Dream Or Reality? escrita por Aneliese Fanfictions, Michi S2


Capítulo 20
2 Temporada - Capítulo 5° - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Bom, epreo que gostem deste capítulo.
Boa LEITURA.



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Luce POV

Só espero que Forks tire do meu coração o sentimento que sempre me acompanhou de não fazer parte desse mundo. Quem estou querendo enganar? Se nem em Phoenix eu consegui me sentir parte do mundo, por que eu iria sentir em Forks, uma cidade minúscula no interior de Washington, que me encaixo perfeitamente em algum lugar? Acho que me trocaram no berçário do hospital por uma órfã alienígena. Pelo menos, se eu fosse um alien, eu saberia onde é o meu lugar. Mas como eu não sou um, porque não tenho superpoderes, eu fico ainda mais perdida. Mesmo que eu nunca admita isso para ninguém – e eu não vou admitir mesmo! –, eu sinto que eu não pertenço a essa realidade, a essa vida. É como se alguém tivesse roubado a minha verdadeira vida e me obrigado a viver a que eu tenho agora... Certo, agora eu estou ficando depressiva demais. Chega de sentir pena de você mesma, Luce! Você tem uma boa família que te ama, que te apóia e faz o possível para você ser feliz. Mas então, por que eu sinto esse vazio no peito?

Ai, é melhor parar por aqui antes que eu comece a chorar. Ainda tenho que terminar de arrumar minhas malas. Isso! Vamos nos concentrar nas malas! Como é que eu vou levar todos os meus livros? Por falar nisso, cadê os meus livros? Não tem como eles terem sumido assim! Onde eles foram parar? E, bem, em Forks faz frio e estamos no inverno, preciso de mais roupas de frio... Por que eu não decidi arrumar minhas malas antes? Amanhã nós estaremos voando para Forks e ainda não tenho nada pronto! Luna, por que você tem que ser tão desligada assim?

“Mãe!” gritei do meu quarto. “Vem aqui!” me joguei de costas na cama.

“Que foi, Luce?” ela falou colocando a cabeça dentro do meu quarto.

“Por acaso você viu os meus livros?”

“Não seriam aqueles que seu pai disse que ia encaixotar para mandar para Forks e que você disse que tudo bem?” ela sorria.

“Ah, eu disse é?” corei. “Me esqueci.” Dei um sorriso amarelo.

“Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço.” Ela estava tirando uma com a minha cara? Achei melhor ignorar.

“E preciso de mais roupas de frio.”

“Eu sei, é por isso que vamos hoje à tarde para as compras, por isso é bom se arrumar se não quiser sair assim.”

“Tudo bem, mãe. Já vou me arrumar.” Me levantei. “Já disse que eu te amo?” A abracei.

“Hoje, ainda não.” ela sorriu. Eu retribuí.

Minha mãe me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto, logo em seguida comecei a me arrumar. Não que eu fizesse questão disso, mas minha mãe sempre me disse que uma mulher poderosa sempre está bem vestida. Quem sou eu para discordar?

Quando saímos de Forks para que a carreira de jornalista da minha mãe decolasse, meus pais alugaram a casa. Acharam melhor não vender porque sabiam que um dia, quando cansassem da vida na cidade grande, iriam voltar para Forks e viver uma vida mais tranqüila. Lá em Phoenix, minha mãe recebeu boas oportunidades e aproveitou todas que pôde. Meu pai fez bons negócios, montou um antiquário, um comércio lucrativo. Tudo ia bem, até agora.

É fato que nossa vida melhorou muito depois que saímos daqui, mas parece que nos últimos tempos, as coisas vieram piorando, como se o destino nos obrigasse a voltar para cá. Meus pais estavam felizes. Afinal, sempre gostaram de Forks, minha avó estava em Forks, a proposta de um emprego que paga mais até do que minha mãe recebia lá está em Forks, e parece que os habitantes de Forks tem um gosto peculiar por antiguidades, diferente de Phoenix, que agora só tinha olhos para as inovações. Enfim, parece que nossa vida agora estava em Forks. Só faltava eu encontrar algo que de fato me prendesse àquele lugar.

Agora a casa estava desocupada, pronta para nos receber. Entrei nela depois dos meus pais. Enquanto meu pai levava as malas para o piso superior e minha mãe checava os quartos, eu resolvi dar um tour pela casa, afinal, na última vez que eu estive dentro dela, eu tinha apenas 3 anos. Nos outros anos que vim a Forks visitar minha avó, nós ficávamos na casa dela. Depois da morte do vovô ela sempre pedia para nós a visitarmos e nos mudarmos para cá porque ela se sentia muito solitária, mesmo que tivesse a companhia de todos os outros habitantes dessa minúscula cidade. É incrível como, numa cidade pequena, você conhece praticamente todo mundo.

Comecei pela sala, parece que a casa toda já estava mobiliada. Que bom! Menos trabalho a se fazer. Os móveis pareciam antigos. De que ano eles devem ser? Só espero que o sofá não quebre quando eu sentar nele. Ri com esse pensamento.

Continuei o exame. Não tinha muita coisa ainda. Faltavam os aparelhos eletrônicos. Por Deus! Quando será que eles vão chegar? Como vou ouvir música no último volume em casa? E assistir filmes? Tudo bem que Forks já tinha um cinema e um shopping, mas eles eram minúsculos! Nada comparado a Phoenix... Preciso parar de compara Forks com Phoenix, se não vou morrer de saudades.

Continuei o exame, havia um tipo de estante de metal com espaço suficiente para uma televisão LCD, home theater, porta-retratos... as cortinas estavam meio encardidas... tenho certeza que mamãe vai trocá-las. Decidi seguir para a cozinha. Ao entrar, a primeira coisa que me chamou a atenção foram os armários. Eles estavam cobertos por uma tinta amarela, velha, como se o sol estivesse tentado iluminar esse cômodo escuro há muito tempo. A tinta já estava descascando, devia ser muito antigo mesmo, que cor será que mamãe vai pintar agora? A mesa era redonda, o tampo era de vidro, com quatro cadeiras de metal e estofado em couro, até que eram confortáveis. O fogão era elétrico. Havia um micro-ondas. Onde estava a máquina de lavar louças? Com certeza vai chegar depois. Tem que chegar!

Segui para o que parecia ser uma lavanderia. Bom, pelo menos havia máquina de lavar roupa. Não quero nem pensar em ter que lavar minhas roupas a mão. Certo. Meu tour aqui embaixo acabou, vamos subir.

Subi de dois em dois degraus. A essa altura minhas malas já estavam no corredor. E meus pais estavam no quarto deles arrumando suas coisas. Dei uma rápida passada no banheiro para checar o cômodo. Era normal: uma pia, um espelho, uma privada, um chuveiro e, olha, uma banheira. Poderia relaxar, pelo menos, só não poderia demorar. Um único banheiro na casa! Ainda tenho que me acostumar com essa idéia.

Saí de lá, peguei minha malas e fui para o meu quarto. Era o quarto do lado oeste, a janela dava para o jardim da frente, o teto era pontiagudo e o chão de madeira. As paredes eram de um azul claro, lembro da minha mãe me contando que quando compraram a casa, eles tentaram manter tudo como era antes. Pelo que ela disse, eles se apaixonaram pela aura antiga e aconchegante que a casa transmitia e fizeram o mínimo de alterações na sua estrutura.

Quando ia me preparar para desfazer as malas, minha mãe aparece na porta do quarto.

“Ainda não arrumou as suas coisas?” parecia um pouco impaciente.

“Ainda não, fui dar um tour pela casa. Não me lembro de nada.” Dei um sorriso fraco.

“Não importa agora.” Minha mãe logo se empolgou. “Depois você arruma isso, vamos visitar a sua avó agora.”

“Tudo bem” Larguei tudo como estava e saí em disparada descendo as escadas.

“Cuidado! Não vá cair da escada.” Ela gritou.

Tarde demais. Ainda bem que eu já estava no último degrau quando eu tropecei. O barulho da queda foi alto, mas antes que alguém pudesse se preocupar, eu gritei:

“Eu to bem! Não foi nada.”

Enquanto eu me levantava, minha mãe descia as escadas com meu pai segurando sua cintura. Eles estavam rindo, da minha cara provavelmente, mas formavam um lindo casal.

“Mais cuidado da próxima vez, querida.” Disse meu pai, eu só assenti.

“Vamos?” Mamãe chamou.

Saímos de casa e fomos na vovó.

A chuva não dava trégua, ainda bem que o carro do meu pai já estava aqui. Espera um pouco! De onde ele surgiu? Nossa, devo ser muito desligada mesmo, e com a chuva então? Não dá para ver nada. Entramos no carro e seguimos até a casa da minha avó.

Chegando lá, fui a primeira a entrar. Vovó estava de pé na cozinha, fervendo água para preparar um chá.

“Oi, vovó!” corri para abraçá-la. “Que saudade!”

“Luce! Quanto tempo, hein? Já está uma mocinha!”

“Vovó, já sou bem grandinha para esse tipo de recepção.” Falei fingindo um bico.

“Tudo bem, Srta. eu já cresci. Não percebi que a Srta. cresceu porque faz tempo que vocês não vêm me visitar.” Voltei a abraçá-la.

“Pois é, agora a gente veio pra ficar.” Desgrudei do abraço e dei meu melhor sorriso.

“Que bom, querida!” Vovó estava super feliz.

Depois de meus pais a cumprimentarem, tomamos um pouco de chá enquanto conversávamos, contando todas as novidades.

Acabamos ficando para o jantar, que eu, mamãe e vovó preparamos enquanto papai assistia à TV.

Fomos embora depois de arrumar a cozinha lá pelas 20 horas. Combinamos de voltar para a ceia da véspera de natal, iríamos preparar as coisas lá, onde passaríamos a noite e voltaríamos para casa no dia seguinte.

Chegando em casa, decidi adiar a arrumação das minhas coisas para o dia seguinte, peguei meu pijama e o necessário para tomar um banho e me preparar para dormir. Voltando ao quarto notei que precisava fazer uma faxina, mas, confesso, estava com preguiça. Vou deixar a faxina do meu quarto para depois do natal, mas antes do ano novo. O ano novo deve começar com o quarto arrumado, para evitar um ano bagunçado, que nem meu quarto estava agora.

Pensando em tudo o que eu ainda tinha que fazer, caí na cama. Ai, é mesmo, sabia que estava esquecendo alguma coisa... presentes de natal! Como pude me esquecer disso? Certo, amanhã arrumo minhas malas e vou ao minúsculo shopping de Forks para as compras de natal.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Comentem.
Bjuxxx *_*



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