Um Simples Beijo escrita por Kawanna Liu


Capítulo 1
Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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A última vez que eu conversei com ele, foi no celular. A mais ou menos uns cinco minutos atrás, e ele tinha ma convidado pra ir numa lanchonete.

Cinco minutos atrás:

Celular toca, eu atendo feliz, pois o nome e a foto dele estavam no visor.

- Alô. – Disse sorrindo, mesmo que ele não estivesse me vendo.

- Oi Sam, ta muito ocupada? – Ele falou com um mistério fofo na voz.

- Não, não... Pode falar Tom. – Disse pegando o controle e ligando a TV.

- É que eu e uns amigos meus... Vamos lá ao bar do centro... Você quer ir? – Ele falou com a voz cheia de expectativa.

- Ah... Não sei. Que horas? – Disse mudando os canais, nervosa.

- Eu posso passar ai pra te pegar as onze?

- Pode sim, estou te esperando! – Disse feliz, por final.

O telefone ficou um breve tempo mudo, ambos não sabíamos o que falar.

- É... Então tchau Sam. – Ele falou com a voz estranha.

- Tchau Tom... – Eu estava mais ainda, agora.

“Voltando ao presente.”

Fui me arrumar, sim eu queria estar pelo menos um pouco bonita para aquele que eu gostava, digo... Como melhor amigo. Então resolvi colocar um vestido comportado azul, e uma sapatilha branca, me olhei no espelho, ajeitei meu cabelo, comprido e liso, ele era preto e com as pontas meio loiras, então arrumei a franja, pois minha maquiagem eu havia acabado de fazer.

Escuto batidas na porta, olho no relógio, ainda eram 22:20, então fui até  porta e a abri, então senti alguém me abraçar repentinamente, eu abracei a pessoa, então ele me soltou e vi que era Tom, comecei a rir, ele sorriu pra mim.

- Tom o que faz aqui há essa hora? Ainda não são onze horas. – Falei fingindo indiferença.

Ele que estava sentado no sofá de meu quarto levantou e me olhou.

- Tudo bem, você não quer minha companhia e vou embora. – Ele disse fingindo estar magoado.

Ele estava indo em direção a porta, eu o puxei pelo braço, então ele virou e me olhou, ficamos a poucos centímetros longe, minha respiração acelerou, eu não entendi aquilo, foi estranho, meu rosto estava tão perto do dele, e eu estava olhando pra cima, nos olhos dele,  ele me olhando nos olhos, ah, aqueles olhos, eles eram lindos, e eu só fui notar isso agora... Quer dizer, posso gostar dele... Mas eu não fico reparando nele o tempo todo. Ele colocou sua mão quente meu rosto, e senti-o acariciá-lo, fiquei o fitando, ele foi chegando perto de meu rosto, e sua boca estava perto da minha, então ele beijou meu rosto... Eu fiquei... Acho que, decepcionada, porque eu não sei, mas senti uma enorme decepção quando ele fez aquilo, eu tirei sua mão de meu rosto, e fiquei meio corada, eu acho... Pois senti minhas bochechas queimarem em brasa, me virei para o espelho, que vergonha, eu estava mesmo corada!

- Tom, nós podemos andar por ai, enquanto não vamos ao lugar, onde você me convidou. – Disse meio envergonhada ainda.

Ele me olhou confuso, logo concertou com um lindo e hipnotizante sorriso.

- Claro Sam.

Ele pegou em minha mão e descemos as escadas, chegando lá eu olhei minha mãe, ela me fitou.

- Mãe eu vou sair com o Tom... – Tentei dizer, mas ela me interrompeu.

- Vê se cuida dela em Tom. – Ela falou toda protetora.

- Mas é claro! – Tom falou orgulhoso.

- Mãe! – Falei alto, extremamente envergonhada.

Ela só riu e eu e Tom saímos de lá, logo vi que a noite estava um pouco estrelada, parecendo que ia ter chuva, comecei a torcer para que não chovesse, pois iria borrar toda a minha maquiagem, então Tom viu uma ruguinha de preocupação surgindo em mim.

- O que houve? – Falou ele preocupado.

- Hã? – Disse confusa.

- Você ta preocupada, eu te conheço... Anda, diz, o que houve? – Ele sorriu.

Comecei a rir, só que era uma risada meio desconfortante, eu estava nervosa, mais por quê? Será porque ele está perto demais de mim, ou porque ele estava pegando na minha mão? Mas fazíamos isso sempre, e porque eu estava assim agora?

Soltei da mão dele e continuei andando, olhando para frente, sem ao menos olhar para ele, senti que ele me fitava.

- Por que soltou de minha mão Sam? E você também não me respondeu a outra pergunta! – Ele falou com um tom indignado, que me fez sorrir.

- Ah Tom, sei lá. – Falei respirando fundo.

Ele ficou em minha frente, e segurou em minha cintura. Eu senti meu coração disparar, novamente, mas que droga... O que é que está acontecendo comigo?

- Tom me solta! – Falei com raiva.

Ele me olhou assustado.

- Por que está falando assim comigo Samanta? O que eu te fiz? – Ele disse visivelmente “magoado”

Eu coloquei as mãos no rosto, afinal eu também não sabia por que eu estava reagindo dessa forma quando ele me segurava ou ficava perto demais de mim, e também não sabia por que eu estava agindo assim com Tom. Ele sempre foi educado e brincalhão comigo, e eu retribuía, mas, agora, eu não sei o que está acontecendo realmente comigo, pois eu nunca havia sentido algo assim... Isso por nenhum garoto, isso era estranho, e ao mesmo tempo bom, ah... Eu não sei realmente o que está acontecendo ou o que estou sentindo.

- Está tudo bem, me desculpe, eu não sei por que estou assim contigo Tom. – Disse fitando o chão.

Ele me abraçou.

- Já sei está de TPM não é? – Ele disse com um sorriso de canto nos lábios.

Eu o olhei com cara de “WTF?", e o empurrei.

- Isso não é hora de brincadeiras Tom. – Falei com uma raiva passageira.

- Desculpe. - ele falou em um tom realmente chateado.

O olhei arrependida, eu realmente não sabia o que falar para ele, eu estava confusa, mas afinal, ele era meu "irmão", e...

- Olha, se você não quiser ir Sam, eu entendo, posso não ir e ficar com você.

No momento que ele disse "ficar com você", eu olhei imediatamente assustada para ele.

- Ficar... Comigo? – Disse sentindo o coração acelerar.

- É, podemos ficar conversando ou assistindo TV... Um filme, ah sei lá... Algo que você goste.

Eu sorri para ele, e então peguei novamente em sua mão.

- Ah Tom deixa disso, a gente vai sim! – Falei feliz.

- Então vamos! - Ele sorriu e beijou meu rosto, só que um beijo demorado e estalado.

Eu sorri, começamos a andar, depois de alguns minutos, chegamos ao bar lanchonete, ah, era um lugar comportado e bonito.

- Eles ainda não chegaram - Ele olhou em seu relógio e sorriu -                Claro, chegamos adiantados.

Eu comecei a rir da expressão de “óbvio” que ele fez, e então sentamos em uma mesa, eu o olhei, ele fez o mesmo.

- Sam, olha lá eles chegando. – Ele apontou pra um grupinho vindo em nossa direção.

Virei-me e os vi, Tom levantou e eu fiz o mesmo, e nos cumprimentamos, logo fizemos o pedido de bebidas, mas é claro que refrigerantes, pois éramos menores de idade, e dava pra ver. Conversamos, falamos de tudo, aquela noite fora realmente incrível.


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Notas finais do capítulo

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