Percy

No dia seguinte, eu, Annabeth e Grover estávamos no topo da colina ao meio dia, enquanto Quíron nos observava de perto.

Os campistas estavam lá embaixo treinando duramente para a batalha que todos sabiam que viria, afinal Tifão não seria o único monstro.

– Será que nunca teremos paz? – Reclamou Grover.

– Bom, é assim que todas as histórias acontecem, não é mesmo? Quando todos acham que já enfrentaram o pior monstro de todos os tempos, chega um mais forte para a brincadeira. – Eu disse isso brincando, mais se pensarmos bem, foi assim que a nossa história aconteceu até agora.

– Olhem! – Annabeth apontou para um lugar mais à frente onde um fraca luz dourada apareceu. A luz foi ficando mais forte e tomando forma, até que apareceu uma imagem holográfica de Ártemis.

– Percy, Annabeth, rápido, entrem no portal! Ele irá levá-los até o topo do monte Óros Ólimbos! Grover, por favor, poderia ir chamar Thalia? O senhor Zeus designou que ela deveria ir junto na missão. – Pediu Ártemis

– Claro senhora! – Disse Grover, e saiu correndo para procurar Thalia.

– Vamos? – Perguntei à Annabeth. Ela apenas assentiu com a cabeça e segurou minha mão.

Entramos na luz, mais não aconteceu nada. A deusa provavelmente estava esperando Grover e Thalia.

Cinco minutos depois, quando eles chegaram, Ártemis disse para eles entrarem na luz também. Eles fizeram isso, e a luz começou a ficar ainda mais forte.

Acenamos para Quíron,fechamos os olhos, e, um segundo depois estávamos voando, mais rápido do que qualquer outra coisa, a carne quase se desprendendo dos ossos, e então...

–Chegamos – disse Annabeth, completando o meu pensamento.

–UAU! – Exclamamos Grover, eu e Thalia.

– Isso foi fascinante! – Disse eu.

– Que bom que gostaram da viagem, mais não temos tempo à perder. Eu preciso voltar à luta, e vocês precisam resolver o primeiro enigma: Como abrir o túnel. – Ártemis disse, apontando para os tronos quase totalmente destruídos. – Posso lhes dar a primeira dica: olhem embaixo do braço direito do trono que outrora foi de Atena. Adeus, meus heróis. – Ela se transformou em luz e desapareceu.

Grover foi tentar o óbvio.

– Não... Consigo... Arrancar...Muito... Pesado. Uh! – Exclamou ele.

– Acho que eu poderia tirar com uma flecha de prata. – Disse Thalia.

– Tente, então – Respondi.

– Não! Pode ser uma armadilha! Primeiro vamos analisar o trono, pode ser que tenha uma alavanca, ou alguma coisa parecida. – Annabeth disse.

De fato, havia um pequeno botão embaixo do braço, e quando Annabeth apertou-o, o braço abriu-se.

– Vejam! – Disse ela, apontando para um pequeno pergaminho envelhecido que estava enrolado ali.

Ela pegou o pergaminho hesitantemente, enquanto todos nós ficávamos na expectativa de o monte inteiro desabar.

Assim que ela retirou-o, eu disse:

– Bom, não aconteceu nada. Desenrole-o.

Ela fez isso, e pude ver por cima do ombro dela que estava escrito alguma coisa em grego antigo. Annabeth leu:

– Para a passagem abrir, o quebra cabeça devem montar.

A partir dos tronos dos deuses, as peças irão se formar.

Mas a peça central, a criança de Atena deverá procurar.