Querido Diário... escrita por Tia Juuh


Capítulo 24
Eu Te Odeio


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal to na duvida acho que vou parar de escrever poxa não ganhei 1 review sequer no último capitulo acho que vocês não gostam mais da Fic D:



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Eu estava muito cansada então dormi rápido. O Leandro ficou se revirando (de vez em quando eu acordava virava pra ele, via o que ele estava fazendo e dormia de novo). Acho que ele estava meio tenso. Quando acordei estava um sol do inferno, peguei uns lenços e cobri as barracas pra ficar mais escuro e pro sol não atrapalhar o sono de ninguém.  Depois vi o esquilinho dormindo ao lado da fogueira que obviamente apagara a noite. Peguei-o no colo e coloquei na barraca ao lado de uma bolsa que estava lá com algumas coisas médicas (curativos, antibióticos, seringas etc.). Estava com saudades de falar com as árvores... Será que era só ilusão? Bem, andei um pouco até o Rio das Lágrimas (haha que idiotice), sentei-me na borda molhando somente meus pés.

-Ei! Garota quanto tempo não? Percebi que tens estado muito nervosa e ocupada... Desculpe-nos pelo pescoço...

-Oh! Ah não foi nada...

-Percebo que ainda tens a cicatriz não estou certa?

-Oh sim. Acho que demorará a curar de vez. Afinal não temos como costurar, digamos assim.

-Deixe lhe ajudar.

Então apareceram em minha frente um galho e teias de aranha e começou a se entrelaçar com o meu machucado... A dor era enorme, mas como o Drake dizia se dói é porque vai curar... Oh Drake que falta fazes. Ai, ai. Bem, pensar nele não vai trazer ele de volta. Estava lá sentada pensando... Imagine se eu nunca tivesse me mudado, ido ao psicólogo, tivesse que escrever um diário, nunca ter conhecido o Leandro, nem o Lucas, nem o Jary... Imagine só? Haha minha vida não seria a mesma. Mas o Drake ainda estaria aqui... Ah. Chega Jessie! Se recomponha. Não é de sua pessoa ficar chorando por causa do passado!  Bom, as pessoas mudam... Mas eu não mudei!

-Jessie?

-Oh! Olá Jary...

-O que esta fazendo aqui sozinha?

-Descansando um pouco a cabeça. Relaxando...

-Ah. Posso relaxar com você?

-Pode claro. –Dei um leve sorriso com o canto da boca.

-Sabe... Ainda não gosto muito do Leandro... Ele é grosso comigo... E me odeia!

-Não digas isso! Ele tenta ser teu amigo! Só que ele é um pouco...

-Insensível? Grosso? Troxa? Babaca? Tonto? Ignorante?

-Ei! Talvez um pouco disso, mas ele é assim. É o jeito dele de ser...

-Que jeito estúpido de ser!

-Eu sei... Conheço-o muito bem e sei que no fundo ele não quer ser assim...

-Mas ele é! E te machuca sendo assim! Por isso fico bravo com ele... E ás vezes eu tenho que acertar as coisas... Se é que você me entende...

-Hãn? Como assim? O que tu fez? JARY! –Eu havia entendido tudo! Ele bateu no Leandro... Não. Ele não podia. Sai correndo em disparada para o abrigo. O Lucas ainda tava dormindo e o Vini estava comendo algumas frutas:

-O que aconteceu Jessie? Por que estás a correr tanto? –Disse o Vini no meio de mastigadas.

-LEANDRO... JARY... BRIGA... DORMINDO. –No meio de respiradas foi tudo que eu disse. Entrei na barraca e lá estava o Leandro deitado cheio de hematomas e sangue.

-PORRA! JARY SEU MALDITO!

-Ei. Eu não bati nele. –Disse o Jary calmo e submisso atrás de mim.

-ENTÃO QUEM FOI SEU FILHO DA PUTA?

-Não foi ele... Fui eu. –Disse o Vini enquanto me encarava.

-Mas... Por quê?

-Não sei. Talvez por que ele tenha batido no meu namorado varias vezes? Eu só revidei...

Nisso eu voei no pescoço dele e comecei a esmurrar a cara dele. Quando ele tava quase morrendo o Lucas me puxou pra trás agarrou a cabeça de seu namorado e começou a chorar.

-Esse corno mereceu...

-MERECEU? POR QUÊ? SÓ PORQUE ELE ME DEFENDEU?

-SE VOCÊ NÃO SABE SE DEFENDER SOZINHO PROBLEMA É SEU NÃO MANDE SEU NAMORADINHO DE MERDA BATER NO MEU NAMORADO! E QUER SABER SUMAM DAQUI OS DOIS! O ABRIGO É MEU QUEM DEFENDE ESSA PORRA SOU EU E EU MANDO AQUI E NÃO QUERO VOCÊS AQUI!

-PRECONCEITUOSA!

-NÃO SOU! AGUENTEI VOCÊ POR MUITO TEMPO TA? EU ODEIO VOCÊ! SEMPRE ODIEI! E VOU SEMPRE ODIAR! AQUELE BEIJO NUNCA SIGNINFICOU NADA! NA VERDADE VOCÊ NÃO SIGNIFICA NADA PRA MIM! SE QUISER VAI EMBORA COM ESSE NAMORADO DE MERDA VAI! NÃO VOLTA MAIS! ESPERO QUE MORRA NO MEIO DO CAMINHO AI PELO MENOS EU VOU VIVER EM PAZ!

Nisso o Lucas chorou. Levantou e foi embora. Deixando o corpo morto (vivo) ali. Eu estava queimando de raiva do Lucas então sai e fui até o lago. Tirei minhas roupas (TARJA PRETA) e nadei nua mesmo. A única pessoa que sabia da existência daquele lago era o Leandro. Espera. O Jary também sabia. Bem pouco me importei se me vissem assim dane-se. Fiquei lá nadando relaxando um pouco pensando na minha vida e no Lucas

“Bem, ele mereceu”.

“Maldito. Mandou aquele filho da puta bater no meu namorado.”

-Ei. Por que fizestes aquilo? Com certeza foi engraçado tu espancando aquele menino, mas tu foste muito má.

-Fui? Tu achas? Eu não achei. Quando tu mandas alguém lhe defender ao invés de colocar a cara pra bater tu és covarde. Isso é pura covardia da parte de Lucas. Lógico que não deixei barato.

-Bem, que foi covardia foi... Mas não precisavas dizer a verdade na cara dele.

-Hãn? Como assim?

-Dissestes na cara dele: TE ODEIO! Isso não é muito bom...

-Sei... Acho mesmo que exagerei... Mas não posso mudar a palavra depois de dita...

-Não podes mudar a palavra, mas pra que existe o perdão?

Ah ela sabia! Obvio ela estava lá. Mesmo na estrada, perto de casa, em todo lugar tinha uma árvore observando tudo...

-Pra porra nenhuma e tu sabes disso. E sabes muito bem.

-Nem sempre é pra porra nenhuma... –Nisso a voz abaixou até desaparecer e o silêncio voltar. Coloquei minhas roupas bem rápido. Sempre que a voz parava vinha alguém. E realmente estava vindo o Leandro e o Jary. Eu pulei no rio de roupa e tudo não estava nem ai a água estava ótima não ia desperdiçar.

-Ei Jessie! O Leandro queria falar com você, mas tu sempre somes sua maldita cabeçuda!

-haha tonto. –Eu saí do rio e sentei ao lado do Leandro.

-Vou sair daqui. Segurar vela é uma porra.

-Haha. Tonto.

-Teu cú!

-Cala a boca Jary hahahaha!

-Tchau pra vocês. Ei Jessie?

-Oi!

-Não perca a virgindade hein mocinha!

-SAI DAQUI BABACA! – Eu taquei uma pedra nele e ele foi embora rindo igual uma égua. O silêncio ficou até que o Leandro apoio-se em meu ombro não sei se por causa da surra ele não podia falar, mas acho que o silêncio foi o melhor.

-Eu te amo ta? –Eu disse meio que em um sussurro.

-... - Ele não disse nada. Só ficou ali encostado em meu ombro encarando nosso reflexo no rio. - Heey, sabes estava analisando nosso passado e mesmo tu me batendo, me espancando, me xingando e tudo mais, eu te amo demais...

-Eu também te amo Leandro... Desculpe por tudo... Não gosto de brigar com você, mas às vezes você pede pra apanhar haha!

-haha tu também. Quando fica se fingindo de tonta. Isso me estressa de um jeito!

-Eu sei disso... Mas eu sou covarde não assumo o que faço lembra?- Virei pro lado pro Leandro não me ver chorar. 

-Não és não. Eu que fui idiota de dizer isso...

-Não... Snif... Eu sou covarde mesmo! –Ele me abraçou pelas costas e beijou meu pescoço, isso arrepiou minha nuca.

-É a menina mais corajosa que eu conheço. E vai sempre ser... – Ele levantou e estava indo em direção ao acampamento... Ele sabia que eu queria ficar um pouco sozinha. Não bem sozinha, mas com as árvores... Só que o Leandro não sabia delas... Eu acho que não.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! E comentem viu? Não cai a mão! E me motiva demais!!



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