou não se sente preparada?

- Porque eu deveria contar meus problemas a você? - Perguntou fazendo uma voz de desconfiada.

- Porque, no seu caso, duvido muito que mais alguém queira te escutar. - Disse diretamente, mas com franqueza e a menina pareceu concordar.

Ela acabou nos contando que tinha uma irmã gêmea, Mariana, ou algo assim, que era a pessoa mais linda que ela já tinha visto e, por culpa disso, todos ficavam comparando-as, mas, apesar de serem gêmeas, não eram nada parecidas. E sua irmã sempre conseguia superá-la em tudo: notas, popularidade, namorados, beleza, tudo. Então, ela parou de comer tentando ser mais bonita, mas, por conta disso, acabava desmaiando e passando mal, deixando-a sempre internada, sem tempo para estudar ou namorar. Ou seja, suas notas pioraram, seus amigos a deixaram e ela estava mais magra do que qualquer pessoa que eu já vi. Sua mãe desconfiou e acabou descobrindo seu problema, então a internou aqui.

- Eu sinto muito. - Murmurei.

- Não sinta. - Respondeu.

- Eu sei que essa situação é complicada, mas temos que pensar juntas. O que precisa fazer é levantar a cabeça e continuar, ser você mesma e assim terá tudo que quer. Tem que conquistar amigos com o seu jeito e, os verdadeiros, não se importam com sua aparência.

Depois dessa menina, fomos para o próximo quarto: 503, no quinto andar.

Entramos e eu vi que era uma menina com, aproximadamente, quinze anos. Tinha os cabelos pintados de roxo e vermelho nas pontas e mantinha uma expressão enraivada.

- Olá, eu sou a An... - A menina a interrompeu.

- Te perguntei?

- Estou aqui para te ajudar. - Falou ignorando o que tinha dito.

- Ah, quer ajudar? Ok, diga para aqueles idiotas devolverem meus piercings. - Reclamou.

- Não esse tipo de ajuda. - Falou pacientemente. - É uma ajuda para te fazer melhorar... - Sorriu.

Olha só, eu não quero ajuda de nenhuma velha que pensa que sabe de tudo e de uma menina patricinha metida a riquinha, então saiam daqui AGORA! - Agora ela pediu pra levar um tapa na cara.

Escuta aqui, menina. Você não deve ter mais de quinze anos, então, seria bom se calasse a boca e fosse um pouco educada com os mais velhos e outra, ela não ganha NADA fazendo isso, só queria te ajudar, mas se vai fingir ser uma garotinha rebelde, o problema é seu, só não venha chorar de noite, pedindo para que alguém te escute e te ajude, porque você está negando ajuda de alguém que poderia resolver muitas coisas. - Falei irritada e a Andreia colocou sua mão sobre meu ombro. - Ah, não posso esquecer de te avisar que se eu sou tão patricinha assim, quando meter um tapa na sua cara, você talvez mude de ideia. - A menina ficava me encarando perplexa e antes que ela dissesse algo. Sai do quarto, me controlando para não me agarrar nos cabelos dessa menina.

- Vamos pra o próximo paciente. - Ela murmurou. - Já dei meu número para a menina.

- Não está brava comigo?

- Claro que não, querida. - Sorriu e fomos.

Era um menino que é muito educado, por sinal. Ele se chama Eduardo. Sofria bullying por ser nerd, então, um dia, tentanto provar aos "amigos" que conseguia ser como eles, foi roubar um carro e, por sorte/azar, conseguiu, o problema é que não sabia dirigir, mas tentou mesmo assim, afinal, isso provaria que era mais "maloqueiro" do que qualquer um. Estava aproveitando a sua adrenalina até que... BUM! Bateu em outro carro, onde havia uma criança de dois anos com a mãe, a filha morreu e a mãe sobreviveu. Ele se sentiu tão culpado, mas tão culpado, que tentou se matar e seu irmão descobriu, pedindo para que lhe internassem. Eu segurei o choro, porque o menino falava de um jeito tão melancólico, que, qualquer um ao ouvir, ficaria triste.

Depois de todos os conselhos, senti meu celular vibrar. Era Duda.


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Notas finais do capítulo

131 reviews em 10 caps, awwwn, obrigada, amores :)
Eu sei que tem CEEEEEEEERTAS ~~indireta~~ pessoas que leem e não mandam, mas tá, obrigada do mesmo jeito
Hoje eu estou meio mal (lê-se: muuuuito mal), então me mandem pra eu ficar mais feliz u.u
enfim, bjbj :*



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