Kizuna escrita por teffy-chan


Capítulo 19
Capítulo 19 - Dia Tempestuoso




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Em um dia de chuva, quando Tadase voltava da escola...


– Mais rápido, Tadase, mais rápido! - Kiseki gritava, voando à sua frente - Vamos logo ou vai chegar em casa encharcado até os ossos!
– É fácil pra você falar, não tem que desviar dos obstáculos no caminho enquanto corre equilibrando um guarda-chuva! - o garoto rebateu - Droga, mesmo com esse guarda-chuva eu já estou todo molhado... devia ter trazido uma capa de chuva
– Não diga bobagens, você não é mais um garotinho pra usar capa de chuva, Tadase! - seu Chara repreendeu - Agora pare de reclamar e vamos depressa!
– Tá bem, tá bem... ah, espera, Kiseki, o sinal fechou - ele parou na calçada, encolhido de frio e tremendo um pouco, completamente encharcado, enquanto esperava o sinal abrir. Poucos segundos depois, avistou Amu e Nagihiko, vindo da direção para onde ele ia
– Ué... Tadase-kun? Só está voltando da escola agora?! - Amu indagou ao vê-lo
– Oi... pois é, tinha umas coisas que eu precisava resolver - ele respondeu, forçando um sorriso, mesmo com todo o frio que sentia - Mas, Hinamori-san, você não tinha dito que ia fazer compras com a Nadeshiko-chan hoje?
– Eu ia, mas com essa chuva toda, nós acabamos desistindo, e deixamos as compras pra outro dia - Amu respondeu - Então, eu acabei encontrando com o Nagi e ele disse que me levaria pra casa, e ela foi pra casa dela na frente
– Ah, agora que você falou... acho que a Naddy esqueceu o guarda-chuva em casa - Nagihiko comentou - Caramba, se esqueceu mesmo, ela deve estar encharcada, tadinha... espero que ela tenha parado em algum lugar pra esperar a chuva passar
– Fujisaki-kun, o caminho mais curto pra sua casa daqui é por onde eu estava vindo, não é? - o Rei perguntou
– Hein? Ah, sim... você volta uma rua, e vira à direita ao invés da esquerda - o Valete respondeu - Mas pela hora a Naddy já deve ter chegado, você não devia ir lá com uma chuva dess... ei, Hotori! - Nagihiko chamou, mas já era tarde demais, o loiro já tinha saído correndo pela mesma direção daonde estava vindo
– Ah, deixa ele, Nagi, ele deve estar preocupado com a Nadeshiko - Amu riu, achando aquilo muito fofo
– É, acho que sim - ele concordou meio à contragosto - Com um cara desses por perto, acho que não preciso me preocupar com a minha irmã - ele acrescentou, seguindo em frente com Amu.

"- Ou talvez... seja motivo pra eu me preocupar mais ainda com ela".





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Enquanto isso, há algumas ruas dali, uma certa garota corria o mais depressa que conseguia naquele chão molhado, suas roupas, corpo e cabelo completamente encharcados e pingando grossas gotas de chuva pelo caminho, e respirando com certa dificuldade, tanto pela correria quanto pelo frio que sentia por estar tanto tempo embaixo daquela chuva gelada. Ela tentou apertar o passo para chegar o mais depressa possível em casa, mas acabou escorregando na calçada molhada, e teria caído de cara no chão se um garoto surgido sabe-se lá daonde não a tivesse segurado pelo braço.


– Nadeshiko-chan! Você está bem? Se machucou? - o garoto perguntou, e Nadeshiko teve a impressão de que a chuva havia parado por um momento. Quando olhou para cima, porém, viu que ele havia colocado seu guarda-chuva sobre ela
– Tadase... kun - ela murmurou ao encarar seu rosto - O que está fazendo aqui? Sua casa não é pro outro lado?
– É sim, mas... bom, eu encontrei a Hinamori-san e o Fujisaki-kun agora à pouco, e eles me contaram que você estava sem guarda-chuva, então... acabei vindo
– V-Você veio aqui nessa chuva... por minha causa? - ela murmurou, sentindo o rosto esquentar mesmo com todo o frio que fazia - N-Não precisava ter feito isso, você pode pegar um resfriado
– Mas eu estava preocupado com você! E você está pior do que eu, Nadeshiko-chan, está toda molhada! Vamos, eu levo você até em casa, então pode usar o guarda-chuva
– Mas se eu usar o guarda-chuva você vai mesmo ficar gripado!
– Eu estou bem, não se preocupe - ele insistiu, embora estivesse claramente morrendo de frio
– Aham, está bem sim... bem molhado você quer dizer né - ela comentou com ironia - Bom, mas se você insiste em me acompanhar, então... e-então vamos dividir o guarda-chuva, tudo bem?
– Tudo bem então - e sem mais aviso, ele passou o braço ao redor do dela, puxando-a mais para perto
– E-Ei, q-q-que pensa que está f-fazendo?! - ela gaguejou nervosa, tornando a corar
– É que desse jeito será mais fácil de cobrir nós dois com o guarda-chuva - ele respondeu sorrindo, como se não tivesse feito nada de embaraçoso - Anda, agora vamos.


Eles caminharam em silêncio por alguns minutos, andando o mais rápido que a chuva lhes permitia. Nadeshiko podia sentir claramente seu corpo roçando no dele, movendo-se de um lado para o outro enquanto andavam. Talvez fosse impressão dela, mas, o fato de suas roupas estarem molhadas por causa da chuva agora parecia tornar esse pequeno contato físico ainda mais evidente, o que só servia para deixá-la cada vez mais nervosa. Porém, antes que a garota acabasse tendo um ataque de pânico, eles chegaram à propriedade dos Fujisaki. Tadase ia deixá-la ali na porta mesmo e seguir para sua casa, mas ela lhe disse que, já que o garoto teve o trabalho de acompanhá-la até em casa, devia pelo menos entrar e se secar um pouco, e esperar até a chuva passar.


– Ano... tem certeza de que não tem problema eu esperar aqui? - o Rei perguntou meio hesitante
– É claro. Minha mãe não está em casa, e parece que o Nagi não chegou ainda, então não precisa se preocupar - ela respondeu, torcendo os cabelos encharcados à entrada da porta. Por alguma razão aquela simples visão da Rainha torcendo seus longos cabelos molhados parecia ser suficiente para deixar Tadase meio hipnotizado, como se estivesse em transe. Ele a observava com os olhos fixos nela, sem piscar uma única vez, o rosto esquentando perigosamente rápido - Tadase-kun? Está me ouvindo?? - ela o chamou, despertando o garoto de seus devaneios
– Hein?! Ah, desculpe... o que você disse? - ele perguntou sem graça, sacudindo a cabeça com força e forçando-se a desviar os olhos daquela visão tentadora
– Eu perguntei se você não quer entrar e se secar... será melhor, ou você pode acabar pegando um resfriado - ela repetiu
– Ah, claro... está bem
– Então, eu vou pegar uma toalha. Eu já volto.


Nadeshiko adentrou mais a casa, indo buscar a toalha, mas como reparou que tanto seu cabelo quanto seu uniforme ainda estavam encharcados, achou melhor se secar primeiro, antes que pingasse gotas d'agua pela casa inteira. Retirou a roupa molhada, pegou uma toalha, e secou seu corpo, e quando estava secando os cabelos, sentiu alguma coisa roçar em suas pernas, assustando-a, e fazendo a garota soltar um grito por causa do susto. Obviamente, Tadase ouviu o berro da garota, e seguiu a direção de sua voz, indo até onde ela estava. Mal abriu a porta e sentiu Nadeshiko se jogar nos braços dele, gritando apavorada com o que quer que tivesse roçado em sua perna.


– Nadeshiko-chan! O que aconteceu?! Por que está gritando?? - o garoto indagou alarmado
– A-A-Alguma coisa roçou na minha perna! T-Tem alguma coisa aqui! - ela gritou assustada, ainda agarrada à ele.


Tadase olhou em volta, e viu um pouco mais a frente duas pequenas criaturas, que aparentemente tentavam carregar uma toalha, agora caídos no chão.


– Pare de gritar, Nadeshiko, somos nós, não precisa se assustar! - Temari exclamou, voando até a dona
– Francamente, que mulher mais nervosinha... como você estava demorando demais, nós viemos pegar a toalha pro Tadase, não precisa ficar berrando feito uma escandalosa! - Kiseki completou de mau-humor
– São vocês... - Nadeshiko murmurou ao avistar os Charas - Caramba, não façam isso, me deram o maior susto.


Uma vez recuperada do susto, Nadeshiko finalmente deu-se conta da situação em que se encontrava: Graças ao medo do desconhecido, ela abraçou Tadase por insisnto, só reparando agora que o garoto estava sem camisa (provavelmente havia tirado porque estava molhada da chuva) e tinha um dos braços enlaçando sua cintura. Sem falar que ela mesma não se encontrava em uma posição lá muito decorosa: Havia retirado o uniforme da escola, e agora trajava apenas uma camiseta branca que estava por baixo do uniforme (e um tanto transparente agora por estar molhada) e um shorte curto de lycra que adquirira o hábito de vestir por baixo da saia. Corou furiosamente ao dar-se conta de que estava abraçando um garoto seminu, ao mesmo tempo em que também não estava vestida muito decentemente, e reprimiu um grito, soltando-se dos braços surpreendentemente fortes de Tadase. Colocou os próprios braços ao redor do corpo, de forma protetora, enquanto lutava para não olhar para o peitoral nu do garoto, ainda que seus olhos fossem misteriosamente atraídos naquela direção. Ainda que a garota não estivesse em trajes menores, por algum motivo a visão de Nadeshiko com uma blusa quase transparente e com um shortinho apertando de lycra era muito mais sugestiva e tentadora do que se ela estivesse sem eles, e provocou em Tadase pensamentos ainda mais insanos (pra não dizer indecentes). O loiro sentiu seu coração acelerar perigosamente, ameaçando saltar pela boca a qualquer momento, enquanto o frio da chuva que antes tomava conta de seu corpo era rapidamente substituido por um inexplicável calor que dominava rapidamente por cada pedacinho de seu corpo.


– Etto... m-me desculpe, eu... e-entrei aqui sem pensar, e... e-eu não pretendia... - Tadase murmurou meio incoerente, forçando-se a desviar os olhos da blusa semi-transparente que ela usava
– N-Não se preocupe, não tem problema - ela respondeu, tão ou mais corada do que ele. Viu o garoto encará-la mais uma vez, uma das mãos estendidas na direção dela, meio vacilante, sem saber se devia recuar ou avançar. Sentiu ele tocar seu rosto, acariciando-o de leve, e sentindo a textura macia da pele dele contra a sua, enquanto um forte arrepio percorria suas costas, e que não era causado pelo frio. Nadeshiko fechou os olhos, apreciando melhor aquela sensação, sentindo um rastro de calor espalhar-se pelo lugar onde ele tocou, e teve a impressão de ele estar aproximando seu rosto do dela, já que podia sentir a respiração quente dele batendo em sua face. O que provavelmente foi algum tipo de engano pois, logo depois, ouviu Tadase espirrar
– D-Desculpe - ele falou meio sem graça, coçando o nariz - Acho que... essa chuva realmente não me fez bem
– Eu disse que era melhor você se aquecer um pouco, não disse? - ela falou, reprimindo uma risada - É melhor tomar um banho e se aquecer um pouco enquanto espera a chuva passar. Posso colocar suas roupas pra secar também, mas acho que isso deve demorar um tempo, então... acho que você não iria querer usar uma roupa minha enquanto espera, mas posso ver se alguma roupa do Nagi cabe em você se quiser...
– Ah, certo... é claro. M-Mas não tem problema mesmo, eu tomar banho aqui? - ele perguntou hesitante, tentando por tudo no mundo não olhar na direção da peça de roupa íntima superior dela, agora parcialmente exposta devido à sua camiseta molhada e transparente, que seus braços não conseguiam esconder por completo
– Claro que não tem problema. Além do mais, é melhor do que você acabar pegando um resfriado, me sentirei culpada se você ficar gripado por minha causa. Venha, é por aqui - ela deu alguns passos, mas, ao ver que ele continuava hesitando em acompanhá-la, o puxou pela mão e disse - Céus, o que deu em você hoje, Tadase-kun?! Vamos logo, você precisa se aquecer antes que acabe ficando doente mesmo!


Ela o guiou por alguns corredores desertos, até que pararam em frente á um cômodo grande demais para ser um simples banheiro.


– Bem, aqui estamos. Tem sabonete, xampu, condicionador, enfim, tudo que você precisa dentro do armário, pode usar o que quiser - ela falou, apontando para um armário branco com um espelho na porta - E, a banheira é dividida do resto do banheiro por uma porta, então... t-tudo bem se eu... sabe... s-se eu entrar aqui depois pra deixar as roupas e a toalha...? - ela indagou num murmúrio, abaixando a cabeça numa tentativa de esconder o rubor de seu rosto
– Ahh... c-claro, sem problema. A casa é sua afinal - ele respondeu, coçando a cabeça sem graça e desviando os olhos dela
– Certo. Então, eu... b-bom, acho que vou usar o banheiro do meu quarto e tomar um banho lá também. Mas não se preocupe, eu não demoro! Daqui a pouco eu volto com roupas secas. E pode deixar suas roupas naquele cesto, que eu coloco na secadora depois, está bem? Então... e-eu volto daqui a pouco - ela saiu do cômodo, batendo a porta e deixando o garoto sozinho.


Sem outra opção, Tadase juntou os produtos que usaria para o banho, colocou-os próximos à banheira, e começou a se despir, deixando o uniforme molhado na cesta que ela indicara. Por mais que evitasse pensar no assunto, sentia-se estranho fazendo isso ali. Não costumava passar tanto tempo na propriedade dos Fujisaki, e nas raras vezes em que isso acontecia, tinha que enfrentar a mãe da garota, então não havia a menor chance de ele passar por uma situação assim. No tempo que passava com Nadeshiko fora da escola, eles costumavam sair e irem passear em algum lugar, e nas pouquíssimas vezes que iam pra casa de alguém, eles acabavam indo para a casa de Tadase, então ele se sentia mais seguro lá. Mas, por alguma razão, fazer essas simples coisas do dia-a-dia como tomar banho ou comer na casa dela, lhe dava a impressão de que estava fazendo alguma coisa errada.


Tentando não pensar nesse assunto, ele entrou na banheira e deixou-se afundar na água quente e perfumada. A temperatura estava perfeita, e pareceu aquecer instantaneamente cada pedacinho do seu corpo gélido. Aquilo era tão relaxante, que parecia levar embora todas as suas preocupações. Agora entendia porque Nadeshiko sempre dizia que um banho de banheira sempre acalmava seus nervos, aquela água era realmente uma delícia! Então ela sempre relaxava assim, imersa na banheira... imersa? Espera um minuto...


– É mesmo. Essa é a banheira.. onde a Nadeshiko-chan toma banho todos os dias - Tadase murmurou para si mesmo, uma onda de pensamentos estranhos invadindo sua cabeça. A lembrança de Nadeshiko usando um shortinho apertando e uma camiseta transparente voltou à sua mente, sendo rapidamente seguida pensamentos ainda mais indecorosos - É aqui que ela... sempre toma banho. Ela... e-entra sem roupa aqui, onde eu estou agora, e... ahhh o que estou pensando?! - ele sacudiu a cabeça com força, cobrindo o rosto extremamente corado com as mãos, numa tentativa de espantar esses pensamentos absurdos para longe - Não é hora de ficar pensando essas coisas estranhas! Não posso ficar pensando nessas coisas, eu estou na casa dela agora! Isso mesmo... estou na casa dela agora... na banheira dela... o-onde ela sempre toma banho...
– Tadase-kun?
– Waaaahhhhh!!!


Ele ouviu uma voz tremendamente familiar chamando seu nome à porta, e soltou um berro com o susto, sentindo seu coração falhar em algumas batidas. Nadeshiko estava parada à porta. Isso era péssimo, por que justo numa hora dessas?! Será que ela veio até ali porque descobriu as insanidades que ele andara pensando?!


– D-Desculpe... eu te assuntei? - ela perguntou, ainda à porta - Eu trouxe uma toalha e roupas secas... posso entrar e deixar aí?
– Ahh... é claro. Claro, pode sim - ele respondeu, tentando normalizar as batidas de seu coração, e extremamente aliviado de que ela não tivesse percebido o que ele andava pensando. Ouviu a garota andando até o cesto onde deixara suas roupas molhadas do outro lado da porta, pegar seu uniforme encharcado e deixar roupas secas no lugar. Antes de sair, ela parou à porta e disse:
– Tudo bem se eu colocar seu uniforme na secadora junto com o meu?
– C-Claro, sem problema
– Certo então. Bem... e-eu vou sair agora, então, fique o quanto quiser, ok? - ele a ouviu fechando a porta, seus passos se afastando aos poucos.


Mesmo ela tendo dito aquilo, não lhe parecia prudente permanecer mais tempo sozinho ali. Aquela banheira parecia estar lhe provocando pensamentos cada vez mais estranhos, então achou melhor sair de uma vez. Depois de ter certeza de que ela já havia se afastado o suficiente, ele saiu da banheira, se enxugou, e vestiu as roupas deixadas ali por ela: Uma calça de moleton cinza, uma camiseta branca com o emblema de um time de basquete nela, e um casaco azul-marinho. Ficavam meio grandes nele, mas era muito melhor do que ter que vestir seu uniforme encharcado.


Tadase saiu do banheiro, e começou a andar sem rumo pelos corredores desertos, que pareciam ser todos iguais, perguntando-se aonde a garota teria ido. Ela disse que ia colocar as roupas dele pra secar, mas não tinha a menor idéia de onde ficava a área de serviço. Encontrou um corredor vagamente familiar, que o levou até a cozinha, quando ouviu um grito estridente, indicando que ela estava por perto. Tadase correu na direção do grito, até que a encontrou. Nadeshiko também já havia tomado banho e trocado de roupa, agora vestia uma saia longa com babados, toda branca e com estampa de flores de cerejeira, e um casaco verde-claro com rendas na gola e nas mangas. Estava parada de pé, de frente para o que ele supunha ser uma ser uma secadora, segurando uma peça de roupa mínima com a ponta dos dedos, e uma expressão que misturava vergonha e pavor no rosto completamente rubro. Tadase a reconheceu imediatamente. Aquilo lhe pertencia, era uma peça de roupa íntima dele para ser mais exato.


– - I-Is... i-is-isso é... é u-um-uma... u-uma c-c-c-cu-cue...
– Ahhh!! Gomen!! - Tadase atravessou o cômodo numa velocidade espantosa, e arrancou a peça de roupa das mãos dela, jogando-a de volta na cesta - G-Gomen nee Nadeshiko-chan... me esqueci que isso estava aí. N-Não precisa lavar isso se não quiser...
– N-Não acredito que coloquei as mãos nisso... - ela choramingou, colocando as duas mãos junto ao peito, apertando os olhos com força
– D-Desculpe... o-olha, você não precisa se incomodar com isso... não precisa colocar na secadora também se não quiser - ele falou sem graça, corando também
– N-Não... tudo bem - ela respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar - P-Pode colocar. Só... c-coloque você mesmo, por favor, não quero tocar nisso de novo...
– Sim, é claro - ele colocou a roupa na secadora, enquanto ela permanecia de olhos fechados - Já está aí dentro. E agora... qual botão eu aperto?
– Ah... p-pode deixar que eu termino - ela terminou de ligar a secadora, que começou a trabalhar - Ano... você quer comer alguma coisa?
– Mas não vai te dar trabalho?
– Não tem problema, eu estou com fome também, iria cozinhar alguma coisa de qualquer jeito - ela respondeu, um pouco mais calma - Mas ainda está cedo pra jantarmos... então, vou fazer onigiri, tudo bem?
– É claro! E me desculpe... por não poder ajudar. Realmente sou uma negação na cozinha, então...
– Ah, não se preocupe com isso, eu gosto de cozinhar - ela respondeu sorrindo, pegando os ingredientes, e enfileirando-os sob a pia. Colocou o arroz para cozinhar, enquanto picava o salmão para usar como recheio
– Sugoi... você realmente leva jeito pra isso, Nadeshiko! - Kiseki intrometeu-se, observando a garota mais de perto enquanto ela cortava o salmão com uma velocidade impressionante
– Melhor não se aproximar muito, Kiseki, ou posso acabar te machucando com a faca - ela avisou, e o Reizinho saiu voando para trás do dono
– A Nadeshiko não gosta que cheguem muito perto enquanto ela está cozinhando, então é melhor ficar longe mesmo, Kiseki - Temari avisou, também um tanto afastada da dona
– Bom, cada um com suas manias, mas... ainda assim, ela parece ter mesmo habilidade pra isso - Kiseki falou, espiando por cima do ombro do dono - Mas isso é bom! Prova que ela é de fato uma boa Rainha, em todos os sentidos!
– Q-Que foi que você disse Kiseki?! - Nadeshiko gaguejou, cortando um pedaço do peixe mais grosso do que os outros por acidente
– Ei Kiseki não diga essas coisas que parecem ter duplo-sentido - Tadase repreendeu - Mas, uma coisa é verdade: Você sempre cozinhou muito bem mesmo, desde pequena... fico muito feliz em poder comer sua comida de novo, Nadeshiko-chan!


Da primeira vez ela escapou, mas dessa vez, não consegiu. Nadeshiko sentiu seu coração dar uma cambalhota, enquanto seu rosto esquentava rapidamente. Ficou tão nervosa com o comentário do Rei que acidentalmente acabou cortando o dedo. Ela largou a faca, soltando uma exclamação de dor. Examinou o dedo ferido, e viu grossas gotas de sangue vermelho-vivo brotarem do machucado.


– Ahh céus... quantas vezes preciso dizer á vocês dois pra não falarem esse tipo de coisa enquanto ela está com uma faca na mão?! Acaba dando nisso! - Temari exclamou, tarde demais
– Não é nossa culpa se a sua dona é tão desastrada, oras! - Kiseki rebateu, virando o rosto pro lado
– Ora, eu vou te mostrar quem é a desastrada! Venha já aqui!
– Ahh! Fique longe de mim sua maluca! - Kiseki gritou, saindo voando pra longe em seguida, com Temari em seu encalço
– Você está bem Nadeshiko-chan? - Tadase perguntou, se aproximando dela depois que os Charas se afastaram
– Sim, estou bem... foi só um corte - ela respondeu, ainda observando mais gotas de sangue brotarem do machucado - Não se preocupe, é só lavar que...


Porém, antes que Nadeshiko completasse a frase, Tadase a segurou pelo pulso e, sem mais aviso, abocanhou o dedo ferido dela. Nadeshiko ofegou de surpresa, e corou violentamente, tentando puxar o dedo de volta, sem sucesso. Quando sentiu o garoto passando a língua pelo corte, desistiu de tentar puxar a mão de volta, e deixou que ele continuasse. Podia sentir claramente a língua do Rei passeando pelo seu dedo ferido, em um vagaroso movimento de vai-e-vem. Mesmo quando o corte já havia sido estancado, Tadase continuou a lamber o dedo dela por mais alguns segundos, fechando os olhos para apreciar melhor aquele sabor tão atrativo. A pele da garota era incrivelmente macia, e tinha um sabor meio adocicado, que parecia impedí-lo de se afastar. Quando finalmente percebeu que não poderia continuar com aquilo por muito mais tempo, ele retirou o dedo dela da boca e, ainda de olhos fechados, depositou um delicado beijo sobre o corte, agora estancado. Se afastou alguns passos, finalmente soltando o pulso dela e, quando reabriu os olhos, disse:


– Prontinho. Agora, além de parar de sangrar, a dor também vai sumir num instante
– Ahn... o-ob-obrigada... eu acho - ela murmurou sem jeito, o rosto ainda irremediavelmente corado - Mas você não precisava ter... f-feito isso
– Imagine, você está cozinhando sozinha, é o mínimo que eu podia fazer! - ele exclamou, como se passar saliva no dedo dos outros realmente fosse capaz de curar um machucado. Curiosamente, porém, parecia estar funcionando, o corte nem doía mais. Ou vai ver a vergonha que ela sentia era tanta que até se esqueceu da dor. Pensando bem, isso era mais provável
– C-Certo... bem... e-então eu vou continuar - ela virou-se de costas para ele e voltou a se concentrar no peixe que estava picando, tentando fingir que nada daquilo aconteceu.





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Pouco tempo depois, a comida ficou pronta, e os dois chamaram seus Charas para comerem junto com eles. Depois de comerem, Tadase ajudou a lavar a louça, e eles passaram o resto do dia conversando, rindo, falando sobre alguns documentos do Royal Garden e até trocando dicas de anime. E, por volta das dez da noite, Nadeshiko achou melhor que ele passasse a noite por lá mesmo, pois já estava tarde e ainda chovia forte lá fora. Enquanto Tadase foi telefonar pra casa para avisar que dormiria fora essa noite, e Nadeshiko foi arrumar outro futón para ele no quarto, ouviu-se o portão principal se abrindo lá fora. Assim que Tadase desligou o telefone, a porta de entrada se abriu, e Nagihiko entrou por ela, completamente encharcado da chuva.


– Ei Naddy, cheguei! Cara, estou faminto, o que tem pra jant... ué... Hotori?!
– Boa noite, Fujisaki-kun - ele cumprimentou ,já prevendo o pior
– Boa noite... por acaso você... está aqui desde aquela hora??
– Isso mesmo
– Humm... - o Valete murmurou, sua mente trabalhando rápido - E essas roupas...
– Ah, isso... como meu uniforme ficou molhado por causa da chuva, sua irmã pegou pra mim. Desculpe usar suas coisas assim sem pedir
– Não, não, tudo bem - Nagihiko deu de ombros, pouco se importando. Realmente, o que menos lhe interessava agora eram as roupas que o loiro usava - Por acaso você... está pretendendo dormir aqui?
– Bom... na verdade sim
– Nagi! - sua irmã chamou, antes que o Valete pudesse dizer alguma coisa sobre aquela informação - Okaerinasai... você demorou, o que houve? Pensei que ia ficar na casa da Amu-chan
– Tadaima Naddy - ele respondeu, ainda encarando o Rei - Pois é, eu saí de lá há algum tempo, depois passei na casa do Souma e ficamos jogando videogame... mas tive um pressentimento estranho e resolvi voltar pra casa. E parece que meu pressentimento estava certo afinal... posso falar com você um minuto, Naddy? Em particular.


Sem esperar por uma resposta, ele arrastou a irmã pelo braço até a sala ao lado, e falou, no tom de voz mais baixo possível:


– Isso é sério, Naddy?! Que história é essa de ele dormir aqui?? Você pretendia passar a noite sozinha com um garoto sem ninguém em casa, é?!
– Não fale como se ele fosse um garoto qualquer, Tadase-kun é meu namorado há quase dois anos, e você sabe disso! - ela rebateu, também em voz baixa - Além do mais, essa não é... bom... n-não é como se fosse a primeira vez que dividimos o mesmo quarto, você sabe!
– Mas é a primeira vez que ele vai dormir aqui em casa, no seu quarto! - Nagihiko sussurrou impaciente - O que pretende dizer à mamãe sobre isso quando ela chegar, hein?!
– Vou dizer simplesmente que, ou ele veio me visitar cedo, ou que ele passou a noite no seu quarto, ué
– E ainda por cima quer me usar como álibi, sua cara de pau?! - Nagihiko exclamou indignado
– Ora, como se você nunca tivesse feito isso! Sabe muito bem que, sempre que a Amu-chan vem dormir aqui, você diz pra mamãe que ela vai passar a noite no meu quarto, mas é com você que ela dorme! - a Rainha respondeu, apontando um dedo acusador na cara do irmão
– I-Isso é... isso é diferente, Naddy!
– Diferente por que?! Só porque você é um garoto, enquanto eu sou uma menina, é?? - ela perguntou - Nada disso, direitos iguais, Nagi! Se você quer me usar como álibi, que seja, use à vontade, mas eu também farei o mesmo, ouviu?! E não se atreva a falar sobre isso pra mamãe nem pra ninguém, porque eu ainda sei sobre a sua coleção secreta de mangás que você esconde no seu quarto, ouviu bem?!
– Sua chantagista miserável, vai me ameaçar com isso até quando, hein?! - ele exclamou indignado - Aff... você precisa entender que isso é estranho pra mim, Naddy! Ver minha única irmã dividir o quarto com um garoto assim... eu não sei como lidar com isso!
– Você está se preocupando demais, Nagi... nós só vamos dormir, não precisa ficar desse jeito! Não vamos fazer nada de mais, eu prometo... então não se preocupe tanto, está bem?
– Hunf... tá né, fazer o que - ele bufou, ainda contrariado, voltando para a sala com a irmã logo em seguida
– Ano... tudo bem, Nadeshiko-chan? - Tadase perguntou preocupado quando os dois voltaram
– É, tudo bem sim - ela concordou, ainda um tanto inquieta - Certo, Nagi?
– Humm... é - ele murmurou contrariado - Naddy, estou com fome. O que vocês comeram, hein? - ele perguntou, tentando mudar de assunto
– Nós jantamos yakisoba, mas... tinha tão pouquinho, acho que já acabou
– Mas ainda tinha alguns onigiris na cozinha, não é? - lembrou Tadase
– Ah, é verdade. Acabei fazendo demais, então ainda deve ter onigiri na cozinha - a Rainha confirmou
– Ótimo, são meus - o Valete dirigiu-se até a cozinha e, antes que os outros dois pudessem sequer sair dali, ele voltou carregando uma bandeja com um prato enorme de onigiris e um copo de chá - Bom, eu vou pro meu quarto, então boa noite pra vocês. E Naddy... qualquer coisa, é só gritar, ouviu?!
– Tudo bem, Nagi, se uma barata atacar ou coisa do tipo, pode deixar que eu faço o Chara Change e mato ela, não se preocupe - ela respondeu, fingindo-se de desentendida
– Sim, claro... faça o Chara Change se alguma outra "coisa" tentar te atacar também - Nagihiko falou, ainda tentando fuzilar o Rei com os olhos, e se trancando em seu próprio quarto em seguida
– Ano... está tudo bem mesmo?? - Tadase tornou a perguntar, sentindo a tensão no ar
– Sim, tudo bem... consegui dar um jeito nele, de alguma forma - a Rainha respondeu, suspirando aliviada - Mas agora é melhor irmos dormir também, se minha mãe aparecer agora, aí sim que teremos problemas. E você ouviu né, se ela falar alguma coisa amanhã, você diz que passou a noite no quarto do Nagi!
– C-Certo...
– Ótimo, então vamos.


Os dois seguiram para o quarto dela, Tadase parando um pouco mais à porta. Fazia tempo que não entrava no quarto de Nadeshiko, mas estava exatamente do jeito que ele se lembrava. Sem falar que o lugar todo parecia estar impregnado com o cheiro da Rainha, deixando-o inebriado, e lhe provocando uma estranha vontade de ficar mais perto dela. Ele sacudiu a cabeça, tentando recuperar o controle de sua própria mente e, enquanto ela procurava alguma coisa no armário, ele depositou o Shugo Tama de Kiseki em uma escrivaninha, ao lado do ovo de Temari. Os Charas lhes desejaram boa noite, abrigando-se cada um em seu ovo logo em seguida.


– Etto... n-não tinha uma cômoda daquele lado? - Tadase perguntou, apontando para uma parede vazia, meio sem saber o que dizer naquela situação
– Ah, tinha sim, mas... meu Chara Change...
– Ah, entendo - ele respondeu rapidamente, antes que a garota concluísse a explicação
– Bom, você... você vai dormir assim mesmo? - ela perguntou, mudando de assunto - Se quiser posso perguntar ao Nagi se ele te empresta um pijama, ou...
– Não precisa, eu estou bem
– Certo. Bom, eu preciso... m-me trocar, então... será que você pode...?
– Ah, claro!


Ele virou-se de costas, o rosto levemente corado. Alguns segundos depois de ele ter se virado, Nadeshiko começou a se despir. Retirou o casaco, a camiseta e, depois de respirar fundo e tomar coragem, deixou a saia escorrer por suas pernas, tirou o sutiã e começou a vestir a camisola. Enquanto se vestia, olhava de esguelha para Tadase. Nas poucas vezes em que se trocaram juntos, eles trocavam de roupa ao mesmo tempo, então ela não podia observá-lo, mas resolveu fazer isso dessa vez. Viu o garoto abrir e fechar as mãos algumas vezes, apertando os nós dos dedos com força, aparentemente tentando se controlar. Mesmo ele estando de costas, dava pra perceber que devia estar terrivelmente corado. Depois de guardar as roupas que usava antes no armário, Nadeshiko falou:


– T-Terminei.


Quando ele se virou, viu a garota trajando uma camisola diferente da que ela usou durante a viagem às termas. Essa era longa, toda branca, indo até abaixo dos joelhos, sem manga e com alças finas, com um discreto laço enfeitando o decote. Parecia estar um pouco grande nela, já que era mais comprida e mais decotada do que as outras roupas de dormir que Tadase já a vira usando. O Rei sentiu seu coração dar uma forte cambalhota ao vê-la assim. Mesmo a camisola sendo comprida, lhe dava um ar incrivelmente sedutor. Tadase imaginou que a cor de seu rosto voltaria ao normal depois que ela se trocasse, mas se enganou, ele estava ainda mais corado do que antes, se é que isso era possível. E, mesmo com o clima frio que a chuva lá fora provocava, ele sentiu um calor inexplicável se espalhar por todo seu corpo. O cheiro dela, impregnado em cada canto daquele quarto, pareceu se intensificar ainda mais, e Tadase foi atingido por uma súbita vontade de tocá-la. Queria comprovar mais uma vez se a pele dela era tão macia quanto aparentava, provar daqueles lábios rosados se possível. Ele se aproximou alguns passos, e falou:


– Nee Nadeshiko-chan... por que você vestiu uma camisola assim, hein? Está querendo me provocar ou o que?
– O que?! D-Do que está falando Tadase-kun...?
– Você sabe muito bem do que estou falando - ele respondeu, caminhando lentamente na direção da Rainha, os olhos ainda fixos nela - Talvez seja só impressão minha, mas... você vestindo uma roupa tão atraente... sem falar que cada canto desse quarto está impregnado com seu cheiro... parece até que está querendo me seduzir.


Nadeshiko abriu a boca pra dizer alguma coisa mas, antes que o fizesse, Tadase cobriu a pouca distância que os separava e tomou os lábios dela para si. Ela corou furiosamente, sentindo o Rei envolver sua cintura com os braços, enquanto a beijava com certa pressa, como se dependesse do sabor dos lábios dela para sobreviver. Nadeshiko deixou escapar um gemido rouco quando ele intensificou o toque, e entreabriu os lábios, dando-lhe permissão para aprofundar o beijo. A Rainha podia sentir a textura macia da língua dele no interior de sua boca, explorando cada canto de sua cavidade bucal. Ela atirou os braços ao redor do pescoço dele, abraçando-o e acariciando seus cabelos loiros com uma das mãos, enquanto sentia ele puxá-la para mais perto, colando ainda mais seus corpos. Nadeshiko deixou suas mãos escorrerem pelo corpo dele, também abraçando-o com força, e ocasionalmente arranhando as costas dele conforme o garoto intensificava o beijo, fazendo o loiro deixar escapar alguns gemidos ocasionais. Tadase a beijava vorazmente, provando do delicioso sabor da Rainha, enquanto deslizava suavemente as mãos pelo corpo dela. Quando o Rei subiu um pouco as mãos, porém, encontrou uma coisa que não esperava. Ele arregalou os olhos e, afastando-se um pouco dela o suficiente para poder falar, mas ainda a abraçando, perguntou:


– Ei, Nadeshiko-chan... v-você não está usando... sabe... s-su-sutiã?
– O que...? - ela murmurou ofegante, ainda perdida em sensações - Não, não estou... geralmente se tira ele pra dormir, não sabia?
– C-Co-Como raios eu iria saber uma coisa dessas?! Isso é o tipo de coisas que só se ensina às meninas, aos meninos não!! - ele exclamou assustado
– Ah, certo... acho que tem razão.


Tadase ainda a encarava perplexo, recusando-se à soltá-la do abraço, perdido em pensamentos. Suas mãos estavam exatamente onde deveria ficar o fecho do sutiã, e agora tocavam suas costas nuas. E pensar que por baixo daquela camisola não havia completamente nada... por algum motivo isso causava uma série de pensamentos estranhos no Rei, sem falar que lhe provocava uma mistura de ansiedade e agitação que ele não sabia daonde vinha.


– Ei, Tadase-kun! - ela chamou, despertando-o de seus devaneios - Vai ficar me abraçando até quando, hein?! Não que eu esteja reclamando, mas... v-você está me olhando com uma cara tão estranha... não está tendo nenhum pensamento indecente, está??
– Hein?! N-Não, claro que não... desculpe - ele desfez o abraço, se afastando alguns passos dela
– Bem... acho melhor nos deitarmos agora - Nadeshiko falou, deitando-se em seu próprio futón. Tadase a imitou alguns instantes depois - Então... boa noite, Tadase-kun
– Boa noite - ele respondeu, ainda sentindo-se embriagado pelo cheiro daquela garota tão perto dele - Nee... eu posso.. abraçar você?
– O que?!


Em resposta, o garoto a puxou para mais perto dele, envolvendo-a em seus braços, e encaixando a cabeça dela no espaço entre seu ombro e a cabeça. Apertou-a um pouco mais forte, aspirando mais daquele cheiro tão delicioso que o fazia perder completamente o controle. Nadeshiko ofegou com o susto, sentindo suas pernas roçarem nas dele quando Tadase à puxou para perto, o rosto irremediavelmente corado.


– Ano... T-Tadase-kun...?
– Deixa eu dormir assim só hoje? É que... sinto que terei lindos sonhos se dormir assim pertinho de você - ele sussurrou no ouvido dela, já de olhos fechados
– Humm... c-certo - ela acabou concordando, fechando os olhos também e retribuindo o abraço. Logo o cheiro de morangos que o Rei exalava invadiu suas narinas, embalando-a por completo. Os dois estavam tão felizes por estarem junto a pessoa que amavam que nem perceberam quando adormeceram.



*** Próximo Capítulo: Acidentes Irreparáveis ***


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Notas finais do capítulo

Ohayou minna!
Podem falar, me empolguei nesse capítulo né, tanto no conteúdo qaunto no tamanho XD Embora tenha sido um exagero de empolgação da minha parte, eu espero que vocês tenham gostado! *--*
Leiam minhas outras fics também, onegai!!!
Fic estilo medieval de Shugo Chara:
http://fanfiction.com.br/historia/266701/Monochrome_Love/
Fic de Shugo Chara:
http://fanfiction.com.br/historia/212464/Shugo_Chara..._Ao_Contrario/
Fic Tadahiko que estou escrevendo junto com a Shiroyuki-chan:
http://fanfiction.com.br/historia/198965/Yakusoku/
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Kissus e até semana que vem ^__^