Accidentally In Love escrita por MissLerman


Capítulo 7
Capítulo 7 A verdade


Notas iniciais do capítulo

Vocês leitores querem me matar, certo? Quase infartei quando vi 3 recomendações. A fic ta no começo ainda e eu já tenho 3 recomendações, vocês tem noção de como eu estou feliz? Estou muuuuuuuuuuuuito feliz. Digo e repito, tenho os melhores leitores do mundo. Aline e Paparella, o capítulo é todo de vocês *-*



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– Annabeth? - escutei a voz de Thalia.

Estava sonhando, disto eu tinha certeza. Eu estava deitada na grama e Thalia estava ao meu lado. Ela estava exatamente como eu me lembrava. E, para minha surpresa, eu também tinha voltado a ter 13 anos. Estávamos observando o céu, e rindo muito.

– Aquela nuvem parece um cavalo. - eu disse e Thalia riu.

– Acho que é o cavalo do seu príncipe, que está vindo te buscar.

Não consegui evitar de rir com aquele comentário. Um príncipe, será que algum príncipe algum dia viria me buscar? Nunca, afinal, príncipes sempre buscam princesas, e eu definitivamente não sou uma princesa.

Acordei um tanto feliz com aquele sonho. De alguma forma, senti que Thalia sempre estaria comigo, eu a encontrando ou não. Eu estava determinada e encontrá-la, mas como toda investigadora, tenho que olhar os dois lados da moeda. Aquilo que encontramos na casa dos Olimpius, era nada mais nada menos do que um veneno. Talvez quem fosse o responsável, usara esse veneno porque ele poderia não deixar resíduos. O único problema era que não tínhamos encontrado o corpo, e sem ele, não temos provas.

Peguei meu celular que estava ao meu lado e vi as horas, ainda eram 7:30, demoraria para Percy passar em casa. Decidi então, levantar e ir fazer algo mais útiil: procurar algum registro de Zeus Olimpius.

Não me dei ao trabalho de trocar de roupa, apenas corri para o meu notebook. Fui até ele e abri uma página privada do governo. Com ela, poderia encontrar tudo sobre qualquer pessoa em toda face da Terra. Eu sempre via meu pai usar, pois ele trabalhava, secretamente, para o Serviço Secreto. Então um dia roubei a senha dele com um pequeno truque com digitais que ele mesmo me ensinara. Infelizmente, ele morreu dias depois. Mas eu nunca mais me esqueci da senha: AnnabethAtena, meu nome e o de minha mãe.

Digitei o nome de Zeus e logo os registros começaram a se movimentar. Não demorou muito e a fixa completa de Zeus estava no monitor de meu notebook. Tinha fixa limpa na polícia, algumas infrações de trânsito, mas nada de mais, nenhum aluguel atrasado ou dívida bancária, uma bela poupansa, várias transações de dinheiro, mas nada ilegal... É, parece que ele era mesmo um cara honesto. Mas quando cheguei na área de trabalhos que ele já teve, quase não acreditei no que li. Ali constava vários cargos inferiores até que alcançasse o status de grande empresário. Mas entre estes, em último lugar, dizia: Agente do Serviço Secreto. Meu coração apertou quando eu li aquilo. Assim como meu pai, Zeus trabalhou no Serviço Secreto.

Minhas mãos tremiam, será que ele fora o parceiro de meu pai? Quase não acreditei em tudo aquilo. Era muito coincidência para ser verdade!

Cliquei no link e então uma nova janela se abriu. Dentro desta, estavam todos os casos que Zeus pegara, todas as datas de começo e de fim. Ele era o agente 68!

– Não... - aquilo escapou de meus lábios.

Lágrimas escorreram por meu rosto. Meu pai era o agente 96, e, se bem me lembro, ele falava vem ou outra sobre seu parceiro, o agente 68. Sim, eles haviam trabalhado juntos!

Aquilo explicava tudo. Explicava porque ele agira tão estranhamente comigo da primeira vez que nos falamos, de como ele ficava estranho, de como pensou já ter me visto e estremecido ao escutar meu sobrenome. Fiquei com raiva instantaneamente. Eu passara a vida toda querendo matar o parceiro de Frederick, meu pai, e aqui estou agora, trabalhando em um caso para ele! O destino é mesmo muito traiçoeiro.

Fechei o notebook e fui para o banheiro tomar um banho. Zeus havia ligado para Percy e pedido que fôssemos encontrá-lo hoje de manhã. E se ele tivesse visto que nós invadimos sua casa noite passada? Um bom agente do Serviço Secreto tem muito mais do que simples câmeras de vigilância. Me perguntei se não seria mais certo ir para a residência dos Olimpius previnida.

Depois de um banho demorado, sai do banheiro e vi que já era quase 9h. Coloquei uma camiseta de manga longa azul, uma calça jeans e meus All Stars. Penteei o cabelo e o enxuguei o máximo possível com a toalha. Ele ficaria parecendo um ninho de ratos daqui a algumas horas, então coloquei um elástico no bolso para prendê-lo mais tarde.

Já estava pronta quando escutei a campainha tocar. Corri para a porta e não me surpreendi ao ver Percy parado do lado de fora.

– Bom dia. - ele disse me dando um beijo no rosto.

Senti meu rosto esquentar. Sempre ficava constrangida quando Percy fazia isso, só não sabia bem porquê.

– Bom dia. - eu disse tentando esconder minha preocupação.

Percy me encarou por um minuto e então cruzou os braços. Ele me conhecia melhor do que ninguém, sabia exatamente quando eu escondia algo dele. Fiquei um tempo em silêncio, não sabia se devia ou não contar a ele. Mas ele meu amigo. Mais do que isso. Ele era meu parceiro, e estávamos neste caso juntos. Seria errado esconder dele uma informação como esta.

– Percy, eu... descobri uma coisa, e acho que você ficaria interessado em saber, afinal também é do seu interesse... - eu disse, e imediatamente Percy mudou de expressão.

Achei estranho, porque do nada ele começou a ficar nervoso. Mexia na camisa, nos cabelos, seus olhos estavam agitados... Me perguntei o porquê de tudo aquilo.

– Des-descobriu? O que... é? - Percy gaguejou.

Parei por um segundo e fiquei encarando-o também. Acho que seu café da manhã não havia lhe feito muito bem.

– Zeus trabalhou no Serviço Secreto. Mas é mais do que isso, ele era parceiro de meu pai... era ele, Percy!

Então Percy pareceu decepcionado por um minuto. Ele suspirou e mexeu nos cabelos por uma última vez. Ele estava estranho hoje, mais do que normalmente.

– Ah! claro, Zeus... É, bem, ele era meio suspeito mesmo... Mas o que faremos agora? - ele perguntou tentando fingir sua animação.

– Temos que ir prevenidos. - eu disse e caminhei para minha gaveta. Tirei de dentro dela um pequeno revólver. Meu pai dera de presente para minha mãe quando eu completei 10 anos, era por precaução, como ele dizia.

Percy deu risada e subiu um pouco a calça, revelando Contracorrente, sua faca de aço inoxidável que ele sempre carregava.

– Depois dizem que os homens não são previnidos. - ele disse abaixando a calça.

Revirei os olhos e coloquei a arma em minha cintura. Cobri com a blusa de modo que parecesse que não tivesse nada ali comigo. Estávamos saindo de casa quando sinto meu celular vibrar. Não me assustei ao ver que era apenas minha mãe.

– Olá, mãe. - eu disse atendendo meu celular.

Percy pegou as chaves de minha mão e trancou a casa. Caminhei em direção a seu camaro preto ainda com o celular no ouvido.

– Olá, filha. Tudo bem por ai?

"Claro, mãe, acabei de descobri que o cara para quem trabalho, além de ser suspeito de matar a própria filha, ainda fora o cara que trabalhou com papai!" pensei. Eu não contaria para minha mãe que estava trabalhando para Zeus, ela poderia surtar.

– Sim, mãe. E você, como está?

Percy deu risada e abriu a porta para que eu entrasse. Sussurrei um "Obrigada" e entrei no carro.

– Estou bem, filha. Percy está ai? - minha perguntou eufórica.

Na lista de futuros genros dos sonhos, Percy estava no topo. Ela insistia em dizer que nos casaríamos um dia. Mas eu sabia que nunca seria a garota certa para ele, ele merece alguém muito melhor.

– Está sim, mãe, e mandou um abraço para a senhora.

Percy riu ao meu lado. Eles sempre se deram muito bem.

– Mande outro para ele, querida. Tem algum plano para a janta hoje?

Eu já sabia onde isso iria parar. Uma vez por mês minha mãe organizava um jantar para toda a família. Tinha certeza que seria para isso que ela havia ligado.

– Não, mãe. Deixe-me adivinhar, jantar na sua casa novamente?

Dona Atena riu no telefone. Ela sabia que eu já tinha desconfiado.

– Sim, querida, te espero aqui as 7h, e traga Percy também.

Percy deve ter escutado seu nome, pois, assim que minha mão disse isso, ele abriu um largo sorriso para mim. Sorri de volta e disse para minha mãe.

– Certo, mãe, estaremos lá.

Depois de toda aquela melosidade típica de dona Atena, nos despedimos e Percy e eu seguimos para a mansão Olimpius. Quando contei a ele que jantaríamos com minha mãe hoje, ele ficou mais do que feliz, ficou até um pouco abestado. Ele realmente amava tudo o que minha mãe fazia. Percy havia perdido a mãe muito cedo. Quando ele tinha 5 anos, sua mãe teve uma reação a uma certa vacina, o que a matou alguns minutos depois. Seu pai, Poseidon, não era o melhor cozinheiro do mundo, então, desde que nos tornamos amigos, ele se oferece para almoçar conosco de vez em quando. Eu nunca reclamava, sabia que ele sentia falta de sua mãe.

Não demorou muito, chegamos até a mansão. Novamente, o portão estava aberto. Como estava dia, agora eu conseguia ver claramente cada detalhe daquela construção incrível. Para minha não surpresa, Zeus nos esperava do lado de fora.

Percy parou o carro e checou uma última vez Contracorrendo em seu tornozelo. Fiz o mesmo com minha arma na cintura. Descemos do carro e fomos até seu encontro.

– Nos chamou, sr. Olimpius? - Percy disse chegando perto.

Zeus nos fitou por um minuto e depois disse:

– Não acho que o melhor lugar para se esconder uma arma seja na cintura, Annabeth.

Senti meu coração acelerar na mesma hora. Como ele descobrira que eu estava com uma arma na cintura este tempo todo? Olhei indignada para ele.

– Desde que desceu do carro, você não tira a mão da cintura, como um cobra, você estava armando seu bote.

Mais do que depressa, tirei a arma de minha calça e apontei para ele. Zeus estava tranquilo, não movera um músculo sequer.

– Eu sei, Zeus, sei quem você é. Ou melhor, quem você foi! - disse tentando manter a calma.

Zeus riu sarcásticamente.

– Eu sei. Pelo visto entrou na página do Serviço Secreto, certo? Você é tão esperta quanto seu Frederick, Annabeth.

Olhei para Percy nervosa. Ele parecia estar tão nervoso quanto eu, não parava de mexer os braços. Zeus se lembrava de meu pai. O modo como ele disse seu nome, fora um tanto... carinhoso, como se eles realmente fossem amigos. Fiquei confusa. Meu pai só morreu porque seu parceiro não o havia socorrido a tempo. Será que Zeus não teve a intenção de deixar meu pai morrer?

Eu continuava apontando a arma para ele. Mas eu tremia demais, minhas mãos não conseguiam mirar em um ponto específico.

– Temos muito o que conversar, Annabeth. Sei que você quer respostas. - Zeus disse caminhando até mim e tirando a arma de minhas mãos.

Eu não sabia exatamente como agir. Corri para o lado de Percy e segurei firme sua mão. Ele se assustou um pouco no começo, mas depois apertou minha mão pequenina, mostrando que estava ali para me proteger.

Zeus virou as costas e caminhou até o quintal. Olhei para Percy confusa, não sabia que deveríamos seguí-lo ou não. Mas ele tinha pegado em meu ponto fraco, respostas! Puxei a mão de Percy e nos colocamos a seguí-lo. Ele havia entrado na velha casa dos fundos, a mesma que tínhamos invadido na última noite.


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Notas finais do capítulo

Então? Talvez Zeus não seja tão mal quanto vocês pensavam. Espero que tenham gostado blueberries, até amanhã NHAC ;3