Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu pequeno e meio abestado (sotaquimm) mas foi só pra dar continuidade à história.Desculpa manjada, eu sei, mas é verdade... Jurando...



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A bala acertando a cabeça do senhor ecoa pela praça desgastada. Ele acaba de cair morto quando um grupo de Pacificadores tenta nos empurrar para dentro. Eu ouço em algum lugar Peeta reclamando e dizendo que nós já vamos.

   -Anda Clove. Temos que ir.  

  Sinto Cato tentando me puxar. Aquele senhor morreu apenas por assobiar. Um ato, em minha opinião e nos meus conhecimentos, tão simples quanto respirar. Quem sabe eles também não decidam nos matar por respirar indelicadamente. Effie diz que existe um modo certo de se respirar.

  Os Pacificadores nos guiam até a sala onde o resto da equipe nos aguarda. Eu percebo que Katniss ganha um olhar descontente, digamos, de Enobaria.

  -O que aconteceu? –Effie corre para perguntar – A tela se desligou depois do seu lindo discurso Katniss.

 Minha mente não está  muito preparada para o que acontece. Nem em condições de pensar em nada a não ser a morte do senhor. Foi a primeira morte que eu vi depois da arena. É como se eu estivesse lá de novo. Cato está me levando para algum lugar com Peeta, Haymitch, Katniss e Enobaria.

 -O que aconteceu? – perguntam Haymitch e Esnobaria ao mesmo tempo. Me sento no sofá estragado da sala onde estamos, que, à propósito, eu não sei onde é.

 Todo mundo relata tudo o que aconteceu na praça. A luz solar forte do Distrito 11 luta para entrar pelas minúsculas janelas tapadas com tábuas.

  -O que está acontecendo! –pergunta Peeta olhando para todos nós. Então ele não sabe.

  -Porque algum de vocês não fala? –pergunta Enobaria.

 Katniss respira fundo e conta tudo a Peeta. Tudo o que eu achei que ele soubesse.

 -Ótimo, entendeu agora Conquistador? Você não fez uma coisa muito legal dando dinheiro àquelas pessoas, sabe? –eu digo olhando para ele.

 Ele dá um soco em um abajur e ele voa pela sala se estilhaçando no chão.

 -Isso tem que acabar sabe? Para vocês eu sou o único idiota? Sou fraco demais para lidar com eles? –ele pergunta gritando.

 O principal, eu penso. Mas ele não é tão fraco assim, pelo visto. Já quebrou bastante coisa.

 -Não é bem assim, Peeta

 -É exatamente assim! Vocês são muito idiotas por pensarem que eu também não tenho pessoas de quem gosto!

 -Nós sabemos que você tem, garoto... –tentou Enobaria, mas foi interrompida.

 -Você é sempre tão confiável e uma pessoa tão boa, Peeta- diz Haymitch tentando acalmá-lo. Ele gosta de elogios. – E, ainda por cima não inteligente nas câmeras que eu não queria perturbar essa harmonia.

 -Então você me superestimou. –Peeta diz. Eu sem querer solto um sussurro “Com certeza”. Apenas Cato e Katniss escutam.

  Ele continua discutindo um monte de baboseiras que todo mundo já sabia com o resto do pessoal e eu resolvo dar uma olhada no resto do lugar. Pelo visto, é um alçapão. Deve ser o domo desse lugar. Está cheio de móveis quebrados, pilhas de livros, escadas de bibliotecas e armas enferrujadas. Nem de longe é um lugar bonito ou usado recentemente.

 Eu ouço a porta sendo fechada violentamente e a poeira se levantando. Será que Cato se revoltou? Eu volto até eles e vejo que apenas Peeta saiu. Então foi ele. Ele só meio bobo mais fraco não é.

  -Vocês têm que se arrumar para o jantar. –diz Haymitch. –E Clove, controle sua língua.

  Depois do comentário realista de Haymitch sobre a minha falação fora de hora, nós vamos para a sala do alçapão que estávamos. Ela é mais  arrumada e nossas roupas, a minha e de Katniss, foram postas em uma espécie de cabide.

 Eu entro no chuveiro primeiro que Katniss, deixando ela com uma cara horrível. Mais horrível do que já estava. Só saio quando escuto Flerwy dizendo que “ Katniss também tem que estar maravilhosa, Clove! Saia querida”

  Eu saio e a equipe começa a tagarelar sobre como a vida deles está badalada atualmente enquanto me arrumam de novo. Em pensar que eu nem sabia o nome deles.

  O meu vestido é em um tom delicadamente dourado e no meu cabelo é feita uma trança.

  -Gostou? –pergunta Alexander.

 O fato é que eu tenho medo das pessoas me confundirem com Katniss cuja trança é sua marca pessoal. Mas a minha está um pouco diferente e eu não posso decepcionar Alexander.

 -Adorei.

 -Sabia. É a sua cara. Agora sorria.

 -Depois?

 -Agora, Clove.

 Eu suspiro e os cantos dos meus lábios sobem. Nós nos reunimos na sala para a organização da procissão. Effie começa a tagarelar sobre sua “especialidade” em arquitetura e que não vê a hora de sair do 12.

 E nem eu. Como será que vai aquelas famílias agora? Estão vivas? Uma coisa que tenho certeza é que a vida delas não melhorou com a oferta de Peeta.

 Por algum motivo estranho Effie e Katniss agora estão se abraçando. Nesse instante, começa uma insensata via inútil. Fazemos as aparições, nos arrumamos, jantares e trem. Todos os dias.

  A partir do Distrito 9 eu não consigo dormir. Passo as minhas noites olhando a janela pela sala do trem. Cato sempre me acompanha. Algumas vezes ele se senta na minha frente, outras no sofá e outras nós nos deitamos juntos no sofá apenas olhando para o teto. Mas nós quase nunca trocamos palavras.


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Notas finais do capítulo

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