Baby, Baby Green Eyes.. escrita por gottabeyooooou


Capítulo 32
'Estamos bem?'


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal :)
Desculpe a demora, mas está aqui o capítulo novo.
Me digam o que acharam ok? :)



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Casa dos pais de Harry — 01: 12AM

 Tentei me lembrar qual das duas janelas acesas era a do quarto de Harry, por mais que tentasse não conseguia me lembrar e pra melhorar Zayn não havia me dito. — Pra que eu fui tão estúpida? Podia estar agora com o Harry, não assim, toda acabada implorando perdão pra ele. — Chutei uma pedra que estava no chão, ela bateu na porta do carro de Harry que estava parado no recuo da calçada, na frente da garagem. — Agora que ele não me desculpa mesmo... — Depois de ter verificado de vários ângulos se a pedra havia amassado resolvi ir até o quintal ver se conseguia ver alguém pela janela da cozinha ou descobrir qual das duas era a janela dele. Agradeci mentalmente por eles só terem a Daisy de animal de estimação, por que se tivessem um cachorro ele estaria me mordendo nesse exato momento devido à invasão de domicílio.

Para a minha falta de sorte as duas janelas tinham cortinas brancas, iguais. Cheguei mais perto da porta da cozinha e olhei através do vidro,  o andar de baixo da casa estava escuro e silencioso. — Como esse povo dorme cedo. — resmunguei baixo, Zayn tinha razão, eu parecia uma velha mesmo.

— Está tudo bem? — ouvi uma voz masculina vindo de trás de mim, levei um susto enorme.

— Sim. — disse antes de me virar. Ele deve ter visto minha expressão de medo. Sei que estou na Inglaterra, primeiro mundo, onde segurança é algo que tem em todo lugar, mas já eram mais de uma da manhã pelas minhas contas, alguém querer puxar assunto essa hora dá um pouco de medo.

— Eu moro aqui na frente.. você está procurando os meus vizinhos? — ele disse dando dois passos para frente e ficando mais perto enquanto apontava para a casa de frente da dos pais de Harry.

— Sim, estou..

— Olha, de manhã eu vi que o casal, Robin e Anne saíram logo após o almoço. Mas acho que o filho deles está ai. — ele disse esticando o pescoço e tentando olhar a faixada da casa. — É. É o carro dele que tá estacionado.

— É o Harry mesmo que estou procurando. — lhe respondi, sei que parecia grosseira.

— Você quer usar o telefone? Você pode ir até lá em casa..

— Muito obrigada, é.. desculpa, nem perguntei seu nome.

— Jake e o seu? — ele estendeu a mão para um comprimento.

— Vallerie. — ele fez um o com a boca, como se tivesse entendido tudo.

— Vocês estão brigados? — eu não sabia quem ele era, mas era óbvia essa pergunta, meus olhos estão inchados por ter chorado mais que um dia inteiro, estou do lado de fora da casa da mãe dele, eu olhei para baixo e depois para ele. — Não precisa responder, somos desconhecidos. — ele tinha percebido que eu estava desconfortável, dei um sorriso forçado. — Bom, se você quiser ir até lá usar o telefone é só bater na porta, ficarei acordado por mais algum tempo.

— Obrigada, mas creio que não será preciso.. muito obrigada do mesmo jeito.

— Boa noite.

— Boa noite. — ele deu um beijo em minha bochecha e seguiu para a casa dele. Harry já estava bravo comigo, imagine eu ligar pra ele da casa do vizinho no meio da madrugada, do jeito que ele está enciumado nunca iria voltar olhar na minha cara mesmo.

Dei a volta e fui para a frente da casa dele, os detalhes e acabamentos da lateral da porta eram de vidro, eu praticamente colei minha testa lá para tentar ver algo. Vi uma pequena faixa de luz vindo da direção da escada. Ouvi uma batida e logo corri de volta para o outro lado, alguém tinha fechado uma das janelas e agora as duas estavam apagadas e apenas uma fechada. — Será que esse não é o quarto dele? Será que tem duas janelas lá e eu nunca percebi? Capaz.. — estava falando sozinha como uma louca. Voltei para espirar na janela da cozinha, quem sabe ele não estava descendo.. Dei o primeiro passo e acabei tropeçando vaso, perdi o equilíbrio e me segurei no local mais perto, a maçaneta. Acabei descobrindo que ela estava aberta. Tentei fazer o mínimo de barulho possível e agradeci todos os santos que lembrava pelo alarme não estar ligado e ter acionado. Passei pela cozinha, sala de jantar, tudo estava exatamente igual a última vez que tinha visitado-os. Tudo no seu devido lugar, bem arrumada. A casa cheirava limpeza e biscoitos.. talvez seja ilusão.. Subi pela escada que tinha na sala de estar bem devagar, a luz do corredor estava acesa, quando cheguei no patamar da escada encontrei a porta de todos os quartos fechados.

Estava parada na porta do quarto dele, barulhos baixos vinham de lá. Não aguentava mais estar tão perto dele e não poder abraça-lo e dizer o quanto eu o amo. Queria acabar logo com todo esse peso que carreguei até chegar aqui. Virei a maçaneta e entrei, lá estava escuro, agradeci pelo costume deles deixarem a luz acesa, mas ela não chegava iluminar a cama, apenas tudo ficava mais claro no quarto. — Mãe? Não ouvi você chegando.. — a voz dele entregava que estava chorando. Ele estava deitado na cama de costas para porta, por isso não me reconhecera, estava na verdade jogado na cama, os joelhos dobrados perto do peito e o tronco abaixado, como parecesse sentir uma forte dor em seu abdômen, estava vestindo um short apenas. Cheguei mais perto e vi que ele estava abraçando um travesseiro enquanto enterrava a cabeça no mesmo. Me agachei ao lado da cama e comecei a fazer cafuné nele.

— Eu sou um namorado tão ruim por ela nem ter vindo atrás de mim? Ela estava certa.. devia ter dado mais atenção a ela e não deveria ter duvidado dela. Ela é tão perfeita rpa mim.. Eu que deveria ter ido até lá. — ele voltou a chorar novamente. — Eu prometi nunca machuca-la e olha o que eu fiz na nossa primeira briga, ela nunca mais vai querer me ver. — estava chorando junto com ele. — E daqui a pouco nós já vamos pra turnê, como vou larga-la aqui sozinha sabendo que ela esta me odiando? O que eu faço? Não quero perde-la, nunca amei tanto alguém quanto ela.. É como se eu tivesse me traído mãe, eu prometi mãe... Ela já sofreu tanto, eu não queria ser mais um peso na vida dela, ou ser alguém que só passou e ficou por pouco tempo, eu quero ser alguém que sempre estará ao lado dela. Eu quero ser o cara dela mãe, quero ter minha família com ela. Eu a amo tanto, tudo nela é tão perfeito, o sotaque estranho no inglês dela que só ela sabe fazer, o jeito que ela fica sem graça quando eu faço alguma coisa, ou quando ela acorda e está mais linda que nunca. — nós dois chorávamos demais e eu tentava me controlar para não deixar ele perceber. — Mãe?

— Hm. — fiz um barulho apenas para ele continuar sem qualquer suspeita.

— Sei que ela e eu estávamos errados, mas eu fui o pior, eu assumo meu erro, mas se você fosse ela, me perdoaria?  Será que ela vai me perdoar?

— Claro Harry. — ele parecia não acreditar que eu estava ali, quando se virou para mim apenas congelou seu olhar em mim. Me levantei e tirei a mão do seu cabelo, ele me imitou e se levantou. Olhei diretamente em seus olhos, mesmo eles estando com o contorno vermelho de tanto chorar, as pálpebras tão inchadas como as minhas. O quarto estava escuro, mas os seus olhos não tinham o mesmo brilho de antes.

— Posso te abraçar? — ele perguntou deixando mais lágrimas cair, não lhe respondi, apenas lhe puxei para mais perto. Quando nossos corpos se chocaram foi uma espécie de alívio. — Me desculpa, eu não deveria ter duvidado de você e ainda ter te deixado sozinha. — ele me segurava com possessão, seus braços estavam me envolvendo e passando a maior segurança que já tinha sentido em toda minha vida.

— Eu ouvi.. Mas a errada fui eu, não deveria ter falado para você tirar o foco da coisa mais importante da sua vida. Não quero nunca que você coloque sua carreira e o seu sonho em segundo plano, nunca Harry. — meu nariz tocava seu pescoço e minha cabeça pousava em seu peito. Ele tinha acabado sair do banho, certeza. Além de seus cachos estarem um pouco molhados o cheiro do shampoo dele estar predominando, sua pele estava ainda quente da água. — Me desculpa Hazza.

— Apenas estava pensando em como iria viver sem ter você aqui, junto a mim. Não consegui achar uma resposta. — nos separamos e ele secou minhas lágrimas. — Te desculpo apenas se você me desculpar. — Lhe abracei novamente. — Aceito isso como um sim. — depois de algum tempo ele completou. — E outra coisa, você faz parte dos meus sonhos, não posso te colocar em segundo plano. — soltei um sorriso sem graça.

— Hazza. — sussurrei quando ele beijou meu rosto.

— Estamos bem? — me aproximei novamente e passei a mão em seus cabelos.

— Sim. — eu disse lhe roubando um beijo.

— Nunca mais me deixe ser estúpido daquele jeito, não quero machucar seu coração amor. — nos abraçamos novamente.

— E eu não quero ficar brigada com você.Te amo tanto Hazza.

— Eu te amo mais Vally. — nos beijamos novamente.

...

Acordei com algumas batidas na porta, mas ainda não tinha entendido quem era, provavelmente algum dos meninos. — HARRY, TÔ ENTRANDO. — não demorei mais de cinco segundos pra reconhecer que era a voz de Anne, só senti o peso do cobertor em cima do meu corpo já coberto por um lençol.

— Calma mãe! — Harry disse quando ela estava abrindo a porta, ele estava sentado na cama. Quando percebi o que estava acontecendo apenas senti minhas bochechas virarem carvão.

— Oh!! Vallerie! Er... bom dia Vallerie. — ela disse surpresa por cima da pilha de roupas, ela deu meia volta e completou. — Finjam que eu não estive aqui e é bom vocês terem usado proteção! — ela disse antes de encostar a porta. — O café está na mesa pombinhos, desçam que quero conversar com vocês.

— Desculpa por isso. — ele disse para mim, ainda estava deitada enquanto segurava o cobertor próximo ao meu pescoço. — Pensei que ela ainda não tivesse chegado. — ele estava com uma cara de sono, o cabelo bagunçado enquanto coçava os olhos, parecia uma criança.

— Tudo bem Hazza, nós que perdemos o controle. — ele se aproximou e me beijou.

— Mais uma vez perdemos o controle. —ele me deu um selinho e completou. — Varry/Hallerie o casal sem controle. Parece até aqueles filmes que passam de tarde. — apenas ria junto a ele. — Bom dia né meu amor! — ele disse na maior animação, nem parecia que ele iria para o outro lado do oceano daqui algumas horas apenas.

— Bom dia. — respondi na mesma animação.

— Vamos tomar café?

— Vamos sim. — me sentei na cama e olhei a bagunça que tínhamos feito no quarto na noite passada, nossas roupas espalhadas pelo chão, a escrivaninha de Harry tinha algumas coisas fora do lugar, outras no chão.

— Estávamos inspirados essa noite não? — ele disse sorrindo, eu lhe empurrei um pouco forte que ele caiu deitado de novo na cama. — Hey amor, o que é essa violência? — nós dois ríamos.

— Imagino que não fomos silenciosos. — eu disse me levantando e indo até o banheiro enrolada no lençol que estava caído no chão.

— Nem um pouco. — ele disse mordendo o lábio inferior. — Devíamos ter ido pra minha casa.

— Não choremos pelo leite derramado. — dei a descarga e lavei a mão. — Pelo menos só nós estávamos aqui.

— Como você é linda Vallerie. — ele me abraçou por trás e nos olhamos pelo reflexo do espelho. — Como o seu sorriso é lindo.

— Ele só aparece quando estou com você. — ele olhou para a minha mão que carregava o anel que ele havia me dado.

— ‘I’m in love with you, and all your little things’ — ele cantou no pé do meu ouvido.

— Te amo Harry. — ele beijou meu pescoço. — Não quero brigar mais com você..

— Não vamos lembrar da dor, o importante é que estamos aqui juntos agora.. — ele disse beijando minha nuca e o outro lado do meu pescoço.

— Harry...

— Que tal um banho bem rápido? — ele disse arqueando uma sobrancelha.

— Sua mãe está esperando a gente pro café..

— Rapidinho Vally. — ele me virou ficando de frente a ele que fazia uma cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

— Cinco minutos, e é SÓ banho. — ele fez uma cara de triste por alguns segundos e depois fomos tomar banho.

...

No café da manhã.

Nos sentamos na mesa lado a lado.

— Agora sei da onde você aprendeu a cozinhar e preparar tantas coisas boas. — eu disse para Harry enquanto pegava um pedaço de bolo e colocava no meu prato. Anne passou pela cozinha e foi até lá fora

— Frutas Vally, frutas! — ele disse enquanto piscava apenas um olho, era apenas para Anne ouvir, segurei o riso quando vi o exagero que ele estava fazendo agora com o mel nas panquecas. — Coma as panquecas, são melhores que as minhas. — ele sussurrou.

— Bom dia de novo.

— Bom dia mãe. — Anne deu um beijo na testa do Harry e outro na minha.

— Bom dia Anne. — me lembrei de minha mãe, ela fazia isso toda manhã.

— Bom dia Vally. — ela disse de novo. — Então já voltaram a se entender? —Nenhum de nós respondeu, Harry apenas passou o braço por trás do encosto da minha cadeira que estava ao lado da dele com o maior sorriso e beijou minha bochecha. — Fico mais tranquila assim.

Hazza levantou a mão, como fazíamos na escola quando tínhamos uma dúvida, ele queria falar algo, mas tinha colocado um pedaço de maça na boca junto com panquecas, depois de longas mastigadas. — Quem contou pra você mãe?

— Olha, eu sei que vocês não postaram nada, nadinha que desse a entender que estavam brigados, aliás, a Vally nem postou nada. Mas foram de rumores pelo twitter, ai eu liguei para o Niall e ele me contou a história, depois de uma longa conversa nós dois entramos no twitter e desmentimos a separação. — ela se levantou e andou até o fogão para se servir mais chá. — Chá?

— Não, obrigada. — lhe respondi, ela voltou e se sentou novamente, antes de ela continuar a contar ela deu um sorriso e olhou para nós dois que estávamos comendo as deliciosas panquecas que ela havia preparado.

— Eu não iria deixar vocês se separarem desse jeito, sem resolver nada. — ela bebericou o chá. — Ele até chamou vocês dois de cabeça duras. Tentei ligar para você filho, mas você não atendia. — Harry pegou as mãos dela e beijou, achei essa atitude super fofa.

— Acho que deixei o celular no carro.

— Hm, depois me avisa se tá lá mesmo.. vai que sumiu de novo, ou você derrubou em algum lugar de novo...

— Nem cogite isso mãe.. aquilo deu muito trabalho e eu perdi todos os números.

— Tadinho, tenho certeza que perdeu o número de pessoas muito importantes... — ela disse rindo olhando de canto de olho para mim, lhe acompanhei.

                — Perdi mesmo, não lembrava o número da Vally. Ainda bem que os meninos tinham.. — eles se soltaram e Anne voltou para o seu chá. — Fico tão feliz em vocês duas se dando bem, para mim é muito importante.

                — Minha sogra é a melhor.

                — Não é melhor que a minha mãe. — ele disse fazendo uma careta engraçada.

                — Hey, eu ganho das duas! — ela disse rindo de nós dois fazendo careta e depois Hazza me roubou um selinho.

                Continuamos a conversar, olhei o relógio que ficava a cima da porta marcando oito horas. — Que horas sai teu voo Hazza?

                — Sabe que eu não sei, eles iam mandar um email com a passagem...

                — Quatro da manhã Harry, mandaram uma cópia no meu. A van vai passar no endereço da Vally e dos meninos, assim a maioria está no mesmo lugar.

                Eles continuaram a conversar e eu estava viajando nos meus pensamentos, às vezes ria das piadas deles para não parecer tão longe, mas Harry percebeu que eu estava incomodada.

                — Preocupada

com algo amor? — ele disse enquanto pegou minha mão e a beijou.

                — Apenas pensando em como faremos pra ocupar essas horas..

                — Harry, Harry, olha só o que você vai propor pra menina. — todos rimos enquanto guardávamos as coisas do café.

                — Que tal um piquenique na hora do almoço? — concordei com a ideia, pelo menos seria apenas nós dois por algum tempo. — Nós pegamos algumas coisas, vamos lá fora aproveitar o sol.

                — Eu aceito.

— A Vally vai te visitar na turnê? — Anne levantou da mesa e pegou uma cesta que tinha em um dos armários e começou a colocar algumas coisas.

— Claro! — Harry disse me abraçando de lado. — Quando ela souber quais dias ela poderá ir eu peço autorização.

— Seria legal se pegasse em alguns dias de folga, até podem ir conhecer o lugar..

— É uma ótima ideia. — sorrimos diante a outra ideia de Anne.

— Você conhece os Estados Unidos?

— Apenas Orlando..

— Ah, então vamos ver pra um lugar que você nunca foi, vemos um feriado prolongado e pronto. — disse Harry me beijando. — Er, vamos até lá fora.. quero te mostrar uma coisa.

— Tudo bem. — fomos em direção a frente da casa.

— Já volto, vou pegar meu celular no carro. — me sentei em um sofá que havia na varanda, depois de um ou dois minutos Harry voltou com o celular na mão e antes de sentar o guardou no bolso, estávamos abraçados.

— Posso ser um pouco egoísta?

— Eu sabia, já estava demorando. — ele disse rindo. — Pode sim, você tem 60 segundos. — ele fez olhando para o relógio e depois me abraçando.

— Como vou te deixar ir? Eu sei que esse é o seu trabalho, mas é que no final do dia nós nos falaremos apenas por Skype ou pelo telefone. — ele me puxou para o seu colo, encostei minha cabeça na virada do seu pescoço. — Sério Hazza você me deixou mau acostumada, sempre estou com vocês.. e agora todos vão embora. Aquele apartamento vai ficar triste e vazio..

— Vai passar rápido, você vai ver. E sempre quando você quiser pode ir me visitar. Só não prometo que eu volto pra cá por que é muito difícil eles deixarem a gente ficar indo e voltando.

— Se pudesse iria junto com você. — eu disse antes de nos beijarmos.

— Seu pai não tem uma filial lá pra você tomar conta? — ele perguntou.

— Temos uma em Nova York e outra em Seattle. Em uma fica um tio meu e na outra o filho mais velho dele, não sei quem em qual.. eles ficam trocando.

— Não tem como você ir pra lá? — ele disse beijando meu pescoço tentando me seduzir.

— Não tenho Hazza, sabe porque? — ele parou na hora e olhou para mim prestando atenção. — Além de eu não poder me meter lá, eu sou uma distração e você sabe que não se brinca em trabalho. — mordi meu lábio inferior.

— Mas eu não vou me prejudicar por causa da sua presença. — ele voltou a beijar meu pescoço.

— Não posso Hazza. Ai que vão brigar com você..

— Seria tão bom se desse... — me levantei do seu colo e fiquei de pé na frente dele.

— Olha, eu tenho um namorado perfeito, o que mais perfeito você queria?? Não dá né amor? — ele sorriu e nos aproximamos para nos beijar, mas acabei dando um beijo em seu nariz.

— Hey, não vale! — ele disse quando eu sai de perto dele.

— Então venha me pegar! — saí correndo em direção ao gramado.

— Vallerie, nem se canse, você sabe que eu vou te alcançar. — eu realmente tinha que ser rápida.

— Não vai não Hazza! — corremos por dois minutos e eu estava quase morrendo.

— Sua sedentária.

— Eu também te amo! — respondi rindo para ele, quando me dei conta ele tinha me cercado, estava de costas para uma das paredes da casa dele.

— Heeey. — ele sussurrou quando veio se aproximando e me beijou, o beijo foi esquentando e quando faltou ar ele foi beijar meus ombros, um dos meus pontos fracos. Nos beijamos na boca novamente e logo depois ele voltou a beijar meu corpo enquanto colocava a mão por dentro da minha blusa e fazia carinho nas minhas costas.

— Meu Deus! — eu disse olhando em direção a rua enquanto ele estava beijando minha nuca quase.

— O que foi Vally? — ele olhou para onde eu apontava preocupado e eu aproveitei para correr, mas acabei escorregando e caindo deitada na grama perto de uma árvore. — Machucou? — nós não parávamos de rir, fiz que não com o rosto e ele completou. — Bem feito! Quem mandou você correr de mim. — ele subiu em mim com uma perna de cada lado do meu quadril enquanto me prendia no chão e começou a fazer cócegas.

— P.. paaa.. paaara Hazza!.... Haarry. — eu nem conseguia respirar direito.

— Pede desculpas! — fiz que não com a cabeça. — AAAAH NÃO É? — ele continuou.

— Seeeeee... você continuar fazenn...do isso.. — eu disse tentando segurar as mãos dele, ele parou alguns segundos para eu conseguir respirar um pouco. — e eu tiver vontade de fazer xixi eu vou fazer em você!

— Vallerie está se rebelando senhoras e senhores! — ele disse olhando para os lados como se houvessem mais pessoas ali, o sorriso dele era lindo e com o sol um pouco forte seus cachos ficavam mais claros e os seus olhos também. — Pode fazer querida, você já fez coisa pior comigo. — ele disse piscando apenas um olho.

— Você não presta Harry! — eu disse rindo e nesse exato momento os irrigadores do jardim ligaram. Eles pareciam desregulados, porque muita água estava voando pelo quintal.

— Mãããe! — Harry gritou, o cabelo dele já estava um pouco grudado em sua cabeça. — Desliga isso!

— Harry não grita! — eu disse empurrando o tronco dele. Apoiei nos meus braços para tentar me esquivar de um dos jatos d’água, mas pareceu pior, outro que era mais perto estava muito mais forte.

— Pensando melhor isso está divertido. — ele disse olhando para a minha blusa branca já colada no corpo.

— Mas hoje você está muito pervertido não?

— Tenho que gastar a cota do mês todo, ou de até você poder me ver. — ele jogou seu corpo para frente e colocou um braço de cada lado de minha cabeça para não deixar o peso cair em mim.

— Hmm, pode ser que eu goste disso. — eu disse mordendo meu lábio e ele me beijou. Coloquei minhas mãos em suas costas que estavam ficando molhadas e uma delas subiu para a nuca dele, o trazendo para mais perto enquanto ele mexia no meu cabelo. Quando nos faltou ar ele deitou ao meu lado no chão e fez carinho na minha bochecha.

— Acho que teremos que pegar uma roupa da minha mãe ou de Gemma para você.. — ele disse apontando para minha blusa enquanto apoiava sua cabeça em sua mão ficando de lado para mim.

— E você precisa de um banho quente, se você ficar com dor de garganta suas fãs ficarão desapontadas. — eu disse me sentando e me afastando do jato de água, ele passou um pouco de terra molhada na minha bochecha e eu passei nas duas dele. — Pronto soldado.

— Antes uma foto desse belo momento. — ele disse rindo pegou o celular do bolso e se sentou ao meu lado.

— Melhor eu ficar a frente de você né? — olhei para baixo e vi que a blusa mostrava meu sutiã roxo, fiquei um pouco corada e fui para trás dele.

— Awn você corada! — ele disse zuando.

— Cala a boca e tira a foto! — eu disse antes de dar uma mordida leve em seu lóbulo da orelha.

— Num faça isso Vally. — dei uma risada contida. Quando ele ligou a câmera dianteira do celular vi que não era apenas ele que estava descabelado e sujo de terra, eu também.

— Meu Deus, parecemos dois loucos. — ele riu e eu o abracei pelas costas e beijei sua bochecha.

— Pronto. Olha como estamos fofos sujos de terra.

— Posta logo, antes que eu me arrependa disso.

— Pronto madame. — me levantei e andei até ficar em sua frente. — Me ajuda? — dei minha mão a ele. Ao invés dele se levantar me puxou para cima dele.

— Seu louco! — ele me abraçou fortemente quando cai em cima dele.

— Não vamos sair daqui, vamos ficar em silêncio, quem sabe eles não esquecem da nossa existência e podemos ficar aqui pra sempre.

— Isso, vamos tentar fazer isso, mas antes você pode ir tomar um banho e tirar essa blusa molhada? — ele se levantou comigo ainda abraçada a ele, tirou a blusa e a jogou ao nosso lado, me abraçou novamente e nos deitou novamente. — Harry Prático Styles.

— Hey e o Edward?

— Não sei, deve estar na sua casa com o Louis. — disse brincando como se fosse do Ed que estávamos falando, e não do seu segundo nome.

— Vally Vally.. — ele disse antes de me beijar novamente.

— Harry, Vallerie olhem para cá! — alguém com voz masculina disse, nos separamos.

— Vamos entrar, é um fotógrafo. — ele me ajudou a me levantar e depois pegou a camiseta dele e se levantou.

— Uma foto casal do momento, desculpem por nós atrapalharmos o romance. — eram flashes atrás de flashes. — Esse anel na mão dela é de noivado?

Harry parou na metade do caminho e engoliu seco. — Isso precisaremos responder.. — ele sussurrou.

— Foi presente de aniversário. — respondi olhando para os dois enquanto sorria.

— Harry, vira fique de frente, vamos tirar uma foto bonita dos dois.

— Mais tarde rapazes. — ele disse pegando minha mão e fomos para dentro de casa. Sabíamos que eles tiraram várias fotos, apenas pediram uma para que nós olhássemos diretamente para a câmera.

Passamos pela sala onde Anne via algum filme. — Então esse é o segredo? Tratamento de lama? — honestamente, não esperávamos por essa piada e continuamos rindo.

— Sim, esse é o segredo pra ter uma pele de bunda de bebê. — Harry disse brincando.

...

— Estaremos em todas as revistas com lama na cara, você todo sujo nas costas e as nossas roupas encharcadas. — eu disse enquanto secava o meu cabelo, já tínhamos tomado banho e tirado aquela nhaca toda.

— Quero ver essas fotos logo. — Hazza beijou o topo da minha cabeça. — Vou ver uma roupa de Gemma para você.

— Não precisa, a minha já deve estar secando na secadora..

— Então vou lá ver.. — ele saiu do quarto e eu continuei secando o cabelo.

Passou-se dez minutos e ele voltou, eu estava sentada em sua cama esperando ele voltar. — Só a sua calça jeans que está seca e as suas roupas intimas. Pega uma camiseta minha no armário.

Me levantei e comecei a procurar uma blusa, peguei uma bege, me troquei e prendi meu cabelo como um rabo de cavalo.

 — Bom, são quinze pras onze. O que você quer fazer? — ele me abraçou e se jogou para que caíssemos na cama.

— Maluco! — dei um tapa de leve em suas costas, seus braços estavam me segurando fortemente.

— Besta!

— Idiota.. — eu disse virando o rosto para longe do dele, fingindo estar brava.

— Perfeita! — ele beijou meu pescoço e eu me arrepiei inteira, olhei para ele e beijei sua testa.

— Parece que trocamos de papel, não tô acostumado a receber beijos na testa. — ele riu enquanto fazia graça da minha altura.

— Tonto.. — eu disse antes de beija-lo. — Vamos fazer o piquenique lá fora? Acho que não teremos sossego.

— Também acho.. já viu que tem de gente lá embaixo?

— Não vi.. Você não quer ir falar com eles?

— Eu queria, mas para atender todos levaria um tempo... — parecia que ele estava pedindo autorização.

— Vamos fazer assim, vai lá e fica um pouco, tira umas fotos e pronto. — disse arrumando o cabelo dele, o sorriso dele estava perfeito. — Eles merecem Hazza.

— Vamos ficar só mais um pouquinho. — nisso as fãs começaram a cantar lá fora. — Ok, é melhor eu ir. — ele beijou minha testa e foi.

...


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