Re POV

Zayn e Harry já haviam ido embora, me deitei com dor de cabeça e Mari também. Eu queria muito que eles fossem mas, há uma distância muito grande e não sei se vou conseguir suportar. Liguei pra Kate e ela disse que Niall já havia falado pra ela que eles iriam. Ela também não estava gostando disso, mas confiava em Niall. Decidi que se a Eleanor consegue confiar no Louis, eu posso confiar no Zayn e deixar ele ir pros Estados Unidos, mesmo que muitas mulheres deem em cima dele. Já Mari, eu não tenho tanta certeza.

Mari POV

Eu estava deitada na cama, sozinha. 5 ligações de Harry e nenhuma atendida. Eu não estou com vontade de falar com ele, pois nada do que ele me falar vai me convencer de que continuar com essa relação é o melhor a fazer.

-Eu ainda acho que é melhor nós terminarmos. Harry, eu sei que haverá outras pessoas e você vai me esquecer. Pode ir, Hazza, eu não me importo. –falei atendendo uma das ligações dele.

-Eu sei que você se importa, assim como eu. E você sabe que eu não vou te esquecer nunca. Pode haver muitas mulheres mas, eu sei o que eu faço.

- Então vamos fazer assim: vamos terminar, vai ser melhor pros dois. Nos falamos por telefone todo dia apenas como amigos. Se houver algum caso com uma terceira pessoa, nós avisamos pro outro. E quando você chegar vamos ver o que vai acontecer. –falei

- Você sabe que não é isso que eu quero. –ele disse

-Também não é o que eu quero, mas é preciso. –falei- Quando é o voo?

-Amanhã de noite, vocês vão no aeroporto se despedir de nós?

-Claro que sim, vou desligar, Harry. Eu te amo.

-Eu te amo mais –e desliguei – sabe por que tudo isso? Pra não sofrer. Sem sentimentos, sem dor. Simples.

Acordo duas horas da tarde. É sábado, dia de aproveitar. Tomo banho, coloco um vestido confortável e almoço uma comida esquentada do dia anterior. Depois pego minha bolsa, e junto com a Renata, espero até Niall vir nos buscar. Vamos ficar na casa dos meninos um tempo tentando ajudar a arrumar as coisas pra viagem. Eu e Harry não nos falamos muito, nem nos beijamos. Demos uma ajeitada nos quartos, nas roupas, no apartamento em geral. Pois é, ainda não contei. Os meninos trocaram de apartamento, estão num mais perto do centro de Londres. Agora conseguem mais dinheiro com essa fama toda.

Passam muito tempo, mas logo é a hora do voo. Nós acompanhamos os meninos até o aeroporto e de lá nos despedimos pra longos dois meses.

-Como a gente fica? –Harry fala comigo na hora do embarque.

-Vamos ver o que vai acontecer nesses dois meses , depois a gente vê, mas vou ficar te esperando.

- Eu também. Até dois meses. – nos despedimos e ele entrou no avião. Espero que quando ele volte, eu ainda tenha o velho Harry.

Eu realmente não estava suportando. Estava com tanta saudade do Harry. Não sabia o que ele estava fazendo naquele exato momento. Ele poderia, sem esforços estar debaixo das cobertas com outra garota qualquer. Eu implorava pra que isso não acontecesse, mas não podia fazer nada. Uma semana antes de ele voltar, saíram algumas fotos dele supostamente ‘beijando’ uma fã, levando-a ao hotel, e de manhã usando touca. Todas as directioners sabiam o que aquilo significava, e não gostavam nem um pouco. Mesmo quase desistindo, decidi que iria confiar no Harry. E foi isso que eu fiz, também fui fiel a ele. De uns tempos pra cá ele parou de me ligar e isso me fazia falta. Acho que ele não ligava mais porque não tínhamos assunto pra conversar. Era sábado, Re e Kate foram ao shopping e eu recusei o convite pra ficar em casa debaixo das cobertas comendo porcaria e vendo todas as temporadas de Two And a Half Men. De repente meu celular toca. “Skies are crying, i’m watching...”. Claro que era o Harry.

- Oi... Mari! –ele disse.

- Oi Harry. –falei, sem nenhum entusiasmo.

-Que bom ouvir sua voz...

-É. –falei

-Tá tudo bem aí? –ele perguntou depois de um tempo em silêncio.

-Tudo do mesmo jeito. E aí?

-Ah, sim. Estamos trabalhando bastante, mas é bom até. –ele disse, meio longe de si.

-Harry, você tá me escondendo alguma coisa? –falei. É claro que ele estava. Só não sabia porque esconder o que quer que seja.

-Não, tá tudo normal.

-Hazza...

-Marina, foi só uma vez. –Passou tanta coisa na minha cabeça que pensei que ia desmaiar. Será que era o que eu estava pensando mesmo? O que foi só uma vez?!

- O que foi só uma vez, Harry. Fala logo!! –Berrei.

-Achei que você já estivesse sabendo. –ele disse

- Sabendo do que?

- Aquela menina, nós nos encontramos  numa festa.

-Eu não quero saber Harry.

-Nós transamos. Mas eu juro, eu não queria. Eu estava bêbado! Mas não senti e nunca vou sentir nada por ela. Aquilo pra mim não foi nada.

-Tudo bem, Harry. –falei, provavelmente já chorando nesse ponto.

-Não está tudo bem! Eu me sinto culpado. Eu SOU culpado. Marina, me perdoa, eu não queria...

-Que bom que se sente assim. Pelo menos sabe o que fez.

-Eu preciso ir agora, os meninos estão me chamando, vamos cantar na rádio. –ele disse

-Pode ir, Harry. Tchau.

-Marina, por favor, não fica assim... –então desliguei na cara dele e fiquei lá no sofá, chorando até cansar. Mas eu não ia cansar, eu sou uma idiota. Sabia que isso ia acontecer e mesmo assim não fiz nada. Eu sou uma idiota só por ter amado Harry. Errei, e a partir de agora nunca mais vamos ser os mesmos. Chorei mais e depois adormeci no minúsculo sofá, com a minha coberta.

Re e Kate haviam chegado. Parecia que elas estavam correndo.

-Mari, você viu o que o Harry fez na rádio? –Kate disse sentando-se no sofá. Ele provavelmente falou sobre mim e pediu desculpas do jeito mais normal possível. Mas o que ele fez não foi normal. E nenhuma desculpa seria o suficiente para reparar o erro dele. Para mim, Harry não existia mais.