Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, beleza?

Então, não tenho muito o que falar só obrigada pelos comentários =D

Gostei muito desse capítulo *-* Acho que vai ser polemico u.u

E acho que vocês vão querer me matar...

E gente, será que vocês não tem dó de mim não? Porque nem metade das pessoas que acompanham a fic comentam, então, sei lá, só vou dizer que cada vez eu desanimo mais.

Capítulo ta ai, beijos.



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Caminhei pelos corredores calmamente ate as masmorras, não estava com a mínima pressa e nem um pouco preocupada em ser pega fora da cama depois do horário já que estava com a capa do papai.

Assim que entrei no meu quarto vi Draco sentado em minha cama com a cabeça apoiada nas mãos olhando para baixo, ele levantou a cabeça e franziu o cenho para a capa do papai que estava na minha mão. Passei por ele em silêncio e sem o olhar, ele também não disse uma palavra.

Fui ate a cômoda que tinha no quarto e joguei a capa dentro da única gaveta que tinha chave, tranquei a gaveta só por segurança e coloquei a chave no bolso da calça.

Me virei para olhar pra Draco, ele continuava sentado na cama me olhando. Desviei o olhar focando a parede as suas costas.

_Sai. - murmurei.

_O que? - ele perguntou, não sei se por não ter escutado ou por não acreditar que eu estava mandando ele embora.

_Sai do meu quarto - disse um pouco mais alto - Agora!

_Não. - ele respondeu descrente.

_SAI DO MEU QUARTO AGORA MALFOY - gritei e escancarei a porta. Fiquei parada com a mão apoiada na maçaneta da porta esperando ele entender que eu não o queria aqui.

Draco levantou e foi ate a porta, delicadamente tirou a minha mão da porta e a fechou.

_Não vou sair Evolet - ele disse - A gente precisa conversar.

_Conversar o que? - perguntei asperamente.

_Por que não me contou? - ele perguntou, a voz carregada de magoa. - Por que não me contou que estava armando junto com o Potter?

_Por que eu não te contei? - repeti a pergunta irritada - Por que você não me contou que estava investigando o meu irmão? - involuntariamente comecei a alterar um pouco a voz de raiva.

_E desde quando você se importa com o Potter? - perguntou também irritado - Ate onde eu sabia vocês mal se falavam.

_NÃO SEJA IDIOTA MALFOY - comecei a gritar incapaz de me conter - HARRY É A ÚNICA FAMILIA QUE EU TENHO, ÚNICA, VOCÊ REALMENTE ACHAVA QUE EU NÃO ME IMPORTAVA COM ELE? REALMENTE ACHA QUE EU O ODEIO? EU POSSO SER A PIOR IRMÃ DO MUNDO, MAS MESMO NUNCA TENDO MANDADO SEQUER UMA CARTA PRA ELE E DIZENDO QUE O ODEIO EU SEMPRE ME IMPORTEI COM ELE. - isso era verdade, tirando a época em que eu estava realmente muito puta por ter que mudar de escola por culpa dele, eu nunca o odiei de verdade.

_A questão não é essa Evolet, - ele contestou - A questão é que você não me contou o que estava aprontando com o seu irmão, eu achei que você ia ser expulsa hoje sabia? Se você tivesse confiado em mim...

_Confiado em você? - perguntei debochada - Não seja hipócrita.

_Não estou sendo hipócrita, estou falando a verdade, se você tivesse confiado em mim e me contado o que estava fazendo eu poderia ter te avisado.

_Primeiro; - disse calmamente - você não teria avisado coisa nenhuma porque sabia que eu iria contar aos outros e estava morrendo de vontade de se vingar do Harry por ele contar a todos que seu pai é um Comensal, no mínimo você daria um jeito de me prender no dormitório. Segundo; - continuei a falar secamente - você esta sendo hipócrita sim, porque você têm MILHARES - gritei - de coisas que me esconde do mesmo jeito que eu tenho um MILHARES de coisas que não te conto.

_Se você me contasse as coisas eu não te esconderia tanta coisa. - ele retrucou.

_ESCONDERIA SIM - joguei na cara dele - E SABE POR QUE? POR QUE VOCÊ É FILHO DE UM COMENSAL E EU SOU IRMÃ DO HARRY.

Draco deu um passo pra trás surpreso com o que eu tinha acabado de dizer, nós sempre tínhamos evitado tocar nesse assunto família e eu tinha pego ele de surpresa agora.

Eu não tinha percebido mas eu estava chorando, de raiva e de dor pelo que eu iria fazer a seguir, mas seria o melhor pra mim, pra ele e pra todos.

_Porque a gente não pode confiar um no outro e porque isso nunca ia dar certo - continuei com a voz embargada - Acabo Draco.

Me controlei ao máximo para controlar o choro enquanto estava no começo e consegui, pisquei varias vezes para espantar as lágrimas e não começar a soluçar na frente dele, não queria me humilhar a esse ponto.

Eu achei que ele iria dizer que não, que a gente não podia acabar assim e pedir pra continuar. Realmente achei, e queria que isso acontecesse com todas as forças que eu tinha, com toda a esperança que ainda restava, mas não, depois de um tempo em silêncio ele apenas sussurrou:

_Você tem razão. - ele concordou olhando para o lado.

Eu queria gritar e dizer que não, ele sempre discutia de brincadeira comigo dizendo que eu nunca tinha razão e agora concordava.

_Quando a guerra estourar nós vamos estar de lados diferentes - ele previu - Do mesmo jeito que você não vai abandonar o seu irmão eu não vou abandonar os meus pais.

Draco deu um passo e parou a minha frente, acariciou meu rosto e me deu um beijo casto na testa como despedida, depois me soltou e saiu do quarto em silêncio.

Escutei a porta fazer o “Clic” de quando é fechada e me joguei na cama.

Não tinha outro jeito Evolet, tentei me consolar abraçada ao travesseiro, não tinha outro jeito.

Me virei na cama de modo que pudesse olhar a porta e a fiquei encarando esperando que ele voltasse, rezando para que ele voltasse. Quando vi que isso não aconteceria esperei as lágrimas virem, mas, assim como ele, elas não vieram.


(...)



Eu não dormi, passei a noite toda deitada na cama encarando a porta sem me mexer, só me movi quando Boris começou a raspar a porta para entrar e eu tive que ir abri-la.


Olhei no relógio que ficava na mesinha de cabeceira, ainda eram seis horas da manhã mas eu não conseguia mais ficar parada, se continuasse assim iria pirar.

Levantei da cama e fui para o banheiro tomar banho, soltei meu cabelo e joguei a roupa que eu estava desde ontem no cesto, entrei embaixo da água quente esperando que ela levasse toda a dor embora como fazia quando estava gripada.

Obviamente não funcionou.

Quando vi que meus dedos já estavam completamente enrugados sai da água e coloquei um pijama de calor - um short xadrez rosa e uma camiseta de alcinha branca - e depois de cinco minutos percebi que não estava tão quente para usa-lo mas não mudei de roupa, enrolei a toalha no cabelo e parei no meio do quarto.

Eu não tinha ideia do que fazer, estava morrendo de dor de cabeça e de sono mas sabia que não conseguiria dormir mesmo que tentasse.

Olhei outra vez no relógio, seis e meia. Cedo demais para tomar café.

Dei um suspiro cansado e olhei a minha volta procurando alguma coisa pra fazer, reparei que meu quarto, estava uma bagunça e tinham roupas e livros jogados para todos os lados, minha cama estava bagunçada e ate os brinquedos do Boris estavam jogados pelo quarto.

Olhei para a minha escrivaninha, minha bolsa estava parada em cima dela junto com um monte de pergaminhos e uma pena.

Arrumar o quarto ou estudar? Nenhum dos dois, o que eu precisava mesmo era de uma amiga.

Fui ate a escrivaninha e me sentei, joguei a minha bolsa para o lado e revirei os pergaminhos que estavam jogados procurando um que não tivesse nada escrito, quando achei peguei uma pena e comecei a escrever.

Laurie, quanto tempo.

Olhei para o que eu tinha escrito, fiquei assim por cinco minutos ate que percebi que eu não queria escrever, queria conversar, mas não tinha com quem falar nessa porcaria de escola.

Soltei a pena e comecei a arrumar meu quarto sem a ajuda da varinha como eu fazia sempre. Dobrei as roupas, guardei as que estavam limpas e coloquei para lavar as sujas, coloquei os livros no lugar e organizei os pergaminhos que estavam na escrivaninha em ordem de importância dentro da gaveta. Cartas em cima, anotações em baixo.

Depois de limpar a minha mochila e o meu malão eu fui obrigada a expulsar Boris da minha cama, ele miou por um tempo irritado então eu coloquei meu travesseiro no chão para ele deitar.

Arrumei a minha cama e depois coloquei o travesseiro - com o Boris deitado folgadamente em cima - de volta na cama.

Quando terminei já eram sete horas então tirei a toalha do meu cabelo e o sequei com um feitiço que Laurie tinha me ensinado há muito tempo.

Coloquei meu uniforme e fiz uma maquiagem leve, tomando cuidado para esconder as olheiras da noite não dormida. Meus cabelos caiam pelas costas com as pontas cacheadas naturalmente.

Olhei no relógio outra vez, ainda cedo mas não conseguia mais ficar no quarto. Peguei minha bolsa e sai.

Passei pelo Salão Comunal, alguns alunos já estavam lá e me ignoram como era o costume, não me contive e passei os olhos por cada um para ver se Draco estava no meio deles. Não estava, ainda era cedo pra ele subir.

Sai de lá e fui para o Salão Principal, não estava completamente vazio, tinha umas trinta pessoas e alguns professores.

Me sentei na mesa da Sonserina, deixei minha bolsa cair ao meu lado e comecei a comer. Olhei para o resto do salão procurando alguém conhecido. Vi alguns alunos da A.D. mas ninguém com quem eu quisesse conversar. Com o tempo algumas pessoas foram chegando e o salão começou a encher devagar, vi Harry e os amigos na mesa da Grifinória.

Ninguém com quem eu pudesse conversar. Então eu percebi o que há muito tempo eu não lembrava, ninguém gostava de mim aqui, eu não era bem vinda. Olhei para o banco ao meu lado da mesa, ninguém a um metro de cada lado, e sempre foi assim, o único que ficava perto de mim por vontade própria era Draco, do resto, desde Harry até os que eu não conhecia me evitavam.

Escutei um burburinho a minha volta e escutei uma garota cochichar alguma coisa com outra e depois olhar para mim.

A encarei com uma sobrancelha arqueada, ela desviou o olhar e olhou para a porta. Segui seu olhar e congelei com o que vi.

Draco estava entrando junto com Pansy, Crabbe e Goyle. Tudo bem, eu esperava mesmo que ele voltasse a andar com eles já que não precisava mais ficar comigo, mas eu não achava que ele iria sair pegando aquela vadia com menos de vinte e quatro horas solteiro.

O burburinho de conversa parou e todos, do salão inteiro, pararam para olhar Draco e Pansy na mesa da Sonserina, mais necessariamente para olhar o banco bem a minha frente onde os dois estavam se agarrando.

Pansy estava pendurada no pescoço de Draco quase se jogando no seu colo e ele agarrado a ela como um desentupidor de pia.

Escutei um barulho de alguma coisa quebrada e senti minha mão arder.

O burburinho de conversas voltou e todos agora estavam olhando para mim, não entendi o porquê ate que olhei a minha mão que estava ardendo e vi o copo que antes eu estava tomando suco quebrado em minha mão sangrando.

O casal parou de se agarrar e Pansy olhou para mim como se quisesse me humilhar - e obviamente queria - dizendo que eu tinha perdido.

Draco evitou me olhar.

Senti aquele nó não muito familiar a mim na garganta e a minha visão embaçar. Peguei um guardanapo e enrolei na minha mão machucada, peguei a minha bolsa e sai calmamente, de cabeça erguida e sem olhar pra trás.

Quando vi que estava longe o bastante do Salão Principal sai correndo, as lágrimas rolavam soltas pelo meu rosto, de dor pela minha mão machucada e de dor por ter sido traída.

Tudo bem, não estávamos mais namorando, eu tinha terminado com ele, mas custava ele esperar 24 horas para sair catando a vadia da Parkinson?

Só vi para onde estava indo quando cheguei ao banheiro do segundo andar, e isso me fez chorar mais ainda porque era onde a gente tinha se beijado pela primeira vez.

Deplorável Evolet, realmente deplorável.

Tire o guardanapo da minha mão e senti meu corpo amolecer, desde que tinha tido aquelas malditas detenções com a Umbridge eu passava mal quando via sangue, enfiei a mão embaixo d’água para estancar o sangramento, na verdade não sabia se ia acabar com o sangue ou aumentar. Esperava que diminuísse.

Deixei minha mão embaixo d’água e deitei a cabeça na pai, com a testa apoiada no mármore gelado comecei a me acalmar.

_Você tem que ir a enfermaria. - Draco disse as minhas costas.

Levantei a cabeça assustada, odiava quando ele fazia isso, chegar em silêncio e do nada começar a falar, quase morria do coração quando ele fazia isso.

_Superou rápido hein. - murmurei olhando o seu reflexo pelo espelho rachado.

_Evolet... - ele começou.

_Não - o interrompi - Não quero saber, sai daqui Malfoy, a buldogue deve estar correndo atrás do osso dela.

_É melhor assim - ele murmurou - Vá à enfermaria. - e saiu do banheiro sem dizer mais nada.

_VOCÊ NÃO MANDA EM MIM MALFOY - gritei para a porta do banheiro e voltei a chorar.

Cai no chão soluçando e fiquei por lá enquanto a minha mão sangrava e a água da torneira caia as minhas costas.


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Notas finais do capítulo

Algum erro avisem não tava com muita paciência para corrigir, beijos.

A E ANTES QUE EU ESQUEÇA, JÁ ERA PRA TER PERGUNTADO ISSO NO CAPÍTULO PASSADO MAS ESQUECI.

O que vocês acham que vai acontecer nos próximos capítulos, e quando a guerra estourar?

Quero muito saber se alguém tem pelo menos ideia do que eu quero fazer u.u