Rastro Assassino escrita por mybdns
Após um breve descanso, Greg e Nick retornaram ao trabalho. Nick ficou analisando os vestígios da roupa que a adolescente vestia e Greg, juntamente com Catherine, foi até a casa da vítima para coletar provas.
- Nós não vamos demorar Sra. Bowen. – Disse Greg, entrando na casa.
- Façam o que for preciso. Quando vão liberar o corpo para o funeral? – a palavra deu um nó na garganta da mulher.
- Quando as investigações terminarem, liberaremos o corpo de sua filha Sra. Bowen. – Greg deixou a mulher chorando do lado de fora e foi encontrar com Catherine no quarto da garota.
- Oi Cath.
- Oi Greg.
- Ela era líder de torcida. – Disse Greg, pegando uma foto da menina na cabeceira da cama.
- Você acha que foi inveja? – Disse Catherine, abrindo o closet da adolescente.
- Ela era bonitinha. Líder de torcida. Popular. Filha da coordenadora. Provavelmente.
- Esqueceu-se do mais importante. – Acrescentou Catherine. – ela era esnobe.
-Porque você diz isso?
- Pelos depoimentos dos colegas. Das faxineiras do colégio. De alguns professores... Ela não era flor que se cheira Greg.
Greg não disse nada. Apesar de a menina não ser uma pessoa boa, tinha pena dela, por ter morrido da forma que morreu e tão jovem. Seus pensamentos foram interrompidos por Catherine.
- Greg? Greg?
- O que foi?
- Olha isso aqui. – Disse, tirando um diário de dentro da gaveta de calcinhas da jovem.
- Catherine. Isso é um diário?
- É sim. Lindsey tem um igual.
- Abra-o.
- Ok. – Ela abriu o diário e folheou algumas páginas.
25 de maio de 2008.
Querido diário.
Hoje eu consegui entrar para o time de líderes de torcida. Sou a capitã. Não é um máximo?Eu sei! Meus pais estão orgulhosos de mim. Porém, eu terminei meu namoro com o Luccas. O safado me traiu com a Maria. Mais estou de olho mesmo é em outra pessoa...
Amor, sua Gabi.
- É vamos ler mais algumas páginas para ver em quem ela estava de olho. – Disse Catherine.
- Ela não perdia tempo não é? Mal terminou um namoro, já queria outro?
- A juventude mudou Sanders. E como. – Abriu em outra página do diário e leu em voz alta.
30 de maio de 2008.
Querido diário.
Eu sinceramente não vou mais disfarçar o que sinto por ele. Não mesmo. Eu sei que eu sou bonita e eu tenho muitas chances com ele. Aquele sorriso tímido, seu jeito de se vestir, seu corte de cabelo me deixam fascinada. E não importa que ele tenha doze anos a mais que eu. Gustav vai ser meu. Eu sei. Eu sinto.
Com amor,
Sua Gabi.
- Espera um pouco. – Disse Greg. – ela estava apaixonada por um homem mais velho que ela?
- É o que parece meu caro.
- Será que ela era correspondida?
- Temos que encontrá-lo. Vamos perguntar a mãe. Às vezes ela sabe de alguma coisa.
Desceram as escadas e forma de encontro com Sylvia, mãe da garota.
- Sra. Bowen, posso lhe fazer algumas perguntas? – Disse Greg.
- Claro, claro.
- Quem é Gustav?
- Gustav? Bom, o único que eu conheço é o professor de Geografia da escola. Por quê?
- Sua filha estava apaixonada por ele.
- Como? Ele tem quase o dobro da idade dela.
- Você acha que ele a correspondia?
- Não tenho certeza. Gustav é uma pessoa muito correta. Duvido que faria tal absurdo, se arriscaria em perder seu emprego assim? Pouco provável.
Greg e Catherine se olharam. Não disseram nada um ao outro. Pegaram o endereço do professor e partiram ao laboratório.
Sentaram-se na sala de convivência. Pegaram um café, conversaram sobre o caso.
- Catherine? – Disse Gil. – seu professor está aqui.
Ela e Greg levantaram-se simultaneamente e se dirigiram até o interrogatório. Brass já estava lá. Quem entrou foi Catherine e Greg ficou do lado de fora, obervando o que seria o primeiro suspeito. Enquanto isso, a noite caía.
- Oi Gustav. – Disse Brass.
- Porque estou aqui? Tenho uma pilha de provas pra corrigir.
- Conhece a garota? – Disse, colocando uma foto de Gabriella em cima da mesa.
- É uma aluna minha. Eu sei que ela morreu.
- E como era o seu relacionamento com a falecida?
- Professor- aluno? Por quê?
- Ela te amava.
- Eu sei.
- Você a correspondia?
- Claro que não! A menina era obcecada. Pensava que só porque tinha todos os meninos daquela escola a seus pés, podia me ter também! Eu poderia perder meu emprego se eu desse bola para o que aquela louca fazia.
- Então você nunca deu uma “olhadinha” para ela?
- Lógico que não! Por Deus Capitão. Eu sou homem mais tenho meus limites.
Do lado de fora da sala, Greg e Catherine comentavam:
- Ele não tem muito jeito de assassino. – Comentou Greg.
-O pior que não. Mais não devemos arriscar. – Disse Catherine, dando as costas e saindo da sala.
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