Quem Sou Eu? escrita por SarahRiot_, Daniella Rocha


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá ninas fofas! *----*
Td bem com as senhoritas? Espero que sim!
Bem vejamos, estou com sono e minha beta vai viajar esta madrugada :OOO PSKOPAKSAP' Então... fui euzinha que betei este capítulo e voltando a frisar ESTOU COM SONO, qualquer erro ortografico, me perdoem. POSKAPOKSOPA' xD
Agora vocês vão entender o porque da Sofia ter ficador tão sobressaltada quando soube que o Fausto contratou os Cullen.
Para vocês entenderem direitinho uma parte deste capítulo, eu vou logo deixar esclarecido quê: Edward e Sarah usam o Cullen apenas como sobrenome artístico já que são caçadores de recompensa, todavia, o sobrenome deles mesmo é Masen. Okay? Certinho? Ta bem então. (((:
ps: não esqueçam que o sinal "***" é aquela mudançazinha de narração, na qual o(a) personagem que está narrando a história dá a sua opinião etc.
Bem vindas leitoras novas. *u*
Boa leitura a todos! ^^



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— Perdoe-me, querida Sofia — Fausto cessou a risada, mas mantinha um sorriso presunçoso nos lábios. —, mas não compreendo o seu assombro.


— Como assim, Fausto? — Sofia levantou-se incrédula e ficou de costas para ele, ainda absorvendo as últimas notícias.

Fausto havia contratado os... Cullen!

Ela virou bruscamente e o encarou perplexa.

— Não tenho o direito de me meter...

— Você sabe que eu não me importo quando se mete em meus assuntos. — A interrompeu com serenidade.

Sofia prosseguiu ignorando sua interrupção:

—, mas saiba que é insano, já que resolveu naquela época não manter contato com os Masen, fazer o que está fazendo; o que é totalmente contraditório, Fausto! — Sim, ele sabia o tanto que aquilo era paradoxo, mas...

Droga! Fausto apesar de ser um calculista, insensível e desonesto ainda era humano. Apesar de tudo, ele possuía um coração... sentimentos?

Fausto bufou com a confusão que se instalou em sua mente.

— É irreversível, não poderia mudar meus planos nem mesmo se quisesse. — Resmungou cruzando as mãos abaixo de seu queixo.

Sofia suspirou e voltou a se sentar, de frente para ele.

— Sei que você também não mudaria o fato de ter conhecido Elizabeth mesmo se quisesse. — Suas palavras saíram cuidadosas, pois Sofia sabia o efeito que aquele assunto tinha sobre Fausto.

— Pois é. — Concordou. Seu maxilar estava travado e seus olhos semicerrados. — Outra situação também irreversível, assim como minha escolha de contratar os Cullen. — Disse sorrindo sem humor, ao pronunciar a última palavra. — Acho que eles poderiam ter encontrado um nome artístico melhor para usarem. — Opinou.

— Tenho certeza que você preferiria que eles usassem apenas o Masen. — Sofia sorriu abertamente e Fausto, apenas puxou o lado direito de seus lábios para cima, em um pequeno sorriso de canto, sem realmente expor seus branquíssimos dentes. — Lembro-me que antes de você se apaixonar pelos olhos esmeraldas de Elizabeth, você se apaixonou pelo sobrenome dela. — Riu discretamente, fazendo o sorriso de Fausto ampliar-se.

— Masen combina com Elizabeth. — Comentou e Sofia apenas deu um aceno de cabeça, concordando. — Eles possuem os olhos dela. — Sua voz era contida de aflição.

Sofia arfou.

— Você — engoliu em seco — os viu? — Sua voz não passava de um mero sussurro.

— Oh, sim. A menina, Sarah, é ruiva. — Fez uma careta em desgosto. — Obviamente ela o pintou. — Explicou e Sofia riu, balançando a cabeça negativamente.

— Adolescentes. — Concluiu.

— Suponho que sim. — Ele umedeceu os lábios e continuou: — Ela possui a pele clara e algumas sardas na região das maças do rosto e do nariz. Lembro-me que Elizabeth possuía sardas iguais. — Apesar das lembranças de Elizabeth o fazerem bem, recordar-se dela, vinha acompanhada pela sensação de dor também.

— E o rapaz? — Sofia perguntou curiosa.

— Ah, Edward. — Balançou a cabeça negativamente e presenteou Sofia com mais um de seus sorrisos. — Ele é tão mal humorado quanto eu. — Sofia soltou uma melodiosa sonora de risos.

— Pobre garoto. — Lamentou-se em fingimento.

— Seus cabelos são acobreados, Sofia. Lembra-se das madeixas de Eliza? — Sofia assentiu. — A cor é a mesma. Apesar de ambos terem os olhos verdes, os de Edward são mais escuros e intensos. — Cruzou as mãos sobre a mesa. — Sarah os possui mais claros e... espontâneos. Ela lembra-me de Emmett. — Rolou os olhos, lembrando-se do bom senso de humor de seu filho do meio.

— Ela deve ser encantadora. — Sofia comentou.

— Sim, ela é.

Ambos ficaram em silencio por alguns estantes, até Sofia indagar:

— Já que você não cumpriu sua promessa de ficar longe deles, porque não diz logo a verdade?

Fausto a olhou sério e sua resposta saiu em pura agonia:

— Possuo pessoas demais me odiando. Não preciso de mais dois em minha lista, principalmente quando estes dois são sangue do meu sangue.

~*~*~

Edward deu dois passos à frente e abriu a porta da cabana, em seguida empurrou Bella para dentro.

— Quanta gentileza. — Bella ironizou e Edward, após entrar à cabana e fechar a porta, a fuzilou com os olhos.

— Não provoca, princesa rebelde. — Ele retirou seu sobretudo, o deixando cair ao chão.

Ambos estavam ensopados.

— Pare de me chamar assim. — Ela sibilou estridente o encarando e com os braços cruzados. Estavam um de frente para o outro, a uma distancia de um metro e meio, aproximadamente.

— Se não o que? — Desabotoou sua camisa social branca e a jogou no chão, assim como o sobretudo. — Vai me bater? — Perguntou sarcástico, como se a possibilidade daquela pequena garota conseguir lhe acertar um golpe fosse improvável, na verdade, bastante improvável.

— Quer experimentar? — Arqueou uma sobrancelha, o intimidando.

Edward semicerrou os olhos e se aproximou dela. Ele abaixou seu olhar — já que era apenas um pouco mais alto que ela — e a encarou friamente.

— Não me tente. — Sibilou. Bella levantou seu rosto e pôde se ver claramente dentro dos olhos verdes de Edward. — Princesa rebelde. — Sussurrou contra sua face e ela segurou a respiração, sentindo seu coração acelerar, só não sabia o motivo. Talvez raiva. Claro que era raiva! — Na verdade, você é quem merece apanhar. — Ele abriu um sorriso...

Malicioso!

Ela arfou perante aquele olhar.

— Talvez você deva deitar em meu colo, quando eu me puser a sentar, para que eu possa lhe dar algumas palmadas. — Bella arregalou seus olhos e deu um passo para trás, chocando-se contra as costas da poltrona. Edward não se aproximou, apenas permanecia com aquele sorriso carregado de malicia nos lábios. — O que acha? — O coração dela perdeu uma batida e em seguida voltou a bater — se possível — mais rápido do que antes.

— Você não se atreveria, seu selvagem. — Ao falar, suas palavras eram descrentes.

Ele soltou seu cinto e o puxou de sua cintura. Bella voltou a prender a respiração e de repente, o medo voltou a assombrá-la. Edward se aproximou dela, tão perto que o tecido do vestido — molhado —, que ela usava grudava em seu próprio abdômen descoberto.

— Tão tola. — Ele disse desdenhoso, próximo ao rosto dela. Ele soltou o cinto no chão e ao ouvir o mesmo caindo e chocando-se contra o piso, Bella soltou sua respiração quente, que fez cócegas no rosto de Edward.

Ele se afastou dela, dando a volta na poltrona e pegando a mochila que Sarah havia trago para Bella — sobre um dos sofás. Ele a abriu e viu uma troca de roupa, escova de dente... toalha! Sorriu com o pano preto e o pegou.

— Tire a roupa. — Ele disse firmemente a ela.

Bella que até então estava de costas para ele, se virou abruptamente.

— O quê? — Sua voz subiu algumas oitavas. — Qual é o seu problema? Além de ignorante, bruto, insensível e mesquinho, por acaso sofre de algum problema mental? — Ela deu a volta na poltrona e ficou de frente para ele, porém a uma distancia consideravelmente boa. Os punhos dela estavam cerrados e todo seu corpo tremia de raiva. Sim, agora ela podia distinguir exatamente o que sentia e ela sentia raiva de Edward Cullen!

Que tamanha audácia ele possui! Como assim tirar a roupa?

— Ah, que meigozinho. — Ele abriu um falso sorriso feliz. — Além de você ter mencionado meus defeitos que eram ignorante, bruto e insensível você acrescentou mesquinho. — Ele piscou os olhos e rapidamente desfez seu falso sorriso e trincou os dentes. — Não sofro de problemas mentais. Só o que sugeri, garota estúpida é que você retire essas roupas molhadas e trate de tomar um banho quente. — Lhe jogou a tolha e por instinto, ela a pegou. — E depois vista algumas roupas secas. — A entregou a mochila e caminhou para perto da porta — onde estava seu sobretudo, camisa e cinto — e ao pegá-los, os juntou em um canto e retirou seus sapatos e meias.

Bella ficou paralisada durante alguns segundos, até sua mente voltar a funcionar e ela concluir que ele queria que ela tomasse um banho — na porta ao lado de “seu” quarto, na qual ela desconfiava que fosse um banheiro — e se trocasse, por roupas secas. Ela olhou para baixo e se deparou com a mochila aberta, lá viu as peças de roupa.

Bem, seria bom tomar um banho. Ela estava precisando e não apenas por estar suja, mas por outros dois motivos. Primeiro, seu corpo estava gelado e tomar um banho com água quente seria muito prazeroso. Segundo, seus músculos estavam tensos e contava com o banho para que os ajudassem a relaxar.

— Então — a voz dele a puxou para a realidade novamente —, você sofre algum tipo de problema mental ou não me escutou lhe dizendo para ir tomar banho? Se você tem duvidas de onde o encontrar, não é muito difícil, nem mesmo para você. — Sorriu sarcástico. — Segue reto até o quarto e vire a sua direita, milady. — Indicou com o queixo perfeitamente quadrado, o quarto.

— Não fale como se eu fosse uma retardada. — Disse irritada.

— Falo com as pessoas ao modo como elas se portam; e — refletiu — eu não acho que você é uma retardada. — A olhou sério. — Estúpida sim, retardada não. — Sorriu com uma sobrancelha arqueada.

Bella viu vermelho a sua frente. A raiva a possuindo. Em um momento ela estava parada entre um sofá e duas poltronas, próxima à mesa de centro — na sala. E em outro ela havia largado a mochila e a toalha ao chão e se encontrava próxima à porta, disparando insultos, murros e tapas contra Edward.

Ele não fez outra coisa a não ser se defender daquele pequeno ser que se transformara em uma verdadeira leoa.

— Eu te odeio Edward Cullen! Você não faz ideia de como eu te odeio! — Agora ela socava seu tórax descoberto. — Nunca imaginei que em tão pouco tempo eu poderia odiar uma pessoa como cheguei a odiar você! — Ele segurou seus pulsos, colocando um pouco de força para fazê-lo. — Você é o ser humano mais frio, irritante, egoísta, mesquinho, bruto e insensível que eu poderia chegar a conhecer um dia em minha vida! — Lágrimas de raiva saiam de seus olhos e banhavam sua face. Ela se debatia contra ele, tentado se soltar. — Por mais que você adore e sinta prazer em jogar na minha cara que a minha vida é uma farsa e me machuque mais do que eu já estou com tais palavras, eu não me importo! Eu não me importo, Cullen! — Ela conseguiu soltar uma de suas mãos e voltar a socar seu tórax, agora vermelho. — Por que apesar de toda essa merda que está acontecendo comigo, eu vou conseguir sair dessa! E sabe por quê? Porque eu sou uma SWAN! E um Swan nunca desiste! — Ele conseguiu segurar seu pulso novamente e virou seus corpos, chocando as costas dela contra a parede, próxima a porta e a olhou dentro de seus olhos.

— A questão é que você não é uma Swan. — A voz dele carregada de gana a deixou desarmada. Ela parou de se debater contra ele e ficou em silencio. Ambos ficaram em silencio.

Ao lado de fora a chuva caia pesadamente, os relâmpagos vinham sempre acompanhados por estrondosos trovões.

Edward a encarava indiferente enquanto as lágrimas no rosto dela já haviam secado. Ele ainda a imprensava contra a parede, e se tornando ciente deste fato a soltou e deu alguns passos para trás.

— Não me lembro de em momento algum lhe pedi para gostar de mim. Se me odeia Isabella — Bella sentiu todos os pelos de seu corpo se eriçar e um arrepio atravessar sua espinha, ao ouvir pela primeira vez Edward dizer seu nome —, vá em frente. Não me importo. — Seus olhos verdes estavam mais escuros do que o normal e a olhavam com intensidade. — Só espero que goste de ficar em filas, pois a que você terá que entrar não é nada curta. — Abriu mais um de seus sorrisos desdenhosos, o que foi o fim para Bella, pois não suportava mais esses sorrisinhos dele. E sem pensar duas vezes ela se aproximou dele, colocou cada uma de suas mãos sobre os ombros dele e dobrou o joelho, o golpeando certeiramente em seu órgão genital.

Depois ela se afastou enquanto Edward se curvava para frente com a mão na região recém-atacada e travou o maxilar, porém não conseguiu evitar e gritou:

— Sua desgraçada! Maldita! — Seus olhos estavam marejados.

Bella apenas se afastou e voltou a recolher a toalha e a mochila do chão.

— Pensei que fosse milady, princesa ou — ela se curvou ao lado dele e disse próximo ao seu ouvido: —, meu favorito. Princesa Rebelde. — Dito isso ela se levantou e caminhou em direção ao banheiro, para seu quente e relaxante banho.

— Você me paga sua infeliz! Você me paga! — Ela o ouviu gritar antes que fechasse a porta e sorrisse matreiramente.

~*~*~

De fato a água lhe garantiu seus dois desejos — fora o de limpá-la —, a esquentou e relaxou seus músculos. Após o banho bem aproveitado ela se secou e vestiu as roupas que estavam dentro da mochila: camisa de manga longa preta e calça jeans acinzentada. Tinha até mesmo um conjunto de roupas intimas. Bella logo deduziu que aquelas roupas eram de Sarah, com exceção das roupas intimas — que percebera que eram novas. E claro, a escova de dente também havia sido comprada.

Bella antes de sai do banheiro abriu o compartimento do espelho, e lá viu algumas coisas como pasta de dente, escova para cabelo e até mesmo um frasco de condicionador. Ela arqueou as sobrancelhas surpresa com sua descoberta, porém deixou tal surpresa para lá e resolveu por fim escovar seus dentes e pentear os fios de cabelo, aproveitando e usando o condicionador, que notara que era sem enxague. Depois que terminou tudo que tinha para ser feito, fechou o compartimento do espelho e encarou seu reflexo.

O cabelo molhado e bem escovado, sua pele quase translucida, seus olhos amêndoas sem o costumeiro brilho, o nariz um pouco avermelhado e a boca um pouco arroxeada. Mesmo com a água e o ambiente quente, ela ainda estava com frio. Voltou sua atenção para a mochila sobe a tampa do vaso sanitário fechada e viu uma sacola verde musgo dentro dela, jogando de ombros ela rapidamente pegou a sacola e viu um par de pantufas azul. Sarah.

Revirou os olhos e as calçou saindo do banheiro, com a toalha sobre o braço e a mochila na mão. Logo ao sair ela entrou no campo de visão de Edward. Ele estava com o sobretudo e a camisa sobre os ombros, com a pior das expressões em sua face — o que fez Bella sorri internamente. Ele a encarava em pé, próximo a uma das cadeiras que ficavam ao redor da mesa, na cozinha.

— Sei que não é tão burra para sair da cabana nesse péssimo tempo — caminhava em direção a ela enquanto falava. —, porém seu mau comportamento esta noite me faz duvidar o contrario, então me responda: eu terei que tomar banho com você sentada sobre a tampa do vaso sanitário?

— Pensei que eu fosse estúpida e não burra. — O provocou e Edward, que estava de frente para ela lhe arrancou a toalha. — E não, você não terá que fazer isso, até porque não quero ver sua miséria.

Opa!

— Como é que é? — Ele a segurou pelos ombros. Era preciso apenas uma pequena faísca para acender a fúria em Edward e, ironicamente esta pequena faísca poderia ser denominada também por Isabella.

— O que? Feri seu ego masculino? Espera ai — ela ficou na ponta do pé e o encarou. — você tem isso? — Arqueou uma sobrancelha e Edward semicerrou os olhos e apertou mais suas mãos sobre os ombros da morena.

— Saiba que o sentimento de ódio que você sente por mim é recíproco. — Ele a soltou e entrou no banheiro tendo duas certezas: primeira, Isabella não fugiria. Segunda, ela era com certeza seu inferno particular.

Depois do rápido banho, Edward torceu suas roupas e as espalhou pelo banheiro, deixando algumas estendidas sobre a pia e outras sobre a tampa do vaso sanitário. Vendo que não tinha o que vestir, nem mesmo uma cueca boxer, enrolou a toalha em sua cintura e saiu do banheiro se deparando com Bella sentada na cama. As costas apoiadas na parede, às pernas cruzadas como “índio” e sua atenção era toda para a janela de madeira, que ficava próxima a porta de saída, mas logo que ouviu a porta do banheiro sendo aberta direcionou seus olhos para lá.

Ela arqueou as sobrancelhas e assentiu como se aprovasse. Seus olhos varreram o tórax avermelhado — pelos murros e tapas que ela dera nele  — de Edward e o seu abdômen. Ela não tinha reparado antes o quanto o corpo dele era bonito, pelo menos as partes em que seus olhos adquiriam acesso. Depois ela olhou para seus olhos verdes, que a olhavam com curiosidade.

— Belo peitoral. — Ela disse e ele entendeu aquilo como provocação, e bem a verdade era que realmente era uma provocação, mas lá no fundo seu comentário era verdadeiro.

— Precisa ver é a minha miséria. — Disse com um sorriso desafiador nos lábios e Bella não resistindo, riu.

Edward se arrepiou com a sua risada. Era tão cordial que ele acabou abrindo um sorriso... sincero, todavia, ela não o vira abrir tão lindíssimo sorriso, pois sua atenção estava virada para sua mãos sobre seu colo.

Ela cessou seu riso. Era estranho ela estar rindo de algo que ele dissera, por isso logo abaixou seus olhos envergonhada, mas felizmente ele não poderia enxergar suas bochechas rosadas, pois a iluminação não era muito forte e suas madeixas tampavam sua face.

De repente interrompendo o silencio que havia se estalado entre eles, um espirro ecoou.

— Saúde. — Edward disse antes que tivesse total consciência disto. Dissera apenas por educação, por misero habito.

Bella levantou seu olhar para ele e Edward reparou que seu semblante era sério, sério e duvidoso.

— Mesmo? — O questionou.

— E por que não lhe desejaria isto? — Retrucou.

— É verdade. — Sorriu sem humor algum. — Você precisa que eu esteja cem por cento para que possa receber sua recompensa toda, sem que haja retraimento no valor combinado. — Finalizou. Seu sorriso se desfez e ela olhou profundamente dentro daquelas orbitas verdejantes.

Edward piscou os olhos e os semicerrou. De repente se lembrar do porque ele estar ali e do porque ele ter a sequestrado o fez se sentir... mal. Mas que outra saída ele tinha? Por favor, agora era insano pensar nisso, por isso fez menção de expulsar tal sentimento.

— Você não entende. — Ele disse indiferente.

— E espero nunca necessitar entender. — Suas palavras saíram cortantes.

— É, nunca queira necessitar entender mesmo, porque quando o sentimento de impossibilidade te atinge e você se ver desmoronando, sem nem mesmo ter alimento para satisfazer sua fome, você não para pra pensar nas consequências  que suas decisões tomadas em um momento desesperador, podem vir a lhe causar futuramente. — Sorriu sem humor algum e caminhou em direção à cozinha. — Mas como eu disse, você não entende.

Bella se silenciou.

Afinal o que ela poderia dizer após aquela confissão? Que entendia? Não, ela não poderia dizer tão audaciosa mentira.

***

Às vezes as pessoas dizem “eu entendo”, mas o que elas entendem? Por acaso elas já passaram pela mesma situação que a sua? Talvez, mas a maioria não. Que eu saiba o “eu entendo” em sua maioria é apenas um consolo ou uma resposta habitual, assim como o “saúde”. Não digam um “eu entendo” quando na verdade você não entende, porque quando você disser um “eu entendo” sincero, você sentirá dor por realmente entender. 


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Notas finais do capítulo

*u*
Então? O que acharam?
Eu poderia/gostaria de dá minha opinião em relação a este capítulo, mas eu to muito morgada de sono galera. kkkkkk' mal to me aguentando aqui. er'
Mas bem, comentem e opinei por mim OSKAOPKSPOAPKSA'
Beijos, boa semana para todos e se cuidem! ;****