*Vitória Parte*

  Tive que me arriscar, arriscar a minha felicidade e a de Niall para poder dizer sim. Joguei-me no meu conto de fadas. Fim.

  Niall quer me apresentar pros seus pais e eu não discuto, além do mais agora terei que conviver com eles. Mas um restaurante ‘fino’? Francês seria? OMG. Com que tipo de roupa se vai a um lugar assim? Eu e minha sina. Minha única saída vai ser minha Bff, já que vou ter que ligar, querendo ou não, para contar meu dia, minha SUPER-surpresa e etc, já aproveito e peço socorro.

  Liguei e caiu na caixa postal. - Ué, cadê meu anjo da guarda? – Liguei mais uma vez e para minha indignação, quem atende é Monique. Isso não é o pior: quando percebi que o telefone foi atendido e, deduzi ser Isa, falei toda histérica: “Amiga, estou namorando! Ele me pediu em namoro meu Deus! Niall me pediu em namoro!”.

  Depois de ouvir um: “O quê? O que foi que você disse?”, percebi que a voz era de Monique e gelei. Atoa, mas um calafrio me percorreu a espinha. Ouvi alguns murmúrios baixos pelo telefone: “Sua enxerida, quem deixou atender o telefone da minha casa? Que falta de educação! ” – Era Isa, com certeza. Pegou o telefone e se desculpou comigo:

  - Amiga! Ai, essa desgovernada te xingou, te maltratou ou outra coisa antes que eu pudesse chegar?

  - Não Is, relaxa. Só acho que ela não gostou muito do que eu disse, pensando que quem estaria ouvindo era você.

  - O que você disse? Porque ela saiu daqui que nem uma louca, gritando “Não pode ser! Aquela... aff!”

  - Estou namorando, mas afinal de contas, o que ela estava fazendo ai?

  -Você está o quê??? Me conta tudo!!!

  Não consegui fugir do assunto, mesmo intrigada com a história da Monique. Contei todos os detalhes a Isa, que me ouviu atenta e soltava alguns gritinhos nas partes fofas.

*Monique Parte*

  “Não pode ser! Não! Niall, meu amor de infância, namorando uma brasileira que mal conhece. E o pior de tudo é que ela é perfeita: tem um sorriso lindo, É linda, engraçada, gente boa e eu completamente a odeio por isso. Não vai ficar assim!” – Penso, enquanto deixo a casa da Isa e vou atravessando ruas e ruas sem prestar atenção, com sorte de os carros estarem presos no tráfego intenso da cidade. Preciso pensar em algo para me livrar da “perfeitinha”, logo, ou Niall nunca será meu.