Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey chuchus! Acredito que esse tenha saído um pouco menor que os outros e um pouco mais ridículo, mas pelo menos consegui postar. Sai de novo esse final de semana e na volta ia escrever, mas aí esqueci de carregar e deu B.O... Gente, tenho que pedir megas desculpas ás pessoas que eu acompanho a fic já que não deixei Review. Li, li e amei (posso dizer já que todo mundo que lê aqui só tem fic divônica, tá? Com licença u.u) só que to muito sem tempo, provas, sabe? Semana que vem... Segundo minha tia to passada, mas não confio muito nessas coisas que dão certo demais pra mim e minha mãe disse que eu tenho e vou me esforçar mais... E a palavra dela é lei, então...



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  Do lado esquerdo de Cato, água e terra, e do outro, um tributo. Seeder. Katniss está no campo de visão dele. Vejo ela acenando positivamente com a cabeça, como se confirmasse a aliança. Ele acena de volta e sacode a cabeça, olhando para baixo. Vejo Cato formar silenciosamente a palavra “mar”. Enquanto isso, Katniss se abaixa e põe um pouco de água na boca.

 A câmera passa para Layran. Vejo ela batendo nervosamente em seu cinto. Esse cinto faz alguma coisa... Os outros tributos mordem os lábios, coçam a barba, olham para baixo e até sorriem.

 Quando o gongo soa, relativamente poucos mergulham, apesar de não existir outra forma de alcançar a Cornucópia. Eles não podem começar a jogar sem saberem nadar, ao que me parece. E a  primeira a conseguir é Katniss, chegando na Cornucópia primeiro.

 As coisas estão empilhadas na boca. Ela cerra os olhos e vê o arco dourado perto de si, o pegando com força. Cato chega praticamente junto com Finnick. Agora percebo o quão bom foi ignorar Haymitch e ir ao vagão de Finnick. Caso contrário Cato estaria com um tridente cravado. Ele pega uma rede e coloca o tridente em posição de ataque. Cato pega uma espada e uma lança. Que idiota, porque não pega as facas? Não, porque facas não são úteis. Ele franze as sobrancelhas pensando e por fim acaba pegando duas.

 -O que está fazendo? –ele pergunta, quando vê a garota do fogo com a flecha posicionada no arco na direção de Finnick. –ele é nosso aliado.

 Ela parece desconfiada e não abaixa o arco. Finnick revira os olhos e ergue o braço, mostrando uma pulseira. Uma pulseira de ouro com enfeites como chamas. Porque não falaram para ela do aliado? E ela não é sequer capaz de achar os próprios?

 -Tudo bem! –ela grita, com raiva e abaixando o arco. Oh claro, ela está com raiva porque Haymitch abriu mão de ao menos duas garrafas de conhaque para tentar salvar a vida dela. E como ainda me chamam de ingrata? –Cada um pega de um lado?

 Ele aceita e começam a vasculhar os dois lados da Cornucópia. Gloss a alcança e escolhe algumas armas, ignorando os outros. O que ele pensa, que não existe nenhuma chance deles matarem ele? Cato sacode a cabeça provavelmente pensando nisso e puxa a espada da bainha, indo por trás. Bom, adeus Gloss.

 -Gloss! –ele se vira rapidamente vendo Cato e Cashmere, que berrou, chegando na areia, tropeçando e correndo em sua direção.

 Cato parece pensar se ataca os dois, mas logo perde as chances quando ela consegue uma arma e passa outra para o irmão. Espera aí, dois Carreiristas contra um?

-Anda! –Katniss berra e sai correndo Finnick atrás. –Anda, Cato, vamos embora!

 Talvez não tenha sido tão boa ideia juntar ele com Katniss. Ele ataca, ela corre. Eles não dão certo. Tenho certeza que se coubesse a ele decidir, eles iriam abater o máximo de tributos ali na Cornucópia mesmo. E com certeza eles estariam mortos. Eu também prefiro abater o máximo ali mesmo. Quanto menos, melhor.

 Ele passa um tempo encarando Gloss e Cashmere. Quando eu acho que ele vai desistir e ir embora com os outros, ele enfia a espada na perna do garoto. Também, porque ficaram se encarando em vez de atacar?

 Cato sai correndo com Katniss e Finnick. Meu Deus, o que ele está fazendo? Porque não ficou e acabou logo com os dois? De  que vai adiantar isso agora? Só irá render um ódio mortal por parte deles. E Johanna? Porque ele não perguntou por Johanna? Ele sabe que são aliados e eu não aturei aquela menina por nada.

 Nesse instante Layran se joga na água. Eu não sei se ela sabia nadar, mas ela parece estar flutuando... Tem alguma coisa na roupa deles que os impede de afogar. O cinto. Mags também percebe e se joga, se assegurando pelo cinto. Alguns tributos começam a fazer isso, ainda que inseguros. O que será feito dos que não saírem das placas? Seriam explodidos como quem sai antes da hora?

 Nenhum deles parece querer permanecer lá de uma forma ou de outra. Quando a câmera volta para a aliança de Cato, Finnick está trazendo Peeta. Espera, porque o Conquistador não usou o cinto como todo mundo para vir? Porque alguém teve que ir buscar ele? Porque esse pessoal do 12 é todo cheio de coisinhas?

 -Chegamos, senhorita.

 Me viro e vejo os dois Pacificadores me esperando. Nem percebi que estávamos aterrissando. Um deles abre a porta e sou praticamente obrigada a seguir o outro. Na rampa estão do meu lado do mesmo jeito, como se eu fosse fugir. Para onde aqui na Capital, eu não sei.

 Eles tem que apressar o passo para me seguir. Ele pode precisar de algum patrocínio ou coisa assim. Selvas são mais perigosas, é mais difícil localizar alguém ou algum animal.

 Quando eu alcanço a porta, eles dão meia volta e eu posso entrar sem ter medo de enfiarem uma faca na minha cintura pela proximidade que tomaram.

 -Ah, chegou! –Alexander diz, se levantando rapidamente do sofá. –Clove, querida... Seus olhos estão vermelhos... –ele vem em minha direção e me abraça.

 Estou em choque demais para tentar pensar em qualquer coisa ou sequer retribuir. Só preciso ver os Jogos.

-Eu tenho que ver os Jogos. –digo.

 -Eu sei, eu sei. Os mentores recebe alguma coisa que serve para verem seus tributos 24 horas. Quando descer receberá.

 Aceno com a cabeça e seguimos para o meu quarto, onde minha equipe me espera. Eles param imediatamente a conversa e se levantam da minha cama.

 -Oh, Clove... –Flerwy me abraça- Nossos pêsames. Você vai ser uma mentora incrível, não chore mais querida.

 -Obrigada. –digo sem olhar, me estendendo para ligar a televisão. Eu só não quero ter que olhar para essas pessoas e ver pena nos olhos delas. Porque deveria ser o contrário. Eles são pessoas que imitam palhaços e eu sou uma carreirista! Não faz sentido essa pena deles.

 Os Jogos voltam com Gloss e Cashmere. Ele está ferido e Cashmere está desesperada, ajoelhada do seu lado enquanto Layran luta com uma espada com outro tributo que não identifico. Ele parece ter um sangramento no olho, empapando sua face. Eu pediria para morrer de uma vez, isso deve ser insuportável.

 Minhas mãos chegam a coçar quando penso em mandar um patrocínio para eles. Eu me imagino no lugar de Cashmere, com um dos meus irmãos sangrando, sem recursos. E sozinha.

 De repente o homem do 10 aparece. A vegetação, meio tropical, não proporciona muito barulho, de forma que ela se assusta quando o vê chegar. E até Gloss, jogado no chão e gemendo ergue a cabeça para vê-lo, andando ao mesmo tempo tímido e autoritário.

 -Enrola a perna dele com esses musgos aí. –ele aponta com a cabeça para os musgos na frente de Cashmere.

 Ela se levanta, puxa alguns musgos, ainda olhando para o cara do 10, e avança até ele com os musgos na mão.

 -Aliados? –ela diz, estendendo a mão. Como ela pode se aliar com alguém sem sequer hesitar?

Ele acena com a cabeça e aperta mão dela.

-Às vezes usamos isso no nosso distrito, quando não nos mandam coisas para fazer o gado parar de sangrar. –ele diz, se ajoelhando e enrolando a perna de Gloss com mais eficiência do que ela apresentaria.

 -O que isso vai fazer? –Cashmere pergunta, de pé, com os braços cruzados, praticamente em cima deles.

 O homem do 10 ergue a cabeça.

 -Ora, vai absorver. Eu não disse que estanca o sangue do gado?

 -Então ainda precisamos de dádivas. Ele precisa de um remédio! –ela berra, olhando para cima, para as câmeras.

 Cortam para Chaff. Ele aparece simplesmente andando. Pára um pouco às vezes, olha para trás, e depois continua andando. continua andando. E uma coisa me incomoda muito. Quando mostraram as partes da Arena, não vi outra fonte de água sem ser o mar.

 Finalmente vemos Cato. Ele vai na frente, seguido de Peeta, que porta um facão comprido. Finnick está atrás, com Mags no colo enquanto Katniss aponta seu arco para todos os lados.

 A garota do fogo resolve subir em uma árvore e vê a Cornucópia. E nesse exato momento passa por minha cabeça a possibilidade dela estar realmente grávida. A expressão de nojo que ela faz ao ver o chão coberto de sangue chega a ser cômico. É claro, a expressão. Eu não pude ver o banho de sangue uma vez que estava sendo transferida, mas imagino que tenha sido bem eficaz. Ainda temos alguns lutando.

 Realmente me surpreendeu não acabarem logo com os irmãos do 1. Alguém poderia tropeçar neles na fuga de lá.

 Mags está sentada no chão, arfando, mesmo tendo sido carregada por Finnick, que conversa um pouco com o Conquistador, enquanto Katniss desce com uma expressão de nojo. Só falta estar grávida mesmo. E Cato está encostado em uma árvore, sem olhar para os outros. Gostaria de saber porque não estão com a Mason.

  Qualquer Cato que existisse fora da Arena morreu, pelo visto. Ele permanece de costas para os outros e de braços cruzados, os ignorando. Bom, pelo menos até a noite chegar. Espera, eu disse para ele que eles deveriam parecer amigos.

 Vai ver ele só está esperando Johanna para começar com isso. Mas acho melhor esperar sentado, já que nesse instante a câmera corta para a dita. Aliada com Blight, do seu distrito e... e Wiress e Beetee. Jamais imaginei que uma pessoa bruta como aquela conseguisse pensar que dois inteligentes do 3 seriam úteis para algo.

 Admito, em um jogo mortal é meio difícil pensar que alguém fraco e franzino, e agora velho, é útil para algo. Tanto que o cara do 3 ano passado nos trouxe problemas.

 -Está pronta, querida. É só colocar o vestido e calçar o sapato!

 Tudo aquilo de tomar cuidado ao colocar o vestido para não borrar a maquiagem me parece mais insuportável hoje. Só preciso descer e pegar o tal relógio. Ficar vendo esses outros tributos insignificantes é ainda pior quando se tem alguém importante lá em vez de algum preferido.

 -Clove! Borrou o seu olho! Vou refazer.

 -Não! Eu tenho que descer. Sou mentora, tenho hora contada. –E já estou atrasada. Não achei que levar Cato até lá fosse me dar tanto prejuízo. Aposto que os outros mentores já estão trabalhando e pegando os meus patrocinadores.

 É bom que eu esteja bem bonita, vou precisar disso para convencer de que ainda sou uma pessoa boa.

 -Vou ter que arrumar, não vai ter jeito.

Eles conseguem concertar até bem rápido, porém eu peço para um deles ir calçando meu sapato, de forma que eu só precise me levantar e ir correndo para baixo.

  E é isso que faço. Aperto o botão do elevador repetidamente e desço. Ignorando eles que me pedem para verificar se Justin realmente já desceu. Oh claro, porque nós iríamos juntos.

 Apesar de todo meu alvoroço para descer, me vejo encolhida no canto do elevador quando as portas se abrem. Eu realmente não sei o que fazer, muito menos o que falar. Talvez eu devesse ter chegado chorando ou coisa assim. Eu não deveria ter deixado ninguém limpar meu rosto.

 -Clove, queridinha, estávamos falando de você! –Haymitch berra, do outro lado, sentado em um sofá com algumas pessoas da Capital.

 Sorrio e ando até lá, olhando de canto de olho para detectar possíveis mudanças no cenário.

 -Olá. –eu digo, de forma propositalmente triste, me sentando entre eles.

 A sala é branca, com  pufes e sofás em cada metro quadrado e televisões a perder de vista. Todas pegam um tributo ou uma aliança. No teto, em mesas... A que mostra Cato está em cima da mesa de bebidas.

 -Então, o que falavam de mim? –continuo, me sentando. É, eu não confio em Haymitch. Mas os tributos dele estão aliados com o meu e bem... Ele é quem sabe dessa coisa toda do 13. Me falaram o que eu deveria saber, então acredito que cooperando com ele as coisas fiquem um pouco melhor.

 -Do seu tributo, querida. –uma mulher da Capital fala, sorrindo e bebendo dois goles da sua taça. –O quanto nós sentimos por você, isso é terrível. Vocês eram muito lindos juntos.

 Aceno com a cabeça, sentindo minha garganta apertar de ódio e tristeza ao mesmo tempo. Como ela pode falar disso como se falasse de uma roupa, de pernas cruzadas e bebericando conhaque?

 -Ele está bem. Mas não sei o que fazer se algo acontecer com ele. Ele tinha dito que não ia me deixar sozinha e...

 Então eu pareço com a pessoa mais idiota do mundo inteiro, chorando aqui. Eu não chorava. Nunca. E até isso eles me tiraram. Ainda dizem que temos que respeitá-los e amá-los.

 -Não, nós vamos ajudar vocês, amorzinho. Vai dar tudo certo. –outra mulher diz, me abraçando com suas unhas de garra.

 -Obrigada.  –seco as lágrimas. Pelo menos patrocínio elas me renderam. Eles todos sorriem para mim. –Haymitch, onde pego essa coisa no seu braço?

 Aponto para o aparelho que se parece com o relógio no braço dele, que mostra Peeta e Katniss. Do qual Alexander me falou.

 -Ah como não percebi que você estava sem! –ele fala, a taça bambeando um pouco. Tenho vontade de arrancá-la das mãos dele, não posso trabalhar com um bêbado. –Naquela bancada ali, vão te reconhecer.

 -Obrigada. Eu já volto.

 Eu não consigo ficar aqui em baixo. É patético demais para mim, é loucura. Eu não vou ficar chorando o tempo inteiro com esse pessoal daqui. Só queria ir para cima. Mas de lá não posso arranjar patrocínio. Afinal, seu eu tiver que correr até aqui e pedir alguma coisa não dará tempo de descer.

 Vou até a tal bancada e me entregam o aparelho. O cara acaba me falando que cada ano é de uma forma, enquanto me ajuda a prender. Teve anos com mini televisões, com tablets... E esse ano é um relógio. Ele diz que o novo Idealizador exigiu que fosse assim. E como se eu quisesse saber.

 Mas tento parecer interessada e parar de olhar para trás e verificar se tem algum Pacificador além do da porta, porque depois daquele episódio, além de nojo, apareceu uma confusão enorme. Não compreendo o interesse deles em mim. Ou o de Snow, no caso, uma vez que ele me gritou abertamente.

 Nesse exato instante, começam a gritar e a se levantar. Porque o Conquistador está morto.


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Notas finais do capítulo

To atrasadona, façam oferendas aos deuses pelas minha notas, senão a fic derrota, porque minha mãe dá tique nervoso e me tira computador e aí né... zero fic. É, sério gente, o negócio aqui é uma situação. E outra coisa: Amei, Amei, AMEI que mais pessoas abençoadas por Afrodite me deixaram Review! OH God! Quinze dessa vez... Eu sei que tenho mais de 50 leitores, mas vocês são tão malvados e não deixam Review... Não façam bullying pela minha felicidade, sou assim mesmo. Sabem a conversa fiada né?, favoritem, recomendem e talz... Enfim, beijos sabor pirulito de caramelo (WHAT? ¬¬ ~todos falam~ Mas existe tá, padaria da rua de baixo vendia, com licença u.u)