Rastro Assassino escrita por mybdns


Capítulo 2
Capítulo 2




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Após um breve descanso, Greg e Nick retornaram ao trabalho. Nick ficou analisando os vestígios da roupa que a adolescente vestia e Greg, juntamente com Catherine, foi até a casa da vítima para coletar provas.

- Nós não vamos demorar Sra. Bowen. – Disse Greg, entrando na casa.

- Façam o que for preciso. Quando vão liberar o corpo para o funeral? – a palavra deu um nó na garganta da mulher.

- Quando as investigações terminarem, liberaremos o corpo de sua filha Sra. Bowen. – Greg deixou a mulher chorando do lado de fora e foi encontrar com Catherine no quarto da garota.

- Oi Cath.

- Oi Greg.

- Ela era líder de torcida. – Disse Greg, pegando uma foto da menina na cabeceira da cama.

- Você acha que foi inveja? – Disse Catherine, abrindo o closet da adolescente.

- Ela era bonitinha. Líder de torcida. Popular. Filha da coordenadora. Provavelmente.

- Esqueceu-se do mais importante. – Acrescentou Catherine. – ela era esnobe.

-Porque você diz isso?

- Pelos depoimentos dos colegas. Das faxineiras do colégio. De alguns professores... Ela não era flor que se cheira Greg.

Greg não disse nada. Apesar de a menina não ser uma pessoa boa, tinha pena dela, por ter morrido da forma que morreu e tão jovem.  Seus pensamentos foram interrompidos por Catherine.

- Greg? Greg?

- O que foi?

- Olha isso aqui. – Disse, tirando um diário de dentro da gaveta de calcinhas da jovem.

- Catherine. Isso é um diário?

- É sim. Lindsey tem um igual.

- Abra-o.

- Ok. – Ela abriu o diário e folheou algumas páginas.

25 de maio de 2008.

Querido diário.

Hoje eu consegui entrar para o time de líderes de torcida. Sou a capitã. Não é um máximo?Eu sei! Meus pais estão orgulhosos de mim. Porém, eu terminei meu namoro com o Luccas. O safado me traiu com a Maria. Mais estou de olho mesmo é em outra pessoa...

Amor, sua Gabi.

- É vamos ler mais algumas páginas para ver em quem ela estava de olho. – Disse Catherine.

- Ela não perdia tempo não é? Mal terminou um namoro, já queria outro?

- A juventude mudou Sanders. E como. – Abriu em outra página do diário e leu em voz alta.

30 de maio de 2008.

Querido diário.

Eu sinceramente não vou mais disfarçar o que sinto por ele. Não mesmo. Eu sei que eu sou bonita e eu tenho muitas chances com ele. Aquele sorriso tímido, seu jeito de se vestir, seu corte de cabelo me deixam fascinada. E não importa que ele tenha doze anos a mais que eu. Gustav vai ser meu. Eu sei. Eu sinto.

Com amor,

Sua Gabi.

- Espera um pouco. – Disse Greg. – ela estava apaixonada por um homem mais velho que ela?

- É o que parece meu caro.

- Será que ela era correspondida?

- Temos que encontrá-lo. Vamos perguntar a mãe. Às vezes ela sabe de alguma coisa.

Desceram as escadas e forma de encontro com Sylvia, mãe da garota.

- Sra. Bowen, posso lhe fazer algumas perguntas? – Disse Greg.

- Claro, claro.

- Quem é Gustav?

- Gustav? Bom, o único que eu conheço é o professor de Geografia da escola. Por quê?

- Sua filha estava apaixonada por ele.

- Como? Ele tem quase o dobro da idade dela.

- Você acha que ele a correspondia?

- Não tenho certeza. Gustav é uma pessoa muito correta. Duvido que faria tal absurdo, se arriscaria em perder seu emprego assim? Pouco provável.

Greg e Catherine se olharam. Não disseram nada um ao outro. Pegaram o endereço do professor e partiram ao laboratório.

Sentaram-se na sala de convivência. Pegaram um café, conversaram sobre o caso.

- Catherine? – Disse Gil. – seu professor está aqui.

Ela e Greg levantaram-se simultaneamente e se dirigiram até o interrogatório. Brass já estava lá. Quem entrou foi Catherine e Greg ficou do lado de fora, obervando o que seria o primeiro suspeito. Enquanto isso, a noite caía.

- Oi Gustav. – Disse Brass.

- Porque estou aqui? Tenho uma pilha de provas pra corrigir.

- Conhece a garota? – Disse, colocando uma foto de Gabriella em cima da mesa.

- É uma aluna minha. Eu sei que ela morreu.

- E como era o seu relacionamento com a falecida?

- Professor- aluno? Por quê?

- Ela te amava.

- Eu sei.

- Você a correspondia?

- Claro que não! A menina era obcecada. Pensava que só porque tinha todos os meninos daquela escola a seus pés, podia me ter também! Eu poderia perder meu emprego se eu desse bola para o que aquela louca fazia.

- Então você nunca deu uma “olhadinha” para ela?

- Lógico que não! Por Deus Capitão. Eu sou homem mais tenho meus limites.

Do lado de fora da sala, Greg e Catherine comentavam:

- Ele não tem muito jeito de assassino. – Comentou Greg.

-O pior que não. Mais não devemos arriscar. – Disse Catherine, dando as costas e saindo da sala. 


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