Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gente eu voltei! Rápido não? Nem deu pra sentir saudade... Mandem sugestões e eu quero Reviews de boas vindas pra fingir que eu não conheço vocês...O nome da fic, quem deu foi a minha leitora linda Piper... (Não coube a frase inteira tive que adaptar)



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A última faca deixa minhas mãos. Eu sinto os olhos dele em mim e me viro para sair. A relação entre Cato e eu está cada vez mais complicada. Ouço os sons estridentes de armas se chocando contra alvos e berros de pessoas animadas com o seu destino. Todos eles, em treinamento, desejam ser Carreiristas nos Jogos. Mas ninguém aqui, além de eu e ele sabemos o que guarda a arena.

Mas eu não posso forçá-los a desistir, eu só posso treiná-los. Como meu pai, agora eu o compreendo. Por isso ele está sempre de mau humor, como hoje. Apesar de agora de manhã eu estar no meu novo trabalho de treinadora na Estação de Treinamento do 2, ao meio- dia, toda a minha escolta estará na minha casa na Vila do Vitoriosos. Incluindo, Katniss e Peeta do 12. Eles ganharam 74º edição dos Jogos Vorazes junto com Cato e eu. E agora, basicamente, Snow está com uma arma na cabeça das nossas famílias, porque acha que nós o fizemos de idiota. Isso nas palavras de Haymitch, o inicial mentor bêbado de Katniss, e depois da nossa vitória, o meu também.

Então ele estará aqui, junto com Katiss, Peeta, Effie, Cinna, Alexander, as quatro equipes de preparação individual e Enobaria, Justin e Layran que já moram aqui no 2. Apesar de tudo eu não me sinto preparada para a Turnê. Eu não posso apenas mandar beijinhos para os pais cujos filhos eu matei.

–Já vai Clove?

Eu paro e me viro, tentando ver se a voz era realmente de quem eu pensava. Cato. Eu me surpreendo ao constatar isso já que depois que vencemos os Jogos, as coisas andam meio estranhas entre a gente. No dia em que chegamos, nós encaramos todos aqueles repórteres e curiosos que alegaram que choraram toda vez que nós nos separávamos. Mas eu apostei com Cato depois que eles riram.

Depois disso, eu fui para a minha casa na aldeia, apesar de ter sido me oferecido uma nova, eu escolhi ficar na mesma com minha família. Como a aldeia do 2 já é muito cheia, Cato e seu irmãozinho teriam que esperar uma casa nova ser construída para eles e eu não queria isso. O garotinho, Harry, tem oito anos é um amor e é um ótimo espadachim. Eu já passei muito tempo treinando ele nesses dias. Cato foi para sua antiga casa. Mais tarde nesse mesmo dia, ele passou na minha casa porque disse que seu irmão queria me ver.

Então nós ficamos um tempo na casa dele, mais precisamente no seu quarto já que seu avô é uma pessoa cuja presença é extremamente incomoda. Ele só fica te encarando sem falar nada. Ficamos eu, Cato e Harry. Nós comentamos alguns fatos dos Jogos e comemos uns doces que eu tinha levado. Depois Cato e eu fomos para o telhado da antiga casa dele e fizemos a aposta. Eu não sei se teremos um resultado. Cato ainda não tinha se mudado para a Aldeia quando nós nos falamos direito pela última vez. E isso já faz muito tempo.

–Ah... –eu vacilo. Apesar da nossa confusão, eu ainda fico mexida quando ele me encara com aqueles olhos azuis. –É já vou. Eu tenho que ficar esperando o pessoal.

–Eu vou com você então. Já terminei hoje.

Eu não acredito. Não sei por que ele escolheu logo esse dia para tentar se reaproximar. Eu espero ele dar tchau para as pessoas que estão treinando com ele e guardar a sua espada no armário.

–Ansiosa para a Turnê? –ele pergunta enquanto andamos rumo às nossas casas.

–Não ansiosa do modo Effie. Eu estou mais com medo.

–Acha que Snow...- ele começa.

–Também. Mas eu não sei se quero mesmo aparecer na frente daquele monte de pessoas que me odeiam.

–Eles te adoram.

–Dizem que me adoram. É diferente. Eles não podem me adorar, eu matei os tributos deles.

–Não foi só você. Clove, ou você matava ou você morria.

Ainda assim não me convence. Ao chegar na Aldeia, eu espero o irmão de Cato correr para me abraçar.

–Oi Clove !

Ele deve me adorar. Não sei o que Cato pensa sobre isso, mas eu não gostaria disso se eu fosse ele. Quer dizer, o que eu faria se meu irmãozinho de oito anos que nem sabe contar direito admirasse uma assassina torturadora? Porque é o que eu sou agora.

–Oi Harry. –eu digo o abraçando de volta. Ele é uma cópia em miniatura do seu irmão. Poucos traços mudam. –Foi treinar hoje?

Eu me sinto muito preocupada com o treinamento dos meus conhecidos. Snow pode querer mandá-los para a arena então eu estou sempre insistindo que treinem.

–Só um pouco. –diz ele enquanto abraça Cato. –Hoje mais cedo nevou um pouco.

Nevou pouco mesmo. Tão pouco que a neve já derreteu. Eu tento ser compreensiva. Não gostava de treinar quando era menor também. Só acho que agora é ainda mais necessário.

–Então eu já vou indo pra casa. –eu digo pra eles. Me abaixo e dou um beijo no rosto de Harry. Não sei o que fazer com Cato. –Eu acho que seria legal nós já ficarmos prontos, Cato, pra dar menos trabalho às equipes.

–É. Não vai me dar um beijo também?

Eu sinto que corei. Me aproximo dele e o beijo. No rosto, claro. Dou um sorrisinho e vou até a minha casa, que na verdade é do lado da deles. Provavelmente, o avô dos dois deve estar lá mirando o vazio ou assistindo reprises dos Jogos anteriores.

Quando a abro a porta de casa, sinto um cheiro de biscoito sendo assado. Minha mãe sabe que Peeta é padeiro, e ao contrário de mim, ama ele e a Katniss.

–Mãe? –eu chamo.

–E aí, Clove? –pergunta meu irmão Bryan me dando uma gravata. Num impulso, eu o jogo no chão.

–Meninos!-berra minha mãe da cozinha. –Não sujem a casa!

–Idiota. –eu digo ajudando ele a levantar do chão. –Machucou muito?

–Você quase fez minha cabeça bater na mesa de mogno... E eu bati no chão, lesada, é claro que machucou.

–Você pediu, Bryan. Cadê as meninas?

–Catherine deve estar dormindo. Lily está treinando com a Enobaria.

Eu vou até a cozinha e encontro minha mãe fazendo chá enquanto espera os biscoitos assarem.

–Pra quem você está fazendo isso?

–Para todos nós e sua equipe, Clove. Eles vieram da Capital, vão passar no 12 e depois vim pra cá para o inicio da Turnê. Vão cansar muito.

–Pelo menos não mataram ninguém. Não têm que ter medo de nada – eu digo enquanto me sento na mesa –Não vão ter que encarar pessoas que ao vêem a hora de te ver morto.

–Ei. –minha mãe vêm até minha cadeira e me abraça por trás. –Eles não te odeiam. Vai dar tudo certo. Era uma questão de sobrevivência, Clove.

–Ele diz a mesma coisa. Só eu que não acredito nisso?

–Cato? Ele que diz? Ele está certo.

–É vai ver está mesmo – eu digo só para não a contrariar. - Vou tomar um banho.

–Tudo bem. –ela sorri, acreditando que eu aceitei.

Subo as escadas e entro no meu quarto. Seleciono um vestido qualquer no armário e tomo um demorado banho.

Coloco o vestido e hidrato minha pele à pedido de Alexander que me liga dia sim, dia também para me perguntar se eu tenho feito isso. Meus cabelos estavam grudentos por causa do suor do treinamento.

Quando eu saio do quarto, percebo que já são onze e meia, em breve eles vão chegar. Catherine deve querer parecer bem para Peeta. Toda vez que Cato vem aqui ela toma banho de perfume e passa duas horas no banho.

Abro a porta de seu quarto azul marinho vagarosamente e a encontro dormindo. Seus cabelos negros estão sobre seus olhos. Eu os ponho para trás da orelha e contemplo sua imagem. Cato diz que ela é minha cópia, mas eu não acredito nisso. Ela tem sua beleza própria, e ela, em minha opinião, é muito maior que a minha. Quando ela fala, ela me lembra muito Rue. Usa muito as mãos. Rue, que eu humilhei, mesmo depois de morta. A mesma garota cujo seu assassino era meu aliado.

–Catherine... Caty...Acorda.

–Hum? ...Clove? O que foi?

–Daqui a pouco o Peeta chega.

Essa palavra tem um efeito animador nela. O nome dele. Ela pulou da cama e foi direto para seu banheiro. Eu acho que vou descer e avisar para Lily que eles estão chegando, porque ela também vai querer parecer legal. Bryan e mamãe já estão prontos. Meu pai estava na Estação.

As escadas não rangem mais, porque quando eu anunciei que iria ficar por aqui mesmo, vieram e consertaram qualquer falha que houvesse na casa. Minha mãe deve ter ido para a sala com Bryan, a cozinha está vazia. Abro a porta e encaro os fundos de nossa casa. Como Bryan disse, Lily e Enobaria estão treinando todo tipo de coisa. Eu não quero passar nem perto para levar uma facada ou uma flecha. Prefiro gritar elas daqui.

–Lily! Enobaria! Eles estão chegando!

Lily imediatamente joga a última faca no alvo e fala algumas palavras que não escuto com Enobaria antes de sair correndo, quase me levando junto, pra dentro de casa. Enobaria anda lentamente até mim.

–Trate de grudar no Cato de novo. A Capital em que ver que o amor de vocês não acabou.

–Não acabou mesmo.

–Esse vestido é muito pouco decotado, Clove. Escolha outro.

–Eles vão me arrumar direito. A equipe.

–Mas as câmeras podem acabar te fotografando sem querer antes da equipe te concertar.

Eu não sei quem ela pensa que é. Na verdade, ela tinha ser uma dama de companhia igual à Effie. Que só sabe falar de moda e blá- blá- blas que ninguém nunca quer ouvir, Na verdade, ela se parece mais com uma mentora.

–Tudo bem.

Enobaria dá a volta para guardar alguns dos seus equipamentos e eu subo novamente para o quarto trocar de roupa. Daqui eu consigo escutar barulhos de buzinas nos carros. Eles chegaram.



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Notas finais do capítulo

E aí? Não vou nem perguntar por Reviews... Vão mandar não vão? *.*. O dois já está pronto... Se todo mundo deixar Review eu coloco ele...



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