Cinderella de vans escrita por ilikehotboys


Capítulo 21
cala a boca e me beija


Notas iniciais do capítulo

nao vou dedicar esse a ninguem porque estou com muita pressa, desculpaaa, é que o filme que eu ia ver ja começou e queria postar um capitulo hoje, entao byeeee



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Sexta feira, finalmente. Acordei com sono - como sempre - e coloquei uma calça jeans debotada, um vans preto e uma blusa cinza com um casaco branco por cima. Cheguei na escola estava uma multidão enorme, e quando eu digo enorme, quero dizer toda a escola, olhando alguma coisa. Ignorei aquilo e fui em direção da minha sala, devia ser mais algum baile idiota que eu não iria ir, ouvi uma música tocando na direção da multidão, novamente ignorei, quando Belle passou correndo do meu lado.

– Blake! Vem! - ela me puxou e acabei correndo - a força - em direção a multidão.

– O que esta acontecendo? - perguntei enquanto corria, Belle devia tomar mais cuidado com a saia dela, até eu sei que correr com uma saia, não dá certo.

– Não sei, mas esta todo mundo lá.

Chegamos na multidão e tinha alguém em cima de uma caixa ou algo do tipo, porque estava mais alto do que a multidão e era para onde todos estavam olhando. Espera! Não era um alguém qualquer, era o... Bernardo?!

Estava tocando uma música de fundo que reconheci sendo "I wanna hold your hand" dos Beatles. Envolta dele, tinha cinco outros garotos segurando cartazes escrito "estamos namorando" e em algumas paredes da escola também, na verdade, por t-o-d-a escola! O Bernardo enlouqueceu?! Isso dá no minimo um mês de suspensão, tinha cartazes nas paredes, no chão, nos lixos, nas portas do banheiro, tudo escrito a mesma coisa "estamos namorando".

Ele andou na minha direção, ele estava com um microfone na mão. Que vergonha! Como o Bernardo me faz um mico desses?! Tentei me esconder atrás de algumas pessoas mas ele me viu.

– Estou te vendo ai, namorada. - ele falou no microfone pra todos ouvirem. Tentei ignorar e me esconder mais ainda, mas todos me empurraram pra onde o Bernardo estava e ele segurou minha mão e me puxou pra perto - Estamos namorando. - ele disse no microfone sorrindo.

– Só isso? - arqueei as sobrancelhas. - Quero um pedido de namoro, seu preguiço. - ele revirou os olhos e se ajoelhou na minha frente. - O que... - ele colocou a mão na minha boca me impedindo de continuar.

– Blake, vou comprar milhões e milhões de all stars e jeans pra ti, vou preparar todos os doces e hamburgueres que voce quiser, te levar em todos o shows do guns n roses, ac/dc, nirvana que você quiser, ver panico um, dois, três, quatro, cinco e sei lá mais quantos tem, e te proteger o tempo todo, vou te humilhar na frente de todos que nem estou fazendo neste momento - ele riu - E te beijar também, mesmo sabendo que voce odeia afeição em publico, passar as sextas a noite em casa contigo, e ficar ao seu lado não importa o que aconteça, vou falar "você esta linda" até quando estiver sem maquiagem e além de ser seu namorado vou ser seu melhor amigo. Estamos namorando? - ele perguntou enquanto continuava ajoelhado segurando minha mão.

– Como me faz passar por um mico desses?

– Eu falei que voce ia se arrepender ter dito pra mim fazer "ser especial".

– Estamos.

– Ah?

– Estamos namorando. - ele riu e se aproximou pra me beijar. - Sabe que eu não gosto de beijos em público.

– E aquele beijo no meio da rua, na frente da minha casa?

– Aquilo foi totalmente diferente.

– Não foi não.

– Cala a boca. - e então ele me beijou. É, o Bernardo seguiu direitinho o script e finalmente eu tinha chegado na melhor parte do meu filme.

Ainda havia pessoas em nossa volta mas eu ignorei todos, tudo o que eu queria era ficar assim pra sempre.

– O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI?! - agora eu estou morta.

– D-diretora Witney - pessoas falaram assustadas.

– O que nós fazemos agora... - Bernardo colocou a mão na minha boca de novo me fazendo parar e fez um gesto como se dissesse "fica em silencio". Ele pegou a minha mão e saiamos de fininho de lá. Logo que estavamos fora da vista da diretora comecei a falar.

– Como vamos sair da escola agora?! Em turno de aula não deixam sair! - falei.

– Vem. - ele pegou a minha mão e o segui.

Estava encarando aquele muro na minha frente, talvez dois ou três metros de altura.

– Não, não e não. - falei.

– Por favor...

– Eu não vou pular isso, Bernardo.

– Eu te ajudo.

– Não.

– Vamos...

– Eu vou me quebrar toda!

– Eu nunca vou deixar isso acontecer. - ele se aproximou tanto de mim que senti sua respiração na minha. Como resistir a esses olhos?!

– Ta... - revirei os olhos.

Coloquei uma das mãos em uma das pedras e segurei com a mão outra pedra do muro e dei um impulso pra cima, consegui pular pra proxima pedra, mas lá empaquei, mesmo que tentasse dar o maximo de impulso do mundo, não conseguia alcançar o topo.

– Precisa de ajuda? - Bernardo perguntou um pouco embaixo de mim. Acho que sei porque ele me deixou ir primeiro.

– Não. - eu conseguia até imaginar ele revirando os olhos enquanto sua mão tocava a minha bunda e me impulsionava pra cima. Minhas bochechas coraram. - Não toque na minha bunda. - falei de volta pra ele, ele sorriu malicioso. Pervertido o bastante?

– Agora pula. - ele disse enquanto pulava do muro.

– Pular?! Enlouqueceu?! - gritei de volta pra ele que estava lá embaixo.

– Vamos, eu te seguro.

– Não.

– Algum dia vai ter que descer.

– Não vai ser hoje.

– Vem Blake.

– Não.

– Sim.

– Não.

– Vou contar até três e você pula. Imagina estar caindo em uma nuvem.

– Nuvem...?

– Um. - respirei fundo - Dois. - soltei uma das mãos. - Três. - pulei.

E sabia que isso não ia dar certo, cai em cima do Bernardo e fiquei com muito medo de machuca-lo.

– Desculpa Bê, eu te machuquei...

– Bê? - ele arqueeou as sobrancelhas.

– Ah, é... Meu apelido pra você...

– Tudo bem, linda. Amei. - ele me deu um beijo demorado na bochecha e eu corei, era tão bom ficar pertinho dele.

– Aonde vamos?

– Ao nosso primeiro encontro. - arqueei as sobrancelhas - É uma surpresa.



– Sabia que eu adoro surpresas?

– Ah é? Normalmente, é nessa hora que as pessoas dizem "odeio surpresas".

– Não sou que nem as outras pessoas, se é que voce não tenha notado ainda.

– Ah, eu notei. E como notei. - ele riu e eu fiz cara séria. - Foi um elogio.

– Surpresas são o que tornam a vida divertida, se todos soubéssemos como tudo vai acabar, que graça tem?

– Tem razão.

Ele pegou a minha mão e eu não hesitei, caminhamos um pouco e paramos.

– Aonde estamos? - perguntei.

– No ponto de onibus.

– Onibus?

– Desculpa se eu não sou rico e não posso pagar uma limusine para a princesa aqui.

– Eu? Onibus? Que nojo. - revirei os olhos - Imagina se eu quebrar a minha unha ali dentro ou pior: pisar em um chiclete, sabe que tipo de gente anda nessas coisas?! - ele arqueou as sobrancelhas e eu comecei a rir. - Não me importo de ir de onibus. - cheguei mais perto dele e sussurrei no seu ouvido - Mas eu preferia ir de bicicleta ou moto, assim eu ficaria coladinha em voce.

– Esta flertando comigo?

– Pode chamar assim. - dei de ombros e comecei a rir.

– Quando que essa droga de onibus vai chegar?

– Corre.

– Ah?

– Agora.

Ele começou a correr atrás de mim tentando fazer cósquinha, e esse é um dos meus piores pontos fracos: cósquinha. Corri pra longe dele e ele ia se aproximando, demos a volta na quadra e eu comecei a cansar, até que ele conseguiu me alcançar e me abraçou por trás fazendo cósquinhas, comecei a gritar entre os risos "por favor... Para..." e isso só fazia ele fazer ainda mais. Acabei caindo no chão de tanto rir e mesmo assim ele não parou.

– B-bernardo... Para... - continuava rindo descontroladamente.

– Diga "eu te amo, Bernardo"

– Não.

– Não me ama?

– Voce tem que dizer primeiro. - continuava rindo mas agora falava sério.

– Ah... Tem razão.

– Então fala. - ele tinha parado e eu estava mais ofegante do que nunca.

– Espera.

– Ah?

– Só... Espera. - admito, aquilo me deixou morrendo de medo.

Finalmente o onibus chegou e tomamos os nossos lugares, estavam tão cansada que encostei minha cabeça no ombro do Bernardo, ele fez ficou mexendo com os meus cabelos e antes que notasse já estava dormindo.

– Blake, acorda, chegamos. - olhei pra ele e fui ver se não tinha babado, graças a Deus não.

– Aonde estamos?

– Surpresa. - ele piscou pra mim e descemos do onibus.

Não fazia a menor idéia de onde estavamos, nunca tinha ido pra lá antes, caminhamos um pouco e vi que tinhamos saido da cidade, subimos um grande morro e passamos por varias arvores, até chegarmos em uma planice. Na verdade, não sei se essa é melhor palavra para descrever, o chão estava coberto de lirios amarelos e tinha uma expansão inimaginavel.

(era mais ou menos assim o lugar que eles estavam: http://1.bp.blogspot.com/_lxW8EweuTg0/SKDnoum8Q7I/AAAAAAAABRg/J-KpBxIYy8E/s400/lirios.jpg)

– Nossa... - fiquei boquiaberta - É... Lindo. - sorri.

– Eu depois que me mudei, vinha com os meus amigos e a gente jogava futebol aqui.

– É... Maravilhoso.

Sentamos no chão e ele havia trazido na sua mochila algumas comidas, havia bolo de chocolate, cookies, sandwiches, suco, frutas e outras coisas deliciosas. Estendamos uma toalha (que o Bernardo tinha se lembrado de trazer) e montamos nosso próprio piquenique.

Conversamos por horas a fio e mal notei o tempo passar já eram cinco da tarde e como aqui anoitecia cedo o sol já estava mais baixo e o céu alaranjado. Era uma visão maravilhosa, ainda mais com esse garoto perfeito do meu lado.

Sorri pra ele e ele chegou mais perto de mim, tirou uma mexa do meu cabelo do meu rosto e me lembrei da cicatriz que estava sempre ali, e não digo só no meu rosto, mas no meu coração, rezei para ele não vê-la, não gostava de contar essa história. Antes que ele pudesse tirar o boné que eu estava usando, beijei ele, ele não protestou e ficamos nos beijamos, até que o ar falou mais rápido e paramos para respirar. Sorri pra ele e ele retribuiu.

– Eu te amo. - ele disse.

– Não acha um pouco cedo? Começamos a namorar... Hoje?

– Mas eu não te conheci hoje. Te conheço desde sempre Blake, e eu te amo desde sempre.

– Eu também te amo, Bê. Meu Bê. - sorri e ele voltou a me beijar.

Agora já havia anoitecido e estava ficando frio, mas eu não sou o tipo de garota que sente muito frio então não me incomodou.

– Sorte que eu trouxe isso. - tirei da minha mochila.

– Vodka? Na sua mochila da escola? - ele arqueeou as sobrancelhas.

– Fazer o que, eu não tenho jeito. - ri.

– Vai estragar todo o clima romantico.

– Quem liga? Não gosto de climas romanticos.

– Mas...

– Pega logo uma. - toquei uma garrafa pra ele e tomei a minha. Não foi o suficiente para fazer com que eu ficasse bebada e nem era isso que eu queria, eu só gostava do gosto e não tomava muito a ponto de ficar bebada. Vodka era como suco pra mim.

– Vamos pra casa? - ele perguntou se levantando.

– Sabe que uma hora vamos ter que conversar sobre isso, né? - falei.

– Sobre o que?

– Sexo. - sou direta, fazer o que.

– Blake, você sabe que não podemos...

– Sabe que eu sou uma garota, né? Tenho minhas necessidades.

– Vamos dar um jeito, eu prometo. - ele beijou minha testa

Eu estava brincando Bê, não quero apressar nada, não se preocupe.

Voltamos para o lugar onde descemos o onibus, esperando o proximo. Cheguei em casa sorridente de novo.

– Até amanha, minha pequena.

– Até amanha, meu Bê. - ele me beijou e até que era um beijo romantico e doce, pode até se dizer "beijo de filme" e assim que ele foi embora, fiquei com vontade de mais.

Será que as coisas finalmente estavam resolvidas?


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, desculpa a correria
beijooos :D



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