Caroline’s POV

Putinha? Putinha? Ah, eu não ouvi isso. Não ouvi mesmo.Quem ela pensa que é? Irmã de um famoso? Eu também sou e nem por isso fico chamando as ficantes de Niall de putinhas.

- Ta louca, Gemma? Cadê a educação que eu te dei? – a mãe de Harry, eu acho, a olhou com repreensão. – Mil desculpas pelo mau comportamento dela. Você deve ser a irmã do Niall, não é mesmo? Eu sou a Anne, muito prazer. – ela disse me dando um abraço.

- Sou a irmã dele mesmo. – disse sorrindo.

- Seu nome é Caroline, certo? – ela disse e eu assenti. – Muito prazer. Meu filho deve estar dormindo, acertei? – ela disse e eu ri, afirmando. – Vou tentar acordá-lo.

Anne disse e subiu as escadas. Gemma ficou me encarando por um tempinho. Ela parecia envergonhada. Não sei se rio ou se dou uns tapas nela. Fico com a opção de convidá-la para entrar.

- Vai entrar? – consegui não soar fria. Ponto pra Caroline.

- Er... anh, me desculpe... é que meu irmão, hããã, você sabe... – ela gesticulava desesperada. Deu até dó. Mentira, não deu.

- Tudo bem, não se preocupe com isso. – disse dando um sorrisinho sem graça.

Ela entrou e cumprimentou Louis, que me lançou um olhar de divertimento. Vou ficar chamando ele de putinho pra ver se ele gosta também. Vi Anne descer as escadas sem Harry.

- Será que alguém consegue acordá-lo?

- A Caroline consegue. Ela acordou o Zayn rapidinho. – Louis falou e eu olhei feio para ele.

- Tenta? – Anne pediu. – Por favor!

- Tudo bem. – disse me dando por vencida e sorrindo.

- Vai lá que eu vou tomar um café. – Anne e Gemma foram para a cozinha e eu subi para acordar Harry.

Entrei em seu quarto e ele dormia feito pedra. Que ótimo. Tirei o cobertor com cuidado. Aquele cobertor não era igual o do Louis? Deixei pra pensar nisso depois e me deitei ao lado de Harry, que não tinha movido um músculo se quer. Levei minhas mãos até seu cabelo e os afaguei. Ah como eu queria fazer isso desde que cheguei em Londres...

- Harry. – o chamei baixo. Nenhum movimento. – Harry, acorda.

Desci uma de minhas mãos até sua face e comecei a acariciá-la. Harry se mexeu um pouquinho, mas não acordou. O chamei de novo e dei uma arranhadinha em seu peito. Me assustei quando a mão de Harry pegou minha cintura do nada.

- Ta querendo me matar de susto? – falei olhando em seus lindos olhos verdes que agora estavam abertos.

- É assim que você acordou o Zayn? Pode me acordar assim todo dia, eu não vou achar nem um pouco ruim. – ele disse dando um sorriso malicioso. Deus, cadê o ar?

- Muito cedo para malícia, senhor Styles. – disse apertando seu nariz e ouvindo uma gargalhada dele. – Sua mãe já chegou.

- Já? – ele falou mais alto e depois gemeu de dor. – Que dor de cabeça.

- Levanta logo que eu já fiz um café bem forte pra você.

Levantei e Harry logo veio atrás de mim, só de cueca mesmo. Acho que a mãe e a irmã já deveriam estar acostumadas de vê-lo assim. E devo comentar que é uma ótima visão.

- Já conheceu minha mãe e minha irmã? – ele perguntou e eu assenti.

- Sua irmã é muito amigável. Já chegou me chamando de “putinha do Harry”. – disse rindo, fazendo-o rir também.

- Ótimo apelido... Poderíamos mudar para “pequena do Harry” pra ficar mais bonitinho e fofo.  – ele falou pensativo, me fazendo rir mais. – É isso ai, agora você é a minha pequena.

- E você é o meu tchutchuco.

- Tchutchuco? – ele me olhou espantado e eu ri.

- É, tchutchuco no Brasil quer dizer fofo, bonitinho, essas coisas.

Harry me abraçou por trás, me dando um beijo arrepiante no pescoço.

- Adorei o apelido. – ele sussurrou em meu ouvido, me levando à loucura.

- Que bom, porque esse é o primeiro de muitos. Adoro apelidar os outros.

Quando fomos descer as escadas eu quase caí. Harry ainda estava me abraçando e me segurou. Ainda bem, porque senão eu estaria rolando escada abaixo nesse momento.

- Muito obrigada por me dar banho ontem. – Harry disse rindo.

- Você lembra? – perguntei com os olhos arregalados.

- Harry é um bêbado consciente. – Louis falou saindo da cozinha. – Bom dia.

- Bom dia. Necessito de remédio.

- Melhorou a dor de cabeça, Louis? – perguntei e ele assentiu. – Então vamos tomar um remédio, senhor Styles.

- Não me chama de senhor, sou muito novo.

- Ok, novinho. – eu comecei a rir por causa da música no Brasil, só que Louis e Harry não entenderam e ficaram me olhando confusos. – Coisa minha, esqueçam.

Peguei um remédio e dei para Harry. Coloquei café e fiz cereal para ele também. Anne e Gemma tinham ido na outra casa para cumprimentarem os meninos. Harry devorou tudo rapidamente. Fiquei impressionada.

- Tava com fome, hein. – falei pegando o pote vazio de cereal e o lavando.

- Tava uma delícia. Muito obrigada, pequena do Harry. – ele disse me dando um beijo na bochecha. – Vou ver minha mãe.

Harry saiu e eu fiquei lavando umas louças que estavam sujas. Ouvi um celular tocar e era um IPhone branco em cima do balcão. Gritei por Louis, que logo veio atender. Logo depois de atender a ligação, ele entrou na cozinha e sentou em uma cadeira.

- Todo mundo tem IPhone, que inveja. Meu celular é mais velho que andar pra trás. – falei sentando na cadeira ao lado e bufando.

- Qual seu celular? Blackberry? Smartphone? – ele perguntou e eu ri. Quem dera eu tivesse algum desses.

- Meu celular é daqueles que abre e fecha, sabe? Quando eu estava embarcando, o bichinho caiu e se espatifou todo. Estou sem celular. – respondi melancólica.

Louis tinha um sorriso divertido nos lábios e eu o olhei desconfiada. Sem mais nem menos, ele levantou e subiu as escadas. Fiquei olhando para ver onde ele ia, mas não consegui. Segundos depois ele voltou com uma caixa branca nas mãos.

- Só porque você cuidou de mim hoje, deu banho no Harry ontem e está com uma blusa listrada hoje eu vou te dar isso. – ele disse me entregando a caixa.

Abri com cuidado e vi um IPhone 4S preto, perfeitamente perfeito dentro. Ai. Meu. Deus. To surtando. Me segura. O olhei assustada. Só famoso mesmo pra ter estoques de IPhone em casa...

- É-é pra m-mim? – perguntei atônita.

- Aham. – ele abriu um sorriso lindo.

Coloquei o meu mais novo bebê em cima da mesa com cuidado e encarei Louis. Segundos depois já estava em seu colo o sufocando em meu abraço.