Please, Change My Life! escrita por Laura Okuma


Capítulo 3
Enrascadas, só me meto nisso




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Acordei de supetão quando alguém bateu na mesa. Droga. Dormi na biblioteca outra vez. Minha mãe disse que eu tinha que ter mais horas de sono, mas parecia que não tinha os genes dos Granger para o sono e sim dos Weasley.

Olhei para frente, claramente procurando quem fora idiota o bastante de acordar uma Weasley. Logo encontrei os olhos castanhos de James.

–Olá, prima querida. Como foi a sua manhã? – perguntou ele sorridente.

Como estava irritada e sonolenta, olhei para o lado, tentando fugir das palavras de James. Achei Dominique ao lado do idiota que me acordou. Ela não estava sorridente como o James. Isso era estranho. Eles nunca paravam de sorrir perto um do outro. Algo me dizia que ela estava com raiva dele.

–O que você quer? – sempre que algum ser humano vem falar comigo, ou pede algo, ou debocha de mim, ou me chantageia. Com James não seria nem um pouco diferente.

–Eu preciso de ajuda. – Não disse?

–Qual é a matéria?

–Não é para isso. – Ele olha para Domi. Ela se levanta e sai pelas portas da biblioteca. – A Domi está brava comigo. Consegue fazer ela se reconciliar comigo?

–E o que eu ganharia em troca? – Bem, eu iria ajudar com ou sem algo em troca, mas vale a pena tentar.

–Seus uniformes de volta.

–O que? – Não havia entendido, mas tinha uma vaga sugestão sobre o que essas palavras significavam.

–Eu peguei os seus uniformes, bem, na verdade a ideia veio do Fred, mas eu ajudei.

A raiva não apareceu em nenhum momento, o que eu estranhei, porque sempre que o Fred ou o James faziam pegadinhas comigo eu tinha vontade de fazer um caldeirão de Amortentia e fazê-los se apaixonarem um pelo outro.

Suspirei já que, bem, de nada ia adiantar além de ajudá-lo.

–E o que vou ter que fazer?

–Como você já deve ter percebido, a Dominique está com raiva. É que uma sonserina me beijou e a Domi soube através da Lily e ela soube por uma garota da Lufa-Lufa que é mais do que uma inimiga mortal minha. E agora ela acha que eu estou namorando aquela sonserina. – Ele sorriu brevemente de forma derrotada.

–Porque não conta a verdade? – Suspirei revisando minha tarefa de Runas Antigas adiantada.

–Eu já tentei, mas pelo que me parece a Lily também está irritada comigo.

–Por causa de... – incentivei-o olhando diretamente para os seus olhos. Fiquei curiosa. Lily nunca teve raiva de James.

–Por causa que ela acha que eu... – ele olhou para o lado enquanto falava, mas parou depois. – Espera, você também não sabe, sabe?

–O que?

–Sobre... – ele hesitou novamente. – Deixa, você não sabe e se eu contar a Lily vai ter mesmo um motivo para ficar brava comigo. – E quando terminou deu de ombros.

Revirei os olhos em sinal de total irritação.

–Faça alguma coisa romântica.

–Mas a Domi... – o interrompi.

–Pode não parecer, mas a Domi também é um pouco romântica.

Ele olhou para mim como se eu tivesse acabado de falar a coisa mais óbvia do mundo.

–Eu sei disso. O problema é que eu não sou romântico.

Agora sim vem o problema. Eu também não sou nada romântica e também tem a coisa de que nenhuma pessoa já fez algo romântico para mim.

–Bem... – pensei em perguntar para a Lily, mas ela não iria me ajudar. Pensei em perguntar para a Domi, mas ela iria ficar irritada comigo porque eu ajudaria o James.

Pense, Rose. Não deve ser tão difícil.Garota. Sonserina. Beijo. Malfoy.

–Espere aqui – peguei os livros que estavam em cima da mesa e me levantei. – Fique aqui e não saia.

–O que eu vou fazer sentado em uma mesa da biblioteca? – Indagou ele, curioso e confuso.

–Fazer suas tarefas, já que você se recusa a estudar para os seus N.I.E.M.S.

–Tenho um bom moti... – cortei-o.

–Um bom motivo? “Ainda estar no começo do ano letivo” não é um motivo e sim uma desculpa para gastar o tempo se “divertindo”.

–Certo, eu faço as minhas tarefas. Mas se você não fizer o que estou te pedindo, você terá que fazer as minhas tarefas por um mês inteiro. – Propôs ele, desafiador.

–Está bem – revirei os olhos. Como se eu já não fizesse muitas tarefas para ele desde meus onze e seus doze anos, pensei irritada.

Depois de um tempo percorrendo Hogwarts inteira, achei o Malfoy na beira do lago da lula gigante com, obviamente, uma garota.

–Mal-Malfoy – falei, ofegante. Respirei fundo por um dois minutos, ma não sem ficar com as mãos nos joelhos e com a fuinha e a garota me olhando com a expressão “Você é muito esquisita” nos rostos. – Malfoy, preciso da sua ajuda.

–Weasley, não é um bom momento – ele fez uma carranca e apontou para a garota com a cabeça.

–Dane-se se não é um bom momento – falei um pouco exasperada. – Me desculpe pela palavra chula.

A garota me olhou como se eu fosse débil mental e disse:

–Essa palavra não existe. – e depois riu. Espero que ela tenha rido do comentário digno de uma idiota burra metida a inteligente.

–Existe, sim, querida. Mas não sei por que estou gastando meu tempo com uma idiota como você se estou aqui para falar com o Malfoy.

–Está dizendo que não sou idiota, Weasley – provocou Malfoy.

–Não, estou dizendo que ela é uma idiota e você é um retardado tarado – respondi indiferente.

Os dois me olharam incredulamente e bufaram.

–Okay. Ahn... Cassandra, poderíamos nos encontrar outra hora?

–Claro, já que você quer passar essa hora com uma ruiva sem sal... – ela se levantou e entrou no castelo balançando aquele traseiro dela.

–Certo. O que quer, Weasley? Um beijo desse lindo ser?

Revirei os olhos.

–Olha só, o Sr. Memória Perfeita – usei um toque de ironia a mais. – Se não se lembra das primeiras palavras que falei quando cheguei aqui foram “Malfoy,preciso da sua ajuda”.

–Meu Merlin! Rose Weasley Granger quer a minha ajuda! Tenho que achar uma coruja agora mesmo e enviar uma carta para o Profeta Diário falando sobre isso.

–Pare de ser idiota. Eu pedindo a sua ajuda não deveria estar no Profeta Diário e sim em qualquer jornal trouxa ou bruxo no mundo. Sorte minha que a ajuda que eu estou querendo pedir não é sobre uma tarefa escolar.

Ele bufou e revirou os olhos.

–Então que tipo de ajuda você quer?

–Preciso que você convença Dominique de que James não beijou aquela sonserina.

Qual sonserina?

–Ahn... Sei lá. Uma das oferecidas?

–Olha, têm várias.

Literalmente empurrei o idiota do Malfoy por Hogwarts inteira até chegar à biblioteca. E ele ficou reclamando coisas do tipo “Não, Weasley, seu assédio não vai funcionar” e “Meu Merlin! Eu não vou te beijar! Beije alguém que tem nojo da própria vida” então, depois de uns quatorze segundos, eu resolvi ignorar a voz dele.

–James? – olhei em volta tentando me lembrar em qual mesa o havia deixado. Qual era a tarefa que eu estava fazendo? Ah! Herbologia! Fui até a mesa mais perto da seção de História da Magia (não me perguntem o porquê, mas eu só consigo fazer as tarefas de Herbologia perto de livros e mais livros de História da Magia) e vi o James olhando para um pergaminho. Parecia que estava contemplando, esperava eu que ele estivesse relendo a tarefa e não se perguntando como era a produção dele. – James!

Ele levantou a cabeça e arregalou os olhos vendo quem o tinha chamado. James tirou a pena do tinteiro desajeitada e rapidamente deixando o mesmo cair, fazendo a tinta cair na mesa e escorrer para todos os lados. Ele escreveu algumas palavras no pergaminho e fez uma cara pensativa antes de me olhar surpreso e dizer:

–Ah! Rose! Estava aqui fazendo minhas tarefas e... aí você chegou!

–Certo. Qual era a matéria?

–Ahn... Astrologia!

–Sério? Posso ver a sua tarefa?

–Claro! Porque não? – Ele me entregou o pergaminho. Corri meus olhos pela linha torta escrita de última hora.

–O que a frase “Dementadores são esquisitões” tem a ver com Astrologia?

–Ahn... Então, o que o Malfoy está fazendo aqui?

Revirei os olhos.

–Quem era a sonserina?

–Hã... Morena.

–Sabe o nome dela? – perguntou o Malfoy.

–Natalie? Talvez Valentine. Ou Katerine. Pode ser Daniela também. – Eu conseguia até ver as primárias engrenagens trabalhando na cabeça dele.

–Bem, Natalie é loira. Valentine é mais loira que eu. A Katerine... Nem tem nenhuma Katerine na sonserina.

–E Daniela?

–Conheço uma lufana Daniela, não uma sonserina.

–Morena?

–Sim. Era aquela no lago comigo. Bem... Acho que o nome dela é Daniela.

–Você a chamou de Cassandra.

–Então eu devo ter errado. – ele já estava me irritando.

–Que o nome dela é Daniela, ou que o nome dela é Cassandra?

–Sei lá. Mas devo ter errado em algum nome. – ele deu de ombros.

Meninos idiotas. Bufei e eles me olharam esquisitos.

–O que foi? Sou um humano. Não posso bufar?

Malfoy revirou os olhos e isso me irritou ainda mais. Eu já tinha conseguido alguma ajuda, não tinha? Porque não podia ir embora? Eu pensava.

–Já pode ir embora, Rose – disse James como se lesse minha mente.

–Como...

–Você falou isso em voz alta, Weasley – Malfoy jogou na minha cara.

–Tudo bem. James, meus uniformes – e eu estendi minha mão para ele.

–O que? Rose, você só pôs uma fuinha na minha frente e não resolveu o problema.

–Mas você disse que eu podia ir embora!

–É, mas com as minhas tarefas do mês – explicou James. Ele deu de ombros e saiu da biblioteca.

Olhei estupefata enquanto ele caminha relaxadamente até o corredor.

–Fecha a boca, Weasley. Pode entrar uma aranha ai.

Fechei a boca imediatamente. Porque eu tenho medo de aranhas? Nunca vi uma por causa do medo do meu pai!

–Weasley?

–Uhm – virei meu rosto.

–Eu ainda tenho que te ajudar?

–Sim. Mas não quero dividir meu ar com você.

–Ok. Uma aposta. Que tal? – Assenti, pedindo para continuar., e ele continuou. – Vamos trabalhar separados, cada um fazendo o possível para fazer o Potter júnior conseguir a garota de volta. Quem conseguir primeiro, ganha.

–E o que o vencedor ganha, estúpido?

–O vencedor pode escolher.

Isso não vai dar em coisa boa.

–Aceito.


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Notas finais do capítulo

Ah! Meu Merlin! Me desculpem! Mas meu cérebro não é muito criativo quando eu não tenho nada para fazer.

Vou escrever o mais rápido possível, mas não esperem tanto de mim.

(UPDATED) Esta fic está entrando em total hiatus, ou seja, nada de postagens até eu ter cinco capítulos prontos, então vai demorar bastante até ela voltar a ativa.



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