Cheguei em casa totalmente ofegante, Charlie ainda não havia chegado, isso era bom, não queria que ele me visse assim. Resolvi fazer o jantar, strogonoff de frango, acho que Bella fez isso também no seu primeiro dia aqui.

E de repete outro flash.

FlashBack

´´Quando entramos na sala de aula, Angela foi sentar-se numa mesa de laboratório, com tampa preta,exatamente como as que eu estava acostumada. Ela já tinha um par. Na verdade, todas as mesas estavam ocupadas, com a exceção de uma. Ao lado da fileira do meio, reconheci Edward Cullen por seu cabelo peculiar, sentado ao lado da única cadeira vazia.Enquanto fui até o professor para me apresentar e pedir para que ele assinasse meu papel,secretamente observava Edward. No momento em que passei, ele ficou rígido de repente. Ele me encarou novamente, seus olhos encontraram os meus com a mais estranha das expressões em seurosto - era hostil, furiosa. Olhei para longe rapidamente, chocada, ficando vermelha novamente. Tropecei num livro e precisei me segurar em uma mesa. A menina sentada ali riu. Tinha notado que os olhos dele eram negros, como carvão.O Sr. Banner assinou meu pape l e me e ntregou um livro sem o besteirol das apresentações. Pude prever que nos daríamos bem. Obviamente, ele não tinha escolha a não ser mandar eu me sentar naúnica classe vazia no meio da sal. Mantive meu olhar baixo enquanto ia sentar ao lado dele, confusacom o olhar maldoso que ele tinha me dado.Não olhei para cima enquanto colocava o livro na mesa e me sentava, mas vi, com o canto do olho,sua postura mudar. Ele estava se inclinando para longe de mim, sentado bem na ponta da cadeira evirando a cara como seu eu tivesse cheiro ruim. D iscretamente, cheirei meu cabelo. Tinha cheiro de morangos, que era o perfume do meu xampu preferido. Parecia um cheiro inocente o bastante. Deixei meu cabelo cair sobre meu ombro direito, criando uma cortina escura entre nós, e tentei prestaratenção no professor.Infelizmente a aula era sobre anatomia celular, algo que eu já tinha estudado. Fui fazendo anotaçõesmesmo assim, sempre olhando para baixo.Não conseguia me conter e, de vez em quando, olhava para o garoto estranho ao meu lado, através da cortina de cabelo. Durante a aula toda ele não relaxou de posição, sentado na ponta da cadeira, omais longe possível de mim. Pude ver que sua mão sobre a perna esquerda estava em punho, os tendões se destacando sob a pele clara. Também não relaxou a mão sequer uma vez. As mangas dasua camisa branca estavam puxadas até os cotovelos, e seu braço era surpreendentementemusculoso. Ele não era tão frágil quanto parecia quando comparado com o irmão.A aula parecia se arrastar mais do que as outras. Será que era por que o dia estava finalmente acabando ou por que esperava que seu pulso fosse relaxar? Ele nunca o fez. Ele estava tão imóvelque parecia que não respirava. Qual era o problema dele? Será que isso era o comportamento normaldele? Me questionei sobre o que tinha pensado sobre a amargura de Jessica durante o alm oço. Talvezela não fosse tão rancorosa como eu pensava.Não poderia ser comigo. Ele nunca tinha me visto na vida. Espiei de novo e me arrependi. Ele estava me olhando novamente, seus olhos negros cheios derepulsa. Enquanto me afastava dele, me espremendo na cadeira, a frase "se olhar matasse" cruzouminha mente.Naquele momento o alarme bateu alto, me assustando, e Edward Cullen já tinha se levantado. Ele eramuito mais alto do que tinha imaginado, e de costas para mim ele se foi fluidamente. Antes quequalquer um dos outros estivesse de pé, ele já tinha saído pela porta.Fiquei congelada no lugar, olhando para ele. Ele era muito mau. Não era justo. Comecei a juntarminhas coisas devagar, tentando bloquear a raiva que me consumia, para não acabar chorando. Poralgum motivo, meu humor tinha ligação com meus canais lacrimais. Geralmente chorava quando estava com raiva, uma mania humilhante.´´

Me escorrei na bancada e cai lentamente, meus sentimentos estavam transtornados, ouvi um barullho, era de rodas, devia ser Charlie, levantei rapidamente e botei a mesa. Na noite passada - eu ja sabia disso, mas mesmo assim... - eu descobrí que Charlie não sabia cozinhar nada além de ovos fritos e
bacon. Então eu pedí pra tomar conta dos detalhes da cozinha enquanto durasse a minha estada. Ele ficou feliz o suficiente pra me passar a chave da sala do banquete. Fiz compras no supermercado e guardei os mantimentos nos devido lugares.

Chalie e eu já estávamos jantando, comíamos em silêncio, até que ele mesmo quebrou:

– Como foi á escola. - parecia - pelo tom de sua voz - que ele estava sendo obrigado á conversar comigo, dei de ombros.

– Foi bom. - sorri de maneira convincente bastante para que ele acreditasse que eu havia mesmo gostado, mas no fundo eu não estava nada feliz. Quando terminamos de jantar, eu lavei os pratos e os sequei, enquato Charlie olhava o jogo. Subi, alegando que eu estava cansada e tinha que fazer meu dever, Charlie acreditou. A melhor coisa em mim é, que eu podia simplismente fingir que estava bem, eu sabia mentir bem, - por menos que eu gostasse disso - , coisa que Bella não conseguia, e Edward sabia ler suas expressões bem o bantante para que pudesse ver a verdade nela.

Edward.

Me lembrei do nosso primeiro encontro.

FlashBack

– O que você sabe sobre nós, humana? - perguntou Edward, sua voz fria me assustou, estreitei os olhos e o olhei, seus olhos continuavam pretos - como no dia anterior - ao me ver.

– Eu apena sei. - respondi o mais calmamente o possível. Sua expressão só piorou.

Ele começou á apertar fortemente meu braço, que certamente deixaria um hematoma.

– Solte-me, seu monstro! - minha voz saiu fria e ao mesmo tempo irritada, ele me olhou de soslaio e me soltou.

– Edward se acalme! - murmurou alguém, olheide imediato para esse alguém, era Alice, sua expressão estava calma, mas ao mesmo estava preocupada.

A raiva de Edward piorou, ele me fuzilou com os seus olhos pretos, e depois olhou para Alice.

Reuni toda coragem que consegui e falei, rompendo a tensão e o silêncio.

– Vocês são Vampiros. - minha voz saiu meio tremida, eu os olhei, e eles me olharam. Continuei, mesmo com olhares em mim. - Mas, eu não contarei o segredo de vocês, uma vez que sei de uma coisa que deve ser guardada, é para sempre, ou até o túmulo. - engoli em seco, e entrei na picape, sem tê-los atrás de mim, e antes de ir embora, falei:

– Não se preocupem, não irei contar á ninguém, e também não irei me intrometer na vida de vocês, a eternidade. - me arrepiei e fui embora.

Respirei fundo e fui tomar banho, lavei meus cabelos com o shampoo de morangos de Bella, saí enrolada na toalha, botei meu pijama - ou melhor dizendo, de Bella - , e fui fazer minha higiene.

Me olhei no espelho, minha pele era pálida - isso não era novidade, pois eu sempre fora pálida - meus cabelo negros caindo em cachos, e meus olhos, olhos azuis, nos quais havia puxado de minha mãe, me lembrar de meus pais era desgostoso, eu estava com saudades deles.

Meu primeiro mês em Forks passou, e como o combinado não perturbei a família Cullen, por mais que eles me olhassem, principalmente Edward, que agora lançava olhares que eu não conseguia decifrar, eu cupri minha promessa.

Isso era frustrante.

Pelo menos para mim.