Caroline’s POV

Eu não sei se eu choro de vergonha ou se dou uns tapas no ser que está na minha frente se matando de rir a uns bons minutos. Louis simplesmente está rolando no chão de tanto rir só porque eu disse para ele que nunca andei de cavalo.

Não é só por isso. É que eu estou com receio de subir no cavalo... Beleza, eu estou morrendo de medo. Pronto, falei. Aquele cavalo fica me encarando com aqueles olhos enormes e pretos... Não fui com a cara dele. E ele parecia não ter ido com a minha também.    

- Para de rir, Louis. – choraminguei me afastando do cavalo.

- Isso é muito engraçado! Nem minhas irmãs menores têm medo de cavalo! – ele continuava rindo.

- Elas não têm medo porque são acostumadas a andar desde pequenas. Agora eu não! Minha mãe nunca me levou pra andar de cavalo e meu pai nunca segurou na minha mão e disse que eu não precisaria ficar com medo porque ele estaria ali pra me proteger se algo acontecesse.                                                     

Louis parou de rir no mesmo instante e eu abaixei minha cabeça. Não era para eu ter falado aquilo, mas saiu sem querer. Tudo o que eu menos precisava agora era ficar lembrando que meus pais me odeiam.

- Desculpa Carol. – senti os braços de Louis me envolvendo em um abraço acolhedor. – Me desculpa, anjo. – senti seus lábios em minha testa.

- Tudo bem Louis, não se preocupa. – dei de ombros e olhei para o cavalo, que continuava me encarando. – Ai Louis, ele não para de olhar pra mim! – choraminguei parecendo uma criança e Louis deu risada.

- Eu prometo que não vou deixar você cair. – ele pegou minha mão, me puxando para mais perto do cavalo.

- Se eu cair vou te chutar nas partes baixas. E vai doer. – cruzei os braços e Louis engoliu em seco.

- Tá ouvindo, né Relâmpago? – ele começou a conversar com o cavalo. – Se você derrubar essa princesa linda eu é quem sofro, então trate de ser bonzinho com ela.

- Espera. O nome dele é Relâmpago? – perguntei e Louis assentiu. – Meu Deus, vou morrer. Por que será que você se chama assim? – falei com o cavalo também.

- Vou pegar o outro cavalo e já volto.

- Outro cavalo? – segurei o braço de Louis antes que ele saísse correndo. – Pra quem?

- Pra mim, ué. – ele deu de ombros.

- E você acha que eu vou cavalgar sozinha no Relâmpago? – Louis assentiu. – Você só pode estar louco! – revirei os olhos. – Você vai junto comigo. Eu não ando sozinha com ele. – apontei para o pobre cavalo, que ainda me encarava.

- Se você insiste eu vou junto com você.

- Me ajuda a subir então.

Com muito esforço e muita ajuda do Louis, que quase teve que me jogar em cima do cavalo, eu consegui montar. Fiquei bem quietinha e tentei não fazer muitos movimentos para não assustar Relâmpago.

- Vão dar uma passeada? – Jay apareceu com Fizzy.

- Vamos. – Louis sorriu.

- Quer que eu pegue o outro cavalo? – Fizzy perguntou.

- Não precisa, vou junto com Caroline.

Sem dificuldade alguma Louis montou em Relâmpago e se ajeitou. Pegou as rédeas que estavam em minhas mãos e deu leves batidinhas. Cheguei mais para frente para liberar espaço para Louis, mas ele me puxou de volta, fazendo com que eu ficasse colada com ele. Hm.

- Não demorem muito porque o almoço é daqui a pouco. – Jay avisou e nós assentimos.

- Pronta para morrer? – Louis sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei toda.

- Não. – falei rindo.

- Tchau. – ele acenou para a mãe e a irmã e simplesmente fez o cavalo sair com tudo!

A arrancada de supetão fez com que eu colasse ainda mais meu corpo em Louis. Tentei não gritar de susto para não passar vergonha na frente de Jay e Fizzy. Quando tomamos certa distância das duas eu gritei e Louis caiu na risada.

- Seu louco! – virei um pouquinho e bati no peito de Louis. – Não faz mais isso!

- Relaxa princesa, da próxima vez o garanhão vai mais devagar. – ele piscou um olho para mim e sorriu travesso. – Ou não.

Relâmpago foi diminuindo sua velocidade aos poucos e eu aproveitei para olhar a paisagem. Aquela fazenda era o paraíso! A casa era imensa, rodeada de árvores enormes.

Por onde estávamos cavalgando as árvores estavam distribuídas em duas fileiras, uma de cada lado, formando um arco que parecia não ter fim. Mesmo sendo inverno as árvores ainda estavam verdes e cheias.

Senti Louis encostar o queixo em meu ombro e dar uma fungada em meu pescoço. Ele tinha pego essa mania fazia um tempinho e eu quase ia à loucura quando ele fazia aquilo.

- Sabia que eu adoro seu cheiro? – Louis sussurrou novamente em meu ouvido e eu senti minhas bochechas arderem.

- Também gosto desse perfume. – sorri tímida.

- Não estou falando do seu perfume e sim do seu cheiro natural. – ele cheirou novamente meu pescoço, me provocando um arrepio. – É diferente de tudo que eu já senti. É suave, tem uma pitada floral, mas é muito marcante.

Louis deslizou a ponta de seu nariz por meu pescoço até chegar na nuca. Tirou meus cabelos delicadamente, colocando-os para o lado. Senti seus lábios sendo pressionados em minha nuca de uma maneira... sensual. Fui à loucura!

- Você se arrepia fácil, hein... – ele falou com a boca colada no meu ouvido e eu estremeci, o que fez ele soltar uma risada.

- Quem não se arrepia com isso? – murmurei para mim mesma, mas Louis ouviu.

- Eu sei como te enlouquecer, né?! – Louis apertou minha cintura e eu estremeci novamente.

- Sabe mesmo, principalmente quando sua bipolaridade resolve atacar. – dei risada.

Eu e Louis continuamos andando pela fazenda até resolvermos voltar. Já fazia quase uma hora que estávamos cavalgando e Jay falou para não demorarmos muito por causa do almoço.

Louis desceu do cavalo e o conduziu até o estábulo, onde o amarrou para não fugir. Estiquei os braços para Louis me pegar e ele riu. Seus braços rodearam minha cintura, me puxando cuidadosamente para perto dele.

- Meu bebezinho. – ele beijou o topo da minha cabeça e eu o abracei.

- Muito obrigada. Adorei andar de cavalo com você. – sorri abertamente e o beijei demoradamente na bochecha.

- Quando quiser é só assoviar, princesa. – Louis deu uma piscadinha e eu dei risada.

- Minha bunda está doendo. – reclamei passando a mão na bunda.

- A minha também. – ele deu de ombros. – Ninguém mandou a gente ter airbags tão grandes.

Gargalhei alto com Louis empinando a bunda e dando tapas nela. Ouvimos Daisy e Phoebe gritando alguma coisa e olhamos para elas. As duas estavam correndo em nossa direção.

- Mamãe mandou chamar vocês para o almoço. – Phoebe falou sorridente.

- Então vamos comer! – Louis pegou ela no colo e Daisy esticou os braços pra mim.

A peguei no colo e segui Louis até a casa. Entramos e todos já estavam sentados na mesa só esperando Jay servir o almoço. Fomos até o banheiro e lavamos as mãos para nos juntarmos aos outros.

Sentei entre Louis e Pietro, que sorriu assim que me viu. Tive que dar comida para ele, pois Jay não estava conseguindo. Passamos a tarde toda jogando conversa fora, comendo, brincando com as meninas... Fazendo esses programas de família que eu nunca fiz na vida...