Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! E aê, de boa na lagoa, sussa na montanha russa, susse no musse e tudo o mais? Espero que sim, porque eu to, cara! Eu passei! E eu achei que seria raspando e não foi! I'm foda, please kkkkkkksóquenãokkk. Então, eu não postei ontem porque eu cheguei muito tarde em casa e fui acabar de escrever o capítulo era 2:40. É, eu sou uma v1d4 l0k4 com insônia. Ham... O que mais? Ah, eu tenho dois novos leitores e dois novos favoritos. E porque eu não tenho duas novas pessoas deixando Review? Porque a sorte não está a meu favor? NÃOOOOO porque vocês são preguiçosos, mesmo 2bj. É... Esse é o último, mas nem por isso saiu legal, ok? Sim, acabei no momento OI OI OI até a próxima. Preciso da Capa, o nome escolhido por votação foi "E o Amargo Vira Doce" da Clove (2bj fofa) muito obrigada a todo mundo que também enviou nome o de vocês também eram fodões, podem ter certeza. Esse tá um pouco confuso, mas é mais por causa da Clove (hehehe) ela tá assim, ok, respeitem. Novamente: A capa, povo! I need dela, sabe. Acho que é só isso aqui, até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224499/chapter/35

Quando a porta do aerodeslizador se abre e eu vejo o Distrito 2, minha mente vai automaticamente para o dia em que voltei da Arena, no telhado da antiga casa de Cato.

 -Você ainda quer? –ele colocou na minha frente um saco com os doces que eu tinha levado, enfiando dois na boca.

 Sacudi a cabeça negativamente. Talvez eu tenha que agradecer a tudo que aconteceu depois da Turnê. Nós criamos uma intimidade que não tínhamos nem com nós mesmos. Que até esse tempo eu não tinha.

 Por isso eu mal olhei de esguelha pra ele quando neguei. Eu estava confusa demais para tentar agir como se nós realmente fossemos apenas mais dois adolescentes em cima de um telhado olhando para o céu. Mas achei que tudo fosse  ficar bem. Achei que se fosse para nós ficarmos juntos, ficaríamos. Se não, tudo iria voltar ao normal.

 -O que você acha disso tudo? Quer dizer, isso é irreal demais para até mesmo você agir como se tudo estivesse normal. –eu disse, olhando para ele com a cabeça baixa.

 Ele suspirou e voltou a me encarar.

 -Eu não sei o que achar. Quer dizer, nos Jogos só voltam um. Eu achei que ia ter que obrigar você a matar os caras do 12.  –fiz uma expressão confusa e ele sorriu. –Ah, fala sério, Clove, não pensou que quando eu vi eles lá na moita das amoras não iria fazer nada, não é? Estava esperando você agir, jogar uma faca, sei lá. Se não fizesse isso eu iria ter que fazer e se morresse antes disso seria só te obrigar mesmo. –ele voltou o olhar para o céu. –mas aí você pegou aquelas coisas na mão da Katniss.

 -Você estava tão calado, eu achei que...

 -Eu estava preparado para morrer. Um pouco de ironia não iria fazer mal antes disso –ele me interrompeu. –Eu não queria deixar você morrer, mas nem sabia direito o que estava acontecendo. E não podia enfiar minha mão na sua boca e tirar as coisas ou fazer um vexame quando vocês agiam como se tudo fosse normal. Então deixei. E agora sei que saímos quatro dos Jogos.

 Aquilo me deixou ainda mais confusa do que eu já estava. Eu sabia que não era fingimento o que eu sentia por ele. Sabia que quando eu ofereci aquelas amoras não foi para dar nenhum show, eu não sabia eu iriam nos livrar. Pensei que iriam mandar alguma coisa para só sobrar um ou algum outro mecanismo que eu nem sequer poderia imaginar. Mas eu também não entendia porque eu sequer consegui olhar direito nos olhos de Cato ou agir como eu agia na Arena, como se nos conhecêssemos há anos. “Aquele lugar é o inferno. O que eu estou fazendo nesse instante?, o que eu fiz lá?”. Aquela pergunta retumbou demais na minha cabeça.

 Era como se Cato não fizesse parte daquele cenário que estávamos. Não se encaixava na minha rotina simples e insignificante aqui no 2. Era confuso. Muito confuso. Eu não conseguia diferenciar o que era real do que não era. Porque talvez tudo tenha começado quando ele tentou me defender da Layran, exatamente quando eu estava com raiva dele. E foi aí também que começou o que chamávamos de encenação.

 Depois eu percebi que não iria virar uma Katniss do 2. Eu não precisava de dramas e fingimentos para seguir minha vida. Aceitei que só o tempo moldaria o que quer que eu decidisse fazer. E fui levando a vida, talvez ignorando um pouco Cato, mesmo com ele parecendo achar graça quando eu não o respondia direito.

 -Isso seria bem ridículo. –ele olhou curioso para mim. -Você enfiando a mão na minha boca.

 -Ah seria mesmo... Ou não. Eles gostam dessas coisas de drama, choram e tal.

 -Ah, mas isso seria um drama nojento. E acho que eles nunca derramaram uma lágrima por causa disso tudo.

 -Eu discordo.

 Eu cruzei meus braços e ergui uma sobrancelha.

 -Ah, Cato, você acha mesmo que eles iriam...

 -Então vamos apostar. –ele me interrompeu de novo, sorrindo de lado - No dia da Turnê você pergunta para o Alexander se eles choraram ou não.

 -E quem perder... –eu disse, esperando que ele continuasse a frase.

 -Quem perder tem que ir na casa do Thread. Falar alguma coisa bem idiota com ele.

 -Na casa do Thread? Romulus Thread? Eu soube que ele seria transferido para o 12.

 Esse tipo de fofoca era bem comum aqui. Alguém que operava diretamente para a Capital comentava com alguém das minas, que levava a notícia para casa e logo todo o 2 sabia.

 -Eu sei. Então como ninguém gosta do 12, ele provavelmente está irado. Ficaria ainda mais legal.

 -Eu sei que se formos lá não vamos voltar mesmo, mas... Apostado. –Cato apertou minha mão e nos encaramos por um tempo. Ergui minhas sobrancelhas e disse que tinha que ir.

 Eu não cheguei a sentir as conseqüências disso. Mesmo porque nem chegamos a realizar de fato a aposta. O pessoal do 12 chegou e nós esquecemos, mas um dia eu ainda confirmo isso para ele.

 Ele me ajudou a descer, me levou para casa e... Eu posso ver minha casa de cima desse palco. A essa hora a televisão já deve ter sido apagada. E as pessoas deveriam estar vindo para cá e... E estão. Posso ver alguns grupos andando com passos rápidos e temerosos para cá.

 Olho para Plutarch, do lado de trás do palco. Ele sacode a cabeça afirmativamente, me assegurando, me mandando começar a falar.

 “Clove Fire!” “Idiota!” “Você parece bonita.” “Aquela que pulava nas árvores? Como era o nome dela?” “Cara de Raposa está morta.” “Teleguiadas!” “Cospe, por favor.” “Quer casar comigo?” “Eu vou inflamar Panem.” “Um dia ela vai entender. Ou ele.” “Eu te amo.” “Você me prometeu.” “Eu não gosto de Katniss Everdeen.” “Até lá, Beetee já vai ter explodido a Arena.” “Você ainda vai ser minha.” “Vim te dar uma nova chance.” “Para que serve o Conquistador?”  “Está preparado para ser o principal peão nos meus jogos?”

 -Clove! Clove! Estão esperando, rápido! –Plutarch sibila, me fazendo acordar.

 Olho aflita dele para a multidão. Em um exame atento vejo minha família. Harry está agarrado na mão da minha mãe. Aceno fraca e nervosamente para ele. O avô de Cato... Não posso vê-lo. E eu esqueci o texto.

 -Anh... –arfo e coloco meu cabelo para trás da orelha. –A Capital... Quer dizer, Snow, pretende... Acabar com o 2. Matar todos daqui... –e um texto idiota desse com certeza não seria escrito por ninguém minimamente decente. –Então eu e Cato decidimos que seria melhor se evacuássemos todos daqui. Um aerodeslizador rumo ao 13 está parado logo ali na Praça Periférica. Vão nos tirar daqui, porque em breve só o que restará vai ser cinzas.

 Alguns me olham como se eu fosse louca. Outros parecem estar levando a sério. Outros em maior quantidade, estão confusos.

 -Nó precisamos que peguem suas coisas mais importantes em casa e vão para lá. Rápido. É apenas uma questão de tempo para eles chegarem e... –desisto de explicar claramente. –vai começar uma nova guerra, peguem a droga das suas coisas, entrem no aerodeslizador. Vão estar seguros, vão ter comida, casa e roupa é isso.

 -Uma outra guerra?

 -Não precisamos disso.

 -Vão perder de novo e nós que vamos pagar?! Nem vem!

 -O que vai ser agora?! Torturas a bebês?!

 Olho para a minha mãe, implorando. Ela retribui meu olhar e cochicha algo com meu pai. Logo eles começam a conversar com algumas pessoas mais próximas deles e lentamente a multidão parece dissipar a confusão. Algumas pessoas continuam a me encarar como se fosse uma mentirosa.

-Tudo bem, então. Venerem quem mata dois dos seus filhos todo ano. Quem rouba sua riqueza. Quem em questão de minutos vai matar você. Não sou eu quem vou ver meu filho morto. –eu olho para a mulher com duas crianças agarradas na roupa. –Aliás, não sou eu quem vou morrer.

 Existem mais ou menos duas mil pessoas ainda paradas na praça. Elas não vão me ouvir. E não há nada que eu possa fazer. Lentamente desço do palco e me pergunto onde estão os Pacificadores. Talvez contidos pelos homens do 13. Começo a fazer o que tenho que fazer: Verificar se grande parte das pessoas conseguiram adentrar no aerodeslizador.

 E o Distrito está um caos. O que eu fiz, meu Deus? Temos crianças chorando, animas gemendo, pessoas correndo, mães chamando seus filhos. Só porque eu pronunciei algumas palavras.

 O primeiro lugar para que corro é para casa. Da janela eu vejo a correria e o movimento. Harry aparece na janela do corredor, me vê e sai correndo de volta. Em minutos ele aparece na porta, pulando em mim.

 -Clove! Cadê o Cato?! Ele saiu dos Jogos?

 -Estão indo buscar ele. –eu o abraço. –Já já. Hum, cadê o seu avô ?

 -Ele estava em casa, eu não sei, Clove.

 Engulo em seco e passo as mãos pelo rosto. Sorrio forçadamente depois de olhar para os lados em total confusão. Isso porque eu apenas mencionei destruição. Nem gosto de imaginar a destruição em si.

 -Ok então. Harry, me prometa que se eu não aparecer, você vai levar todo mundo para dentro do aerodeslizador.  Eu vou atrás do seu avô. Promete.

 Porque estou fazendo isso? As ruas começaram a esvaziar. O pessoal já deve ter entrado. O que significa que talvez eles tenham que evacuar logo. E eu não posso seguir sem o avô deles.

 -Mas, Clove...

 -Você vai subir e vai apressar eles. Promete?

 -Eu... Prometo. Mas se você não chegar, o Cato...

 Vai ficar pior sem o avô. Ele pode se virar, sempre pôde.

 -O Cato vai ficar bem, agora sobe logo! E não desça sem estar segurando a mão de alguém! Não aparece aqui em baixo!

 Olho de canto de olho ele fazer o que eu mando enquanto corro para a casa deles. Abro a porta e saio vasculhando a casa, o revólver em punho para alguma emergência.

 -Ei! Avô do Cato!

 É, soa ridículo, mas eu não sei o nome dele.

 -Senhor Collins! É a Clove! O Cato... Está te chamando, anda!

 Corro pela escada e hesito na hora de abrir o quarto que sei que pertence a ele. Arfo e tomo coragem, forçando a trinca.

 O velho está dormindo. Suspiro aliviada e caminho hesitante até a cama. Olho para os lados antes de o sacudir levemente. Ele abre os olhos assustado.

 -O que? O que faz aqui, menina?!

 -Snow vai destruir aqui. Nós temos que sair, anda, levanta!

 Eu agarro um braço dele e saio o puxando.

 -Me solta!

 Eu paro no meio do corredor, faltando pouco para a escada.

 -Você quer ficar aqui e morrer incinerado? –eu falo arregalando os olhos, suada. Antes que ele possa responder, interfiro –Sinto muito, não posso deixar isso acontecer, anda logo!

 Com uma luta fora de controle, consigo descê-lo, de forma que faço o caminho da escada até a porta rapidamente.

O velho finalmente se deu conta de que tem que correr, e o faz, eu estou suada e minha cabeça lateja, quando eu a vejo.

 Uma menininha ruiva, 7 anos no máximo, está levando uma gravata de um... Pacificador. Com uma arma na sua cabeça, parado como se me esperasse.

 Puxo o gatilho da arma e ele se pronuncia.

 -Se você apertar, chega primeiro nela.

 -Vai. –eu sussurro, para o velho. –Você pode ir, vai logo. O Cato e o Harry precisam de você, vai logo! –tiro uma mão do gatilho e empurro ele. Ele sai correndo, olhando para trás uma única vez.

 A sorte não está a meu favor. De novo. Esse homem é treinado e eu também, mas com revólveres a prática dele é maior, enquanto eu mal sei mexer nisso direito. Com as ruas vazias ninguém viu isso. Pelo menos grande parte do povo está lá dentro, o que, admito, achei improvável de acontecer.

 -Clove. Por favor! –a menininha sussurra, chorando.

 Minha vida é cheia de garotinhas. Garotinhas cuja sorte é uma droga. Nem querendo eu poderia deixar mais essa morrer, eu... Eu tenho que salvar ela.

 O mais repugnante é vem essa merda de Pacificador tentando matar uma menina que mora aqui com ele. Um cara cujo dever era nos proteger. E não enfiar armas na nossa cabeça. E ficamos nesse impasse: Não largo a minha arma, senão ele atira em mim e se eu atirar, ele atira nela.

 -Solta ela. Podemos resolver isso sem colocar alguém que não tem nada a ver com isso. Ou você é covarde demais para pegar alguém com a sua valia? Ah, espera, ela vale mais do que você não é? Você serve Snow, qualquer um vale mais do que você. Então está certo, me desculpe.

 -Eu não vou soltar ela. Vamos resolver isso agora, garota, você só trás problemas.

 -É claro que você não vai soltar. É um covarde. Não tem capacidade de pegar alguém do seu tamanho, que você possa lutar.

  Eu gosto de provocar pessoas. Talvez nessa situação eu não deveria, mas...

 Com um último olhar, a arma do Pacificador dispara. Mas não é na ruiva. E em mim.

 A bala atinge a minha perna e eu tombo, mas não sem antes acertar o braço, acho, dele, enquanto corre, soltando a garota, que corre em minha direção. A parte sem proteção do uniforme. Ele cai a, ao menos, quatro metros de mim. Quer dizer, ele me acertou, eu não o deixaria ir. Ele mereceu não é?, atirou em mim!

 -Clove! Ah meu Deus, o que eu faço? –ela suja suas mão com meu sangue, desesperada, ajoelhada do meu lado.

 -Ok. Tudo ok, querida. Erh... Você tem que ir, corre. –começo a chorar de dor e a morder meus lábios.

 -Não vamos deixar você morrer, eu não posso.

 -Corre pra lá e fala que eu estou aqui, que o Pacificador me atingiu na perna e que ele está caído no chão. Vai rápido, e não volta mais pra cá, deixa que outros voltam. –ou não.

 Ela acena com a cabeça, nervosa e sai correndo. Esse é o tipo de dor que eu não suporto. Meus ossos... Vão se desfazer? É uma dor infernal. Mas é como ele disse, eu só trago problemas. Talvez eles tenham mais chance de vencer sem mim. Mas ainda assim eu não quero morrer. Não desse jeito, impotente, presa no chão.

 Atingiu alguma coisa importante, senão eu conseguiria ao menos me levantar. Mas só que consigo é ficar sentada na mesma posição e... Desmaiar. Ou seria morrer?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hum... Ai meu Deus, eu vou chorar... Eu não acredito que já acabou! Ok, eu queria agradecer, a minha mãe, por pagar a conta da best wi-fi, agradecer ao meu pai, por várias vezes não me mandar lavar a louça quando eu estava escrevendo, a tia Su, por nos dar essas personagens tão fodas, a diversos autores, por me darem inspirações, a vocês, por me apoiarem tanto e por serem tão fofos, eu amo vocês, e vocês sabem disso né? Prometo que nessas férias vou atualizar a leitura de tudo que não consegui, inclusive as fics de vocês, ok? Não abandonei vocês não, never. Hum... AI BRIGADA, GENTE! Mais Reviews do que o normal, favoritação e recomendação iam ser divônicos agora. Ah, vá... Eu sei que você quer... O Cato tá te pedindo, vai, gentee... O Peeta também, everybody pedindo, hã? Eu não sei quando começo a outra, mas não vai ser depois do prazo normal do capítulo, tá?, uma semana no máximo. Tudo vai depender da capa e talz. E agora vocês devem tá mandando eu ir me fufu por que eu falo demais, mas é assim mesmo, também amo vocês. Eu vou sentir muita falta de vocês, muita mesmo. Ah, não faça que nem tantos, que começaram a ler uma e na hora da continuação largaram, please. Quando fui mudar a fic, perdi muitos leitores :( façam isso comigo não, sôr... Então é só isso, lembrem-se essa á a última nota final da "Tendo um Fim Doce.... um Amargo Não Conta!" entonces... Vou chorar ali, pera, beijos sabor vitória, porque finalizamos! lol, tchau.