Cinderella de vans escrita por ilikehotboys


Capítulo 18
Quero um filme pra maiores de 18


Notas iniciais do capítulo

eu me APAIXONEI pelo final desse capitulo, espero que gostem, porque eu amei, AOISJAIOSJAIO (humildade a MIL =]) isjaiosji
enfim, ouçam essa musica enquanto estiverem lendo o capitulo, cria o clima: http://www.youtube.com/watch?v=mt8jifKlbTc
espero que gostem



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– Oi. - falei e ele tentou sair antes que a conversa de verdade começasse, mas eu segurei o braço dele - Pensa que vai a algum lugar?

– Blake, tenho aula agora.

– Olha pra minha cara e vê se eu me importo? - disse.

– Esquece, ok? De mim. Na verdade, esquece de tudo, tudo o que a gente viveu.

– Acha que eu não tentei? Não é como se fosse a coisa mais facil do mundo esquecer o amor da sua vida.

– O melhor pra voce é ficar longe de mim.

– A unica coisa pior do que ficar perto de voce, é ficar longe de voce.

– Blake, eu não te amo, ok? - ele falou. Mas eu era confiante demais para acreditar.

– Agora vai começar a mentir?

– Por que eu tinha que me apaixonar por uma garota tão orgulhosa? - ele riu.

– Não só esta apaixonado, como me ama. - eu disse e o beijei. Ele não fez questão de parar, e talvez aquilo fosse um sim, ou talvez fosse só uma recaída.

– Desculpa, Blake. Eu te amo, e por isso quero que fique longe dessa coisa que vai te deixar presa pra sempre, eu quero voce livre, voce nasceu para viver o que quer, e fazer o que quer. Acha que é possivel pra mim fazer o que eu quero com essa doença? Claro que não. Então, me esquece. - ele disse e saiu. E se ele acha que eu vou esquecer ele... Esta completamente enganado. E eu vou fazer questão dele se lembrar de mim todo dia.

Entrei na sala e vi ele sentando no mesmo lugar que o vi no primeiro dia de aula, e em todos os dias seguintes, fui pra lá.

– Blake, talvez seja melhor a gente parar de se ver.

– Ah, Bernardo até parece.

– Por favor Blake, não quero te magoar mais ainda.

– Sabe um jeito de não me magoar? Parando com essa frescura de doença e ficando comigo.

– Blake...

– Cala a boca, ok?! Eu não vou te esquecer nunca, você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. - ta, talvez esteja mentindo um pouquinho, mas eu precisava exagerar, só assim ele iria esquecer essa história de doença.

– Não Blake, eu sou a pior coisa que aconteceu na tua vida.

– M-i-n-h-a vida! Entendeu, minha? Eu decido o que é bom ou ruim.

– E eu sou ruim.

– Então só quero coisas ruins na minha vida.

– Viva a sua vida, ta bem? Seja feliz.

– Contigo.

– Com seu futuro namorado, que não vai ser eu. Tenha filhos, e faça o que quiser da sua vida, você tera a chance de ter filhos, de amamenta-los, de cuidar deles sem se preocupar com essa maldição.

– Quer saber? Ninguém decide o que eu vou fazer da minha vida! To cansada das pessoas me mandarem ser isso ou ser aquilo, se não quer ficar comigo, fala logo, mas não usa o MEU futuro como desculpa. - peguei meus cadernos e sai, desculpa escola, mas você não é tão importante assim.

– Blake, espera!

– Rebecca, o que esta fazendo aqui? E a escola?

– Vimos você saiu irritada - Elle e Belle apareceram atrás dela - O que aconteceu?

– Eu estou cansada, sabe?! Eu esperei seis anos por um garoto que agora não quer ficar comigo, eu estou cansada de pessoas controlando minha vida! Eu quero que o mundo se foda! - gritei.

– Ei, calma, quando uma de nós fica triste por causa de um garoto a gente sempre acha um pra substituir.

– Do que esta falando? - perguntei.

– Vamos pra pista de skate, lá sempre tem um garotos bonitos.

Nunca, nunquinha mesmo, pensei que fosse ir pra pista de skate pra fazer uma coisa que não fosse andar de skate, mas, lá estava eu, indo pra um lugar encontrar algum garoto bonito pra substituir o garoto mais importante da minha vida, ainda não sei se eu vou ter coragem de fazer o que elas querem que eu faça... Que eu não faço a minima ideia do que é.

– É o seguinte, só achar um cara bonito e ir lá falar com ele. - Rebecca disse.

– Não vou fazer isso.

– Como assim não vai?

– Desculpa Rebecca, não sou que nem você. Ficar com outro garoto não vai fazer eu esquecer o Bernardo.

– Mas...

– Vou ir pra casa, tchau. - e antes que elas pudessem falar qualquer outra coisa, sai de lá.

E sabe o que eu fiz? Chorei. Chorei até não conseguir mais, era como se o mundo não existisse mais e tudo o que eu queria era ficar com o Bernardo. Por que? Por que eu fiz aquela estupida promessa?! Por que eu me apaixonei por ele? E pela primeira vez na minha vida, eu não estava com vontade de ouvir rock, tudo o que eu queria era uma daquelas músicas melosas e chatas de amor. Adele? Nem morta, posso ter mudado, mas não sou tão depressiva assim. Eu sei uma musica, o Lucas me mostrou uma vez, disse que era "boazinha" e admito que não é das piores... "A drop in the ocean - Ron Pope" e tinha tudo haver com que eu sentia agora. E eu entendi os filmes imbecis e melosos de romance, entendi como é querer dar a vida por aquela pessoa, entendi como é amar.

Eu posso ter mudado, mudado muito até mais tem uma coisa que nunca vai mudar em mim, uma coisa que vai ser sempre me dominar, que todo mundo odeia em mim: teimosia. É, pode ser estranho, mas tudo o que eu sou, tudo o que eu consegui até hoje foi através desse simples item da minha personalidade. E como sempre, hoje não vai ser diferente, desculpa Bernardo, mas eu não aceito não como resposta.

Deu, tive o meu momento "odeio o mundo, tudo o que eu quero é ele", tive o meu momento de filme em que todos choram e é quando os casais se abraçam e seguram as mãos, tive meu momento em que as garotas fazem um rio no chão e o momento em que a pipoca já acabou, agora esta na hora de pular direto pra parte em que eles se beijam e ficam juntos. E foi tudo isso que me fez sair correndo de casa.

– Porra! - gritei quando vi que estava chovendo, bem, era pra ser quem as cenas de filme, não é? Pelo que eu sei, sempre esta chovendo. A casa do Bernardo era a uns quarenta quarterões da minha, então esquecem toda aquela "beleza" cinematográfica, imaginem mais um poodle misturado com uma baleia todo molhado correndo ofegante.

Eu posso não ser a melhor garota em compras, mas eu sou uma ótima atleta, o que facilitou minha chegada na casa dele, e só então olhei minha roupa: a mesma que estava no colégio (saia e blusinha), só que encharcada, meu cabelo pingando e grudado no meu rosto, e minha "maquiagem" toda borrada, é, eu estava pior que um poodle/baleia, agora eu era um poodle/baleia/panda prostituta (é, a sainha ficou grudada no meu corpo e a blusa também, vale ressaltar que a blusa era branca, ou seja, se eu estivesse topless seria a mesma coisa) bem, tarde demais pra se preocupar com isso. Toquei a campainha e cruzei os dedos "Por favor, Bernardo, atende a porta" tudo o que eu não quero é encontrar os pais deles vestida com essa roupa.

Infelizmente quem atendeu foi uma garotinha (melhor do que ter sido os pais dele).

– Oi. Posso falar com o Bernardo? - me abaixei para ficar na altura dela.

– BERNARDO, TEM UMA GAROTA QUE QUER FALAR CONTIGO NA PORTA. - ela gritou e ouvi passos vindo da escada. Respirei fundo, eu não sabia nada do que ia dizer ou fazer, eu sai correndo no clima do meu "filme romântico", merda, fudeu tudo.

– Blake? - não falei nada e ele sussurrou algo no ouvido da garotinha e ela subiu as escadas, depois ele fechou a porta atras dele e ficamos do lado de fora da casa (pessima escolha Bernardo). - O que esta fazendo aqui? - ele perguntou e novamente eu não falei nada. - Blake, sinto muito ter feito voce passar por isso tudo, mas é tudo pelo seu próprio bem, não entende isso? Eu amo você e quero te proteger, voce precisa esquecer isso... - beijei ele. Não é assim que fazem nos filmes? Cortam a outra pessoa no meio da fala dela e a beijam... Espera, esqueci da parte que alguém fala "cala a boca" e a outra pessoa a beija... Na proxima vez eu penso nisso.

Voltando ao beijo, ele segurou a minha cintura e eu mal sentia mais as minhas pernas, coloquei meus braços envolta do pescoço dele e ele me empurrou contra a parede da casa dele, e como posso dizer, tudo ficou mais... Intenso. Eu nunca tinha beijado alguém assim desse jeito e era o melhor da minha vida, com o garoto que eu amo. E talvez até tenha sentido um pouco daquelas "borboletas" (seja lá o que isso seja). Ele tocou na bainha da minha blusa, eu queria mais, mas eu tinha medo, não da doença, mas sim dele se cansar de mim, as pessoas sempre se cansam de mim, não é surpresa. Foda-se eu quero um filme que seja pra maiores de dezoito, direcionei minha mão para o ziper da calça dele e ele a parou.

– Blake... - ele disse no meio dos beijos, aja folego - Temos que parar.

– Voce quer parar?

– Nós temos que parar, sabe que eu não posso fazer isso. - voltei a beijar ele. Tudo bem, estavamos praticamente no meio da rua e é obvio que nada ia acontecer aqui, mas era tão bom finalmente beijar ele. Infelizmente (ou felizmente?) escorregamos em uma poça de lama formada pela chuva e eu caí em cima dele (que clichê). Comecei a rir e ele também, a situação era tão... Surreal. Queria ficar coladinha com ele pra sempre, ficar com ele pra sempre, eu sabia que isso não era possivel, mas eu não preciso pensar nisso agora. Beijei ele de novo e ele começou a beijar meu pescoço, dei risinhos e ele me jogou pro lado e ficou em cima de mim, e quando eu pensava que alguma coisa a mais ia acontecer ele levantou e estendeu a mão pra me ajudar a levantar.

– A coisa toda estava ficando um pouco... Inapropriada. - ele sussurrou no meu ouvido e eu ri.

– Inapropriado é mais legal. - sussurrei de volta no ouvido dele. - Agora é o seguinte, você não tem escolha se não, não ficar comigo. Voce me beijou, ficou em cima de mim - sorri maliciosa - e ainda tocou em varias partes minha que não devia. Estou te obrigando a ficar comigo.

– Você não tem jeito mesmo, Blake.

– Nunca tive, nunca vou ter.

– Por isso eu te amo. - ele riu e me deu um selinho. Segurei a mão dele e ele abriu a porta da casa dele pra mim. - Não vai entrar? - ainda estava parada do lado de fora da casa.

– Não é certo.

– Certo? - ele arqueou as sobrancelhas.

– Não é nessa hora do filme em que eu conheço a sua casa e nem é nessa parte em que eu conheço a sua familia, é agora que eu vou pra casa toda sorridente, rindo de tudo e balançando de um lado pro outro que nem uma imbecil, com uma música idiota na trilha sonora.

– Parte do filme...?

– Nunca vai me entender. - falei, dei um beijo nele e sai correndo pra fora.

– Blake! Você vai congelar. - ele corria atrás de mim.

– Não estraga meu filme, Bernardo! - gritei de volta e ele parou - Te vejo amanha na escola.

E foi assim que eu fui pra casa: com um sorriso bobo no rosto.


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Notas finais do capítulo

aii, sério, até eu admito que esse capitulo merece reviews, merece, nao??? NAO. "ah, ok :("
ahahaha, okk, beijoos
p.s.: espero merecer reviews :D



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