Live To Rise escrita por Jaapa


Capítulo 7
Capítulo 6- Wide Awake


Notas iniciais do capítulo

Desculpeeeem pela demora! Mas é que esse capitulo eu reescrevi umas 5 vezes até parecer bom. Espero que gostem *-* Ah! A musica é Wide Awake da Katy Perry, se encaixava tão bem que eu tive de colocar ela quase inteira..



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Quanto mais avançávamos nas vielas que eu tão bem conhecia, mais feia e sombria NY parecia ficar. O subúrbio era, é, algo como as ruínas de um império, onde os parias, os rejeitados e os esquisitos se amontoam nos cantos escuros e... ok, eu sou um pouco dramática, o subúrbio é bem legal até, casarões antigos meio caindo aos pedaços, bares em cada esquina, punks, emos e estranhos andando por todo lado, traficantes vendendo drogas livremente, bem você sabe, tudo normal.

- Katie aqueles caras de moicano azul estão acenando para você.

- Hey, Brian! Mike!

Acenei de volta de dentro do carro. A cena se repetiu varias vezes, é parece que ainda se lembram de mim.

- Katie, só faz 5 minutos que estamos por aqui e dois caras de cabelo azul, três de cabelo verde, um emo, um drogado, uma garota de cabelo rosa e teve o de cabelo roxo que eu não consegui identificar se era homem ou mulher que te cumprimentaram, apesar que o drogado ia nos assaltar quando te reconheceu. Então, afinal, quem é você Katie Stark?

- “I’m the son of rage and Love, the Jesus of suburbia...”- cantarolei- Eu sou praticamente o Jesus dos subúrbios, vovô.

Estacionei o carro em frente a um dos sobrados caindo aos pedaços onde uma musica tocava alto no térreo. Aparentemente eles não perderam o gosto pelas festas, e bem, nem eu. Baguncei um pouco meu cabelo, para dar um ar menos certinho.

- Vamos?

- Para onde? Quer dizer, vocÊ não pretende entrar aí, certo?

- Ora, vamos lá vovô. Um pouco de diversão não faz mal. E depois temos a madrugada pela frente ainda. Oown! Por favor Steve?

- Ok.- ele revirou os olhos e saiu do carro.

Assim que eu abri a porta todos se viraram para nos olhar, alguns pareciam surpresos, outros felizes.

- E ai pessoal? Vim fazer uma visitinha.

- Gente a Katie voltou!- Brian, um antigo amigo meu, anunciou- Aí Mike(que era o ‘Dj’) coloca aquela musica em homenagem a Litlle Girl aqui.

Sorri ouvindo Jesus of Suburbia, do Green Day, era uma das minhas favoritas. Depois disso as lembranças ficaram meio confusas, talvez por causa da bebida, só me lembro de todos vindo me cumprimentar, de ter dançado muito, de ter bebido muito. Tudo parece um borrão.

- Hey Little Girl. Quanto tempo eim? Sentimos sua falta por aqui. Suas festas eram as melhores. Mas e aí como vai aquele seu namorado? Como era o nome dele mesmo...- olhei desesperada para Maria, a garota que se aproximara para me cumprimentar, ela não podia ter esquecido esse pequeno detalhe da minha biografia? Ou falar disso depois? Steve estava por perto e ele não deixaria passar batido se soubesse. Mas Maria estava completamente bêbada, então não entendeu meu olhar assassino.- Loki! Isso, Loki. Sabia que era um nome estranho. Ele era estrangeiro não era?

- Er... nós terminamos faz um tempo. Sabe como é, as diferenças entre a gente eram muitas.

- Que penaa. Mas ae, esse aí é o seu novo namorado? Katie, você só pega almofadinha eim!

- Não Maria, Steve não é meu namorado. Eu estou solteira.

Suspirei e voltei a curtir a festa. Acho que eu devo ter bebido muito porque a próxima lembrança que eu tenho daquela noite é estar saindo da festa amparada por Rogers e vomitando na calçada.

- Melhor agora?

- Um pouco.-me sentei na sarjeta, sendo seguida por Steve, que me encarava.-ok, pode perguntar.

- Certo, me diga a verdade, quem é você Katie Stark? Aqui me disseram que você é a Gloria, a Little Girl, do álbum do Green Day. Me disseram que você é forte, fria, não se deixa abalar por nada, corajosa, rebelde, sem sentimentos. Mas de verdade, quem é você? So, Gloria tell us the story of your life.- risos- Quem é Katherin Stark?

- Quem você acha que eu sou?

- VocÊ se esconde atrás dessa mascara de frieza e ironia, mas acho que é para se proteger. Está sempre na defensiva, você tem medo de se machucar não é? Sinceramente eu não sei quem você é, mas sei que não é nada do que me falaram, aquilo é o seu personagem. Mas e você, a atriz, a mulher por trás da mascara, quem é?

- Katherin Stark morreu a muito tempo. Morreu no dia em que me jogaram naquela cela da SHIELD para ser uma agente. Ok, você quer a minha historia? Certo. Mas não pense que é algum conto de fadas. Não, está bem longe disso. Foi você quem pediu.

“ Sabe, eu nunca conheci minha mãe. Eu não sei nem  o nome dela. Provavelmente alguma mulher que Tony dormiu uma vez na vida e depois sumiu me deixando com ele. Sabe, até os 7 anos eu adorava ele. Ele era o meu herói. Sem armadura, sem armas, nada. Mas ele era o meu herói, ele era o meu pai, de um jeito estranho e  sem jeito, mas ele estava La quando eu precisava, e ele dizia me amar. E era só o que eu precisava. Então, um dia, eu estava voltando da escola, Tony estava na sala com uma mala. Com a minha mala. Ele disse que eu precisava ir. Que ia ser melhor. Então ele dirigiu até o aeroporto. Ele simplesmente disse: saia do carro e va até o portão 6. Estarão te esperando ali. Ponto. Não disse adeus, nada, eu desci e ele saiu com o carro. Eu fiquei um tempo ali parada, esperando ele voltar, me abraçar e dizer: Hey! vamos para casa. Mas ele não voltou, não me abraçou e nem voltamos para casa. E eu fiquei chorando no meio da multidão. Ninguém se importou comigo naquele dia. Ninguém nunca se importa com ninguém. Depois Furry apareceu com Natasha e Clint. Eles me levaram para a SHIELD. Aqueles quartos... mais parecem celas.

No dia seguinte os treinos começaram e aquilo era provavelmente o mais próximo que se pode chegar do inferno. A cada dia eu me afundava mais naquilo. Então veio o primeiro fim de semana, ele foi me visitar. Me abraçou como deveria ter feito aquele dia. E ele ainda era o meu herói. Mas depois com o passar do tempo, Tony deixou de se importar também. Ele começou a aparecer menos, até que ele simplesmente parou de ir. Eu tinha doze anos quando ele parou de sequer dar noticias. Foi aí que eu percebi, eu me importei esse tempo todo... pra que? Eu chorei de saudades, eu esperei, eu confiei, eu acreditei com todas as minhas forças que ele me tiraria dali... pra que? Para nada. Ele também me decepcionou. Todos sempre decepcionam. Sabe, na ultima carta que eu recebera ele escrevera: “certo, você já é grande o bastante, então, não transforme as pessoas em heróis. Herois não existem e se existissem eu não seria um deles.” Eu não o odiava, mas também não o idolatrava mais. Você não entende não é? Você não tem idéia de como aquele lugar era horrível. Aquele dia eu decidi que também não me importaria, afinal se importar não era uma vantagem. É assim que o mundo funciona. Contos de fadas não existem. Herois não existem. E eu aprendi isso da pior forma possível. Foi nesse dia que Katherine Stark morreu. Bem, o tempo passou e com 14 anos eu era uma das melhores agentes. Com 15 anos eu sai da SHIELD. Eu meio que fugi com a ajuda de Barton e Natasha. Então eu vim parar aqui. Eu vivi 3 anos aqui. Então eu conheço todos, tudo daqui.

Eu fiz muitas merdas. Mas muitas mesmo. E a maior delas foi ter conhecido Loki. Foi ano passado, eu tinha acabado de fazer 18. Nós nos conhecemos num bar. Eu tinha prometido não ter sentimentos mais e eu realmente havia conseguido fazer isso, eu nem lembrava mais o que era ter um coração. Ele me lembrou. O único que conseguiu me trazer de volta. Mas ele também me decepcionou, um dia ele dormira em casa, eu acordei mais cedo e ele estava ali mexendo no meu computador. Arquivos da SHIELD, eu estava arranjando a papelada para me desligar. Mas ele copiava tudo para um pen drive. E é lógico que eu o coloquei para fora na mesma hora. Eu tive a prova final que ter sentimentos é o maior erro que se pode cometer. Bem eu não havia tido noticias dele até três dias atrás, quando Furry me ligou de manhã e disse, hey! Adivinha? Seu pai foi seqüestrado pelo seu ex!”

- Bem, o resto você já sabe. Satisfeito?

Eu sentia um nó na minha garganta, como se mãos invisíveis tentassem me enforcar, mas não me permiti chorar. Me mantive inexpressiva. Apenas suspirei. Olhei para ele, Steve me fitava como se tentasse ler minha alma. Ele provavelmente  pensa que eu estava tão bêbada que não me lembro do que aconteceu depois, mas eu estava mais sóbria do que ele imaginou naquele dia. Ele me ajudou a me levantar e me abraçou. Demorei um tempo para relaxar a retribuir o abraço. E chorar. Há muito não me permitia isso, mas teoricamente eu estava bêbada, então qual o problema? O problema foi o que aconteceu depois. Eu olhei eu seus olhos. Aquele azul intenso me hipnotizava. Lentamente nos aproximamos. Sentia sua respiração se misturar a minha. Um arrepio percorreu meu corpo quando nossos lábios se tocaram. Aquilo não estava certo. Não era o momento. E eu não estava pronta para me envolver ainda. Mas eu se quer consegui pensar isso e eu já havia perdido minha força de vontade a muito tempo. Foi aí que meu celular tocou.

- Desculpe, Katie... Eu não sei o que deu em mim... Droga... Eu não sei mesmo... Olha..

- É ele.

- O que?

- É ele Steve, Tony está me ligando.

"Yeah, I was in the dark. I was falling hard. With an open heart. I'm wide awake. How did I read the stars so wrong? And now it's clear to me. That everything you see. Ain't always what it seems. I'm wide awake. Yeah, I was dreaming for so long. I wish I knew then. What I know now. Wouldn't dive in. Wouldn't bow down. Gravity hurts. You made it so sweet. Till I woke up on. On the concrete. Falling from cloud 9. Crashing from the high. I'm letting go tonight. Yeah, I'm falling from cloud 9. I'm wide awake. Not losing any sleep. I picked up every piece. And landed on my feet. I'm wide awake. Need nothing to complete myself, no. Yeah, I am born again. Out of the lion's den. Thunder rumbling. Castles crumbling  I am trying to hold on. God knows that I tried. Seeing the bright side. But I'm not blind anymore. "


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Notas finais do capítulo

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