Dream Or Reality? escrita por Aneliese Fanfictions, Michi S2


Capítulo 32
2 Temporada - Capítulo 17° - Sonhos - Parte II




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Sonhos de Luce

O outro dia foi melhor...e pior.
Foi melhor porque não estava chovendo ainda,apesar de as nuvens estarem densas e opacas. Foi mais fácil porque eu já sabia o que esperar do meu dia.Eu comecei a sentir que agora eu andava na água, ao invés de afundar nela. Foi pior porque eu estava cansada; eu ainda não conseguia dormir com o vento ecoando ao redor da casa.

A promesa que eu havia feito estava começando á fazer efeito.

Eu estava sofrendo.

Estava longe de todos e de tudo.

Me sentia sozinha.

Mas quando eu entrei na cafeteria com Jéssica - tentando evitar que os meus olhosvasculhassem o lugar procurando por ele,e falhando miserávelmente - eu ví que seus quatro irmãos estavam sentados juntos na mesma mesa,e ele estava lá, conversando.

Respirei fundo.

O sinal bateu, levantei lentamente e segui até a quadra.

Quando o dia na escola finalmente acabou,e as minhas bochechas não estavam maiscoradas por causa do incidente no Vôlei,eu rapidamente coloquei as minhas calças jeans e o meu suéter azul marinho.Eu saí correndo do vestiário feminino.
Eu caminhei rapidamente até o estacionamento. Agora estava cheio de alunos.Eu entrei na minha caminhonete e procurei na minha mochila pra ver se eu tinha tudo que eu precisava.

A porta da minha picape aida estava aberta, deslizei no banco e soluços começavam a sair de minha boca.

Eu estava perdida.

Sequei as lágrimas em minha manga e olhei pra ver se ainda restavam pessoas ao meu redor.

Não havia ninguém, a não ser ele.

Ele havia presenciado a cena do choro.

Mesmo de longe eu conseguia ver que ele estava preocupado, e ao mesmo tempo, sofrendo.

Mas porque ele estaria sofrendo? – peguntei a mim mesma.

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Cheguei em casa e preparei o jantar.

Quando eu terminei de fazer isso,eu subí com a minha mochila. Antes de começar afazer o meu dever de casa,eu me troquei colocando uma calça seca e prendendo o meu cabelo em um rabo de cavalo.

Olhei para o nada.

Estava distraída, que eu nem percebi que havia alguém em meu quarto. Me arrepiei ao sentir o frio da janela aberta, e ao cheiro doce que pairava dele.

Me sobressaltei, levantando da cama ao vê-lo sentado numa cadeira que se situava ali, ele mantinha um sorriso triste, como se quisesse se desculpar.

_ Desculpe, não queria assustá-la. - sua voz era melosa, mas ao mesmo tempo mostrava preocupação.

Eu estava em transe...

–Tudo bem. - respondi mecanicamente, sem me dar conta do que estava falando.

Ficamos os dois em silêncio por um tempo imensurável.

Até que, do nada, ele falou.

– Me desculpe... - eu o interrompi.

– Tudo bem, estou mais calma agora. - falei, ele fez uma careta, e continuou a falar:

– Me desculpe por ter sido tão grosso com você naquela primeira semana, eu... - ele se interrompeu, indo até a janela e se apoiando á ela.

– Você só queria proteger sua família, e o segredo de vocês, eu entendo, eu também ficaria assim. - murmurei completando sua frase, enquanto estava sentada na minha cama.

Ele não mostrou reação alguma.

– Edward? - o chamei, mas ele não me respondeu, me levantei e fui até ele, botei minha mão em seu ombro, e então ele se virou para mim, tirando minha mão de seu ombro, ele me olhou de um jeito estranho, não pude indentificar.

– Eu não mereço a sua compreenção, Zoey. - ao ouvir meu nome sair pelos seus lábios me arrepiei, e fechei os olhos com força.

Queria gravar em minha memória esse momento.

Abri meus olhos e o encontrei na mesma posição, seus olhos dourados me fitando com uma intensidade imensa, tive que desviar meu olhar do seu, para poder raciocinar.

E então ele se afastou me deixando paralisada.

– Preciso ir, até mais Z. - de repente ele já estava a minha frente, me deu um beijo em minha testa, lentamente, pude sentir seus lábios gelados ao encontro á minha testa quente, e depois, cedo demais ele se foi.

Abri meus olhos, e sorri de lado, botei minha mão em minha testa, - eu sei que erra burice, mas eu pude sentir, por um breve momento, os lábios dele de encontro á minha testa - tomei um banho, e botei meu pijama, mal percebi que já era de noita.

E então, dominada pelo cansaço, eu dormi, com lembranças que jamais serão apagadas em minha mente.

>>>>>>>>>>>>>>>

Eu ainda não acreditava que ele estivesse ali, e nem acreditava que ele vira meu sonho, ou melhor dizendo, ouvira, meus murmúrios.

Eles estavam rindo. Edward,Jasper e Emmett todos eles estavam inteiramente cobertos com neve derretendo. Alice e Rosalie se afastaram enquando Emmett balançava o cabelo pingando dele na direção delas. Eles estavam aproveitando o dia de neve,igual a
todo mundo - só que eles pareciam mais com a cena de um filme do que o resto de nós.
Mas,sem contar os risos e brincadeira,havia algo diferente, e eu não
conseguia apontar qual era essa diferença. Eu examinei Edward mais cuidadosamente.
A pele dele estava menos pálida,eu decidí- talvez corada pela guerra de neve- os círculos embaixo dos olhos dele estavam muito menos visíveis. Mas havia algo mais.
Eu refletí, encarando,tentando notar a diferença.
"Bella,pra onde você tá olhando?",Jéssica se intrometeu,acompanhando
os meus olhos. Nesse preciso momento os olhos dele brilharam e se encontraram com os meus.
Eu deixei minha cabeça cair,deixando meus cabelos cairem pra cobrir meu rosto. Eu tinha certeza, no entanto, no momento que nossos olhos se encontraram, que ele não parecia severo ou hostil como ele estava da última vez que eu o ví. Ele parecia curioso de novo, insatisfeito de alguma forma.
"Edward Cullen está te encarando",Jéssica deu uma risadinha no meu ouvido.
"Ele não parece estar com raiva parece?",eu não pude deixar de perguntar.
"Não",ela respondeu parecendo confusa com a minha pergunta."Ele deveria estar?"
"Eu acho que ela não gosta de mim",eu confidenciei. Eu me sentí enjoada. Eu coloquei minha cabeça abaixada no meu braço.
"Os Cullen não gostam de ninguém...bem,eles não prestam atenção suficiente em ninguém pra gostar deles. Mas ele ainda está te encarando."
"Pare de olhar pra ele", eu sussurei.
Ela sorriu mas parou de olhar pra ele. Eu levantei minha cabeça o suficiente pra ter certeza que ela faria isso,disposta a usar de violência se ela se opusesse. Mike nos interrompeu- ele estava planejando uma batalha épica do temporal no estacionamento da escola e queria que nós nos juntássemos. Jéssica concordou alegremente.
O jeito como ela olhava para Mike não deixou muitas dúvidas de que ela toparia qualquer coisa que ele propusesse. Eu fiquei em silêncio. Eu teria que me esconder no ginásio até que o estacionamento estivesse vazio.
Pelo resto do horário do almoço eu mantive meus olhos muito cuidadosamente na minha própria mesa. Eu estava decidida a honrar o negócio que fiz comigo mesma. Já que ele não parecia estar com raiva
eu podir ir para a aula de Biologia. Meu estômago deu cambalhotas quando eu pensei em sentar perto dele de novo.
Eu não queria muito ir para a sala de aula com Mike como sempre- ele parecia ser um alvo popular para os atiradores de bolas de nevemas
quando nós foi para a porta,todos menos eu gemeram em coro.
Estava chovendo,lavando todos os traços de neve, levando-a embora em uma tira de gelo que se estendia pela calçada. Eu levantei meu capuz,secretamente satisfeita. Eu estaria livre para ir direto pra casa depois da Ginástica.
Mike continuou uma sequência de reclamações no caminho para o prédio quatro.
Uma vez dentro da sala de aula, eu ví aliviada que a minha mesa continuava vazia. A aula não começou por alguns minutos e a sala zumbia com a conversa.Eu mantive os meus olhos longe da porta, batucando á toa na capa do meu caderno.

Eu ouví muito claramente quando a cadeira próxima a mim se moveu, mas os meus olhos se mantiveram cautelosamente no que eu estava fazendo.
"Olá",disse uma voz calma,musical.
Eu olhei pra cima,abismada porque ele estava falando comigo. Ele estava sentando tão longe de mim quanto a mesa permitia,mas sua cadeira estava virada pra mim. O cabelo dele estava pingando de tão molhado,desgrenhado- mesmo assim, parecia que ele havia
acabado de gravar um comercial de gel pra cabelo. Seu rosto estonteante era amigável,aberto,um leve sorriso nos seus lábios indefectíveis. Mas seus olhos eram cautelosos.
"Meu nome é Edward Cullen",ele continuou. "Eu não tive a oportunidade de me apresentar na semana passada. Você deve ser Bella Swan."
Minha mente estava girando de tão confusa. Eu inventei a coisa toda?
Ele era perfeitamnete educado agora. Eu tinha que falar;ele estava esperando. Mas eu não consegui pensar em nada convencional pra dizer.

"C-como você sabe o meu nome?",eu gaguejei.

Ele sorriu um sorriso leve,encantador.
"Oh, eu acho que todo mundo sabe o seu nome. A cidade inteira esteve esperando você chegar"
Eu fiz uma careta. Eu sabia que havia sido algo assim.
"Não",eu insistí estupidamente."Eu quis dizer,porque você me chamou de Bella?"
Ele pareceu confuso. "Você prefere Isabella?"
"Não,eu gosto de Bella", eu disse. "Mas Charlie- quer dizer meu pai- deve me chamar de Isabella pelas costas- é assim que todos parecem me conhecer",eu tentei explicar,me sentindo como a mais burra entre as burras.
"Oh",ele deixou sair. Eu olhei pro outro lado me sentindo estranha.
Por sorte,o Sr. Banner começou a aula nessa hora. Eu tentei me concentrar na experiência que faríamos na hoje. Os slides na caixa estavam fora de ordem.
Trabalhando como parceiros de laboratório, nós tinhamos que separar os slides em tipos de raizes das espécies de células das fases da mitose que eles representavam e etiquetálas adequadamente. Nós não podíamos usar os nosso livros. Em vinte minutos ele voltaria pra ver quem havia acertado.

"Comecem", ele ordenou.
"Primeiro as damas,parceira?" Edward perguntou. Eu olhei pra cima pra vê-lo sorrindo um sorriso tão lindo que eu não podia fazer nada além de olhar pra ele como uma idiota.
"Ou eu posso começar,se você quiser". O sorriso sumiu;ele estava obviamente imaginando se eu era mentalmente competente.
"Não", eu disse ficando corada. "Eu vou na frente."
Eu estava me mostrando,só um pouquinho. Eu já havia feito essa experiência,e eu sabia o que eu estava procurando. Só podia ser fácil. Eu coloquei o primeiro slide no lugar embaixo do microscópio e ajustei a lente para o objetivo de 40 X. Eu estudei o slide brevemente.
Minha avaliação foi confiante."Prófase."
"Você se importa se eu der uma olhada?",ele perguntou quando eu comecei a remover o slide. Amão dele segurou a minha, para me parar,
quando ele perguntou. Os dedos dele eram frios como gelo,como se ele tivesse colocado-a no gelo antes de entrar na sala de aula. Mas não foi por isso que eu puxei minha mão tão rápido. Quando ele tocou minha mão,eu sentí uma punção como se uma corrente elétrica tivesse passado por nós.
"Me desculpe",ele murmurou tirando sua mão imediatamente. No entanto,ele continuou tentando alcansar o microscópio. Eu observei ele,ainda vacilante,enquanto ele examinava o microscópio por um tempo ainda menor do que eu.
"Prófase",ele concordou,escrevendo cuidadosamente no primeiro espaço em branco da nossa folha de trabalho. Ele rapidamente trocou o primeiro slide pelo segundo,e então olhou curiosamente para ele.
"Anáfase",ele murmurou,escrevendo no papel enquanto falava.
Eu mantive minha voz indiferente."Posso?"
Ele sorriu maliciosamente e me passou o microscópio.
Eu olhei pela lente ansiosamente,só pra me disapontar. Droga,ele estava certo.
"Slide três?",eu levantei minha mão sem olhar pra ele.
Ele me passou;parecia que ele estava sendo cuidadoso para não tocar minha pele de novo.
Eu dei a olhada mais rápida que eu consegui.
"Intérfase".Eu passei o microscópio antes que ele pudesse pedir. Ele deu uma olhada rápida e então escreveu. Eu podia ter escrito enquanto ele olhava sua escrita limpa e elegante me intimidou. Eu não queria sujar a folha com os meus garranchos desajeitados.
Nós terminamos antes que qualquer outra pessoa estivesse perto. Eu podia ver Mike e sua parceira comparando dois slides de novo e de novo, e outro grupo tinha aberto o livro por debaixo da mesa.
Isso não me deixou outra alternativa a não ser tentar não olhar pra ele...sem sucesso. Eu olhei pra cima,e ele estava olhando pra mim, aquele inxplicável olhar de frustração nos seus olhos. De repente eu percebí qual era a súbita diferença no rosto dele.
"Você usa lentes de contato?",eu soltei sem pensar.
Ele pareceu confuso pela minha pergunta inesperada. "No".
"Oh",eu murmurei."Eu achei que havia algo diferente nos seus olhos."
Ele encolheu os ombros e olhou pra longe.
De fato,eu tinha certeza que algo estava diferente. Eu lembrava vividamente aquela cor negra nos olhos dele na última vez que ele olhou pra mim- a cor era facilmente notável em contraste com a sua pele pálida e seu cabelo ruivo.Hoje os olhos dele tinham uma cor completamente diferente:um ocre estranho,mais escuros que Whisky, mas com a
mesma tonalidade dourada. Eu não entendia como isso podia estar acontecendo,a não ser que por algum motivo ele estivesse mentindo sobre as lentes de contato. Ou talvez Forks estivesse me deixando louca no sentido literal da palavra.
Eu olhei pra baixo. As mãos dele estavam apertadas contras os punhos de novo.
O Sr.Banner veio até a nossa mesa nessa hora,pra ver porque não estavamos trabalhando. Ele olhou por cima dos nossos ombros para ver a experiência completa,e então olhar ainda mais atentamente para checar as respostas.
"Então,Edward,você não achou que Isabella podia ter uma chance com o microscópio?",
o Sr.Banner perguntou.
"Bella.",Edward corrigiu automaticamente. "Na verdade,ela identificou três dos cinco."
Sr.Banner olhou pra mim agora,sua expressão era cética.
"Você já fez essa experiência antes?",ele perguntou.
Eu sorrí timidamente, "Não com raízes de cebola."
"Blastula de peixe branco?"
"É"
Sr. Banner concordou com a cabeça."Você estava numa colocação avançada no programa de Phoenix?"
"Sim."
"Bem",ele disse depois de um momento. "Eu acho que é bom que vocês dois são parceiros de laboratório.",ele murmurou algo mais enquanto ia embora. Depois que ele foi embora,eu comecei a batucar no meu caderno de novo.
"É uma pena sobre a neve,não é?" Edward perguntou. Eu tinha a sensação de que ele estava se esforçando pra conversar bobagens comigo. A paranóia me atingiu de novo.
Era como se ele tivesse ouvido minha conversa com Jéssica no almoço e estivesse tentando provar que eu estava errada.
"Não muito",eu respondí honestamente,ao invés de tentar ser normal como todo mundo.Eu ainda estava tentando desalojar o estúpido sentimento de suspeita e não conseguia me concentrar.
"Você não gosta do frio." Não era uma pergunta.
"Ou do molhado."
"Forks deve ser difícil de viver pra você",ele meditou.
"Você não faz idéia",eu murmurei obscuramente.
Ele pareceu fascinado pelo que eu disse,por algum motivo que eu não podia imaginar. O rosto dele era uma distração tão grande que eu tentei não olhar pra ele mais do que a cortesia pedia.
"Então, porque você veio pra cá?"
Ninguém havia me perguntado isso- não diretamente como ele perguntou,exigente.
"É...complicado."
"Eu acho que consigo acompanhar",ele pressionou.
Eu pausei por um longo momento,e então cometí o erro de encontra o seu olhar. Seus olhos dourados escuros me confundiram,e eu respondí sem pensar.
"Minha mãe casou novamente",eu disse.
"Isso não parece tão complicado",ele discordou, ma de repemte estava simpático.
"Quando isso aconteceu?"
"Setembro passado",minha voz pareceu triste até para mim mesma.
"E você não gosta dele",Edward presumiuseu tom ainda gentil.
"Não,Phil é legal.Talvez novo demais,mas legal o suficiente"
"Porque você não ficou com eles?"
Eu não conseguia compreender o seu interesse,mas ele continuou a me olhar com olhos penetrantes,como se a história chata da minha vida fosse de alguma forma vitalmente importante.
"Phil viaja muito.Ele joga bola pra se sustentar." Eu dei um meio-sorriso.
"Eu já ouví falar dele?",ele perguntou,sorrindo em resposta.
"Provavelmente não. Ele não joga bem .Só na menor liga. Ele se muda muito."
"E sua mãe te mandou pra cá pra poder viajar com ele."ele disse novamente como uma suposição,não uma pergunta.
Meu queixo levantou uma fração, "Não, ela não me mandou,eu mandei a mim mesma"
As sobrancelhas dele se encontraram."Eu não entendo.",ele admitiu e pareceu excessivamente frustrado com o fato.
Eu suspirei. Porque eu estava explicando isso pra ele?
Ele continuou a me encarar com obvia curiosidade.
"No início ela ficou comigo,mas ela sentia a falta dele. Eu a fiz infeliz,então eu decidí que estava na hora de passar umas horas de qualidade com Charlie." Minha voz estava mal-humorada quando eu terminei.
"Mas agora você está infeliz",ele apontou.
"E?",eu desafiei.
"Isso não me parece justo",ele encolheu os ombros mas seus olhos ainda estavam intensos.
Eu sorrí sem humor. "Nunca te contaram? A vida não é justa."
"Eu acredito que eu já tinha ouvido isso antes",ele concordou secamente.
"Então isso é tudo" eu insistí,me perguntando porque ele ainda estava me olhando daquele jeito.
O olhar dele se tornou avaliativo. "Você faz um belo show",ele disse vagarosamente.
"Mas eu seria capaz de apostar que você está sofrendo mais do que deixa os outros verem."
Eu fiz uma careta pra ele,tentando comtrolar o impulso de mostrar minha língua pra ele como uma criança de cinco anos e olhei pro outro lado.
"Estou errado?"
Eu tentei ignorá-lo
"Eu acho que não",ele disse.
"Porque isso importa pra você?,eu perguntei irritada. Eu mantive os olhos
distantes,observando o professor andando pela sala.
"Essa é uma pergunta muito boa",ele murmurou,tão baixo que eu imaginei se ele estaria falando consigo mesmo. Porém,depois de algund minutos de silêncio, eu percebí que essa era a única resposta que eu receberia.
Eu suspirei e olhei para o quadro negro carrancuda.
"Eu estou te aborrecendo?",ele me perguntou parecendo divertido.
Eu olhei pra ele sem pensar...e disse a verdade de novo. "Não exatamente. Eu estou aborrecida comigo mesma. Meu rosto é tão fácil de ler- minha mãe sempre me chama de livro aberto.",eu fiz cara feia.
"Pelo contrário,eu acho você bem difícil de ler". Apesar de tudo o que eu disse e de tudo que ele advinhou,ele parecia sincero.
"Você deve ser um bom leitor então",eu repliquei.
"Geralmente",ele sorriu largamente,mostrando uma série de dentes perfeitos e super brancos.
Sr.Banner pediu ordem na sala, e eu me virei aliviada para ouvir.
Eu não conseguia acreditar que eu havia acabado de explicar minha vida melancólica para esse bizarro e lindo garoto que pode ou não me desprezar. Ele pareceu absorvido pela nossa conversa,mas agora eu podia ver pelo canto do meu olho,que ele estava se mantendo longe de mim de novo,as mãos dele agarrando a borda da mesa,com inegável tensão.
Eu tentei fingir que prestava atenção enquanto o Sr.Banner explicava com
transparências no projetor,o que eu havia visto antes com dificuldade pelo microscópio.
Mas os meus pensamentos eram indóceis.
Quando o sinal finalmente tocou,Edward correu tão rapidamente e graciosamente da sala como na segunda feira passada. Eu o observei maravilhada.
Mike pulou rapidamente pra o meu lado e pegou os meus livro pra mim. Eu imaginei com um rabinho balançando.
"Aquilo foi horrível",ele gemeu. "Todos eles pareciam exatamente iguais.Você tem sorte por ter Cullen como parceiro."
"Eu não tive nenhum problema"eu disse,com raiva pela suposição dele.Eu me arrependí do esnobismo na hora. "Eu já havia feito essa experiência",eu falei antes que eu pudesse magoar os sentimentos dele.
"Cullen pareceu amigável o suficiente hoje",ele comentou enquanto vestíamos os casacos de chuva.Ele não pareceu feliz com isso.
Eu tentei parecer indiferente:"Eu me pergunto qual era o problema dele na segunda passada."
Eu não consegui me concentrar na conversa de Mike enquanto caminhávamos para a aula de Eduacação Física,e também não fiz muito pra me manter concentrada. Ele nobremente cobriu a minha posição e a sua própria,então eu só saia da minha posição
quando era a minha vez de sacar. O meu time se abaixava e saia do caminho sempre que era a minha vez.

Eu estava parada, em pé olhando para ele quando esse flash veio como uma bomba para mim.

Uma dor me atingiu.

Me curvei, e pude sentir que Edward me segurava, seu cheiro doce me atraia de uma forma intensa, ele parecia preocupado.

– Você está bem? - perguntou - me, olhando diretamente em meus olhos, talvez ele estivesse tentando adivinhar o que eu sentia.

– Estou bem. - me surpreendi, minha voz saiu fria.

Por mais que doesse me separar dele nesse momento, era necessário, eu tinha que fazer isso, eu tinha que afastá-lo de mim.

Antes que seja tarde de mais.

Pude ver, - em seus olhos - que ele estava confuso.

Me esforcei para que minha voz saísse.

– Se afaste de mim, Edward. - falei com convicção, olhando diretamente para ele, seus olhos - antes confusos - , agora estavam agonizados, tentei não demonstrar nenhuma reação.

– Por que? - por um momento eu pensei em desistir, pelo seu olhar agonizante, suplicante me pedindo uma pequena resposta pelo meu afastamento repentino.

– Você é perigoso para mim Edward, você é um monstro. - idiota, idiota, era isso que eu era, uma idiota.

Ele fechou os olhos com força antes de abrí-los, e a mesma agonia estava ali, em seus olhos.

– Me perdoe por isso, mas é necessário. - disse fria.

– Você tem razão eu sou monstro, e você deve se afastar de mim. - sua voz soou meio sombria, ele era perigoso.

Meu coração doía muito, parecia que ele iria explodir de tanta dor.

E depois de alguns momentos sem pronunciar mais nenhuma palavra, ele se foi.

Me ajoelhei, pus a mão em meu coração, ele doía, lágrimas caíam de meus olhos.

Eu tinha que admitir.

Eu estava completamente apaixonada por Edward Cullen


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