Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

GENTE VOCÊS NÃO SABEM COMO EU TO FELIZ POR CAUSA DA Gessica Araújo QUE RECOMENDOU A FIC, MUITO OBRIGADA *---*
E TAMBÉM TEM AS OUTRAS LEITORAS QUE APARECERAM AGORA, GENTE QUE LINDAS VOCÊS *------------*
Eu ia postar só amanhã mas de fiquei tão feliz com a recomendação que adiantei HUSA'
Não gostei tanto desse capítulo mas ele é essencial para o que vai acontecer no próximo, e fala sério eu ADOREI o próximo, vocês vão me chamar de louca quando lerem o próximo - que só vai chegar daqui um tempo - e vão me xingar muito também mas faz parte né HSUA'
Ta ai o capítulo, quero muitos comentários hein, e se alguém quiser ser linda e maravilhosa igual a Gessica Araújo pode recomendar que eu deixo SHAU'.
Beijos.



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Os dias passaram e eu não tive mais nenhuma aula de Oclumência depois daquele fatídico dia.

Eu achava que depois de ter feio um escândalo por causa do Harry, Snape nunca mais iria querer me dar aulas de Oclumência - e eu estava super feliz com isso - mas infelizmente eu estava errada. Depois de duas semanas sem aulas Snape me mandou um bilhete marcando a data da nossa próxima aula.

Quando soube que voltaria a ter aulas de Oclumência fui obrigada a fazer outro escândalo com Harry para ver se ele pedia a Snape para voltar a ter aulas, mas, como eu disse antes ele é tão teimoso quanto eu e não aceitou nem mesmo que eu tentasse ensina-lo depois que eu aprendesse aquela coisa direito.

O tempo estava melhorando e não tinha mais um pingo de neve no castelo inteiro, o sol tinha voltado a aparecer e o meu humor tinha melhorado muito com o tempo bom.

Eu já estava quase terminando de me arrumar, já estava de uniforme, meu cabelo estava divinamente preso em um lindo rabo de cavalo só deixando a minha franja solta e eu estava terminando de fazer a minha maquiagem básica.

Escutei um barulho vindo do corredor, pareciam duas pessoas discutindo e a ponto de saírem no tapa, não me aguentei de curiosidade.

Meu lado pobre falou mais alto e eu terminei rapidamente a minha maquiagem e sai do quarto para ver qual era o barraco da vez.

Quando cheguei ao Salão Comunal não acreditei no que vi, Draco estava aos berros com um garoto do sexto ano.

Eu reconheci o garoto na hora, não sabia o nome dele mas sabia que ele era odiado por toda a casa da Sonserina assim como eu. Ele era um nascido trouxa que tinha vindo parar aqui e que ninguém o aceitava.

Peguei a briga no final mas não foi difícil perceber sobre o que era quando o sextanista gritou:

_MEUS PAIS SÃO TROUXAS SIM, SÓ QUE PELO MENOS NÃO SÃO IDIOTAS QUE FAZEM TUDO O QUE VOCÊ-SABE-QUEM MANDA.

Draco não respondeu - ao menos não com palavras - esquecendo que era um bruxo ele virou um soco no rosto do sextanista que o fez cair pra traz.

_Meu pai não é um idiota - Draco disse entre dentes.

Antes que o outro garoto revidasse eu corri ate onde eles estavam e tirei Draco de lá e o levei para o lago para ver se ele se acalmava.

Ele não disse nada, sentou em frente ao lago e afundou o rosto nas mãos.

Eu sentei ao seu lado e com muito esforço fiquei quieta esperando que ele dissesse alguma coisa.

Draco tirou as mãos do rosto e olhou para mim, sem dizer nada ele me puxou para um abraço e afundou o rosto nos meus cabelos. Passei meus braços em volta do seu peito e esperei que ele se acalmasse.

Depois de um tempo, quando eu achei que Draco já tinha tido tempo suficiente para se acalmar eu me soltei dele e perguntei:

_Vai me explicar o que aconteceu? Porque bateu naquele garoto?

_Eu vou matar o Potter. - ele disse ao invés de responder a minha pergunta.

_Por? - perguntei sem conseguir ligar o meu irmão com a briga que ele estava tendo com o sextanista.

_Ele deu uma entrevista contando da noite em que Você-Sabe-Quem voltou e dizendo quais eram os Comensais que estavam com eles. - ele contou olhando para o lago.

_E o seu pai estava junto. - não foi exatamente uma pergunta, Harry já tinha me contado daquela noite.

Draco acenou com a cabeça.

Não consegui pensar em nada para dizer que pudesse ajuda-lo a se acalmar ou a desistir de matar o meu irmão, lógico que eu sabia que ele não faria isso, mas sempre é bom ter certeza.

Depois de um tempo Draco se acalmou e fomos obrigados a voltar para o castelo para ir às aulas.

(...)

Eu li a entrevista que Harry tinha dado ao Pasquim, e, embora a revista seja completamente ridícula com todas aquelas matérias estranhas falando de animais que ninguém nunca ouviu falar, a escola inteira já tinha lido a matéria graças a Umbridge que proibiu a revista em Hogwarts o que só serviu para motivar a curiosidade dos alunos em saber o que tinha de tão especial na revista para Umbridge proibi-la.

Ela nunca ouviu falar que quanto mais proíbe mais causa curiosidade?

Eu tinha lido a matéria e decidi não fazer nenhum comentário sobre essa entrevista nem a Harry e nem a Draco. Não podia reclamar com Harry por ele ter falado tudo aquilo porque eu sabia que era verdade e sabia que as pessoas precisavam saber disso, e também não podia reclamar com Draco por ele fuzilar meu irmão com o olhar cada vez que o visse ou cada vez que ele prometesse que iria se vingar porque eu sabia que ele estava muito irritado por Harry ter falado que o pai dele é um Comensal.

Olhei no relógio, já eram quase sete e eu só estava esperando Draco sair para poder correr para a aula da A.D.

Quando ele finalmente o fez dizendo que tinha que ir a uma reunião com a Umbridge por causa da tal Brigada eu juntei as minhas coisas que estavam espalhadas pelo sofá onde a gente estava no Salão Comunal e as levei para o quarto.

Dei uma rápida olhada no espelho, eu estava com uma calça jeans azul-claro, uma blusa de manga cumprida branca e cinza, meio larguinha, com listras horizontais e uma sapatinha bege bem clarinha com umas tachinhas douradas (N/a: Não sei se deu pra explicar direito a sapatilha mas eu vi num site e é linda *-*)

Quando fui dar uma ajeitada nos meus cabelos que estavam presos em um rabo de cavalo alto a manga da minha blusa caiu um pouco e eu pude ver pelo reflexo do espelho a pulseira que Draco tinha me dado, um sentimento ruim passou por mim mas eu tratei de afasta-lo logo dizendo a mim mesma que era coisa da minha cabeça.

Olhei outra vez ao relógio que tinha no quarto, cinco para as sete, iria chegar atrasada.

Novidade.

Sai calmamente das masmorras e quando cheguei ao corredor comecei a correr para o sétimo andar.

_Já sei, - gritei quando Harry me viu passar correndo pela porta da Sala Precisa e me mandou um olhar de censura - to atrasada, isso não é novidade pra ninguém.

Harry rolou os olhos e voltou a explicar o que estava falando antes de ser interrompido.

Me sentei em um pufe que ficava perto da porta e comecei a prestar atenção no que ele falava.

_Para algumas pessoas é extremamente difícil conjurar um Patrono - Harry continuou a falar - Vocês têm que pensar em alguma coisa extremamente feliz, tem que ser uma lembrança forte.

A aula anterior já tinha sido sobre os Patronos, mas, com exceção de poucos, os alunos só tinham conseguido conjurar uma fumacinha prateada o que ainda estava bem longe de um Patrono corpóreo então Harry voltou a dar uma explicação básica.

Não continuei a prestar atenção já que eu sabia de tudo o que ele estava falando de cor e salteado.

Harry terminou de falar e mandou os alunos começarem a praticar, levantei do pufe procurando alguém que precisasse de ajuda, havia muitos mas como o caso mais especial era Neville fui em direção a ele.

Harry chegou antes de mim então mudei de direção e fui ajudar Luna.

_Pense em alguma coisa feliz - disse a Luna que tentava inutilmente conjurar um Patrono.

_Estou pensando - ela respondeu calmamente - Expecto Patronum! - uma luz prateada saiu da ponta de sua varinha mas a lembrança não foi forte o bastante nem para manter a luz prateada por muito tempo.

_Tudo bem. - Luna disse naquele tom sonhador que ela nunca deixava - Acho que vou descansar um pouco. O que você lembra quando produz um Patrono?

Olhei para ela com a testa franzida, ninguém nunca tinha me perguntado isso e eu não sabia o que responder, nunca pensava na mesma lembrança.

_O que vier na cabeça primeiro - dei de ombros - Expecto Patronum! - murmurei baixinho, um panda pequeno e gordinho saiu da minha varinha como eu esperava. - O dia em que eu conheci meus melhores amigos e o dia em que Draco me pediu em namoro - respondi sua pergunta debilmente com um sorriso no rosto lembrando das cenas - Mas, como eu disse, cada vez eu penso em uma coisa diferente.

Luna balançou a cabeça assentindo e eu pedi que ela voltasse a praticar.

_Acho que não posso - disse olhando para os pés - Não tenho amigos, e bem, muito menos um namorado como o seu - nesse momento eu senti pena de Luna e culpa por tê-la ignorado no primeiro dia de aula, lembro que ela tinha vindo falar comigo e eu a tratei mal.

Sempre achei Luna meio estranha e esquisita, mas agora percebi que ela só devia ser assim por se sentir sozinha.

_Ah, - comecei - Acho que você pode pensar em algum dia feliz com seus pais, ou... Bem é minha única ideia.

_Minha mãe morreu quando eu tinha nove anos - ela disse - Mas acho que pode ser uma boa ideia, vou tentar - ela sorriu alegre e voltou a tentar conjurar o Patrono.

Assenti com a cabeça e dei um sorrisinho de incentivo, olhei para os lados procurando outra pessoa para ajudar desesperada para sair de perto de Luna.

Comecei a andar pelos outros alunos procurando alguém para ajudar, Harry ainda estava ajudando Neville e fui ate eles.

_Eles são tão bonitinhos - Hermione comentou olhando a lontra prateada que ela tinha conjurado correr em sua volta.

_Já vi melhores - disse calmamente. Hermione me olhou com desprezo e Harry me olhou com censura. - Que é? - perguntei inocentemente.

Antes que Harry pudesse me repreender a porta da sala se abriu e ele se virou automaticamente para ela. Fiz a mesma coisa, Dobby estava parado a porta com seus milhares de gorros, meias e cachecóis.

Seus olhos tomados de terror.

Corri ate Dobby e Harry veio ao meu encalço.

_O que aconteceu Dobby? - Harry perguntou alarmado.

Os alunos mais próximos pararam de praticar para ver o que estava acontecendo. Percebi que Dobby tremia.

_Harry Potter meu senhor... Eles avisaram para não contar... Mas Dobby tinha que avisar.

Dobby correu para bater a cabeça na parede e Harry o pegou pelo braço o mantendo afastado dela.

_Que aconteceu Dobby? - perguntei já assustada com as reações do elfo.

_Ela...Ela... - Dobby disse e parou para dar um soco no próprio nariz.

_Segure ele - ralhei com Harry, ele pegou o outro braço de Dobby e o segurou firmemente.

_Quem é “ela”? - Harry perguntou com medo da resposta - Umbridge?

Dobby balançou a cabeça afirmativamente.

_Ela esta vindo, ela esta vindo Harry Potter.

_MEXAM-SE IDIOTAS, SAIM LOGO - berrei enquanto Harry mandava Dobby voltar para a cozinha e proibi-lo de se machucar.

_Anda Harry - Hermione gritou a ele no meio das pessoas que se empurravam para sair.

Não esperei que ele corresse, sabia que faria isso assim que terminasse de falar com Dobby.

Corri para fora da sala junto com os outros alunos que se espalhavam por todos os lados do corredor. Virei para outro corredor onde nenhum outro aluno tinha ido, deveria ter alguma sala vazia onde eu poderia me esconder por perto.

Passei por dois corredores e parei ao ver um ninho de cabelos loiros atrás de um vaso em forma de dragão. Me escondi atrás de uma armadura e esperei que o garoto saísse de lá.

Não tinha percebido que era Draco ate Harry passar correndo em frente a ele e cair de cara no chão e Draco começar a gritar chamando a Umbridge.

Então era isso, o que eles faziam naquela tal Brigada Inquisitorial era investigar a A.D.

A raiva que eu senti de Draco naquele momento é impossível de ser descrita, minha vontade era de sair de trás daquela armadura e ir ate ele e o estapear por ter me escondido o que estava fazendo.

Umbridge apareceu e falou com Draco, depois pegou Harry pelo braço e saiu andando, Draco se virou para o lado onde eu estava e saiu andando pelo corredor, quando me viu parou no meio do corredor e olhou confuso para o lado onde Umbridge tinha sumido arrastando Harry consigo, voltou a me olhar.

Vi a confusão deixar o seu rosto e dar lugar ao entendimento e depois a irritação.

_Vai me entregar? - perguntei irritada.

_Por que não me contou? - ele perguntou baixo.

_Por que você acha? - perguntei debochada - Não se faça de idiota, vai me entregar ou não? Por que se for eu mesmo chamo a Umbridge.

Por um momento eu achei mesmo que ele iria começar a gritar e chamar a Umbridge como tinha feito com Harry, mas ele não disse nada, passou reto por mim olhando fixamente para frente e me deixando sozinha.

Esperei ele sair de vista e sai correndo para a torre da Grifinória, se desse sorte Hermione ou Rony ainda não teria chegado ate ela.

_GINA - gritei quando cheguei ao corredor onde ficava o quadro da mulher gorda.

A garota se virou quando me viu e me olhou assustada com a varinha na mão.

_Harry foi... Pego - disse ofegante por causa da correria. - Preciso que me deixe entrar. - pedi.

Pega no susto por Harry ter sido pego ela não contestou e disse a senha para a mulher gorda. O quadro virou dando passagem e eu entrei logo atrás de Gina.

_Onde é o quarto do Harry? - perguntei a Rony e Hermione que estavam sentados em um sofá no Salão Comunal com expressões preocupadas.

_Lá, mas... - Rony apontou para uma das escadas que tinha na sala.

Rony e Hermione foram atrás de mim quando viram que eu não estava nem ai para os gritos deles perguntando o que eu queria.

Abri a porta que indicava o quinto ano, o quarto estava meio bagunçado e tinha cinco camas, completamente diferente da Sonserina, e, não pude deixar de notar, muito mais pobre e sem classe. (N/a: Desculpem aos que amam a Grifinória, mas sabem como a Evolet é =S)

_Qual a cama do Harry? - perguntei a Rony parado a porta, Hermione estava logo atrás dele me olhando como se eu fosse louca.

_Aquela - ele respondeu - Mas...

Fui ate a cama que ele tinha indicado, era uma das mais bagunçadas. Abri o malão que tinha aos pés da cama e comecei a fuçar dentro dele jogando umas coisas para fora.

_Espera ai - Hermione quase gritou - O que é que você quer? Onde está Harry?

Finalmente achei o que estava procurando, a capa de invisibilidade que era do papai, Harry tinha dito que eu podia pegar emprestada quando precisasse e realmente eu precisava dela agora.

_Harry foi pego pela Umbridge. - contei.

_Tem certeza? - Hermione perguntou alarmada.

_Sim. Eu vi quando Dra... Quando o pegaram.

Hermione me olhou como se fosse eu quem tivesse entregado Harry a Draco.

_Ótimo, eu sabia que isso iria acabar mal, feliz agora que o seu namorado ajudou a Umbridge a expulsar Harry?

_Escute aqui sua garota irritante que acha que sabe de tudo - disse rispidamente mantendo o tom de voz baixo e me aproximando dela com a varinha na mão apontando para o seu pescoço - Pare de falar comigo como se eu fosse a culpada por tudo o que esta acontecendo com Harry, se eu bem me lembro, a ideia de criar a A.D foi sua, então saia da minha frente e cale a sua boca porque acusar o meu namorado das burrices dele eu mesma faço.

_Pare de me dar ordens - Hermione disse quase gritando - Tenho certeza que foi você quem contou a Umbridge sobre a A.D, ou então contou ao Mal...

_Claro que fui eu - disse sarcástica - Ainda mais porque eu estou com a cara toda azarada não viu não? - disse lembrando que Harry tinha dito que ela tinha azarado a folha onde tinham os nomes dos participantes da A.D para saberem se algum dia alguém entregasse a gente.

Hermione pareceu se lembrar do que ela mesma tinha feito e ficou quieta sem saber o que fazer.

_Vai continuar me acusando ou já terminou com o showzinho? - arqueei a sobrancelha.

Hermione continuou em silêncio. 

_O que você vai fazer? - Rony perguntou olhando temeroso de Hermione para mim e depois para ela outra vez.

_Não sei - fui sincera - Mas alguma coisa eu tenho que fazer. Dar um jeito de livrar Harry dessa antes que ele seja expulso.

E depois disso vou matar o filho da puta do meu namorado, completei na minha mente.

Vesti a capa e sai do quarto deixando Rony e Hermione para trás, quando estava descendo as escadas escutei a voz de Hermione dizendo “Eu tentei, eu juro que tentei, mas eu odeio aquela garota”.

Tive vontade de voltar ao quarto e dizer a ela que o sentimento era reciproco mas tinha coisa mais importante para fazer agora.

Corri ate a sala de Dumbledore com cuidado para a capa não me descobrir, lá era o único lugar onde eu achava que Harry poderia estar. Parei a alguns metros das gárgulas que davam para a sala do diretor.

Draco, Pansy, Crabbe, Goyle e mais alguns alunos das Sonserina que eu não sabia o nome estavam parados em frente às gárgulas.

Mesmo sabendo que não precisava me escondi atrás de um vaso que tinha no corredor.

Olhei para Draco, ele estava com um sorriso enorme no rosto. Uma vontade de arrancar aquele sorriso do rosto dele a tapas me dominou mas antes que eu fizesse isso e acabasse sendo levada para a sala do diretor também, Umbridge apareceu.

Ela trazia outra garota de cabelos crespos que eu logo reconheci, era Marieta a amiga da Chang. Marieta tinha o rosto coberto pelas mãos e soluçava por causa do choro.

Umbridge parou em frente à porta e falou com os Sonserinos que estavam lá, Pansy entregou um papel a ela, depois Umbridge disse alguma coisa, eles concordaram e saíram em duplas provavelmente para ver se achavam mais alguém.

Draco e Pansy passaram a minha frente em silêncio.

Pensa Evolet, pensa, disse a mim mesma vendo Umbridge subir as escadas atrás das gárgulas junto com Marieta. Pensei em correr e entrar despercebida na sala junto com ela mas o risco de ser descoberta era grande demais.

Ah, merda, se eu fosse expulsa com certeza Madame Maxime me aceitaria de volta em Beauxbatons.

Com esse pensamento corri para dar tempo de entrar junto com Umbridge na sala. Ela não percebeu que eu estava atrás dela graças a capa, tive que tomar cuidado para não fazer nenhum barulho quando entrei.

_Não se apavore querida - Umbridge disse suavemente a Marieta que ainda soluçava - O ministro dirá a sua mãe que você foi uma boa menina.

Enquanto ela falava com Marieta eu percebi que ela não tinha sido pega como Harry e sim que era ela quem tinha contado sobre a A.D a Umbridge.

Procurei um lugar para ficar onde ninguém acabasse esbarrando em mim, a sala estava cheia de gente.

Dumbledore estava sentado em sua cadeira e McGonagall em pé ao seu lado, o Ministro da Magia estava ao lado da lareira. Quim Shacklebolt, um dos aurores que trabalhavam na Ordem também estava lá junto com um outro auror que eu não sabia se também era da Ordem, deduzi que não.

Junto ao ministro estava um garoto ruivo de óculos redondos, preparado para tomar notas com um rolo de pergaminho e uma pena nas mãos.

Harry estava mais perto da parede ao lado de Shacklebolt, fui ate ele e parei ao seu lado silenciosamente.

_Muito bem querida - o ministro disse a Marieta - Não seja tímida, erga a cabeça e... Gárgulas galopantes! - o ministro exclamou e deu um pulo para trás quando Marieta ergueu a cabeça.

Me segurei o bastante para não fazer nenhuma exclamação sobre o rosto de Marieta, ela tinha o rosto deformado com várias pústulas roxas que formavam a palavra “DEDO-DURO” em seu rosto.

Se não estivesse tão irritada com as acusações da Granger eu poderia parabeniza-la pela azaração, mas o que eu queria mesmo era azara-la.

Marieta guinchou e puxou o decote da blusa para cima ate cobrir sua cabeça, não que adiantasse muito já que todo mundo já tinha visto seu rosto.

_Ah, tudo bem, eu contarei - Umbridge disse impaciente quando Marieta se recusou a pronunciar qualquer palavra. - Bom ministro, a Srtª Edgecombe veio a minha sala, hoje após o jantar, e me disse que se eu fosse ao sétimo andar encontraria uma sala chamada de Sala Precisa e que eu descobriria algo que me interessaria, eu fiz algumas perguntas e ela admitiu que teria uma reunião ali. Infelizmente, - Umbridge disse olhando do ministro para a garota - a azaração já tinha surtido efeito e ela se recusou a dar mais informações.

_Você não tem uma contra-azaração para isso? - Fudge perguntou.

_Ainda não consegui descobrir uma - Umbridge admitiu. 

Incompetente, pensei.

_Mas isso não faz diferença, - Umbridge disse - eu posso muito bem continuar a contar a história sobre esse ponto. O senhor se lembra bem que, em outubro, eu lhe mandei um relatório dizendo que Potter tinha se encontrado com vários amigos no Cabeça de Javali...

_E qual a sua prova disso? - McGonagall a interrompeu.

_Tenho o testemunho de Willy Widdershins, que estava no bar naquele dia. - continuou Umbridge - E ele ouviu cada palavra que o Sr. Potter disse e veio à escola me contar. O que Potter queria com esse encontro era criar uma sociedade ilegal com o intuito de aprender feitiços e maldições que o Ministério declara inadequadas para a idade deles.

_Você vai descobrir que esta errada Dolores - Dumbledore disse calmamente.

Posso comparar a surpresa de Umbridge com o que Dumbledore disse com a minha. 

_Sim - Fudge disse começando a se balançar para trás e para frente no lugar - Vamos ouvir a última lorota inventada para encobrir Potter. Era o gêmeo idêntico a Potter que estava lá? Porque ate onde eu sei ele só tem uma gêmea, ou então  é a explicação costumeira de um morto que retorna a vida e uns Dementadores invisíveis?

O garoto ruivo ao lado de Fudge soltou uma gargalhada.

_Essa foi boa ministro, muito boa.

Filho da mãe. Se pudesse azarava esse idiota.

Dumbledore sorriu gentilmente.

_Não nego, e garanto que Harry também não, de que ele estivesse no Cabeça de Javali naquele dia, e nem que ele estivesse recrutando alunos para formar um grupo de Defesa Contra as Artes das Trevas. Mas Dolores está errada em dizer que tal grupo fosse, na época, ilegal. - Dumbledore deu um sorrisinho - Se vocês se lembram, o Decreto Educacional que proibiu as associações de alunos só foi decretado dois dias depois.

Fudge parou no meio de um balanço de boca aberta.

Boa Dumbledore, agora explique o que a gente estava fazendo hoje na Sala Precisa, pensei amargamente.

_Muito bem diretor, - Umbridge voltou a falar com aquele maldito sorriso falso - mas vale lembrar que o Decreto Educacional número vinte e quatro entrou em vigor há seis meses, se o primeiro encontro não foi ilegal, todos os que vieram depois foram.

_Eles certamente seriam se tivessem ocorrido depois que o decreto entrou em vigor. - replicou Dumbledore a estudando por cima dos oclinhos meia-lua - Você tem alguma prova de que os encontros continuaram?

Por Merlin, que ela não tenha nenhuma prova, que ela não tenha nenhuma prova, torci em silêncio.

Enquanto Dumbledore falava eu escutei Shacklebolt murmurar alguma coisa atrás de Harry, quando olhei para trás pude ver ele terminando de enfeitiçar Marieta e guardar a varinha.

Arqueei a sobrancelha para ele mesmo sabendo que ele não estava me vendo.

_Você não estava prestando atenção Dumbledore? - Umbridge perguntou com aquele sorriso venenoso - Por que acha que a Srta. Edgecombe está aqui?

_E ela pode nos falar dos seis meses de encontros? - Dumbledore perguntou.

_Srta. Edgecombe, - Umbridge chamou imediatamente - conte-nos há quanto tempo essas reuniões vêm acontecendo, só precisa acenar a cabeça querida. Elas tem se realizado nos últimos seis meses?

Para a surpresa de Umbridge dos outros da sala, tirando Dumbledore é claro e acho que talvez Shacklebolt, a garota balançou a cabeça negativamente.

Umbridge repetiu a pergunta e a garota tornou a balançar a cabeça negativamente.

_Mas ouve uma reunião hoje à noite - Umbridge exclamou furiosa - A Srta. Edgecombe me informou e eu fui rapidamente ao sétimo andar, acompanhada de alguns estudantes de confiança para apanha-los em flagrante. No entanto, parece que eles foram avisados, pois quando chegamos lá estavam correndo para todos os lados. Mas não faz diferença, a Srta. Parkinson entrou na sala a meu pedido para ver se eles esqueceram alguma coisa quando saíram. Tenho todos os nomes aqui - ela tirou do bolso um papel que eu logo reconheci, a lista de nomes que Hermione tinha colado ao espelho no primeiro dia de aula da A.D e a entregou ao ministro.

Olhei para Harry, dava pra ver o pavor que ele sentiu quando ela tirou aquele papel do bolso. Lá tinha tudo, o nome da A.D, quem participava, e o nome de Harry como líder.

_Excelente Dolores - Fudge elogiou - E... Pelo trovão... - o ministro ergueu os olhos do papel para olhar para Dumbledore - Veja o nome que eles escolheram, Armada de Dumbledore

O diretor apanhou o pergaminho que Fudge segurava e olhou a lista por um momento, pela primeira vez ate agora eu tinha visto Dumbledore sem saber o que dizer.

Então ele ergueu a cabeça e sorriu.

_Bem, o plano falhou. Quer que eu escreva uma confissão, Cornélio, ou uma declaração diante dessas testemunhas basta?

 _Declaração? - o ministro repetiu confuso - O que...?

Ele parecia não intender o que estava acontecendo, olhei para Harry, ele estava do mesmo jeito que Fudge, mas eu já tinha entendido, por causa do nome que eu tinha dado ao grupo Dumbledore iria assumir a culpa dizendo que ele era o criador de tudo e livrar Harry disso.

Não pude deixar de agradecer Dumbledore mentalmente.

_É Armada de Dumbledore, Cornélio - o diretor explicou - Não de Potter. De Dumbledore.

A compreensão inundou os olhos do ministro.

_Você? - ele perguntou debilmente.

_Isso mesmo. - Dumbledore confirmou.

_Você organizou estudantes para uma armada?

_Isso mesmo, hoje seria o primeiro encontro, apenas para saber se eles tinham interesse em se juntar a mim, mas, pelo visto, foi um erro convidar a Srta. Edgecombe.

Marieta confirmou com a cabeça.

_Então você tem conspirado contra mim! - Fudge berrou.

_Isso mesmo - Dumbledore disse alegremente.

_NÃO - Harry gritou.

Shacklebolt lhe lançou um olhar de advertência, McGonagall o olhou ameaçadoramente e eu não pude me impedir de cutuca-lo no braço com a varinha que ainda estava na minha mão desde que eu sai do quarto de Harry.

Os olhos de Dumbledore passaram por onde eu estava desde que entrara na sala. Harry olhou de relance para o lado, onde eu estava e voltou a encarar Dumbledore e Fudge.

_Não, Prof. Dumbledore!

_Fique quieto Harry, ou receio, terá que sair da minha sala - Dumbledore disse isso olhando para onde eu estava e depois voltou a olhar para Harry.

Entendi que isso também foi um aviso a mim.

_Weasley - Fudge chamou o garoto ruivo que não parava de anotar coisas ao seu lado - Anotou tudo?

_Sim senhor - ele respondeu conferindo as anotações - Esta tudo aqui.

_Ótimo, faça as suas notas e mande uma copia para o Profeta Diário, se for rápido a noticia sairá na edição da manhã - o garoto concordou e sair correndo da sala.

Eu não tinha percebido antes, mas agora que Fudge tinha dito o nome dele eu percebi que ele era o filho dos Weasley’s que tinha abandonado a família para ficar ao lado do ministério.

_Você agora será escoltado para o ministério - ele voltou a falar com Dumbledore - Onde será acusado formalmente e depois levado a Azkaban para esperar o julgamento.

_Sim, - Dumbledore confirmou com a cabeça - Achei que teríamos esse transtorno.

_Transtorno?

_Ora, não achou que eu iria... Como dizem, sem fazer barulho, achou? - Dumbledore perguntou. - Porque eu não tenho a menor intenção de ir para Azkaban.

Fudge olhou para Dumbledore como se tivesse sido atingindo por um balaço e não conseguisse acreditar.

_Não seja bobo Dawlish - Dumbledore disse quando, após uma ordem silenciosa de Fudge, o segundo auror que ate agora eu não sabia o nome pegou a varinha do bolso. - Se tentar me levar à força, terei que machucá-lo.

Dawlish olhou para Fudge sem saber o que fazer.

_Então - Fudge disse debochadamente - Você pretende duelar comigo, dois aurores e Dolores, sozinho?

_Pelas barbas de Merlin - Dumbledore exclamou - Não, a não ser que vocês me obriguem a isso.

_Chega de disparates - Fudge exclamou e puxou a própria varinha - Prendam-no.

Assim que a ordem foi dada um raio prateado lampejou pela sala e o chão tremeu. Vi McGonagall puxar Marieta e Harry para baixo pelas vestes, Harry ergueu o braço tentando me achar para me puxar para baixo junto com eles. Antes que ele me achasse eu mesma me abaixei e puxei seu braço para baixo.

Eu não sabia se a capa ainda estava me cobrindo por completo mas não tinha como conferir. 

Outro raio disparou, os quadros berraram, a Fênix do diretor guinchou e uma nuvem de fumaça encheu a sala.

Um corpo caiu a nossa frente, alguém gritou “Não”, depois um baque e um grito agudo, um gemido e depois nada.

Só silêncio.

_Vocês estão bem? - Dumbledore perguntou se aproximando de nós.

_Sim! - McGonagall respondeu se erguendo e arrastando Harry e Marieta com ela.

_Não! - exclamei me levantando também, deixando a capa cair no chão.

_Tenho que dizer Srta. Potter - Dumbledore me olhou um pouco aborrecido - Que foi muito imprudente a sua vinda a minha sala esta noite, se o ministro ou Dolores tivessem descoberto você e a capa da Invisibilidade o prejuízo seria maior do que já foi.

_É, já sei, eu podia ter sido expulsa, ou posto tudo a perder, ou ter a capa do papai confiscada pelo ministério, sei de tudo isso - disse impaciente.

Olhei para a sala, Umbridge, Fudge, Shacklebolt, e Dawlish estavam caídos no chão, a escrivaninha de Dumbledore tinha tombado, papeis tinham se espalhado e alguns objetos que ficavam em cima da escrivaninha do diretor estavam quebrados.

_Infelizmente, tive que azarar Quim também ou pareceria suspeito - Dumbledore falou - Ele foi muito rápido em modificar a memória da Srta. Edgecombe, agradeça a ele por mim Minerva - McGonagall assentiu - Eles não demoraram para acordar - continuou - finjam que o tempo não passou, você - ele olhou para mim - volte para baixo da capa, e vocês, - ele voltou a olhar para Harry e os outros - ajam como se o tempo não tivesse passado, eles não se lembraram...

_Aonde você vai Dumbledore - McGonagall perguntou - Largo Grimmauld?

_Ah, não - Dumbledore respondeu - Fudge irá desejar nunca ter me tirado de Hogwarts, prometo.

_Professor... - Harry começou sem saber o que dizer.

_Escutem vocês dois - Dumbledore o cortou - Estudem Oclumência o máximo que puderem, façam tudo o que o Prof. Snape mandar e, Harry, pratique especialmente antes de dormir para conseguir fechar a mente para os pesadelos, você vai entender muito em breve...

Enquanto Dumbledore falava eu olhei para Harry acusadoramente, quando ia dizer a Dumbledore que Snape não estava mais dando aulas a Harry, Dawlish começou a se mexer.

_Vocês dois vão compreender - sussurrou Dumbledore.

Fawkes que estava voando pela sala mergulhou em direção ao diretor, Dumbledore segurou a calda da Fênix, ouve uma labareda e os dois desapareceram.


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Notas finais do capítulo

Quem quer ler a minha fic nova?
Sinopse:
Quanto você acha que vale a palavra de um garotinho de 10 anos Quanto você acha que vale a promessa de uma criança?
Conheço muita gente diria que não vale nada, Alice é uma delas.
Eu penso o contrario, a promessa de um adulto não vale nada, mas de uma criança pura e inocente que se agarrou com todas as forças a essa tal promessa, vale muito.
Alice era uma criança quando viu o pai assassinar a mãe e depois ser abandonada em uma boate de prostituição.
Quando Alice achava que não tinha nem uma chance de ser feliz naquele lugar ela conheceu James. Seu melhor amigo, um garotinho magricela, loiro e de olhos castanhos que trouxe de volta o pouco de esperança que ela tinha na felicidade.
Mas James foi afastado dela brutalmente, como uma coisa ele foi vendido no mercado negro e mandado para Deus sabe onde. Mas não foi embora antes de prometer que voltaria, sua última promessa, sua última esperança, seu último adeus.
_EU VOU VOLTAR ALICE - James prometeu - EU VOLTO PRA TE BUSCAR, EU JURO. EU VOU VOLTAR ALICE.
Alice se agarrou a promessa com todas as forças que tinha.
Mas ele nunca voltou.
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"Somente feche seus olhos
O sol está se pondo
Você ficará bem
Ninguém pode te machucar agora
Ao chegar a luz da manhã
Nós ficaremos sãos e salvos"
(Safe and Sound - Taylor Swift)